Home Blog Page 458

Águas de março chegam em abril

0

Alguns pontos da Maré ficaram alagados após chuvas; Na Nova Holanda faltou luz

Por Hélio Euclides

O início do outono surpreendeu o carioca. Nos dias 8 e 9 de abril o Estado do Rio sofreu com fortes chuvas que superaram a média do período. O mês não tem como característica a precipitação de chuvas torrenciais. No entanto, na segunda e na terça-feira da semana passada, a chuva que caiu sobre a cidade foi a mais volumosa em duas décadas, causando 10 mortes (sem contar com as vítimas do desabamento de dois prédios em Muzema, Zona Oeste) e deixando feridos e desabrigados.

Na Maré, as chuvas causaram queda de energia na Nova Holanda e alagamentos em diversas partes do bairro. Na Avenida Brasil, se formaram alguns bolsões d’água, um deles em frente à rua Gerson Ferreira, na Praia de Ramos, que dificultava a entrada e a saída de moradores. Na Vila do Pinheiro, na quadra da Via B/3 com A/1, os moradores que já sofrem há 12 anos quando chove, tiveram mais uma vez problemas. Outros lugares foram rua Lobo Junior, Beco Jardim América, Travessas 21 de Abril e Bom Jesus, todas em Marcílio Dias. Na Baixa do Sapateiro, uma grande poça se formou entre a rua Ivanildo Alves e a Praça do 18. O Parque União também teve ruas alagadas.

Janaína Monteiro, presidente da Associação de Moradores da Vila do Pinheiro está como toda a cidade, aguardando melhorias da Prefeitura. “Chuva pouca ou muita sempre enche. Estamos esperando uma promessa do [prefeito Marcelo] Crivella para troca de manilhas da Via A/1 e dragagem do valão. Nem medida paliativa ocorre, pois sabemos que há uma máquina de limpeza de manilhas que se encontra parada na Gávea e não vem para cá”, reclama. Para ela, o lixo é um desafio quando chove. “Só temos um gari comunitário para varrer toda a Vila do Pinheiro, Marrocos e Salsa. Para ajudar, a população precisa colocar o lixo nas caçambas”, espera.

Se você tem foto de sua rua ou de algum ponto da Maré que sofreu com as chuvas, envie para nossas redes sociais ou pelo WhatsApp 97271-9410.

Redução de Danos: avanços, retrocessos e perspectivas

0

O Governo Federal assinou na última quinta-feira, 11 de abril, um decreto que institui a nova Política Nacional sobre Drogas (PNAD). O decreto elimina da política pública nacional o modelo da Redução de Danos (RD), colocando a abstinência como único objetivo e direção do tratamento.

Por Redes da Maré em 15 de abril de 2019

A Redução de Danos (RD) é um conjunto de estratégias e práticas de promoção da saúde que visam reduzir danos e riscos relacionados ao uso de álcool e outras drogas, sem necessariamente interrompê-lo, levando em consideração a autonomia, os direitos fundamentais e a liberdade de escolha das pessoas. No Brasil, como em outros locais do mundo, ela se inicia e ganha projeção justamente à margem das políticas públicas, a partir da iniciativa de profissionais, coletivos e organizações da sociedade civil, tendo como foco principal a redução dos riscos de contaminação do HIV junto a usuários de drogas injetáveis. A distribuição de seringas, a orientação para um modo de manejo mais seguro dessas substâncias e a prevenção de doenças como AIDS, hepatites e tuberculose estão, historicamente, na base dessa perspectiva de trabalho em saúde.

Durante o processo de redemocratização no Brasil, essas estratégias e práticas foram sendo, pouco a pouco, inseridas nas intervenções dos serviços públicos de saúde, principalmente diante dos resultados positivos obtidos no enfrentamento da AIDS na década de 1990. O processo de incorporação desse modelo no SUS culminou, em 2003, na adoção da lógica da Redução de Danos como eixo central do cuidado na Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas, regulamentada através da Portaria 2.197 de 14 de outubro de 2004.

Um grande erro, que vem sendo repetidamente posto em cena, diz respeito a uma radical oposição entre abstinência e redução de danos. Muito pelo contrário: a redução de danos não exclui a abstinência como objetivo e foco do tratamento. Caso seja esse o desejo do usuário, a partir de uma decisão clínica compartilhada, essa pode, perfeitamente, ser a meta e finalidade dos projetos terapêuticos. Por outro lado, o modelo de abstinência defendido e instituído pelo atual governo federal, e que está na base de dispositivos como as Comunidades Terapêuticas,  se configura como uma exigência ou condição primeira para que o tratamento seja efetuado, deixando de fora quem não consegue, ou mesmo não deseja, interromper o uso dessas substâncias. Além disso, coloca uma centralidade na internação como forma de tratamento, o que vai contra a própria legislação federal, que indica a internação como último recurso, podendo somente ser acionada depois que todas as demais possibilidades de intervenção tenham se esgotado.

Desse modo, a configuração desses campos antagônicos e suas disputas no Brasil impediu a expansão e consolidação de uma Rede de Atenção Psicossocial como planejada. É necessário aqui, inclusive, ressaltar que esse decreto é a culminância de um longo processo de ataques e revezes que a política brasileira e o campo da Redução de Danos vêm sofrendo ao longo dos últimos anos, com o fortalecimento do campo conservador, que envolve desde a bancada parlamentar evangélica a grupos ligados à psiquiatria tradicional, e que defendem uma lógica manicomial de tratamento.

Entretanto, apesar do duro golpe, a luta continua. Podemos apontar como caminhos para a disputa tanto a própria defesa da legislação anterior (o que a princípio vem sendo feita pela Defensoria Pública da União), quanto também pela reorganização do campo da Redução de Danos e das próprias práticas de cuidado e atenção. É preciso, mais do que nunca, ampliar o alcance de iniciativas de redução de danos com foco territorial, tais como o Espaço Normal e o É de Lei, dentre outras. As organizações da sociedade civil, os movimentos sociais e coletivos diversos têm, portanto, que chamar para si, urgentemente, a responsabilidade nesse processo, tendo um papel decisivo no fortalecimento dessas ações, estratégias e práticas.

Nesse sentido, é preciso aprender com a experiência histórica, manter e aprofundar o diálogo com os profissionais de saúde e serviços públicos, tais como os CAPSad, os Consultórios na Rua e as Unidades de Acolhimento Adulto, dispositivos que desenvolvem há anos um cuidado em saúde e um trabalho clínico potente e vigoroso. Momento também de revisitar e analisar os avanços e limites de experiências e iniciativas governamentais como, por exemplo, o Programa De Braços Abertos, no município de São Paulo, o Programa Atitude, desenvolvido em Pernambuco, dentre outros. Esse exercício de análise e diálogo é fundamental para produzir novas formas de resistir e cuidar dessas pessoas, postas novamente à margem por esse decreto presidencial, produzindo alternativas de cuidado e tratamento não previstos pelo modelo único imposto por essa nova política nacional. É preciso, mais do que nunca, dialogar e aprender com os usuários, desenvolver, junto com eles, novas estratégias de sobrevivência e manejo dessa demanda clínica que não vai desaparecer à força, como a própria história já nos mostra.

Não se muda a realidade por decreto. Do mesmo modo, é preciso ousadia e jogo de cintura para se reinventar e aprender a lidar e superar as dificuldades impostas pelas reconfigurações políticas e assistenciais que esse atual governo federal insiste em produzir.

Equipe Espaço Normal

Espaço de Referência sobre Drogas na Maré

Redes da Maré

Espaço Normal: seleção para bolsa de formação para jovens da Maré

0

O Espaço Normal, Espaço de Referência sobre Drogas na Maré, em parceria com o Movimentos: Drogas, Juventude e Favela abre a seleção para jovens da Maré para duas (2) bolsas de formação para a iniciativa Diálogos sobre drogas.

