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P.A.R.T.S. realiza audição para bacharelado em Dança Contemporânea na Bélgica

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Em busca de novos talentos, escola de dança de Bruxelas realiza pré-seleção no Centro de Artes da Maré

A escola internacional de dança contemporânea P.A.R.T.S. está em busca de novos talentos para participar do programa de Treinamento em Bacharelado, realizado pela instituição. No próximo dia 25 de janeiro de 2025, o Centro de Artes da Maré (CAM), localizado na Nova Holanda, na Maré, será palco da pré-seleção que dá a oportunidade para jovens entre 18 e 25 anos com paixão pela dança contemporânea terem a chance de conquistar uma vaga na instituição, em Bruxelas, na Bélgica.

Passaporte para o Mundo da Dança

Com início previsto para setembro de 2025, o curso de Bacharelado da P.A.R.T.S. é reconhecido por formar artistas de excelência no cenário internacional. Os candidatos aprovados na audição final, que acontecerá de 13 a 18 de abril de 2025 em Bruxelas, terão a oportunidade de desenvolver suas habilidades técnicas, criatividade e expressão artística em um ambiente multicultural.

Como Participar?

As inscrições para a pré-seleção no Rio de Janeiro se encerram no dia 21 de janeiro, mas existe a possibilidade de ir pessoalmente ao CAM para saber se ainda há vagas não preenchidas até o dia da pré-seleção. Os interessados devem atender a alguns requisitos, como ter concluído o ensino médio até setembro de 2025, possuir idade entre 18 e 25 anos e apresentar nível mínimo de inglês B2, embora o domínio do idioma não seja obrigatório de imediato a P.A.R.T.S. também vai oferecer suporte com um curso intensivo de inglês para os selecionados.

O programa tem um custo total de €15.000,00, sendo €6.000,00 para a taxa de inscrição e €3.000,00  para o valor atual, totalizando três anos de formação. Para candidatos de baixa renda, é possível participar do Desconto para Apoio Financeiro, basta mandar uma explicação da sua situação através do e-mail [email protected].

A P.A.R.T.S também disponibiliza bolsas de estudo para candidatos que comprovarem necessidade financeira. Com limite de deferimentos, a solicitação ocorre após a audição final. 

Bruxelas é possível!

Marlla Araújo, 28, foi uma das selecionadas na seleção que aconteceu em 2019, e garante para quem tem a arte como sua paixão: essa é uma ótima oportunidade para conhecer novas culturas, bem como viver muitas experiências.

Aluna de diversos cursos do Centro de Artes da Maré antes de ir para a Bélgica, Marlla agarrou a oportunidade logo quando soube da seleção. Para fazer a audição no exterior, ela conta que arrecadou dinheiro através de uma vakinha e ajuda da sua rede de apoio, assim como os outros selecionados junto com ela. Parece impossível, mas não é!”, diz Marlla.

Se você sonha em explorar o universo da dança contemporânea em uma das mais prestigiadas instituições do mundo, não perca essa chance única. As inscrições estão abertas pelo link na bio do Instagram oficial da P.A.R.T.S. (@parts).

Para mais informações, entre em contato com [email protected].

Maré recebe 1º Festival do Orgulho LGBTQIAPN+ das favelas

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Intitulado ‘Muito prazer, eu existo! Parem de nos matar!’, o evento que é realizado pelo Grupo Conexão G acontece entre os dias 24 a 26

No mês nacional da Visibilidade de Transexuais e Travestis, a 15ª Parada LGBTI+ acontecerá entre os dias 24 a 26 de janeiro, na Maré. A edição deste ano traz uma novidade: a parada se transformou em um grande festival! A mudança se deu por conta da urgência em visibilizar a resistência diária da população favelada e LGBTI+, além do compromisso em construir um espaço para divulgar dados, pesquisas, vivências e, assim, construir novos futuros possíveis.

O evento, intitulado “Muito Prazer, Eu Existo! Parem de nos matar!”, será realizado pelo Grupo Conexão G, em parceria com a organização Favela Ong e com patrocínio da Prefeitura do Rio (Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual – CEDS-Rio). Além disso, o festival receberá o apoio do Estado pelo Programa Rio Sem LGBTfobia e do estilista Almir França (Escola de Divines).

Programação do Festival LGBTI+ da Maré:

Na Mesa de Debates (24), serão discutidos dados do 1º Dossiê Anual do Observatório de Violências LGBTI+ em Favelas, publicado em 2023 pelo Conexão G e realizado em parceria com o Datalabe. No estudo, temas fundamentais como a luta das mulheres trans no território da Maré e o resgate histórico das organizações LGBTI+ da região foram abordados. A atividade tenha início 12h30 e será no Observatório de Favelas (rua Teixeira Ribeiro, 535, Nova Holanda).

