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MAR opera com 100% da capacidade para receber público

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Após decreto da Prefeitura, o Museu de Arte do Rio poderá receber até 900 pessoas simultaneamente no pavilhão de exposições. O uso de máscara continua obrigatório e o visitante precisa comprovar a vacinação

Por Redação, em 25/10/2021 ás 8h15

 O Museu de Arte do Rio passa a operar com total capacidade para receber o público a partir da última quinta-feira. A medida é em conformidade com o decreto 49.588 da Prefeitura do Rio, que libera 100% do público e o distanciamento social em diversas atividades. Reforçamos que o uso de máscara continua obrigatório em todas as dependências do museu e é preciso apresentar o comprovante de vacinação para a entrada no local. 

      Desde fevereiro, quando o museu foi reaberto, a capacidade máxima permitida era de 100 pessoas por hora no pavilhão de exposições. Com o retorno do funcionamento em sua totalidade, o MAR passa a permitir até 900 pessoas no pavilhão simultaneamente. De fevereiro a junho, o MAR teve uma média de público de 1.500 pessoas por mês. Antes da pandemia, em 2019, o museu tinha média de público de mais de 18 mil pessoas por mês. Em abril, o museu foi fechado novamente por causa do aumento do número de casos da Covid-19, o que fez com que a Prefeitura tomasse medidas mais restritivas. O maior pico de público foi no mês de setembro com a inauguração da exposição “Crônicas Cariocas” e no mês de julho com as férias escolares.

       O Museu de Arte do Rio adotou todas as medidas sanitárias para garantir a segurança dos visitantes. Na entrada é feito o controle de temperatura e disponibilizamos álcool gel para a higienização das mãos em diferentes pontos das instalações. 

       “Ficamos muito felizes que poderemos retomar nossa capacidade total de atendimento. A arte e a cultura fazem parte de um momento de lazer e entretenimento que tanto precisamos. Lembrando que o museu é um dos ambientes mais seguros para se frequentar, já que o visitante passeia, mas não há contato com as mãos em nenhuma instalação” ressalta a diretora-executiva do MAR, Sandra Sérgio

CRÔNICAS CARIOCAS

       A mostra “Crônicas Carioca”, inaugurada no mês de setembro,  foi pensada para escutar e discutir o Rio de Janeiro que não está nos livros, mas que figura no imaginário coletivo daqueles que vivem e respiram a cidade em toda sua complexidade. A montagem dá vida às histórias cotidianas; relações com a vizinhança; festas; encontros dos ônibus lotados e calçadas. Por trás daquilo que é exportado ao mundo, propõe-se narrar o Rio que se embeleza e finge não ver os subúrbios. 

       São quase 600 obras de arte — nos mais diversos suportes, como vídeos, objetos, instalações, fotografias e pinturas — que ocupam três galerias do museu. A curadoria é do curador-chefe do museu, Marcelo Campos, Amanda Bonan, o historiador Luiz Antônio Simas e a escritora Conceição Evaristo.

YORÙBÁIANO

A mostra ocupa duas galerias do pavilhão de exposições do museu com trabalhos em diversos suportes, como fotografias, vídeos, instalações e objetos que evidenciam a cultura Yorubá. O baiano Ayrson Heráclito representa a grande reinvenção poética e política desse Brasil Yorubano. 

Artista visual, curador, professor e doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Heráclito lida com frequência com elementos da cultura afro-brasileira, explorando em suas obras temas como o dendê, a vida no Brasil-Colônia, o charque, o açúcar, o esperma, o sangue, o corpo e a dor, assim como os arrebatamentos, apartheids e sonhos de liberdade. A exposição conta com apoio das galerias Almeida & Dale, Paulo Darzé, Portas Vilaseca e Simões de Assis. A curadoria é assinada por Marcelo Campos.

Imagens que não se conformam

  A montagem, realizada em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) é resultado do encontro promovido pelo Instituto Cultural Vale, de modo a renovar os significados das peças da Coleção IHGB para interrogar, do ponto de vista artístico, as visões sobre a história do Brasil, propondo um diálogo com criações contemporâneas. A coletiva também lida com questões prementes, como a reparação histórica associada, aqui, aos discursos identitários e ao protagonismo de artistas descendentes dos povos originários, afrodescendentes e de gêneros dissidentes, ausentes das imagens da história. 

Sob tutoria de Marcelo Campos, curador-chefe do MAR, e Paulo Knauss, sócio do IHGB, a exposição reúne cerca de 200 itens, entre fotografias, manuscritos, pinturas, lambe-lambes, esculturas e vídeos, ocupando uma das galerias do 2º andar do Pavilhão de Exposições do museu até outubro deste ano.

Paulo Werneck – murais para o Rio 

A exposição traz à tona a trajetória do artista carioca por meio de projetos de murais para edifícios públicos e privados da cidade, lançando luz sobre a obra do pioneiro da atividade mural no país, reunindo aspectos importantes de sua biografia, como as atividades de ilustrador e artista gráfico. 

Entre os itens do acervo, estudos preparatórios para painéis executados em mosaico, além de ilustrações, objetos e alguns documentos históricos. Com 150 peças, o montante agrega projetos por afinidades estéticas, revelando um variado repertório de composições figurativas, abstratas e geométricas. A curadoria é assinada por Claudia Saldanha, doutora em artes, professora e gestora cultural, e Marcelo Campos, curador-chefe do MAR. 

O Museu de Arte do Rio

Iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) desde janeiro deste ano, apoiando as programações expositivas e educativas do MAR a partir de um conjunto amplo de atividades para os próximos anos. “A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais, desde sua fundação em 1949. 

O Museu de Arte do Rio, para a OEI, representa um instrumento de fortalecimento do acesso à cultura, intimamente relacionado com o território, além de contribuir para a formação nas artes, tendo no Rio de Janeiro, por meio da sua história e suas expressões, a matéria-prima para o nosso trabalho”, comenta Raphael Callou, diretor e chefe da representação da OEI no Brasil.

Após o início das atividades em 2021, a OEI e o Instituto Odeon celebraram parceria com o intuito de fortalecer as ações desenvolvidas no museu, conjugando esforços e revigorando o impacto cultural e educativo do MAR, onde o Odeon passa a auxiliar na correalização da programação.

O Museu de Arte do Rio tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Equinor como patrocinadora master e a Bradesco Seguros como patrocinadora, todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A Escola do Olhar conta com o apoio do Itaú, da Machado Meyer Advogados e da Icatu Seguros via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, é também patrocinada pelo Grupo GPS, RIOgaleão, ICTSI Rio Brasil, ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e HIG Capital. O Instituto Olga Kos patrocina os recursos de acessibilidade do MAR.

O MAR conta ainda com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e do Governo Federal do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Mais informações em www.museudeartedorio.org.br

CCBB-RJ: Oficinas estimulam capacidade de inovação e espírito empreendedor

Espaço Conceito Banco do Brasil RJ oferece programação especial para crianças e adolescentes aprenderem brincando;
Gratuitas, as atividades envolvem tecnologia nas áreas de robótica, games e artes digitais;
Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do CCBB RJ;

Por Redação, em 25/10/2021 às 8h.

O Espaço Conceito BB RJ está com uma programação especial para crianças e adolescentes. São 36 oficinas gratuitas que envolvem tecnologia nas áreas de robótica, games e artes digitais. Para participar os interessados devem retirar o ingresso na bilheteria do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) RJ com uma hora de antecedência.

Realizadas de sexta-feira a domingo, em três horários diferentes, desde o dia 22/10 indo até o dia 14/11, as aulas pretendem estimular o espírito de inovação e empreendedorismo, com o desenvolvimento de competências digitais. Na oficina de Programação de Games os participantes aprenderão sobre códigos e outras ferramentas de uma maneira lúdica e divertida.

Já na oficina de Robótica crianças e adolescentes serão convidados a mergulhar no universo da tecnologia e da sustentabilidade, enquanto nas aulas de YouTube e Edição de Vídeo será possível conhecer estratégias para criar canais de sucesso na internet.

