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Tempero é sabor

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Engana-se quem acha que salgando ou adoçando muito os alimentos, consegue deixá-los mais gostosos; existem muitas formas de se alimentar sem deixar faltar sabor no prato

Maré de Notícias #109 – fevereiro de 2020

Flávia Veloso

Para muita gente, comida sem sal é comida sem gosto. O grande problema dos excessos na hora de salgar ou adoçar os alimentos é que a saúde acaba pedindo socorro. A quantidade de pessoas no Brasil que desenvolve doenças relacionadas aos maus hábitos alimentares é altíssima, como hipertensão, diabetes e obesidade. A falta de exercícios físicos, uso de álcool e cigarros e baixa ingestão de frutas, verduras e legumes, e consumo de alimentos industrializados também são agravantes.

A hipertensão é uma doença crônica, caracterizada por níveis elevados da pressão arterial. No Brasil, um a cada quatro adultos são diagnosticados com hipertensão, que pode levar a doenças do coração como infarto, hipertensão e AVC. 

No ranking mundial, o Brasil ocupa o 4º lugar da lista de países com maior quantidade de diagnósticos de diabetes. O excesso de ingestão de açúcar, que causa aumento de glicose no sangue, pode influenciar no desenvolvimento da doença.

Os número de brasileiros diagnosticados com obesidade também é grande: 20%. Estudos do Ministério da Saúde ainda alertam que mais da metade da população do Brasil está acima do peso.

Aliados, quando presentes na quantidade certa

Sal e açúcar são essenciais para o funcionamento do organismo. O uso moderado pode ser até aceitável, mas isto varia de caso a caso, e só o acompanhamento com profissionais pode determinar se é liberado ou não. A nutricionista Gabriella Gachet alerta para o uso do sal rosa: “apesar de possuir menos sódio, ele também não salga tanto, então a tendência é colocar mais sal na comida”.

Boas opções para refeições saborosas são os sais de ervas, principalmente para substituir os temperos industrializados. O consumidor pode fazer as combinações que preferir, usando os temperos com as ervas de que mais gosta, usando uma quantidade de sal bem menor do que usaria normalmente. Mas cuidado: essa mistura não pode ser colocada exageradamente nos alimentos para que a quantidade de sal não ultrapasse o limite indicado.

Também pode-se encontrar diferentes tipos de sais de ervas já prontos, sendo vendidos em feiras. Na barraca da Maria da Penha Dias, aos sábados, na feira da Rua Teixeira Ribeiro, no Parque Maré, além da grande quantidade de opções de temperos puros, ela ainda vende caldos de carnes, legumes e outros alimentos. Estes caldos correspondem àqueles que vendem em supermercados, mas ela explica a diferença: “O que vende em mercado é aquele tablete gorduroso, e o que eu vendo aqui é bem mais saudável.”

Seu Edmilson Ferreira Simões também oferece variedade de cores, cheiros e sabores em sua barraca, na mesma feira e também na do Parque União, às quartas. Na mesa onde ficam dispostos seus produtos, é possível encontrar misturas de temperos que não levam sal, como a “Ana Maria Braga” e o “Edu Guedes”. Ele explica que comprar na feira é muito melhor para a hora de cozinhar: “Esses temperos de mercado não têm gosto de nada. Estes aqui são naturais, moídos na hora, com um cheiro gostoso. E quando bem conservados, duram até um mês”, observa.

Para não ter que tratar doenças, é bom se alimentar da melhor forma, cozinhando a própria comida, optando por alimentos naturais – como frutas, legumes, verduras, carnes e grãos -, diminuindo o consumo de sódio e açúcar e acrescentando ao paladar mais variedades de sabores, para que a comida seja sempre uma aliada, não uma inimiga.

Mobilização para lutar

Grupo de familiares de Pessoas com Deficiência encontram-se em Vila Olímpica para trocar experiências 

Maré de Notícias #109 – fevereiro de 2020

Hélio Euclides

Uma mãe reivindicando algo para seu filho é apenas um “apelo”. Agora, 300 famílias juntas por uma causa é uma poderosa ação na busca de direitos. É assim que funciona a Associação Especiais da Maré, grupo que realiza eventos e campanhas unindo pessoas que têm um familiar com deficiência e almejam melhorias em acessibilidade. Além de orientação, os integrantes, muitas vezes, recebem uma atenção que a sociedade não oferece, algo que virou uma marca da família “Especiais da Maré”.

