Audiência da ADPF nas Favelas continua no STF

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Nesta segunda os pesquisadores Luiz Eduardo Soares, Jacqueline Muniz e Daniel Hirata fazem seus relatos sobre a letalidade e a ineficiência das operações policias no Rio

Por Daniele Moura em 19/4/2021 às 10h

Pontualmente às 8h da manhã a audiência pública sobre a APDF 635, conhecida pela ADPF das favelas, foi aberta pelo ministro Edson Fachin que lamentou a morte de Vanessa Fontana, da Associação de Praças da Polícia Militar do Paraná, que falaria na audiência. Logo em seguida, o professor Daniel Hirata, em sua fala, trouxe dados sobre a baixa letalidade de 2020 – com a suspensão das operações policiais o Rio teve o menor índice em 15 anos, cerca de 288 vidas salvas. Hirata também mencionou a conivência do Ministério Público do Estado do Rio com a atual política bélica de segurança pública e o desrespeito das policias com a decisão do STF em suspender as operações policias durante a pandemia.

A professora Jacqueline Muniz chamou atenção para a “polícia de espetáculo”, que mantém na sua prática as operações altos índices de letalidade e a legitimação das práticas informais de deformação das policias, aumentando assim o processo das milícias. Muniz, descreveu o processo como Partido Político Policial.

Ainda pela manhã há falas dos professores Pablo Nunes, Yanilda Gonzales, Michel Misse, Luiz Eduardo Soares, Felipe da Silva Freitas, Gabriel Feltran, Siddharta Legale, Daniel Sarmento, Juliana Farias, Maurício Stegemann Dieter, todos especialistas em segurança pública.

Também serão ouvidos o Cel. PM Marcelo Francisco Nogueira Martins, Ten. Cel. PM José Ramos da Silva Júnior, Maj. PM Rodrigo Santos Barbosa, da Secretaria de Estado da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro; Cel. Carlos Alberto de Araújo Gomes Júnior, da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Estaduais – FENEME; o Deputado Estadual Waldeck Carneiro, da ALERJ; Heder Martins de Oliveira, da Associação Nacional de Praças Policiais e Bombeiros Militares Estaduais.

Às 11h, é a vez de Gabriel de Carvalho Sampaio, da Conectas Direitos Humanos e Marina Dias, do Instituto de Defesa do Direito de Defesa – Márcio Thomaz Bastos (IDDD); e Rachel Barros de Oliveira e Ariana Kelly dos Santos, do Fórum de Manguinhos;

Após o intervalo de almoço, a audiência retoma às 14h.

A transmissão acontece ao vivo pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=uMwRtZv92hE

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