Em Modelagem 3D e Artes Digitais serão abordados conceitos e práticas da computação gráfica, edição de imagem, desenho e modelagem. Na oficina de Impressão em 3D os participantes aprenderão sobre produção de objetos.

As atividades serão realizadas no LAB Maker, espaço dedicado especialmente a oficinas de tecnologia e educação financeira do Espaço Conceito, até 14/11. A classificação etária é de 7 a 16 anos e cada turma terá até 6 participantes por hora.

O Espaço Conceito BB: 365 Dias
A programação de oficinas faz parte das comemorações de um ano de atividades do Espaço Conceito BB RJ, localizado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Um local que reúne a tradição da instituição bancária mais antiga do país com inovação em um modelo único de agência. Além disso, a área serve como ambiente de fomento à troca de conhecimento.

Nestes 365 dias, o Espaço promoveu mais de 40 ações, entre cursos, oficinas, palestras presenciais e com transmissão online. No canal do YouTube do BB, as lives ficam salvas e já alcançaram mais de 145 mil acessos na plataforma.

Serviço

Oficinas no LAB Maker
22/10/2021 a 14/11/2021
Sextas, das 13h30 às 18h, exceto no primeiro do dia (11h às 16h30)
Sábados e Domingos, das 11h às 16h30
Ingressos na bilheteria com uma hora de antecedência
Gratuito

Site oficial do Espaço Conceito: bb.com.br/espacoconceito
Canal do Youtube com transmissão ao vivo e palestras anteriores: youtube.com/bancodobrasil
Acesso às lives: http://bit.ly/livesexclusivasbb

O Bem e o Mal

  “Ói, olhe o Mal, vem de braços e abraços com o Bem num romance astral.” (Trem das sete horas – Raul Seixas)

Por Marcello Escorel em23/10/2021 às 08h41

O mar é um símbolo universal do inconsciente. É no mar interior do útero de nossas mães que nosso corpo é formado e, mergulhados lá dentro experienciamos uma vida compartilhada. Não somos ainda criaturas individualizadas. Depois do parto, apesar de já possuirmos um corpo diferenciado, curtimos ainda um longo tempo num estado de semiconsciência. Não sabemos o porquê de nossos desconfortos que só nossas mães conseguem distinguir como sono, dor ou fome. Isso porque o nosso eu ainda não está totalmente formado. O ser humano é um projeto que se desenvolve muito lentamente.

Em todas ou quase todas as cosmologias que tratam da criação do mundo encontramos um estágio inicial de caos, uma massa confusa onde não se distinguem as coisas umas das outras. O pontapé inicial de qualquer deus criador é um ato de separação. O que estava unido deve ser dividido para vir a ter existência particular. É assim que surgem os opostos, essenciais para a fundamentação do criado. 

As cosmologias são um paralelo muito claro da evolução de nossa individualidade. Nossas almas repetem o mesmo processo. A construção do ego individual, antes imerso e indistinguível de outros fatores psíquicos, requer que abandonemos o estado de semiconsciência infantil, isso se dando através da vivência, por vezes excruciante, dos opostos, quando começamos a desabrochar para o conhecimento da escolha voluntária do que “somos” e do que “não somos”. Abandonamos o conforto do colo e do berço diretamente para o confronto das dualidades: luz e treva, conhecimento e ignorância, dor e prazer, inferioridade e superioridade, culpa e redenção … e também o mais aterrador dos opostos, o bem e o mal, do qual falaremos mais tarde.

Os opostos funcionam na alma como um dínamo e sua dança produz a energia necessária para que nos tornemos cada vez mais humanos e singulares. Não poderia ser diferente. Todas as energias conhecidas dependem de um certo tipo de polaridade para poderem fluir. Como, por exemplo, a energia elétrica que é gerada quando se estabelece uma relação entre um polo negativo e um polo positivo.

