Home Blog Page 514

Eleições 2018: Debates na Maré

0

Por: Direção da Redes da Maré – Em 20/06/2018

A Redes da Maré nasceu da organização e das reivindicações históricas dos moradores da Maré que desejavam melhores condições de vida e garantia de seus direitos. Dentre muitas demandas, está a luta contra todas as formas de injustiças sociais e a defesa da democracia. A Redes da Maré, nesse sentido, é uma instituição política, claramente do campo da defesa dos direitos humanos e que entende a democracia como valor inquestionável.

Dessa maneira é que entendemos a importância da participação ativa de todas cidadãs e todos cidadãos nos processos eleitorais dos diferentes níveis: municipal, estadual e federal. Defendemos o direito e o dever de exercermos livremente o voto e de opinarmos sobre o futuro de nosso município, de nosso estado, de nosso país.

Sem dúvida, a participação nas eleições é uma ação que pode contribuir para a transformação da sociedade brasileira. Por isso, é preciso escolher bem aquelas e aqueles que nos representarão. Os novos gestores e parlamentares devem estar comprometidos com a garantia de direitos básicos do conjunto da população, tais como: o direito à vida, à segurança, à arte, à cultura, à educação de qualidade, à saúde e à geração de emprego e renda que permitam uma vida digna, sobretudo para as trabalhadoras e os trabalhadores mais pobres.

Nesse sentido, a REDES da Maré organizará debates na Maré com os candidatos e candidatas aos cargos executivos e legislativos. Um dos objetivos dessa iniciativa é fazer com que eles e elas possam apresentar suas plataformas políticas e suas propostas aos tecedores e tecedoras, além de moradoras e moradores da Maré.

Os debates políticos constituem momentos nos quais podemos questionar, sugerir e criticar livremente aquelas e aqueles que se candidatam a ser nossos representantes políticos. Assim, os encontros com as candidatas e os candidatos são fundamentais para o exercício real da democracia. Sabemos plenamente que o regime democrático é bem mais amplo do que o momento do voto na urna, já que a democracia se exercita diariamente e precisa ser construída de forma constante. Daí a importância dos debates, encontros e discussões políticas.

Por fim, é preciso deixar claro que a Redes da Maré se mantém apartidária, independente e na defesa dos direitos das moradoras e dos moradores da Maré e da cidade, o que significa que, como instituição, não apoiamos nenhum candidato ou candidata, pois entendemos ser necessário preservar a missão que escolhemos quando fundamos nosso projeto na Maré. A Redes da Maré não tem vínculos com partidos e/ou grupos políticos, mas isso não significa “neutralidade”. Pelo contrário: somos uma instituição política, no sentido de discutirmos e atuarmos sobre as grandes questões brasileiras, sobretudo aquelas que afetam os moradores e moradoras das favelas e periferias. Defendemos a democracia, os direitos humanos e um mundo mais justo e igualitário.

Nota de Repúdio: Atropelamento Avenida Brasil – 07/06/18

0

Em 11/06/2018

Nota de Repúdio

Na quinta-feira, dia sete de junho, por volta das nove horas da manhã, após ser comunicada que um frequentador da cena havia sido atropelado, a equipe do Espaço Normal – Espaço de Referência sobre Drogas dirigiu-se à Avenida Brasil, onde duas pessoas morreram em decorrência de um acidente envolvendo uma moto. O Espaço Normal atua junto às pessoas que frequentam a cena aberta de consumo de crack, álcool e outras drogas na Maré.

Um das vítimas, ainda não identificada, aparentemente, atravessava a Avenida Brasil. ?A outra era um soldado do Exército. O local estava isolado pelo Exército, policiais militares, agentes de trânsito e bombeiros, para a realização da perícia. Todos estavam muito exaltados, especialmente os policiais militares, que reagiram com truculência diante de nossa presença, negando-se a fornecer quaisquer informações a respeito do caso.  

??As reportagens sobre o acidente mencionaram apenas a morte do soldado do Exército, ignorando o outro óbito. No entanto,  sugeriam que alguém que atravessava a Avenida havia sido atropelado. Pelas informações colhidas, logo após a colisão, junto aos moradores e transeuntes, o homem atropelado não frequentava as cenas de uso de crack da Avenida Brasil. 

