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Vacinação contra a gripe é prorrogada até dia 15 para grupos prioritários

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Doses excedentes serão liberadas para a população em geral a partir da segunda quinzena de junho

Thaynara Santos

Seguindo orientação da Secretaria Estadual de Saúde para os municípios que ainda não atingiram a meta da Campanha de Vacinação contra a Influenza, a Secretaria Municipal de Saúde prorrogou até o dia 15 de junho a vacinação exclusiva dos grupos prioritários. Até o momento, 80,8% da população alvo da ação foram imunizadas na cidade, restando ainda a receberem a dose pouco mais de 249 mil pessoas entre aquelas mais vulneráveis às complicações da gripe. Somente na segunda quinzena do mês as doses excedentes serão liberadas para a população em geral.

Até o dia 15 de junho, a vacina contra a gripe se mantém exclusiva para idosos, crianças de seis meses a 6 anos incompletos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto (é preciso apresentar comprovação), trabalhadores de saúde, portadores de doenças crônicas e professores da rede regular de ensino, além de portadores de doenças crônicas (necessária apresentação de prescrição médica com a indicação ou algum documento que comprove a condição crônica da doença). A meta corresponde a 1,8 milhão de pessoa – 90% da população alvo.

Na última quinta-feira (27) ocorreu o dia de intensificação da Campanha de Vacinação contra a Influenza.  A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) abriu postos extras para imunizar a população nesta semana ocorreram diversas ações por toda a cidade. 

*Com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro

A segunda-feira que ainda não acabou na Maré

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Conjunto de favelas sofre os efeitos de uma operação marcada por mais de 24 horas de confrontos armados espaçados, o medo do silêncio e relatos de muitas violações de direitos.

Ação da PM passa de 24 horas nas favelas Parque União, Rubens Vaz, Nova Holanda e Parque Maré. Os moradores dessa região começaram a semana impactados pela forte presença armada de policiais do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (COE), do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque (BPChq) e por intensos confrontos em decorrência dessa ação. E mais: depois de um dia longo, com uma série de relatos de violações de direitos, a noite seguiu com a mesma dinâmica.

No início da noite desta segunda, após o aparente fim da operação que já acontecia há cerca de 13 horas seguidas, a equipe do Eixo de Segurança Pública da Redes da Maré recebeu a denúncia de que policiais mantinham uma família em cárcere privado em um prédio na Nova Holanda. De imediato, a equipe se deslocou para o local para mediação com policiais e acolhimento das pessoas.

Após a liberação da família, em contato com órgãos do sistema de justiça, a equipe recebeu a informação do comandante Maurílio Nunes da Conceição, do Bope, que todos os homens que participaram da ação já haviam retornado ao batalhão. Porém, os moradores continuaram afirmando que policiais permaneciam escondidos na região de Nova Holanda. Moradores e profissionais da Redes da Maré caminharam pela região tentando algum tipo de mediação com os policiais, mas não obtiveram sucesso.

Por volta de meia noite e meia, um caveirão entrou pela favela Rubens Vaz e, com isso, mais confrontos armados aconteceram no território. Moradores do Parque União, das regiões conhecidas como “Sem Terra” e “Cão Feroz” relataram a invasão de muitos domicílios durante toda a noite. Houve denúncias de muitas violações de direitos pelas redes sociais e pelo WhatsApp do Maré de Direitos, em diversos pontos da Maré. Diversas casas foram invadidas; mulheres mais uma vez, revistadas e assediadas; além do grande prejuízo material, com danos ao patrimônio e subtração de pertences. Depois de um dia, o que se teve foi uma noite de pânico e desinformação para os moradores.

Mais um dia de direitos negados aos moradores

Até o fechamento desta matéria não havia confirmação sobre o encerramento da ação. Nesta terça, é negado mais um dia de acesso à educação e a serviços de saúde na Maré. A Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva está fechada e as Clínicas da Família Diniz Batista, Abid Jatene e Augusto Boal estão funcionando em alerta amarelo. As aulas nas nove escolas e duas creches localizadas na região se mantiveram hoje, porém o relato dos moradores é que o medo impede que muitas crianças e jovens acessem as aulas.

Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia informou que, na segunda-feira (10 de junho), equipes do COE, do Bope, do BPChq, do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do Grupamento Aeromóvel (GAM) realizaram a operação e apreenderam 24 carros, seis patinetes elétricos, três rádios transmissores, dois coletes balísticos, uma granada, 200 pinos de cocaína e 50 tabletes de maconha. Sobre a ação da madrugada, a assessoria informa que, na manhã desta terça-feira (11 de junho), policiais militares do BPChq iniciaram uma operação policial na região e, até o momento, não há registro de presos ou apreensões. Moradores da favela Parque União relataram que logo pela manhã não havia mais a presença de policiais no território.

Mais uma edição do Esquenta WOW vai reunir mulheres para falar sobre resistência na cidade

Centro do Rio recebe, no dia 15, o segundo Esquenta WOW com agenda cheia de diálogos, intervenções artísticas, ativismo e feira de empreendedoras

Jéssica Pires

A Segunda edição do Esquenta WOW com tema “Ocupações, Cidades, Mulheres” será gratuito, aberto ao público e terá o Centro do Rio como cenário. O evento será no dia 15 de junho, sábado, a partir das 10 horas. O objetivo do esquenta é ocupar territórios com atividades nas quatro dimensões do festival (diálogos, ativismo, empreendedorismo e intervenções de arte e cultura), para chamar atenção para a 2ª edição do WOW, em novembro de 2020, no Rio de Janeiro.

A programação contará com exposição, oficinas e performances que irão apresentar experiências e provocações de mulheres com as suas cidades. Haverá também uma conversa sobre assédio com Amanda Kamancheck, do Chega de Fiu Fiu, campanha contra o assédio sexual em espaços públicos que virou pesquisa e documentário; com a vlogueira Jout Jout e com Mônica Sacramento, integrante da Criola, organização que realiza trabalho com mulheres, adolescentes e meninas negras. Mediação de Doralyce.

Estão previstas ainda mais quatro edições do Esquentas WOW. Anotem: Anotem na agenda as demais datas previstas:

  • ESQUENTA WOW #3 | Duque de Caxias 26.07.2019
  • ESQUENTA WOW #4 | Niterói 27.09.2019
  • ESQUENTA WOW #5 | Campo Grande 25.10.2019
  • ESQUENTA WOW #6 | Fortaleza 29.11.2019

Programação Esquenta WOW 2ª edição: “Ocupações, cidades, mulheres”

(agenda e nomes ainda podem sofrer alterações)

Endereço: rua Gonçalves Ledo 11 e 17, Sobrado, Centro.


9h às 10h30

TREINO FÍSICO COM DESTEMIDAS

10h

  • FEIRA DELAS
  • OFICINA VIVA A PELVE
  • OFICINA BICIPERSE
  • OFICINA DE CUSTOMIZAÇÃO JEANS COM INSTITUTO C&A
  • INTERVENÇÃO URBANA AFRO GRAFITEIRAS
  • OFICINA BRINCANDO E CRIANDO PELA IGUALDADE DE GÊNERO (8 A 13 ANOS)

10h30

RODA DE CONVERSA: UMA CONVERSA FRANCA SOBRE ASSÉDIO COM AMANDA KAMANCHEK (THING OLGA ), JOUT JOUT (JORNALISTA) E MÔNICA SACRAMENTO (CRIOLA)
MEDIAÇÃO DORALYCE

12h

  • ALMOÇO DELAS
  • EXIBIÇÃO FILME CHEGA DE FIU FIU

14h

  • OFICINA DE ERVAS COM MÃE CELINA DE XÂNGO
  • OFICINA DANÇA INTUITIVA COM INAÊ MOREIRA

15h

OFICINA DE CUSTOMIZAÇÃO COM INSTITUTO C&A

16h

TERRITÓRIO DE PARTILHA # MULHERES CRIAM ESPAÇOS DE R(E)EXISTÊNCIA NA CIDADE COM: PANMELA CASTRO (REDE NAMI)
SANDRA BRAGA (CONAQ – COORDENAÇÃO NACIONAL) CARMEN DA SILVA FERREIRA (LIDERANÇA DA OCUPAÇÃO DO HOTEL CAMBRIGDE) ANNA KARIRI XOCÓ (ATIVISTA INDÍGENA ALDEIA MARACANÃ MEDIAÇÃO ANGÉLICA FERRAREZ (PESQUISADORA, REDES DA MARÉ)