Na primeira metade de nossa vida usamos a energia dos opostos para nos ajustar à sociedade, conquistando formas de nos sustentar, escolhendo nossas profissões e grupos de pertencimento, parceiros e\ou parceiras. Neste momento de extroversão os opostos, geralmente, estão fora de nós, projetados no mundo concreto.

Quando amadurecemos e já somos parte integrante do ser social, tendo já uma carreira consolidada e família própria, a tendência, se não a ignorarmos, é a de deixar de relegar aos outros nossas inferioridades e todo o rol de qualidades que rejeitamos como “não nossos”. Assim,  adquirimos a consciência dos opostos dentro de nós, apesar de escolhermos vivenciar concretamente alguns deles e não outros. Esta vivência manifesta-se de uma forma pendular nos jogando inexoravelmente para frente e para trás, alternando momentos em que nos sentimos inferiorizados e pessimistas com outros em que, ao contrário, sentimos exaltação e otimismo.

Sou um exemplo deste mecanismo. Na quinzena passada a tristeza montou em minhas costas, talvez acompanhando esses dias cinzentos, com a luz do sol esmaecida, tímida e pouco calorosa. Experimentei o rancor, a preguiça, o pessimismo e a sensação de inferioridade. Sentimentos muito difíceis de aceitar e que minavam minha vontade de viver. Antítese de uma fase precedente onde me encontrava entusiasmado, cheio de perspectivas positivas quanto ao futuro, esperançoso de alcançar metas pessoais e públicas.

A aceitação, confesso, difícil, dessas oscilações, é muito importante e muito rara. Nas redes sociais quase nunca observamos postagens revelando momentos de derrota, quedas, fracassos e culpas. Ao contrário, tudo parece irradiar apenas luz: todos viajamos para lugares paradisíacos, comemos coisas incríveis em bons restaurantes ou estamos cercados de amigos sempre sorridentes. Ninguém quer se associar aos polos negativos dos opostos e, mesmo aqueles que aceitam carregar esta verdadeira cruz que é a oscilação dos humores, talvez não estejam preparados para avançar ao próximo nível deste jogo vital. Experimentar os opostos não mais “um depois do outro” e sim “lado a lado”.

Jung afirma: “O um após o outro é um prelúdio suportável para o conhecimento profundo do lado-a-lado, pois este é um problema incomparavelmente mais difícil. De novo a visão de que bem e mal são forças espirituais fora de nós, e de que o homem fica preso no conflito entre eles, é de longe mais suportável que a percepção de que os opostos são as precondições indispensáveis de toda vida psíquica.”  

À medida que o ego amadurece torna-se capaz de assumir sua própria carga de mal que é uma atitude imprescindível se o indivíduo almeja atingir a plenitude da vida. Vejam bem, não se trata de abraçar o mal, tornando-se cruel, sádico ou desumano, mas de reconhecer que temos em nós essas inclinações mesmo optando por não as reproduzir concretamente.

Conciliar os opostos era considerada a “Grande Obra” para os velhos alquimistas, precursores dos químicos e dos psicólogos. As imagens encontradas em seus tratados, estranhas e exóticas, se repetem nos sonhos de homens modernos. O resultado de sua incansável procura era chamada, entre muitos outros nomes, de Pedra Filosofal, uma matéria incorruptível, capaz de se multiplicar, de tudo penetrar, transformando matéria ordinária em preciosa. Eles nos conduziram à verdade de que o trabalho com os opostos, feito de maneira conscienciosa, verdadeira e até religiosa, é capaz de produzir em nós essa Pedra que nada mais é que a consciência. Não entendida aqui como o contrário de inconsciência, mas sim como uma consciência transpessoal, planetária, universal. Afirmavam também que havia um paralelo entre sua Pedra e Jesus Cristo, que nos evangelhos é chamado de pedra angular por nós rejeitada. O Cristo crucificado entre os dois ladrões, o bom e o mau, seria um símbolo de toda a humanidade suspensa em sofrimento entre os opostos. Sofrimento aceito de plena vontade que desembocou na ressurreição de Jesus num corpo glorioso, demonstrando alegoricamente que o sofrimento consentido e sentido na vivência das polaridades leva, em última instância, ao nascimento do Cristo Ressuscitado em nós. Esta consciência cósmica que vem chegando para nos revelar a maravilha que é a unidade de todas as coisas, abrindo nossos corações para o desabrochar de todos os dons de toda nossa alma que irá bradar aos sussurros o verdadeiro e último propósito de nossa encarnação nesta Terra.