Diálogos sobre drogas

Diálogos é uma iniciativa do Espaço Normal que tem por objetivo criar espaços de troca sobre a questão das drogas no território da Maré. ODiálogos sobre drogas tem visitado escolas, instituições, coletivos e cenas culturais no intuito de ampliar os espaços de reflexão sobre atenção e cuidados com as pessoas que usam drogas e sobre políticas de drogas e seus impactos. Neste ano, a iniciativa terá como foco as escolas, criando oficinas, conversas e atividades voltadas para alunos, pais e professores. 

Sobre a Redes da Maré

Redes da Maré é uma instituição da sociedade civil fundada por pessoas envolvidas com o movimento comunitário no conjunto de favelas da Maré e, também, na cidade do Rio de Janeiro. Buscamos, através de ações de mobilização dos moradores e da construção de uma rede de parcerias, vínculos com instituições da sociedade civil, poder público, universidades, institutos de pesquisa, órgãos e empresas públicas e privadas, produzir conhecimento e iniciativas de intervenção na Maré em prol ao desenvolvimento territorial e garantia de direitos. Atualmente, a Redes da Maré desenvolve mais de 30 projetos na área de Educação; Arte e Cultura; Desenvolvimento Territorial; Memória e Identidade; Segurança Pública e Acesso à Justiça.

Sobre o Espaço Normal

Inaugurado em maio de 2018, o Espaço Normalé um projeto da Redes da Maré que tem como proposta ser um polo de referência sobre drogas e um local de convivência para pessoas que usam crack, álcool e outras drogas. Está localizado na Nova Holanda, no conjunto de Favelas da Maré (RJ).

A partir do espaço físico(casa), são desenvolvidas atividades com pessoas que usam drogas, ações de apoio às pessoas em situação de rua, orientação aos familiares e interlocução constante com serviços públicos de saúde, assistência e com moradores, comerciantes da Maré e instituições locais.

O Espaço Normal é um polo permanente que agrega experiências, vínculos, cuidado, conhecimento, atividades e articulações. O objetivo do conjunto de atividades do EN é reduzir os danos sociais e à saúde decorrentes do uso de drogas; sensibilizar em torno da questão dos estigmas sociais relacionados ao uso prejudicial de drogas; e criar narrativas alternativas à guerra às drogas.

Movimentos: drogas, juventude e favela

Movimentos é um grupo de jovens de várias favelas e periferias do Brasil que acredita que uma nova política de drogas é urgente. O grupo entende que os jovens periféricos são os mais impactados pela violência, pelo estigma e pelo racismo gerados em nome da guerra às drogas. Por isso, acreditam que não é possível construir alternativas sem discutir os impactos dessa guerra na vida dos jovens favelados e periféricos e sem pensar em soluções que os incluam e deem oportunidades para superar décadas de políticas fracassadas. O coletivo desenvolve atividades culturais, participa de seminários e organiza oficinas e atividades de formação.

Sobre as bolsas

As bolsas são destinadas para a formação de jovens da Maré nas temáticas de redução de danos, política de drogas e segurança pública.  Os bolsistas serão acompanhados pela equipe do Espaço Normal e membros do coletivo Movimentos. Os jovens receberão uma formação nessas temáticas e acompanharão as atividades do Diálogos sobre drogas, participarão  da rotina do Espaço Normal, através da convivência e de ações desenvolvidas pela iniciativa.

Critérios:

?     Ter entre 16 e 25 anos;

?     Ser morador(a) da Maré;

?     Ter interesse nos temas de política de drogas; segurança pública; saúde; redução de danos.

Principais atividades a serem realizadas:

?     Criação das oficinas, planejamento e organização;

?     Acompanhamento das oficinas nas escolas;

?     Acompanhamento dos trabalhos do Espaço Normal (convivência, oficinas e ações no território);

?     Participação em espaços de formação (atividades desenvolvidas por parceiros, seminários, oficinas, ações culturais).

