Informações da inteligência da polícia indicavam que acusados já estavam em alerta nos últimos dias
Dez dias após o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes completar seis anos, acusados de mandar a vereadora são presos na manhã deste domingo (24), pela Polícia Federal.
Os suspeitos são os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e deputado federal do Rio de Janeiro, respectivamente, e Rivaldo Barbosa, que é delegado e ex-chefe de Polícia Civil do Rio, suspeito de atrapalhar as investigações.
Nas redes sociais, Anielle Franco, irmã da parlamentar e Ministra da Igualdade Racial ressalta “Lugares onde as pessoas deveriam estar cuidando da proteção do povo, não é lugar onde as pessoas arquitetam crimes tão covardes e cruéis como foi o crime da minha irmã. A nossa família permanecerá de pé por tudo que a Mari representa e representava para a gente. A gente vai seguir lutando por justiça porque, eu repito, responder ao crime da Marielle e do Anderson é dar uma resposta para o fortalecimento da democracia”.
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Prisão preventiva
Os acusados foram presos preventivamente, o que significa que há indícios suficientes de que essas pessoas cometeram um crime e há necessidade da ação para assegurar a eficácia da justiça durante o processo. Informações da inteligência da polícia indicavam que eles já estavam em alerta nos últimos dias, após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa.