Processo seletivo para pesquisadora e psicóloga na Redes da Maré
A Associação Redes de Desenvolvimento da Maré abre processo seletivo para os cargos de pesquisadora e psicóloga para atuar nos eixos de Desenvolvimento Territorial e Segurança Pública e Acesso à Justiça.A Redes da Maré é uma instituição que busca garantir a diversidade etnicorracial e a equidade de gênero em sua atuação. Encorajamos a candidatura de mulheres negras e/ou transgênero.
Sobre a Redes da Maré:
A Redes da Maré é uma instituição da sociedade civil fundada por pessoas envolvidas com o movimento comunitário no conjunto de favelas da Maré e, também, na cidade do Rio de Janeiro. Buscamos, através de vínculos com instituições da sociedade civil, poder público, universidades, institutos de pesquisa, órgãos e empresas públicas e privadas, produzir iniciativas de intervenção na Maré. Isso nos permite atuar como um instrumento significativo para a superação de diversos signos das violências presentes no conjunto de favelas e, ainda, contribuir para a mobilização dos moradores e outros agentes com o objetivo de construir uma agenda estruturante no campo dos direitos para o bairro Maré. Atualmente, a Redes da Maré desenvolve mais de 30 projetos na área de Educação, Arte e Cultura, Desenvolvimento Territorial, Memória e Identidade, Segurança Pública e Acesso à Justiça.
Sobre às vagas:
Vaga 1: Pesquisadora
Carga horária: 30h
Habilidades e Requisitos:
- Curso superior completo, preferencialmente, com mestrado ou doutorado – cursando ou concluído – na área das ciências sociais e humanas;
- Experiência na área de segurança pública e acesso à justiça;
- Experiência em território de favelas e/ou espaços populares;
- Capacidade de trabalho em equipe interdisciplinar;
- Habilidade em coleta e sistematização de dados;
- Capacidade de escrita e análise de dados;
- Habilidade de articulação institucional com movimentos sociais e órgãos do poder público.
Principais atividades a serem realizadas:
- Coleta e sistematização de dados sobre impacto dos confrontos armados na Maré – projeto De Olho na Maré;
- Produzir artigos e notas sobre o contexto de segurança pública na Maré a partir de dados coletados pelo projeto De Olho na Maré;
- Organizar publicação sobre sistematização da metodologia desenvolvida pela Redes da Maré, a partir do Eixo de Segurança Pública e Acesso à Justiça;
- Apoiar processos formativos sobre segurança pública para moradores da Maré e tecedores da Redes da Maré;
- Organizar publicação com narrativas de moradores e profissionais que atuam na Maré sobre Segurança Pública;
- Incentivar frentes de pesquisa e produção de conhecimento sobre segurança pública e justiça a partir do território da Maré.
Vaga 1: Psicóloga
Carga horária: 30h
Habilidades e Requisitos:
- Curso superior completo em psicologia;
- Registro no conselho de psicologia;
- Experiência na área de segurança pública, acesso à justiça, juventudes e políticas públicas;
- Experiência com juventudes e formação de lideranças a partir de perspectivas críticas;
- Conhecimento e experiência sobre mediação de conflitos;
- Habilidade com supervisão de equipe.
- Profissionais com perspectivas críticas de atuação profissional da psicologia.
Principais atividades a serem realizadas:
- Supervisão técnica da equipe que mobiliza atividades com jovens na Maré;
- Supervisão técnica na equipe que atua no Eixo de Segurança Pública e Acesso à Justiça;
- Apoiar processos de formação e reflexão sobre mediação de conflitos;
- Apoiar processo de formação para jovens lideranças.
Sobre as inscrições:
As inscrições serão realizadas através do envio de currículo para o e-mail [email protected] até o dia 10 de abril de 2018. Neste mesmo e-mail, a candidata deverá enviar em outro arquivo anexo, no máximo de uma lauda, um memorial (escrito), enfatizando sua trajetória social e profissional e o porquê do interesse na vaga. A Redes da Maré não se responsabilizará por inscrições não recebidas por motivos de ordem técnica dos computadores, falhas de comunicação, bem como outros fatores que impossibilitem a transferência de dados.