18h

  • SORTEIO BIKE MONTADA OFICINA BICIPERSE
  • RUÍDO ROSA AMPARELHAGEM + DJS

 Acompanhe! Festival Mulheres do Mundo – WOW

Site: http://www.festivalmulheresdomundo.com.br/ 

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Silêncio, violações e medo

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Jéssica Pires

A semana começou com o cotidiano dos moradores sendo interrompido por policiais do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (COE) – Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e Batalhão de Choque, às 5h30 da manhã desta segunda-feira (10/06). Uma operação policial que foi marcada por intensos confrontos armados quando as forças policiais chegaram nas favelas Parque União, Nova Holanda, Parque Maré e Rubens Vaz, na Maré. Mas também marcada por ações silenciosas de policiais que circulavam a pé.

Durante todo o dia, confrontos armados espaçados, e uma série de violações de direitos foram identificados.

Segundo a equipe do Maré de Direitos (projeto da Redes da Maré que atua na assistência sociojurídica nas violações de direitos durante as operações policiais na Maré), foram relatados casos de invasão de domicílios seguidos da apreensão de aparelhos celulares. Segundo os moradores atendidos pela equipe, não foi apresentado mandado para essas ações. Em todos os relatos foram identificadas violências físicas e psicológicas: “Você sabe que a gente não leva ninguém preso. Se tiver que tirar a gente tira em um lençol”, foi uma das frases ouvidas por moradores ditas pelos policiais.

Numa outra casa, uma senhora e uma jovem grávida, pediram acolhimento na sede da Redes da Maré, depois de terem sua casa invadida e celulares vasculhados, com informações apagadas pelos policiais. A jovem grávida passou mal e foi levada para atendimento de emergência.

Entre os relatos recebidos, dois casos de assédio. Policiais submeteram duas jovens a ficarem de roupas íntimas para serem revistadas. É válido destacar que pela lei, a abordagem policial a mulheres pode ser realizada apenas por mulheres.

Uma casa, que supostamente seria utilizada por membros de um grupo armado, foi incendiada na região conhecida como Tijolinho, na Nova Holanda. A região do “Tijolinho” é fruto de um processo coletivo de moradores que organizou de forma orgânica a construção de pequenos prédios e casas, muito próxima umas às outras. Esta região apresenta precariedade em sua estrutura física e saneamento básico, onde vem sendo identificado elevado número de violações de direitos. Por volta das 7h moradores desta localidade procuraram a Redes da Maré informando sobre o incêndio que aconteceu no primeiro andar de um prédio de quatro andares. Outras três famílias que moram no mesmo prédio, acordaram com o calor e a fumaça. Uma das moradoras do prédio relatou que teve que sair às pressas com seu filho de casa: “Fiquei com medo do fogo lamber o prédio todo”. Os moradores relataram, ainda, que o incêndio causou danos estruturais ao imóvel. O corpo de bombeiros foi acionado, mas quando chegou o incêndio já havia sido controlado pelos moradores. Comerciantes da região também denunciaram a invasão de estabelecimentos comerciais e a quebra de equipamentos. Um morador relatou ainda que uma bomba caseira foi lançada para dentro da Escola Municipal Osmar Paiva Camelo.

As escolas da Maré nestas 4 favelas ficaram fechadas hoje. As clínicas da família Adib Jatene, Jeremias Moraes da Silva e Diniz Batista também tiveram atendimento suspenso devido a operação. A assessoria de imprensa da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro não retornou nosso contato sobre a operação policial até o momento de fechamento desta matéria. Até 19h40 a operação não havia terminado, moradores relatavam a presença de policiais nas favelas.

Até o momento, são mais de doze horas de operação, com inúmeros relatos de violências e violações de direitos. Este tipo de operação policial além de paralisar a vida cotidiana da Maré e desrespeitar direitos não possui eficácia no combate ao crime organizado.

Maré inicia a semana com Operação Policial da PM

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Por volta de 5h30 da madrugada desta segunda (10 de junho) intensos confrontos armados começaram nas favelas Parque União, Nova Holanda, Parque Maré e Rubens Vaz. Homens da COE, Choque e Bope foram vistos circulando o território.