 Lamentamos igualmente ambas as mortes e marcamos posição firme contra o modo como foi tratado o outro morto que, provavelmente, será enterrado como indigente, em decorrência da recusa das autoridades presentes ao dialogo, no local; impossibilitando uma possível identificação do corpo pelo conjunto de serviços que atua na região. 

 Manifestamos nosso repúdio ao modo como é tratada a população em situação de rua. Repudiamos o modo como seus corpos, suas histórias e suas vivências são descartáveis e menos importantes; desprovidas de direitos e dignidade, até mesmo no momento em que morrem. E exigimos que as autoridades divulguem a identidade do homem morto atropelado.

? ?

#todasasmortesimportam

Lista dos alunos selecionados para o Curso de Drywall

0

Lista dos alunos selecionados para o Curso de Drywall

As aulas iniciam na próxima segunda feira, dia 11 de junho, às 13h, no Espaço RITMA, galpão localizado na Rua Teixeira Ribeiro, nº 521, Nova Holanda, Maré.

Confiram os nomes abaixo:

  1. Arthur do Nascimento Ferreira
  2. Camila Fernanda Pereira Nascimento
  3. Carlos Henrique Almeida dos Santos
  4. Clifferson Juvêncio Cordeiro
  5. Douglas da Silva Santos
  6. Erick José Gomes Joaquim
  7. Flávio Dantas Ferreira
  8. Gabriel dos Santos Silvestre
  9. João Matheus de Moraes
  10. Lidiane dos Santos Felipe
  11. Lucas Nascimento Silva
  12. Mikaellen Ribeiro Vaz Pragana
  13. Orlando João Lira da Silva
  14. Paulo André da Silva
  15. Ricardo Firmino Rosa
  16. Rodrigo dos Santos Dias
  17. Rodrigo Mendes
  18. Thainara de Oliveira Nogueira
  19. Thiago Ferreira da Silva
  20. Vanielle da Silva Martins

Rio e Luanda em sintonia na Maré

0

Em 07/06/2018

No sábado, 9 de junho, a partir das 22h, a rua C-11 da Vila do Pinheiro vai vibrar ao ritmo de uma música vinda do outro lado do Atlântico. A comunidade angolana da Maré se mobilizou para oferecer uma oportunidade única de apreciar os sons e sabores do grande país africano.

– Que tal organizar uma festa angolana aqui, na Maré?”

– Mas, como assim?

– Sei lá, poderia ser: “Uma noite em Angola”, o que acha deste título?

Aquilo que começou alguns meses atrás como um simples bate-papo entre três amigos (dois angolanos e um brasileiro) está hoje a ponto de virar realidade… No sábado, dia 9 de junho, acontecerá na Vila do Pinheiro uma grande festa angolana na Maré. “Não houve nada deste tipo no Rio ainda; só em São Paulo que aconteceu já. Essa vai ser uma noite histórica!” declara Chico, co-organizador nascido em Luanda e que mora há 10 anos no Rio de Janeiro.

É notório que o complexo da Maré (mais particularmente a Vila do João e a Vila do Pinheiro) acolhe uma importante população de pessoas oriundas de Angola. O lugar do evento — a rua C11 — no foi escolhido à toa. Com efeito, segundo Azizi, outro organizador originário do país centro-africano com residência no Brasil há 19 anos: “aqui, nesta esquina, é praticamente um símbolo da gente. É o nosso ponto de encontro; tem vários comerciantes angolanos aqui concentrados. Isso vem de muito tempo atrás: a comunidade angolana, é aqui na rua C11!”

Mas, longe de ser restrita a um público de migrantes ou de especialistas dos ritmos africanos, a celebração será aberta a todas e a todos; pois como lembra o Chico: “A gente aqui é uma comunidade! Vamos ter juntos os dois povos, com DJs que tocam música angolana e também um pouco de música brasileira. O carioca, na verdade é igual ao povo de Luanda, é daquele jeito, acomodado, gosta das mesmas coisas… Não tem erro!”