Escreva para o Escorel em [email protected]

Marcello Escorel é ator e diretor de teatro há mais de 40 anos. Paralelamente a sua carreira artística estuda de maneira autodidata, desde a adolescência, mitologia, história das religiões e a psicologia analítica de Carl Gustav Jung.

Escola da Baixa do Sapateiro faz evento para eternizar homenagem às professoras

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Por Hélio Euclides, em 23/10/2021 às 07h. Editado por Edu Carvalho

Seria uma tarde de homenagem aos professores com direito a bolo, doces e salgados na Escola Municipal IV Centenário, na Baixa do Sapateiro. Porém a direção foi além. Na última quarta-feira (20/10), duas professoras da instituição tiveram a grata surpresa, ao descobrir que seus nomes vão batizar as salas de leitura e aprendizagem, a segunda onde é realizada as aulas de informática. Sílvia Gigante e Verônica da Silva estão há 35 anos lecionando na mesma escola e por esse motivo receberam a menção.


O evento foi aberto com a canção Anjos da Guarda, no qual Leci Brandão bate palmas para os professores, mas ao mesmo tempo exprime tristeza com a não valorização da profissão, dizendo que gostaria de poder fazer um discurso bem mais feliz, em relação ao tema. Isso reflete o atual momento do país, que desde 2019 tem Jair Bolsonaro, presidente da República, fazendo críticas à forma de lecionar dos educadores. O principal alvo é o educador Paulo Freire, patrono da educação brasileira. No mês passado, a Justiça do Rio de Janeiro proibiu que o Governo Federal realize qualquer pratica que atente contra a dignidade intelectual do educador, que este ano completaria 100 anos. Além disso, ocorreram nesta gestão cortes orçamentários na educação, o que vem prejudicando universidades federais.


Para Alessandra Aguiar, diretora da EM IV Centenário, o momento é de reconhecer a importância do servidor. “O que estamos fazendo é uma valorização do serviço prestado à comunidade por anos. Sílvia e Verônica estão há mais de 35 anos na mesma escola, isso é significativo. Dessa forma, resolvemos homenagear em vida. Isso é uma nova página na história da escola que olha para a trajetória dos professores”, destaca. Ela completou que não trabalha sozinha, onde todos fazem parte de uma equipe que atua para somar.


A professora Verônica da Silva é cria da Maré e quando estudante percebeu que a mudança na favela só poderia ser feita por meio da educação. Quando passou no concurso público, foi lecionar em Realengo, onde ficou apenas um ano e meio. De uma família de professores, no qual sua mãe foi explicadora, ela avalia a importância do ensino na vida das mulheres. “O meu avô era explicador e não deixava minha mãe ir para a escola, aprendia em casa. Minha mãe não só me incentivou a ir à escola, como me ajudou no magistério”, conta.


A docente conta o que veio à mente quando recebeu a homenagem. “Lembrei do tempo de normalista, quando os mestres falavam que nós seríamos responsáveis por uma turma. Eu sentia um frio na barriga, mas após o concurso percebi que era algo natural, uma missão. É gratificante saber que meu nome vai ficar eternizado na sala de leitura, esse local que me encanta”, diz. Antes a sala de leitura tinha o nome do poeta Manoel Bandeira, que agora virou patrono da escola.