Sobre as etapas da Seleção:
A seleção será realizada por uma banca definida pela Redes da Maré e terá duas etapas, a saber:
a) Leitura de material enviado por e-mail pelas candidatas;
b) Entrevista presencial na sede da Redes da Maré (Rua Sargento Silva Nunes nº 1012- Nova Holanda).
c) Para o cargo de pesquisadora, no momento da entrevista, será solicitado a elaboração de texto temático sobre segurança pública e acesso à justiça.
Sobre o cronograma:
a) Divulgação do edital e inscrição das interessadas: 03 a 10 de abril de 2019.
b) Seleção preliminar das candidatas, a partir de análise documental: 11 a 15 de abril de 2019.
c) Divulgação da primeira etapa e agendamento das entrevistas: 15 de abril de 2019.
d) Entrevistas: 16 e 18 de abril de 2019.
e) Início das atividades: 22 de abril de 2019.
Casa das Mulheres da Maré é palco do primeiro Esquenta Wow
Outros cinco eventos estão previstos para este ano e são prévias do próximo Festival Mulheres do Mundo – Wow, que será realizado em 2020
Por: Camille Ramos e Jéssica Pires
Na última sexta-feira, 29, a Casa das Mulheres da Maré recebeu o “Esquenta Wow”, o primeiro da série de seis eventos que ‘aquecem’ as participantes para o próximo Festival Mulheres do Mundo – WOW, que acontecerá em 2020, em lugar ainda não definido. Em 2018, o Rio de Janeiro sediou o festival, cujo objetivo é gerar diálogo sobre as questões enfrentadas por meninas e mulheres de todo o mundo e explorar possíveis causas e soluções.
Na Maré, o “Esquenta Wow” fechou o Mês das Mulheres na Maré, celebrando a troca e o afeto por meio de arte, cultura, empreendedorismo, ativismo e diálogos sobre mulheres em espaços de poder e autocuidado.
Atividades e reflexões
O evento começou cedo, às 9h. E, pela manhã, as participantes já podiam usufruir de aulão de Yoga, oficina de salão de beleza e customização de roupas. Para as crianças, oficina de culinária, cineminha e um Espaço kids.

A tarde foi reservada para os bate-papos. No Território de Partilha, espaço destinado a debates, a conversa “Mulheres em Lugar de Poder” reuniu Renata Souza (deputada estadual), Taísa Machado (criadora do Afrofunk) e Jurema Werneck (diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil), mediadas por Andreza Jorge (coordenadora da Casa das Mulheres da Maré).
O debate “Cuidado e autocuidado: construção de redes entre mulheres” fechou a programação do primeiro Esquenta WOW e teve a participação de Renata Jardim, advogada e coordenadora executiva da Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos; Maria Guaneci Ávila, promotora legal popular; Mônica Ferreira, psicomotricista, mestre em Educação e terapeuta floral; e Céu Cavalcanti, psicóloga, doutoranda em psicologia pela UFRJ e integrante da associação Elas Existem – Mulheres Encarceradas. A roda foi mediada por Maria Luiza Rovaris, psicóloga da Casa das Mulheres da Maré. O dia terminou com o samba do grupo Moça Prosa, formado exclusivamente por mulheres.
Primeira aula-campo do “Maré a Céu Aberto” foi realizada sexta, 29
Projeto visa criar um museu interativo na Maré com instalações nas ruas, muros e praças do bairro
Por: Hélio Euclides
Céu aberto, segundo o dicionário Oxford, é a atmosfera não confinada, fora de um edifício. No sentido mais amplo, um museu a céu aberto são as reconstituições históricas ao ar livre. Com esse pensamento, nasce o trabalho de construção coletiva do projeto “Maré a Céu Aberto”.