Alusca Cristina, 30 anos, é mãe de Pedro Henrique, de 10 anos, que tem paralisia cerebral. Tudo começou com um parto complicado e um mês de internação de Pedro. Ao ir para casa, uma amiga percebeu que ele só tinha um olhar para cima e não se mexia. Alusca levou-o ao pediatra, que indicou o neurologista. “Levei um susto. Fui à internet e descobri o que era a doença. Naquele dia não quis ver ninguém, dormi com aquela dor. Quando acordei, tomei coragem, busquei meu filho na casa de minha mãe e fui à luta”, resume.

Essa história retrata um pouco a vida das mães que têm seus filhos com alguma deficiência. Como Alusca, muitas se sentem sozinhas e desamparadas. Para mudar essa realidade é que nasceu a Associação Especiais da Maré. A princípio, sete mães se reuniam para tirar dúvidas sobre tratamentos e se ajudavam pelas redes sociais. Essas mulheres viraram gestoras e outros dois grupos surgiram no WhatsApp – o de apoiadores e o de outras 300 famílias que também necessitam de um auxílio ou, simplesmente, querem conversar. 

Aquela Alusca sem rumo não existe mais. Hoje seu filho tem Home Care (cuidados em casa): fisioterapia, remoção na ambulância, professor domiciliar e fonoaudiólogo. Algo para melhorar a qualidade de vida dele. Mas ainda há algumas barreiras a derrubar, pois os locais de reabilitação ficam muito longe. “Muitas crianças perdem consultas por ser dia de operação policial. Outros, por ônibus que não param quando percebem o cadeirante. Além de voltar no meio do caminho com o filho com convulsão. Pelo grande número de deficientes, a Maré precisa de uma unidade de reabilitação”, propõe. Para lutar por esse objetivo e a reforma de uma sala oferecida pela Vila Olímpica, o grupo já está em fase de legalização da Associação.

O educador vai ao aluno

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), todos têm direito à educação, mas algumas pessoas com deficiência (PcD) não têm como se locomover até à escola. É nessa hora que Luiz Costa entra no circuito. Professor da Rede Municipal de Ensino, ele atua no Atendimento Educacional Especializado, lecionando nos domicílios. “Estou lotado no CIEP Ministro Gustavo Capanema, mas não atuo na sala de aula e, sim, nas casas dos alunos, que são matriculados como qualquer outra criança”, explica.

Uma vez por semana ele vai à casa do aluno e dá 2 horas de aula. Além disso, uma vez ao mês Luiz tem formação no Instituto Helena Antipoff, para organização e planejamento. Luiz é professor de sete crianças, cinco delas da Maré, mas acredita que esse ano o número deve aumentar por causa da demanda. Nesse período de trabalho, ele já percebe que os alunos estão avançando com comunicação alternativa e interação.

Essa forma de atuar começou há três anos. “A Alusca é protagonista, pois me fez conhecer a realidade deles. Foi à luta, para o seu filho ter dignidade e direitos. É uma facilitadora que articula, fazendo com que todos entrem de cabeça. Eu poderia fazer só o meu trabalho de professor, mas a articulação da Associação me cativou. Sinto-me honrado de estar nessa Associação, que reúne famílias fortes e acessíveis às causas. Isso me dá gás para trabalhar ainda mais”, conta. No trabalho, a Associação mobiliza outras instituições, comerciantes, empresários locais e músicos, em busca de cidadania.

A alegria de uma criança

Dudu, reconhecido pelo seu sorriso, no enconro do Guarda-roupa Solidário com sua mãe | Foto: Douglas Lopes

Quem olha Luiz Eduardo na cadeira de rodas, não imagina que Dudu, como é conhecido, é uma criança cativante e muito feliz. Além de gostar muito de ler, o menino de 9 anos é um membro ativo da Associação. “É muito bom ver a alegria das pessoas ao receber a cesta básica. Sinto que a minha missão na Terra é fazer o outro se sentir bem e isso me faz bem também”, explica. Para ir ao colégio, Dudu encontra muitos buracos nas calçadas, e percebe que quase não têm rampas. Contudo, isso não atrapalha o seu objetivo de estudar: a sua felicidade foi a Escola Municipal Paulo Freire, onde se sente bem por ser um espaço adaptado. 

Sua mãe, Valéria Oliveira, acha que os obstáculos fora da Maré ainda são maiores. O ponto de ônibus da Fiocruz, na pista de subida da Avenida Brasil, além de ser longe, a passarela é de degraus. Outra barreira na mobilidade da cidade é o acesso de cadeirantes nos coletivos, já que os motoristas não querem parar e outros nem sabem usar o equipamento. “Em alguns veículos estão quebrados e o motorista se nega a descer para ajudar. Ainda existem passageiros que reclamam quando o ônibus precisa ficar parado para o cadeirante subir. Quem cuida da mobilidade na cidade tinha de ficar um dia se locomovendo com a cadeira de rodas, para ver como é”, sugere. 