Carga horária: 15h (horários flexíveis a partir dos horários das oficinas)

Valor: R$ 500,00

Período: 3 meses com possibilidade de prorrogação

Cronograma:

?     15 a 22 de abril – processo de seleção

?     24 a 26 de abril – seleção para as entrevistas

?     26 de abril – entrevistas

?     29 de abril – anúncio dos selecionados

?     6 de maio – início das atividades

Para participar da seleção envie um vídeo de no máximo 1:30 (um minuto e meio) para o telefone do Espaço Normal 967804614. Abaixo do vídeo envie uma mensagem com o nome, idade e local onde mora.

No vídeo conte:

1. Sobre você e sua vida na Maré (o que gosta de fazer, locais que frequenta, grupos que participa etc.);

2. Por que você quer fazer a formação sobre política de drogas;

3. O que você acha sobre as drogas.

Saneamento em debate na Maré

0

Encontro promovido pela Redes da Maré, data-Labe e Casa Fluminense reúne moradores e representantes de instituições

Por Hélio Euclides

Depois das fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro, trazendo como consequência mortes e destruição, o tema saneamento básico volta à pauta mostrando que seu debate é necessário e urgente. E foi para discutir e achar soluções sobre o lixo, o esgoto e os alagamentos que, no dia 13 de abril, na Lona Cultural Municipal Herbert Vianna, ocorreu o 1º Encontro sobre Saneamento na Maré.

O evento reuniu moradores e representantes de instituições locais e de outras partes da cidade, que debateram sobre saneamento básico, águas pluviais, saúde, meio ambiente, gestão do lixo e segurança pública. O evento foi promovido pela Redes da Maré, em parceria com o Data_Labe e a Casa Fluminense. “Esse evento foi pensado como culminância do projeto Cocô Zap (99957-3216), de mapear áreas de esgoto e lixo. O encontro teve uma articulação territorial. Mobilizamos os jovens para trazê-los às discussões e às reivindicações locais”, lembra Julia Rossi, integrante do Eixo Territorial da Redes da Maré.

A programação foi aberta com a mesa “Saneamento na Maré: Experiências e Soluções”, e seguiu, na parte da manhã, com a apresentação de dados e histórico do saneamento local. À tarde, foram criados grupos de trabalho com a finalidade de discutir os problemas e encontrar possíveis soluções para quatro eixos temáticos: Lixo e Segurança Pública; Saúde e Bem-Estar; Abastecimento de Água e Manejo da Chuva; Esgoto e Baía de Guanabara. Foi realizada ainda a roda de conversa “Mobilizações e Soluções Comunitárias”. Os presentes também participaram de um mutirão de plantio.

Para Fernanda Távora, jornalista do Data_Labe, o saneamento é um problema que vem de muitos anos, por isso, é preciso discutir. “Na realidade temos os dados. Mas precisamos dar voz para a população e incentivar essa mobilização. O retorno dá um gás maior para o trabalho. Quando pensamos no encontro, é para ver as demandas da questão do saneamento, juntar tudo numa carta, para incidir e trazer políticas públicas necessárias para a favela”, enfatiza.

Vitor Mihessen, coordenador da Casa Fluminense, lembrou da tragédia ocorrida dias antes na cidade. “Isso é algo que acontece todos os anos, um problema que é recorrente. É preciso investimento de contingência. Esse encontro é um embate com o morador, para falar da responsabilidade de cada um e aprender hábitos mais saudáveis”, diz. Para ele, a população precisa ser incluída nas intervenções. “É necessário a agenda de vivência local, onde o morador seja representado em dados e no parlamento. Esse encontro reúne lideranças, jornalistas, patrocinadores e representantes do meio ambiente, todos em busca de diálogo, soluções e investimento local”, conclui.

Apesar da presença de moradores, o cantor Lindemberg Cícero, conhecido como Bhega, sentiu a ausência dos presidentes das associações de moradores, pescadores, representantes de algumas instituições locais, e comunicadores de rádios FMs e de serviços de autofalantes. “No encontro, conheci pessoas de muito talento em gestão ambiental, como professores e alunos. Estou na torcida para que nos próximos um maior número de moradores da Maré venha participar e falar do abandono dos governantes na questão do saneamento básico”, diz.