Sobrinha do professor Gama Filho, que fundou uma universidade, Sílvia Gigante escolheu a Maré para trabalhar e não saiu mais do território. Durante sua trajetória profissional atuou também no CIEP Operário Vicente Mariano, mas sem deixar a sala de aula da EM Escola IV Centenário. O colégio faz parte da vida dela, que como Verônica atuou nos tempos das vacas magras, quando o prédio era bem menor, com apenas um andar. “Devo tudo o que tenho aos anos que lecionei, foi aqui que consegui muitas amizades. Muito bom dar aula para filhos de ex-alunos, me sinto da família. Minha filha queria que eu lecionasse perto de casa, mas não consigo sair dessa escola e nem da Maré. Acredito que não é simplesmente uma profissão e sim uma vocação, que precisa de valorização”, conclui.

Ronda: Maré vacinada; Rio com risco moderado para covid

Por Edu Carvalho, em 22/10/2021 às 17h

A tradicional coletiva onde são divulgados os números da covid-19 na cidade do Rio de Janeiro foi cancelada. Esta é a segunda vez que a live não acontece. Mas a Prefeitura não deixou de publicar o panorama do coronavírus no município, e aqui vão eles: até o momento, o mapa de risco indica todas as 33 regiões administrativas do Rio para o estágio de atenção em risco moderado – cor amarela.

Há também uma queda sustentada para casos notificados por Covid-19 e os atendimentos na rede de urgência e emergência por síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave na capital. A fila por leitos referenciados para a doença também está zerada.

De acordo com o 42º Boletim Epidemiológico, o Rio contabiliza mais de 488 mil casos de covid-19, com 34.734 óbitos. Só em 2021, foram mais de  271 mil casos e 15.660 mortes.

Postos de saúde continuam campanha #VacinaMaré – 2ª Dose no território da Maré 

A vacinação para a segunda dose contra a covid-19 segue a pleno vapor em todas as unidades de saúde da Maré, dando continuidade a campanha de imunização em massa #VacinaMaré – 2ª Dose, que atuou nas 16 favelas nos dias 14, 15 e 16 de outubro. Cerca de 15 mil pessoas foram vacinadas com a segunda dose do imunizante. 

Todos os moradores acima de 18 anos que ainda não se vacinaram com a primeira ou segunda dose podem se dirigir aos postos de vacinação, assim como adolescentes a partir de 12 anos que ainda não tomaram a primeira dose.

A campanha #VacinaMaré faz parte de um estudo da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com Ministério da Saúde, Redes da Maré, Secretaria Municipal de Saúde, SAS Brasil, Conexão Saúde e PUC-Rio. Para mais informações, acesse: https://www.vacinamare.org.br/

Ele apareceu, mas já já escapa….

Parece que não, mas o Sol habita entre nós – no Rio de Janeiro. Nessa sexta, 22, um dia solar. Há quem se animou e correu para pegar um cadinho de vitamina D. E fez bem, antes que ele desapareça novamente. É que a próxima semana tende a ter dias nublados e com chuva. Quem informa é o ClimaTempo. Procure se esquentar!

Máscaras que salvam

Nós não deixaremos de falar: vacina boa é vacina no braço.

E lembre sempre: #UsaMáscaraMorador

Até o fechamento desta edição da Ronda, o país contabilizava mais de 604.764 óbitos e 21.696.575 casos, segundo o consórcio de veículos de imprensa (Globo, Jornal O Globo, Extra, Folha, Estado de São Paulo, G1 e UOL). Aos familiares, parentes e amigos das vítimas, nosso abraço. 

Maré de cultura

Nesta semana, a Natura Musical, apoiando coletivos, lançou o CIRCUITO ARTI (Autonomia, Restituição, Transformação e Interação), com cursos de formação e qualificação profissional nas áreas de gestão e empreendedorismo cultural, produção musical e direção artística, além de podcasts, festival híbrido e demais atividades em uma programação online que irá até o fim do ano. Promovendo conexão entre Bahia e São Paulo, os coletivos Afrobapho e MARSHA! anunciaram a ação, que acontece de 8 e 25 de novembro, com 11 aulas online e gratuitas para todo o país, ministradas por personalidades da música e cultura brasileira como Jup do Bairro, Badsista, Ciça Pereira, Dandara Pagu, Gabriela Chaves, da NoFront, Felipa Damasco e outras mais. 