Também serão lançados materiais produzidos pela Escola de Formação Crítica Majorie Marchi e pelo Observatório de Violências LGBTI+ (projetos do Grupo Conexão G), incluindo um protocolo de segurança para mulheres trans e travestis profissionais do sexo e uma revista que aborda empregabilidade e moradia para pessoas LGBTI+ periféricas. Essas produções refletem a complexidade das questões enfrentadas por essa população em territórios marginalizados.

No dia 25, a Maré será ocupada por uma ação itinerante de lambe-lambe, levando à comunidade dados alarmantes sobre violência, saúde, empregabilidade e renda da população LGBTI+.

No último dia da celebração (26), acontecerá a tradicional Parada LGBTI+ da Maré, no Espaço Lazer (Parque União). A concentração será no Espaço Lazer (Parque União). Nela, terão apresentações artísticas com Drag Queens, show de talentos,  apresentação do Grupo Caju Pra Baixo, do Grupo Fundamental, da cantora Marcelle Motta, a presença da Escola de Divines e muito mais!

Sobre o Festival

Todo o evento carrega a marca da trajetória de Gilmara Cunha, mulher trans e fundadora do Grupo Conexão G, cuja história é exemplo de resistência e transformação. Gilmara, reconhecida como uma das principais vozes trans no Brasil, lidera uma luta que ultrapassa as fronteiras da Maré, ressoa em todo o país e também internacionalmente. Sob sua liderança, o Grupo Conexão G se tornou uma referência de organização comunitária e protagonismo LGBTI+, criando espaços que ampliam a visibilidade e os direitos dessa população.

No Janeiro Roxo, campanhas buscam desconstruir estigmas sobre Hanseníase

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A hanseníase tem cura e seu tratamento (e diagnóstico) podem ser realizados gratuitamente em unidades de Atenção Primária à Saúde

Em 2024, 19.469 novos casos de hanseníase foram diagnosticados em território nacional. Os números são do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país com mais registros da doença. O primeiro é a Índia. Desde 2016, no último domingo de janeiro, são promovidas ações do Janeiro Roxo, mês eleito para a conscientização da importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da continuidade do tratamento.

Descoberta em 1873 pelo médico norueguês Gerhard H. A. Hansen (que também deu o nome a bactéria), a doença não é mais chamada de ‘lepra’ ou ‘mal de Lázaro’ por conta do do tabu construído a respeito da doença. Até os dias atuais, seus portadores sofrem com a desinformação criados, principalmente, quanto ao contágio. Ao contrário do que acredita o senso comum, a hanseníase não é transmitida através do uso compartilhado de objetos (como pratos, copos e talheres. Somente através das vias respiratórias (fala, espirro, tosse). Além disso, a maioria das pessoas expostas à bactéria da Hanseníase (Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen) não a desenvolvem. O Ministério da Saúde informa que cerca de 5% das pessoas que já tiveram contato adoecem.

A hanseníase tem cura e seu tratamento (e diagnóstico) podem ser realizados gratuitamente em unidades de Atenção Primária à Saúde. O período entre a contaminação e o surgimento dos sintomas pode ser longo (três a cinco anos), então, atente-se para a lista abaixo e procure ajuda médica na Clínica da Família mais próxima da sua casa.

Aparecimento de manchas (brancas, vermelhas ou marrons);

Perda de sensibilidade e/ou força muscular da pele;

Engrossamento da pele;

Sensação de formigamento, dormência e/ou fisgadas (principalmente nas extremidades do corpo, rosto, mãos e pés);

Surgimento de caroços (que podem ser dolorosos ou não).

Quanto antes iniciado o tratamento (que pode durar até um ano), mais rápido o portador de hanseníase não transmitirá a bactéria para outras pessoas. Apesar de existir cura, a doença (caso atinja um grau elevado) pode causar lesões irreversíveis ao sistema nervoso (cérebro, medula espinhal e nervos periféricos).

Janeiro Branco: saúde mental como resolução de Ano Novo

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Saiba quais instituições oferecem serviços gratuitos para mareenses

Há dois anos, através da Lei nº 14.556 de 25/04/2023, o Janeiro Branco foi oficializado como uma data importante no calendário nacional da saúde. O tema da campanha de 2025 é: O que fazer pela saúde mental agora e sempre?. A escolha anual de um assunto ajuda a nortear a criação de rodas de conversa, palestras, exposições e eventos culturais e educativos que acontecem neste mês.