Trocando em miúdos: trata-se de um museu interativo e integrador com instalações nas ruas, muros e praças da Maré. O projeto é de um museu não convencional, sem obras de arte expostas em galerias ou penduradas em paredes. “É inovador, um desafio, representa um lugar de encontro de memória. É inspirado nos griots, indivíduos, entre algumas etnias africanas, que tinham o compromisso de preservar e transmitir os conhecimentos, designar as ‘bibliotecas vivas’. Ao levantar o processo de história, estamos mobilizando os moradores, buscando o diálogo, valorizando a vivência e resgatando a memória”, explica Karla Rodrigues, assistente de coordenação do Núcleo de Memória e Identidade dos Moradores da Maré (Numim) e pesquisadora.
Aula-campo
O primeiro evento do projeto este ano foi um rodão de conversa em fevereiro, com convidados, no Centro de Artes da Maré. Nesta nova fase, foi realizada uma aula-campo, no dia 29 de março, com o professor Ernani Alcides pelos cinco pontos de memória. Em cada estação de memória haverá, no futuro, uma intervenção artística permanente. “O objetivo também é andar pela Maré, e apresentar a favela na qual, muitas vezes, não se caminha por todas as partes”, diz o professor.
Os cinco locais de referências onde serão as estações do Museu a Céu Aberto são: Praça do Parque União, Casa das Mulheres, Praça da Nova Holanda, Praça do 18 (Baixa do Sapateiro) e Parque Ecológico (Vila do Pinheiro). Esse locais são espaços de concentração coletiva, marcos urbanos e de simbologia. O Maré a Céu Aberto tem a parceria do Numim e da Azulejaria, projetos do Eixo de Identidade e Memória da Redes da Maré e do Eixo Arte e Cultura, com apoio do Itaú Cultural.
Sinal positivo ao sistema de cotas
O reconhecimento de Maia à efetividade da política de cotas foi sinal relevante e alentador
Por: Flávia Oliveira – Ao Jornal O Globo
http://oglobo.globo.com/opiniao/sinal-positivo-ao-sistema-de-cotas-23558663
A semana absolutamente caótica na política e na economia eclipsou um capítulo relevante da política de ações afirmativas no Brasil. Num intervalo da queda de braço que travou com Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebeu parlamentares e representantes do movimento negro para ouvir sobre os impactos das reformas na população afro-brasileira. O ponto central do encontro foi o projeto de lei da deputada Dayane Pimentel (PSL-BA) para revogar a Lei 12.711, conhecida como Lei das Cotas. Promulgada em 2012, a legislação instituiu nas universidades públicas federais a reserva de 50% das vagas para estudantes que tenham cursado o ensino médio em escolas públicas; metade deve ser destinada a pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência.
Representantes de Uneafro Brasil, Movimento Negro Unificado, Geledés, Unegro, Ceert, Marcha de Mulheres Negras e Educafro, entre outras entidades, receberam na reunião a garantia de que a revogação da lei não será examinada. “No passado, sempre defendi as cotas pelos cortes socioeconômicos, mas foi vitoriosa no Brasil nos últimos anos a cota racial, que deu resultados positivos. E eu não acho que é a hora de a gente fazer uma inversão nesse encaminhamento”, disse o presidente da Câmara. Também participaram as deputadas Benedita da Silva (PT-RJ), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Áurea Carolina (PSOL-MG) e o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
O reconhecimento de Rodrigo Maia à efetividade da política de cotas foi sinal tão relevante quanto alentador. Foi o DEM, partido do deputado, que arguiu a constitucionalidade do sistema no Supremo Tribunal Federal, em 2009. Três anos depois, os ministros validaram a reserva de vagas por dez votos a zero. Mais tarde, aprovaram o sistema também nos concursos para servidores civis e militares.