No final do evento, um documento foi produzido para possíveis elaborações de políticas públicas específicas para o território da Maré.


Ação do Bope na Vila do Pinheiro deixa feridos

Segundo relato de moradores, duas pessoas foram baleadas

Por Jéssica Pires

Por volta de meio-dia da tarde dessa quinta-feira,11, moradoras, moradores e pessoas que circulavam pela Maré, mais precisamente pela Vila do Pinheiro, foram mais uma vez surpreendidos por tiros. A região abriga escolas, unidades de saúde, fica às margens de uma das vias de maior movimentação da cidade – a Linha Vermelha – e, consequentemente, possui um natural fluxo de pessoas que deveriam ter o direito à segurança pública, mas são atravessadas por ações violentas constantemente. 

Escolas e clínica da família fechadas

Um blindado do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Bope) passava pela Ponte do Saber, também conhecida como Ponte Estaiada, em deslocamento pela Linha Vermelha, na pista sentido Centro, quando se iniciou intensos confrontos armados. É importante lembrar que a Linha Vermelha é uma via essencial para a mobilidade da cidade e chega a ter um volume diário de mais de 140 mil veículos, de acordo com a CET-Rio.  

Além disso, o local onde se deu os confrontos fica próximo ao Campus Maré, que reúne seis escolas frequentadas por cerca de 3 mil crianças e jovens, que tiveram, juntamente com os profissionais da rede de ensino, sua rotina mais uma vez interrompida pelo medo e pelo risco real de serem alvejados. A Clínica da Família Abid Jatene também teve que ser fechada.

A assessoria de comunicação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro informou em nota que o confronto foi iniciado após uma viatura ter sido alvo de disparos. Segundo relatos de moradores, duas pessoas foram baleadas, uma delas um pastor que segue hospitalizado.

ALERJ concede porte de armas a agentes do Degase e deputados

0

Afinal, quem precisa de ressocialização?

Por Jéssica Pires

Na semana em que um carro com uma família foi alvejado pelo exército com 80 tiros no Rio de Janeiro, a “bancada da bala” da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) concedeu o porte de armas a agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), e, ainda menos compreensível, a deputados estaduais. Trata-se de um avanço para os que acreditam e validam a política de segurança pública fomentada pelo atual governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e um retrocesso na garantia dos direitos humanos.

Justificativas para mais armas nas ruas

“Ademais, esses servidores realizam a vigilância, a guarda, a custódia de menores em conflito com a lei, muitos deles reincidentes perigosos a colocar em risco a vida dos agentes socioeducativos.” Essa foi uma das justificativas usadas na proposta de lei original (Nº 1825/2016, de 31 de maio de 2016), do deputado Marcos Muller (PHS). A proposta original pretendia ceder exclusivamente aos agentes do Degase a posse. A alteração, com inclusão da cessão para outros grupos, inclusive deputados, foi sugerida pelo líder do governo, Márcio Pacheco (PSC), que também presidia a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Nova votação

De acordo com informações divulgadas pelo portal G1, o deputado Luiz Paulo (PSDB) pediu a suspensão da tramitação do projeto por conta da alteração do que foi apresentado por Marcos Muller. O projeto que a principio foi aprovado por 44 votos a 11, seguiria para sanção do governador Wilson Witzel nessa quinta-feira, 11, porém será votado mais uma vez após a Semana Santa.

Mais armas, menos segurança“A liberação do porte de armas – e o consequente aumento do número de pessoas armadas – não garante mais segurança. Isso vale tanto para quem porta a arma quanto para a sociedade. Poderá haver um aumento no número de confrontos e no número de pessoas mortas por arma de fogo. Não será armando as pessoas que diminuiremos a violência”, afirma Edson Diniz, diretor do Eixo de Segurança Pública e Acesso à Justiça da Redes da Maré.