Na Maré, a violência é um assunto que afeta diretamente o bem-estar dos moradores. Em 2021, a Redes da Maré (em parceria com a People’s Palace Projects) produziu o “Guia de Saúde Mental da Maré”. Nele estão disponíveis endereços e contatos de espaços voltados para acolhimento social e médico, e também dicas de como preservar a saúde mental. Para o estudo, a iniciativa pioneira “Construindo Pontes”, entrevistou 1.411 mareenses. Cerca de 1/3 respondeu que o medo da violência armada afeta sua saúde mental. 

Como surgiu o Janeiro Branco?

Tradições de Ano Novo como pular sete ondinhas no mar, guardar 12 sementes de uva na carteira e vestir branco fazem parte do repertório de grande parte dos brasileiros. Entretanto, nenhum costume é tão forte quanto as promessas de Ano Novo, feitas independente de credo, gênero e idade. Dentre a lista de votos, além de dinheiro e amor, a saúde é a mais presente. Emagrecer, se alimentar melhor, dormir mais, fazer check-up completo, entre outros. É claro que a saúde física é essencial, porém, a saúde mental é tão importante quanto e acaba sendo colocada em segundo plano ou, até mesmo, esquecida.

No Brasil, os meses de janeiro e setembro foram os escolhidos para a promoção da saúde mental e emocional através de ações promovidas por organizações de sociedade civil, empresas e unidades de saúde. Diferentemente do Setembro Amarelo, no qual o foco é a prevenção ao suicídio, o Janeiro Branco tem como objetivo conscientizar sobre o que é saúde mental de forma mais ampla e sem estigmas, discutindo maneiras de como promover o bem-estar físico e mental, além da importância de buscar ajuda caso tenha questões como depressão, ansiedade, bipolaridade, esquizofrenia, entre outras.

Dicas de autocuidado (Guia de Saúde Mental da Maré):

1 – Cuide da sua alimentação. Comer bem não tem a ver apenas com a boa forma física, mas com o bem-estar geral. Opte por um cardápio variado e equilibrado;

2 – Pratique alguma atividade física. Colocar o corpo em movimento de forma regular também contribui para a saúde emocional;

3 – Cuide do seu sono e descanso. É muito importante dormir bem, tendo uma boa rotina de sono. Noites mal dormidas colaboram para agravar os transtornos mentais/emocionais;

4 – Tenha momentos dedicados às pessoas queridas. É importante conviver com amigos e familiares;

5 – Reserve um tempo para o esporte e lazer. Faça atividades que te deixem feliz, como passeios, encontros com amigos, ir ao cinema, ler um livro, sair para dançar, entre outros;

6 – Esteja em contato com a natureza. Faz bem para o corpo e para a mente estar ao ar livre, conectando-se ao meio ambiente e escapar um pouco da rotina puxada do trabalho e da casa;

7 – Procure algo que lhe dê prazer. É muito saudável ter alguma atividade diferente na rotina. Escolha algo com que tenha afinidade ou mesmo que sempre teve vontade de fazer e nunca teve coragem. Pintura, dança ou algum esporte são alguns exemplos;

8 – Desenvolva sua fé. E isso independe de crença/religião. A fé está ligada à forma como nos relacionamos com o mundo e com as pessoas, ao otimismo, a crer na vida e em algo que tenha significado para você;

9 – Conheça a si mesmo. Existem várias formas de se conhecer como terapias, psicanálise, bodytalk, teatro, atividades lúdicas, etc;

10 – Ajude o próximo. Pode ser um vizinho que precisa de ajuda ou um trabalho voluntário. Fazer o bem faz bem.

Não sinta vergonha de pedir ajuda

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a “saúde mental não é um privilégio, mas um direito humano fundamental e deve ser incluída na cobertura universal de saúde”. No Sistema Único de Saúde (SUS) são ofertados os serviços do CAPS, CAPSad (atendimento a transtornos associados ao uso de substâncias legais ou ilegais como o álcool, crack e outras drogas) e CAPSi (para o público infantojuvenil). São centros de acolhimento nos quais pessoas atendidas e seus parentes podem fortalecer os laços familiares e comunitários, por meio do acompanhamento psicossocial. São unidades de saúde compostas por equipes de médicos, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, entre outros profissionais. Três Centros de Atenção Psicossocial cobrem as favelas da Maré. Veja o endereço abaixo ou acesse o site da prefeitura do Rio para conhecer outros espaços.