Uma luta travada pelo Home Care

Na Edição 107, de dezembro de 2019, o Maré de Notícias trazia, nas Dicas Culturais, a divulgação de um show beneficente, em que parte do valor iria para Maria Paula, de 12 anos, que tem paralisia e microcefalia. A menina estava de alta do hospital há dois meses, após internação por pneumonia, e aguardava a liberação de um Home Care para seguir o tratamento em casa. Com a negativa da operadora do plano de saúde, a solução foi pedir ajuda para aquisição de um CPAP, aparelho que facilita a respiração, além de medicamentos e fraldas.

Paulo Roberto, avô de Maria Paula, contou que já são cinco meses de negociação. “A justificativa é que é área de risco, só que tem duas empresas que atendem a Maré. Repassamos para a Unimed Rio, mas não deram atenção. Já ganhamos duas audiências, eles recorreram e estamos aguardando parecer”, diz. Ele acrescenta que o tratamento domiciliar foi recomendado pelo Hospital dos Servidores e pelo Prontobaby. 

O posicionamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é que a Lei nº 9.656/1998 não prevê cobertura obrigatória para procedimentos de atenção domiciliar, Home Care e assistência domiciliar. Dessa forma, a oferta do serviço de Home Care não é obrigatória para as operadoras de planos de saúde, exceto quando esse item está claramente estabelecido no contrato firmado entre a empresa e o beneficiário.

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Carioca – informou que o consumidor não pode, no momento em que mais precisa, ser surpreendido com a informação de que o plano não cobre determinada região. Portanto, a mera alegação de se tratar de área de risco não justifica a negativa no atendimento, considerando ainda que o local é atendido por outras operadoras. 

Alusca entende que o serviço não é um direito contratual, mais devido à gravidade de cada pessoa que venha a precisar, eles são obrigados a prestar o atendimento recomendado pelo médico. A assessoria da Unimed Rio informou que há um processo judicial sobre esse caso e não comenta processos em andamento. 

Ana Cristina e Gustavo Augusto em um dos encontros com outras mães e filhos na Vila Olímpica | Foto: Douglas Lopes

Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo há mais de 10 anos

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País possui mais que o dobro de assassinatos do segundo colocado, mostra o Mapa dos Assassinatos de 2018 da Associação Nacional de Travestis e Transsexuais

Flávia Veloso

Publicado este ano, referente ao ano passado, o Mapa dos Assassinatos de transsexuais e travestis de 2019, publicado anualmente pela Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (ANTRA) no Dia Nacional da Visibilidade Trans (29 de janeiro) revelou um total de 124 mortes, sendo 121 travestis e mulheres transexuais e três homens trans. O número é menor comparado às duas pesquisas anteriormente realizadas pela ANTRA – 163 em 2018 e 179 em 2017.

Embora a leve queda, o país continua sendo o que mais mata esse grupo, com o dobro de assassinatos do segundo lugar, o México, que contabiliza 63 mortes. O Mapa também revela que 82% das vítimas eram pretas ou pardas, mostrando ainda um evidente racismo atrelado à questão.

Keila Simpson, travesti, presidenta da ANTRA, explica que a instituição utiliza o Mapa como controle do número de assassinatos, e só após o encerramento da contagem inicia uma série de estudos que podem dar um parâmetro do cenário de segurança da população trans.

O Mapa dos Assassinatos tem como objetivo ser um canal de denúncia para as diversas violências sofridas por pessoas trans e travestis. Além de levantamento, ele é uma forma de atrair do Estado políticas públicas, estudos, projetos, ações e efetivação de direitos direcionados a essa população, portanto o dossiê deve ser analisado como um todo.

Antes da sua publicação, o Guia Gay São Paulo divulgou como “boa notícia” (sic) em seu portal que o Mapa dos Assassinatos de 2019 registrou 123 mortes, uma queda de 24,5% em relação ao ano anterior. 

“Não podemos reportar isso como uma notícia boa, notícia de assassinato nunca é, mesmo que aparentemente tenha diminuído. O Brasil se mantém há anos como o país que mais mata pessoas trans no mundo, e a gente não pode acreditar que um número isolado pode significar uma diminuição quando, no mesmo estudo, temos um dado mostrando que 99% da população LGBTQIA+ não se sente segura”, disse Keila Simpson sobre o cenário atual da segurança da população trans.