Segundo a equipe do Maré de Direitos, da Redes da Maré, desde o início da manhã moradores relataram violações de direitos no território. Muitas casas foram revistadas sem mandado policial, inclusive uma delas, incendiada, além de carros depredados e bens e documentos apreendidos.

Até o momento, a Assessoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro não se posicionou. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, por conta da operação, as Clínicas da Família Abid Jatene, Jeremias Moraes da Silva e Diniz Batista estão fechadas. As escolas da região também seguem fechadas, segundo relatos.

Todo professor tem de ir aonde o povo está

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Pré-vestibular vai à rua convocar todos para lutar pela educação pública

Hélio Euclides

Recentemente o Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nota sobre corte de 30% nas verbas de todas as universidades federais e institutos, atingindo R$ 2,5 bilhões. O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, alegou que os cortes seriam para priorizar creches. Como forma de mobilização, na noite de 6 de junho, educadores do Pré-Vestibular Redes da Maré organizaram a Primeira Aula Pública pela Semana de Ação Mundial na Campanha Nacional pelo Direito à Educação. O evento ocorreu na porta do prédio central da Redes da Maré e reuniu mais de 60 alunos.

A proposta dos professores é que a aula seja a primeira de muitas sobre temas relacionados à educação na Maré. “Essa é a primeira aula pública em defesa da educação, que passa momentos difíceis na conjuntura do país. Há um corte de verba que vai piorar a qualidade do ensino das universidades e na formação de todos. Essa aula deseja perguntar aos presentes: Que educação que queremos?”, questiona o professor Ernani Alcides, coordenador pedagógico do Curso Pré-Vestibular Redes da Maré.

O evento também explicou os motivos de paralisações. “Não podemos aceitar coisas como a PEC 6, que fala da reforma da previdência. Precisamos discutir o cotidiano, mostrar por que o professor precisa fazer paralisação. Necessitamos de uma escola que pense e faça pensar, algo que está sendo ameaçado. Esse apoio a educação é um compromisso do professor e da instituição”, comenta. Ele avalia como boa a aula e que poderão ocorrer outras em locais diferentes da Maré.

Para Andreia Martins, diretora da Redes da Maré, o momento é de discutir o contexto educacional de cortes de verbas que atingem a universidade pública. “Não sabemos como será o futuro da universidade pública, mas precisamos lutar por esse espaço de extensão e pesquisa. O que estão querendo é o sucateamento da universidade. Essa aula vai envolver o aluno do pré-vestibular na discursão, de que é necessário lutar e paralisar atividades em prol do ensino público”, afirma.

Professores lembraram que o aluno muitas vezes quer a matéria, mas também é preciso parar para avaliar a educação. “Quem tem medo de formiga não mexe em formigueiro. É isso que queremos, mobilizar sobre o tema que é de interesse de todos”, expõe Thiago Labre, professor de literatura e português do Pré-Vestibular Redes da Maré. Para Vanessa Gomes, professora de biologia do Pré-Vestibular da Redes da Maré e estudante da UFRJ, o objetivo da aula foi alcançado. “Essa aula pública tem a importância de não nos deixar pensar como reprodutores de discursos, mas ampliar nossa realidade e buscar um diálogo sobre a escola pública”, acrescenta.

Luana Silveira, coordenadora executiva do Pré-Vestibular Redes da Maré, entende que é preciso envolver a juventude na política do país. “Esse evento simboliza uma resistência dos jovens da Maré, que desejam a inserção na universidade pública. Nessa aula, estamos refletindo e pensando no futuro. O tema é uma preocupação e um olhar crítico”, esclarece. A aluna do curso, Camila Lima, acredita que o evento foi valioso para a Maré. “É muito importante potencializar, articular a informação de que a educação é para todos. Falar isso na rua é muito importante, pois chama todos para a luta”, conclui.Ao final, os educadores convocaram todos para Greve Geral do dia 14 de junho, em defesa da educação pública e de qualidade, contra os cortes de verbas, pela aposentadoria e por mais empregos. Também chamou alunos e moradores a estarem presentes em manifestação no Centro da cidade. O evento foi encerrado com uma frase do professor Ernani: “Todos saíram fortalecidos daqui”