Com vários DJs e bandas ao vivo, todos os estilos serão representados: semba, zouk, kuduro, kizomba ou ainda rap irão retumbar até o sol raiar. Alguns nomes, como o Joss Dee e seu set afro-house, já são bem conhecidos dos noctâmbulos cariocas; e outros artistas estarão no Rio especificamente pela ocasião. Mas um dos objetivos da festa é também oferecer um palco aos artistas da comunidade: “todos os caras que são cantores, tem que dar um palinha, uma participação especial. Para fazer uma demonstração do talento deles”, declara Azizi.

O Maré de Notícias conversou justamente com dois desses talentos locais:  Bruna, 12 anos, e seu irmão, Gilberto, 8 anos. Os dois nasceram em Angola e chegaram ao Brasil há três anos. Compõem a dupla de kuduro “Os BK”, que depois de gravar canções em Luanda, continua se desenvolvendo no Rio de Janeiro. “Acho o Brasil muito bom. Eu fico com os meus colegas e graças a Deus estou na escola” disse Gilberto.  Mesmo admitindo sentir “saudade da família e dos amigos que ficaram lá”, Bruna também gosta do Brasil. Fã de “Noite & Dia”, a cantora reina do kuduro em Angola, aprendeu a conhecer melhor o funk no Rio. A aproximação dos dois gêneros, funk e kuduro, deu lugar a uma colaboração com o D’Rua, cantor e produtor da Maré. O pai da dupla, Bruno, que incentiva a criatividade dos filhos, nos explicou que “o kuduro é o estilo de dança mais popular da Angola agora. É muito mexido, muito dançante. Tem muito a ver com o funk, muita batida, a juventude gosta.” Ele instiga o publico a chegar massivamente no sábado: “Pela primeira vai ter uma festa só com música angolana… quem puder aparecer, que apareça; não vai se arrepender não!” O entusiasmo está presente também nos olhos da Bruna, que subirá ao palco na ocasião e que reconhece “meu coração tá assim… tô ansiosa”.

Em caso de sucesso, os organizadores pretendem levar o conceito da festa angolana mais pra frente: “A gente pretende fazer em outros lugares também, lugares maiores”, declara Maraca, o sócio brasileiro da aventura. Pela próxima edição, artistas angolanos como Bruna Tatiana, Edmasia ou o Puto Português poderiam ser convidados.

Mas no sábado, para recobrar forças depois de requebrar muito, fartas comidas típicas serão propostas no Bar da Licas e no Bar da Carmita, os dois principais estabelecimentos gastronômicos angolanos da área. “Vou fazer Calulu de Peixe, Muamba de galinha, Cabidela…” enumera a Carmita, antes de concluir: “pessoal, vem nesse show, que vai bombar!!”

Nicolas Quirion.

Maré de Notícias #89

0
[cq_vc_backgroundbutton startcolor=”#875189″ endcolor=”#890489″ buttonlabel=”Fazer download ou visualizar o pdf” textcolor=”#ffffff” istooltip=”” icon_fontawesome=”fa fa-file-pdf-o” iconcolor=”#ffffff” linktype=”customlink” alignment=”left” buttonlink=”url:https%3A%2F%2Fdrive.google.com%2Fopen%3Fid%3D1C-WyaOH-ku2vejipMnL6lTjrXx8Yj–f|||”][/cq_vc_backgroundbutton]

150 BPM acelera para ganhar o mundo

0
[vc_video link=”http://youtu.be/lRHnT7kAzC8″]

Maré de Notícias #89 – junho de 2018

Criado na Maré, o funk sensação dos bailes mais bombados da cidade quer conquistar o Brasil

Maria Morganti

A última novidade do funk carioca, o som que hoje é a sensação dos bailes das favelas e casas de festas do Rio de Janeiro, nasceu aqui na Maré. O Funk 150 BPM, sigla que significa “batidas por minuto”, e na prática quer dizer aumentar a velocidade da música, foi registrado, pela primeira vez, no baile da Nova Holanda, que acontece sempre aos sábados. Seu criador, Diogo Lima Costa, de 27 anos, conhecido como DJ Polyvox, é cria de Bonsucesso. O som, que também é conhecido como ritmo louco ou putaria acelerada, que tem como palco principal o concorrido Baile da Gaiola, no Complexo da Penha, começou a ser experimentado na passagem de 2015 para 2016.