Os alunos ainda poderão concorrer a vagas de estágio no Festival ARTI que acontecerá em dezembro. O público alvo são pessoas negras e LGBTQIA+, sendo 40% das vagas destinadas para transexuais e travestis. Para se inscrever, clique aqui

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo entra hoje no seu segundo dia e segue em formato híbrido, com sessões presenciais e virtuais, disponíveis nas plataformas Mostra Play, Sesc Digital e Itaú Cultural Play. Programe-se. #DicaDoMeioEdaBravo

O Inhotim exibe amanhã um show da jovem cantora baiana Agnes Nunes gravado na Galeria Rivane Neuenschwander do instituto. Na quarta, Ná Ozzetti, Patrícia Bastos e Socorro Lira abrem a rodada de shows da mostra feminista Elas em Cena, hospedada pelo Centro Cultural São Paulo. #DicaDoMeioEdaBravo 

Perdeu nossos conteúdos da semana? Veja o resumão! 

Sábado (16/10)
Teatro das Oprimidas realiza maratona cultura do Piscinão, por Redação

Segunda-feira (18/10)
Prefeitura reinaugur CineCarioca Nova Brasília, primeiro cinema instalado em comunidade no Rio, por Redação
#VacinaMaré – 2a Dose: campanha de vacinação continuará durante a semana, por Edu Carvalho e Dani Moura

Terça-feira (19/10)
Justiça determina afastamento de dois policiais acusados de mortes no Jacarezinho,Por Edu Carvalho

Quarta-feira (20/10)
Cartórios do Rio de Janeiro registram quase 800 órfãos de Covid até seis anos de idade, por Redação
Alunos da rede estadual voltam às aulas 100% presenciais na próxima segunda, 25; por Redação
Jovem é encontrado morto com facadas na Nova Holanda; equipe Maré de Direitos e Centro de Cidadania LGBTQUIA+ auxilia moradores no caso; por Eixo de Segurança 

Quinta-feira (21/10)
Dose de reforço para idosos volta a ser aplicada nos postos de vacinação da cidade, por Redação
Mulheres Protagonistas: Projeto vai mapear mães trabalhadoras das artes, por Observatório de Favelas

Sexta-feira (22/10)
De uma forma criativa, moradores mostram Maré na internet, por Hélio Euclides
Curso promove capacitação de mulheres trans para trilharem caminho como empreendedoras, por Redação
Detran-RJ faz mutirão com mais de 7 mil vagas nesse sábado, 23; por Redação

Detran-RJ faz mutirão com mais de 7 mil vagas nesse sábado,23

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Por Redação, em 22/10/2021 às 09h45

Para oferecer vagas extras à população fluminense, o Detran.RJ realizará neste sábado, dia 23, o 45º mutirão desde o início da pandemia. Serão disponibilizadas 7.740 vagas para os serviços de habilitação, identificação civil e veículos, distribuídas em 140 unidades de atendimento do departamento.

Para evitar aglomerações, há necessidade de agendamento prévio, que deverá ser feito pelo site do Detran (www.detran.rj.gov.br) ou pelo teleatendimento, nos números (21) 3460-4040, 3460-4041 ou 3460-4042, das 6h às 21h. ”Estamos realizando mutirões e aumentando o número de serviços digitais para atender cada vez mais à população e, assim, acabar com a demanda reprimida no estado”, frisou o presidente do Detran.RJ Adolfo Konder.  


Para realizar os serviços de veículos (como transferência de propriedade, 2ª via de CRV, alteração de características, mudança de cor, transformação de combustível, baixa e inclusão de alienação, alteração de nome/razão social, inclusão de ANTT, blindagem e intenção de venda), os postos disponíveis para agendamento serão: Parada de Lucas, São Gonçalo, Santa Cruz, Vila Isabel, São João de Meriti, Queimados, Paraíba do Sul, Cachoeira de Macacu, Paty do Alferes, Campos I, Paracambi, Volta Redonda, Teresópolis, Itaperuna, Angra dos Reis, Armação de Búzios, Petrópolis, Macaé e Casimiro de Abreu. O atendimento será das 8h às 13h.
 