No dia seguinte ao da publicação do Guia Gay, o deputado federal Eduardo Bolsonaro usou sua conta no Twitter para compartilhar a informação, com uma mensagem de autopromoção política.

A presidente da ANTRA contou que a instituição não foi procurada por Eduardo Bolsonaro para que pudesse dar uma nota sobre o dado publicado. “É preciso analisar dossiê para entender que nossa população continua sendo dizimada. E a ANTRA não acredita que a diminuição tenha relação com governo, pois não há nada no seu discurso ou em suas ações que seja em prol da população trans. Se houver efetivamente redução dos assassinatos no futuro, será por meio da visibilidade de pessoas trans cada vez mais nos espaços e sua mobilização”, completou.

Recentemente, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) disponibilizou um aplicativo de celular para mapear zonas de risco para pessoas LGBTQIA+ em todo o país, em que as próprias pessoas desse grupo atualizam o app, com as áreas que consideram perigosas.

Preparatório para o Ensino Médio da Redes da Maré: Lista de aprovados

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Confira os selecionados para o curso preparatório para ensino médio da Redes da Maré! A matrícula dos selecionados será feita amanhã, das 9h às 20h, na secretaria do prédio onde o aluno fará o curso (confira também no link os documentos e demais orientações para a matrícula), e as aulas começam dia 3 de fevereiro. Veja os nomes selecionados:

Todos contra um mosquito

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Os nove estados do Nordeste, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão em estado de alerta sobre surto de dengue em 2020

Hélio Euclides

Um jogo lançado em 1986 vem tirando o sono de muita gente. O motivo é que até hoje ninguém conseguiu chegar a última fase, onde se vence o vilão. O game consiste em acabar com todos os criadouros de mosquito e assim vencer o desprezível Aedes aegypti. Nesse jogo o Brasil só vem perdendo: a cada ano vem aumentando o número de casos de infectados pela dengue. Segundo o Ministério da Saúde, 11 estados poderão ter o surto de dengue sorotipo 2 este ano, entre eles o Rio de Janeiro. 

No país, os primeiros relatos de dengue datam do final do século XIX, em Curitiba, e do início do século XX, em Niterói. A doença foi erradicada em 1955, mas segundo o Ministério da Saúde, o retorno ocorre em 1982, em Boa Vista. Em 1986, houve epidemias no Rio de Janeiro e em algumas capitais do Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada. A dengue é uma doença cujo período de maior transmissão coincide com o verão, devido aos fatores climáticos favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti em ambientes quentes e úmidos. A expectativa é que 2020 vai ser um desses anos, com a previsão de um verão de muitas chuvas. 

Em 2019, foram registrados 1.544.987 no país, um número superior de 488% em relação há 2018. A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Após picar uma pessoa infectada com um dos quatro sorotipos do vírus, a fêmea pode transmitir o vírus para outras pessoas. “Já tive dengue, por isso evito água parada. Sinto falta do pessoal do mata mosquito. Acredito que ninguém está preparado para essa doença”, comenta Josefa Berta, de 69 anos, moradora da Nova Holanda. O mesmo mosquito ainda pode transmitir zica, chikungunya e febre amarela.

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, baldes de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampinhas de garrafas. “O que vemos é uma via de mão dupla. Uma parcela de culpa é do governo, por não ter políticas públicas. Há três anos que não aparece ninguém na minha casa para fazer um trabalho de prevenção. Do outro lado, a população, que não toma atitude, parece que não está se importando”, diz Lucas Mateus, de 24 anos, morador da Nova Holanda.

“É bem possível um surto, pois além das condições climáticas, soma-se a isso o desmantelamento na saúde básica feita pela gestão municipal. É leviano para qualquer um da saúde afirmar que o Rio está preparado para uma epidemia. Porque o que combate qualquer surto é a prevenção e isso depende de planejamento, algo que acredito que não ocorreu”, conta um agente de saúde da Maré, que preferiu não se identificar. Os principais sintomas da dengue são: febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Em caso de suspeita, é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico, notificação e tratamento. 

Apesar do desânimo, o agente vê ações positivas. “Porém, instituições como a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) têm criado métodos para eliminar a transmissão do vírus da dengue, como o projeto Wolbachia”, acrescenta. Em janeiro de 2019, a Maré começou a receber os Aedes aegypti com Wolbachia, os mosquitos aliados no combate da dengue, zika e chikungunya. Após algumas semanas de liberação, foram usadas armadilhas para capturar mosquitos. Outra iniciativa é realizada pelos “Heróis Contra a Dengue”, da Redes da Maré que, atua num trabalho de conscientização em escolas, através de jovens estudantes capacitados.