“Primeiro a gente explodiu no baile a música iba iba iba na Nova Holanda. Foi quando eu tive a ideia de produzir em 150 BPM”, conta, Polyvox, no estúdio 150 BPM records, em Campo Grande, na Zona Oeste. Ele mostra os 271 mil acessos que a música tem na plataforma da internet que disponibiliza as produções, a soundCloud, utilizada por profissionais de música. Polyvox relembra que a primeira música feita em 150 BPM, foi Esse é o baile do meu pai. Segundo o artista, foi essa música que deu o boom no baile da Nova Holanda. Criador também de um outro som de muito sucesso, a batida da coca-cola, Polyvox conta que o  estilo vem dando oportunidade pra muita gente que está começando.

 

Mercado de oportunidades

No rastro de Polyvox estão surgindo novos talentos. “Você não via esses DJs fazendo show. Outros DJs aí, como os garotos do youtube, a própria Iasmin, faz show. Tudo isso graças ao 150 BPM. Eu fico muito feliz, eu não pude ajudar muitos os DJs antigos, mas eu consegui dar muito emprego para os novos que aparecerem. Hoje você tem DJ com cachê de R$ 5 mil, R$ 6 mil”. Iasmin Turbininha, que é cria da Mangueira, junto com Rennan da Penha, da Vila Cruzeiro, que comanda o Baile da Gaiola, são os nomes mais famosos do movimento 150 BPM.

Turbininha gosta de música desde criança, mas a paixão foi profissionalizada em 2011, quando criou um canal no youtube. “Eu queria produzir, queria novidades”. Ela começou a ficar conhecida com o estilo arrocha com funk, ritmo encontrado nos hits Afronta, é guerra e o Arrocha da Penha. Em seguida, conheceu Polyvox. “Quando eu descobri o 150 BPM de verdade no baile, ele (o Polyvox) me abraçou por eu ser menina, e da comunidade.”

Críticas no caminho

O sucesso do presente não impede que Turbininha recorde as críticas do início. “Os DJs da antiga criticaram muito. Falavam que, acelerado, não dava pra dançar. Na prática, a gente mostrou que é totalmente diferente. Falavam que não ia tocar na Rádio, hoje em dia tem um programa. Hoje, o ritmo que é da comunidade, toca em todos os lugares, na pista e na própria favela”.

Dona do próprio estúdio, no Complexo do Lins, Turbinha fala sobre a felicidade de ver o trabalho crescendo. “A gente  está vindo da favela e  vendo os DJs estourarem, sendo ouvidos na Rádio. Isso inspira muito, porque nego te vê no dia a dia. Quando eu chego na favela vem um monte de criança me abraçar, cantando a música, pedindo para vir aqui no estúdio; acho maneiro, porque vai distraindo a mente deles também”.

Para Turbininha, é “uma revolução”: “O 150 BPM fez meio que uma união. Os DJs abraçam quem está chegando agora, que é das comunidades. E isso só aconteceu pelo fato do 150 BPM mesmo”, conclui.

Sobre as críticas, a jovem DJ lembra o DJ Byano, uma dos mais famosos do funk. “A variação de velocidade no funk, isso aí nunca foi novidade pra ninguém. Eles aumentavam as músicas produzidas no BPM bem baixo até a voz do MC ficar muito fina. Isso levava à crítica com os produtores mais antigos, pela galera que lutou e luta pelo funk até hoje. Eu critiquei muito o que eles estavam fazendo. Determinar uma música em 130 a 150, não tem como tocar uma coisa assim. Mas pegando uma produção, você fazendo naquela velocidade, aí sim seria algo plausível. BPM não tem criador, não tem essa vertente, tem as pessoas que tocam e começaram a tocar, assim, dessa forma. Mas o criador do BPM, isso não é novidade, entendeu?”