Os serviços de habilitação – primeira habilitação, renovação de CNH, mudança ou adição de categoria, alteração de dados ou troca da permissão para dirigir (PPD) para a carteira definitiva – serão disponibilizados nos seguintes postos: Américas Shopping, Araruama, Barra Mansa, Bom Jesus do Itabapoana, Armação de Búzios, Campos dos Goytacazes II (Shopping Estrada), Campos dos Goytacazes III (Guarus), Carmo, Center Shopping, Cordeiro, Detran Oeste (Campo Grande), Gávea, Itaboraí (Plaza), Itaguaí, Itaipava, Largo do Machado, Maricá, Méier,  Mendes, Mesquita, Miracema, Nilópolis, Niterói (Shopping), Paraíba do Sul, Paraty, Paty do Alferes, Penha, Pinheiral, Piraí, Queimados, São Fidélis, São Gonçalo (Neves), São João de Meriti, São Pedro da Aldeia, Sede (Centro do Rio), Teresópolis, Unamar (Cabo Frio), Valença, Via Brasil e Vila Isabel. O atendimento será das 8h às 14h, com exceção das unidades Campos III, Center Shopping, Itaguaí e Vila Isabel que atenderão das 10h às 16h.
 

Para a emissão da carteira de identidade, o atendimento será nas seguintes unidades: Américas Shopping, Aerotown, Angra dos Reis, Araruama, Armação de Búzios, Arraial, do Cabo, Copacabana, Center Shopping, Belford Roxo, Cachoeira de Macacu, Campo Grande, Cabo Frio, Paraty, Campos dos Goytacazes I, II e III, Cantagalo, Casimiro de Abreu, Miguel Pereira, Barra do Piraí, Barra Mansa, Mangaratiba, São Gonçalo, Francisco Bicalho, Gávea, Guapimirim, Engenheiro Paulo de Frontin, Ilha do Governador, Itaguaí (Shopping Mix), Largo do Machado, Itaboraí (Plaza), Itaperuna, Japeri, Macaé, Magé, Maricá, Méier, Mesquita, Mendes, Nilópolis, Niterói, Niterói Shopping, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Natividade, Paraíba do Sul, Parque Maré, Porciúncula, Queimados, Resende Shopping Mix, Tanguá, Rio Claro, Rio das Ostras, Macuco, Petrópolis, Porto Real, Maré, São João de Meriti, São Pedro da Aldeia, São José de Ubá, Saquarema, Sede (Térreo), Shopping Aerotown, Shopping da Penha, Shopping Estação Itaipava, Shopping Unapark, Shopping Via Brasil, Parque Shopping Sulacap, Paty do Alferes, Teresópolis, Rio das Flores, Santa Maria Madalena, Sumidouro, USD Ceasa, Quissamã, Valença, Vaz Lobo, West Shopping, USD Três Rios e Volta Redonda. O atendimento será das 8h às 14h, com exceção dos postos localizados em shoppings, que funcionarão das 10h às 16h.
 

Para solicitação das carteiras da Seap, os postos disponíveis serão: Araruama, Belford Roxo, Center Shopping, Campo Grande, Campos dos Goytacazes, Campos dos Goytacazes (Shopping Estrada), Ilha do Governador, São Gonçalo, Largo do Machado, Itaboraí Plaza, Méier, Nilópolis, Niterói, Niterói Shopping, Nova Iguaçu, Queimados, Rio das Ostras, São João de Meriti, Sede do departamento (Centro do Rio), Shopping Aerotown, Shopping da Penha, Shopping Via Brasil, Parque Shopping Sulacap, Vaz Lobo, West Shopping e Volta Redonda.
 

O Detran.RJ reforça que é preciso respeitar o horário agendado, sem antecipação ou atrasos, para que não ocorram filas e aglomerações. O departamento pede a colaboração dos usuários para que não levem acompanhantes aos postos.