No Brasil, 55% dos habitantes se autodeclaram pretos ou pardos. O grupo é também maioria nos indicadores socioeconômicos precários (desemprego, analfabetismo, baixa renda, informalidade, escassez de serviços básicos), mas quase invisível nos espaços de poder. Nos três primeiros anos da lei federal de cotas, 150 mil estudantes negros ingressaram em universidades públicas, segundo a antiga Secretaria de Políticas de Igualdade Racial. No último censo do ensino superior (2016) do Ministério da Educação, mais de 2,4 milhões de negros e indígenas estavam matriculados, 30% dos universitários. Em dois anos, a proporção aumentou oito pontos percentuais. Os critérios de reserva de vagas certamente contribuíram para o resultado.
“A política de cotas raciais é uma conquista que não permitiremos perder. É responsabilidade não só do movimento negro, mas de toda a sociedade, defender umas das políticas mais efetivas e eficazes, no sentido de diminuir desigualdades sociais, que o pais já experimentou”, disse o historiador Douglas Belchior, representante do Uneafro na reunião.
O Rio de Janeiro foi pioneiro no sistema de cotas raciais, implementado no vestibular 2003 da Uerj e da Universidade do Norte Fluminense (Uenf). Em 2008, entrou em vigor a lei que instituiu 20% das vagas para alunos da rede pública, 20% para negros ou indígenas, 5% para pessoas com deficiência e filhos de policiais, bombeiros ou inspetores de segurança mortos ou incapacitados. No ano passado, o então governador Luiz Fernando Pezão encaminhou à Assembleia Legislativa projeto de lei recomendando a renovação.
A proposta tomou por base uma avaliação da Procuradoria Geral do Estado (PGE). O documento mostrou que a proporção de estudantes negros na Uerj saiu de 7% em 2007 para 13% em 2016; na Uenf, estabilizou-se em 21%; na Universidade da Zona Oeste (Uezo), 33%. O coeficiente de rendimento dos cotistas (nota 7) se assemelha ao dos não cotistas; nos cursos de Matemática e Física são 20% maiores. A evasão é menor entre os cotistas: 26% tinham desistido até metade do curso, contra 37% dos que entraram por livre concorrência.
A PGE recomendou a prorrogação da lei por mais dez anos por considerar que, no Rio, o sistema de cotas “tem se mostrado bem-sucedido na alteração das profundas distorções históricas na distribuição de oportunidades no quadro econômico, social e político brasileiro”. A lei foi aprovada na Alerj e sancionada pelo governador em setembro passado. As cotas seguem.
Seleção do Curso de Drywall da Redes da Maré 2019
Mais uma turma de jovens da Maré irá iniciar em abril a formação na técnica drywall. O curso, promovido pela Redes em parceria com a Knauf do Brasil e a Ireso, é composto por 280 horas e oferece aulas teóricas e práticas. Seu objetivo é proporcionar aos jovens qualificação técnica e teórica em drywall e gestão, ampliando, assim, oportunidades profissionais.
Além de garantir qualificação técnica a jovens da Maré, a formação tem mudado a característica das construções e reformas no território. A técnica garante benefícios ao consumidor e ao meio ambiente. Saiba mais sobre o curso e a técnica Drywall na matéria do Maré de Notícias de novembro de 2018. (link pra matéria: https://mareonline.com.br/?p=39597 )
1. Cleiton Peixoto
2. Fabio Campos de Pontes
3. Higor Pablo de Oliveira dos Santos
4. Ícaro Miguel de Souza Costa
5. Jonathan Bispo dos Santos
6. Livian Regina do Nascimento Ferreira
7. Lucas Bahia Santana
8. Marciele da Silva dos Santos
9. Matheus Conceição da Silva
10. Michael Douglas Souza dos Santos
11. Rafael de Freitas Mota
12. Ricardo Santos Porto
13. Taiane Marcela Silva Alves
14. Taluan José De Lira
15. Thaís dos Santos
16. Vitoria Regina Correia dos santos
17. Wallace da Silva Chaves
18. Wellington de Souto Silva
19. Wilson Ribeiro dos Santos da Silva
20. Zé Alexandre Viana Santos
ATENÇÃO!
Pedimos aos alunos selecionados que compareçam ao galpão RITMA, no dia 1º de abril, às 13h, na Rua Teixeira Ribeiro, nº 521, Nova Holanda.