De início havia resistência, mas o ritmo acelerado do 150 BPM, que nasceu na Maré, vem agradando a funkeiros de todos os estilos | Foto: Douglas Lopes

Ritmo veio para ficar

Questionado sobre o 150 BPM ser um movimento passageiro, o DJ Byano reconhece: “Caiu no gosto da garotada, né? Não só da garotada, como de outras pessoas também, e antigamente, a gente produzia em 128, 129, porque o funk melody, internacional, muitas vezes vinha em 127. Fomos aumentando até chegar no 130, onde estamos há vários anos. Aí pra revolucionar começaram a pular. Deram um pulo muito alto, de 130 para 150. É muita coisa, entendeu?! Então isso assustou muita gente. Eu mesmo fiquei assustado, mas depois eu me conformei. E hoje em dia não se toca mais em 130, é difícil encontrar alguém que toque assim. Eu, particularmente, toco em 140 e em algumas produções, 150. Se é o gosto da garotada, eu tento agradar, veio para ficar, já ficou, já colou”.
Jovens como a moradora do Complexo do Alemão, Sthéphany Oliveira, de 22 anos, fazem coro: “Eu não costumo escutar muito funk, só na rua ou em alguma festa. Mas essa música é sucesso na favela. Todo mundo gosta”. Thamires Candida de Oliveira, artista e dançarina de modalidades como o passinho, aprova o ritmo.  “Eu  acho ele inovador, porque traz todo tipo de beat e recicla todos os estilos sonoros. É uma coisa nova, um ritmo acelerado, reciclável em questões sonoras, e livre. Porque quando danço em 150 BPM, me sinto muito solta e livre. A criatividade vem em peso”.

Funk na Academia

O antropólogo Dennis Novaes, que faz doutorado no Museu Nacional, ligado à Universidade Federal do Rio de janeiro,  comenta que as pessoas estavam acostumadas a saber do funk mais pelas páginas policiais  que pelas culturais, e isso está mudando:“o funk antes de tudo é uma música eletrônica de vanguarda. Uma cena experimental, rica e complexa, onde o foco é sempre inovar, procurar experimentações. No funk paulista, por exemplo, a gente não vê o mesmo nível de experimentação que no carioca. Que é uma cena muito mais undeground. Onde você experimenta os tipos mais diferentes, os arranjos mais criativos. Eu acho que é isso que acontece muito aqui no funk do Rio. E o 150 surge como surgem grandes novidades nesse processo, experimentando, com os artistas querendo se diferenciar. Modinha, o 150 BPM, definitivamente, não é. Até porque é o funk carioca hoje. O que pode acontecer é que esse funk vá se especializando cada vez mais e consiga tornar em Mainstream.

Polyvox afirma que o 150 BPM “tem muito o que melhorar em termos de produção; tem muitos colegas de trabalho que produzem em microfone de computador, sem qualidade e isso dificulta bastante a evolução do 150 BPM, mas eu e outros DJs já estamos ajudando os colegas, que têm um equipamento inferior, para que eles aprendam a produzir com mais qualidade, para que o nosso ritmo seja para o Brasil todo, até fora”.

A Empresa 150 BPM records, que tem cerca de oito funcionários diretos, segundo Polyvox, foi criada para dar uma estrutura para os DJs, para que eles possam liberar conteúdo com qualidade e estruturar um MC. “Nós hoje estamos fazendo o MC cantar e fazer o repertório dele todinho já no 150 BPM, então nós deveríamos ter uma escola estruturada para poder administrar isso, onde foi criada a 150 BPM records. Ali você ensina um DJ a produzir, ali você ensina o MC como cantar no tempo certo, uma doutrina dele no palco. Tudo é ali. Palestra, reunião, ‘vamos fazer isso, vamos acertar isso’, na nossa equipe”.

Para Polyvox, o futuro do 150 BPM é ser referência total do funk. “Não só do funk carioca como do paulista, de Belo Horizonte, do Espírito Santo. Vai novamente mostrar que nós, aqui, do Rio de Janeiro, somos os verdadeiros funkeiros, não diminuindo os outros, que em geral todo mundo é funkeiro, mas nós ditamos a regra de como é o funk. Então acho que é sem limite. A perspectiva é uma parada muito além dos nossos raciocínios”.