CAPS II Carlos Augusto da Silva – Magal

Avenida Dom Hélder Câmara, 1.390, fundos – Manguinhos

CAPSad III Miriam Makeba

Rua Professor Lacê, 485 – Ramos

CAPSi II Visconde Sabugosa

Av. Guanabara s/n – Praia de Ramos – Ramos

Pré-matrícula de novos alunos nas escolas do município começa nesta segunda (14)

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Campanha Vamos pra escola da Redes da Maré dá suporte às famílias nas inscrições

Começa hoje a pré-matrícula de alunos novos na Rede municipal de Ensino. E  como acontece desde 2022, a Redes da Maré realiza a campanha Vamos pra escola, durante o período de inscrições, para auxiliar as famílias da Maré em todo o processo de busca de vagas nas 45 escolas municipais localizadas nas 15 favelas do conjunto. A pré-matrícula é feita somente pelo site www.matricula.rio, daí a importância de oferecer suporte para quem deseja se inscrever e não tem acesso à internet.

Este ano as pré-inscrições para alunos novos de Pré-escola, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos acontecem de 14 a 17 de janeiro. Nestes dias, os responsáveis e estudantes que quiserem ajuda para as inscrições devem ir nas sedes da Rede da Maré da Nova Holanda e do Pinheiro, na Areninha Cultural Herbert Vianna e na Associação de Moradores do Parque União, das 10h às 17h.

A campanha é uma ação institucional da Redes da Maré e um dos pilares  do projeto Toda Menina na escola, parceria da instituição com o Fundo Malala, cujo foco é a busca ativa de estudantes fora da escola ou infrequentes. 

“A campanha Vamos pra escola já entrou para o calendário anual da Redes da Maré porque é uma ação fundamental de mobilização comunitária para sensibilização dos moradores na luta pelo direito à educação”, diz Andréia Martins, diretora da Redes da Maré.

Desde que a campanha Vamos pra escola começou, há três anos, famílias e estudantes fazem fila em busca de vagas, mas, na prática, nas três edições anteriores da campanha, o que se viu é que são muito poucas vagas disponíveis no período de pré-matrículas para as escolas da Maré. Em segmentos mais disputados, como 1º e 3º anos do Ensino Fundamental, não havia qualquer vaga desde o primeiro dia de pré-matrícula para o ano letivo de 2024. Muitos responsáveis vão mais de uma vez aos polos de atendimento na esperança de conseguirem vagas em escolas na região onde moram,  para evitar que seus filhos tenham que se deslocar para longe para estudar. 

Apesar de a mobilização das famílias ter aumentado desde o primeiro ano da campanha, em 2022, o número de pré-matrículas efetivadas não seguiu o mesmo ritmo. E embora a campanha aconteça durante o período de pré-matrículas de alunos novos da Rede Municipal de Ensino, a equipe da Redes da Maré também ajuda na demanda por vagas nas escolas estaduais. Os números consolidados de busca para as escolas municipais e estaduais são encaminhados posteriormente às secretarias de Educação do município e do estado.

“Esses dados são fundamentais para mostrar às autoridades como, apesar de termos 49 escolas na Maré, mesmo assim ainda faltam vagas para determinados segmentos em todas as favelas. Por exemplo, há maior concentração de escolas de segundo segmento do Ensino Fundamental na área da Nova Holanda. Ou seja, ainda há uma questão de distribuição e oferta de vagas para a população da Maré, o que faz com que famílias tenham dificuldades em matricular seus filhos em escolas próximas de suas residências”, explica Andréia Martins.

Números das campanha anteriores

Na campanha Vamos pra Escola de 2024, houve busca para 416 vagas, entre alunos do município e do estado, com efetivação de apenas 108 pré-matrículas gerais. Em 2023, foram feitos 318 atendimentos, com 137 pré-matrículas, e na primeira edição, em 2022, foram 175 atendimentos e 102 pré-matrículas. 

Em 2024, a procura foi de 363 vagas para escolas do município, com 98 pré-matrículas realizadas, e 53 para as quatro unidades escolares do estado, com somente dez concretizadas.

De acordo com levantamento do projeto Toda Menina na Escola, muitas famílias insistem na busca de vagas próximas a suas casas para garantir maior segurança e facilidade no ir e vir de seus filhos, sobretudo quando são menores. É comum na Maré que os responsáveis contem com ajuda de vizinhos ou de filhos mais velhos como companhia para o deslocamento do aluno, por isso a importância de todos da mesma família estudarem próximos uns dos outros. Outro dado importante é a falta de transporte público interno entre as 15 favelas, dificultando o deslocamento de quem tem que estudar longe da favela onde mora.

Documentação:

Na hora da matrícula, tenha em mãos:

  1. Nome completo da criança;
  2. CPF da criança, se tiver;
  3. Nome completo de pai, mãe ou responsável legal;
  4. CPF do responsável;
  5. Endereço eletrônico, se tiver;
  6. Telefone de contato;
  7. Número de Inscrição Social (NIS), se tiver;
  8. Rede escolar de origem, se já estudou antes;
  9. Segmento pretendido.