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Maré de Notícias #46

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[toggle title=”Tem ‘lôro’ debutante no Timbau!”]

Dudu é um papagaio bastante conhecido e querido no Morro do Timbau. Sua dona Elisama Lurdes da Silva, mais conhecida como Lili, ganhou o bichinho de presente quando ele tinha apenas três meses de vida e resolveu colocar seu nome de Dudu em homenagem a um vizinho muito querido. “Ele é calmo, educado e só dorme no escuro”, conta dona Lili.

A casa do papagaio, quer dizer, da D. Lili, foi toda adaptada para que o bichinho de estimação se sinta bem à vontade. As paredes foram pintadas com as cores do Dudu, há árvores confeccionadas especialmente para criar um ar de floresta e ainda casinha e balanço. Os dois não desgrudam um do outro, vão juntos a todos os lugares. Se D. Lili se distanciar por um ?m de semana, o bicho ?ca sem comer. Algumas pessoas não entendem. “Já fui chamada de maluca algumas vezes por amar meu papagaio como um ?lho. Quando ele morrer não sei o que será de mim”, relata D. Lili.

Dudu faz 15 anos no dia 28 de outubro, porém a comemoração será no Dudu faz 15 anos no dia 28 de outubro, porém a comemoração será no dia 9 de novembro, às 13h, na casa da D. Lili, e esta não será sua primeira festa. Desde 2000, a data vem sendo comemorada, tanto que já virou tradição e é sempre aguardada pelos amigos e vizinhos.

“Quem vai patrocinar a festa desta vez é a comunidade”, diz D. Lili. Está sendo passada uma lista para quem quiser participar da comemoração, ajudando com o que puder para a organização do evento. Só será permitida a entrada das pessoas que colaborarem.

Em setembro, a preparação da festa já estava a todo vapor, com lembrancinhas sendo confeccionadas para os convidados. O grande dia contará ainda com bolo, saquinho de bala, salgadinho e refrigerante. Moradores se mobilizam para deixar mais feliz o dia em que Dudu completa 15 anos.

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[toggle title=”Boxeador da Maré rumo ao mundial”]

O boxeador Roberto Custódio tornou-se campeão Continental de Boxe na categoria até 69 kg e se prepara para participar do

Mundial, a partir de 11 de outubro, no Cazaquistão.

Curiosidade e defesa pessoal, esses foram os motivos que levaram o morador da Maré a praticar boxe no Luta Pela Paz, em 2001. “Minha mãe ficou muito preocupada e chegou a pedir para eu parar com essa ideia de lutar boxe. Minha família incentiva, mas minha mãe ainda tem medo de que eu me machuque”, brinca Roberto Custódio que, em setembro, sagrou-se campeão Continental na categoria até 69kg.

Engana-se quem pensa que vida de atleta é fácil. Roberto confessa que teve dúvida em continuar no esporte, principalmente quando foi convocado para a seleção brasileira de boxe, que treina em São Paulo. “Na época minha esposa estava grávida e não queria deixá-la sozinha. Mas ela me incentivou e foi muito forte em passar esses meses praticamente sozinha em um momento ?nal de gestação. Nossa ?lha nasceu bem e eu estava em uma competição no momento do nascimento dela, por isso não pude estar presente”, lamenta.

Como identi?car um atleta

Segundo Roberto, a dedicação a um esporte faz muita diferença, mas nem todos que treinam chegarão a ser um atleta de alto rendimento. Ele mesmo não pensava em ser atleta de seleção. “Com o passar do tempo, isso foi virando uma meta. Agora é só uma questão de tempo e logo teremos mais jovens da Maré aqui em São Paulo treinando na seleção”, acredita ele.

Para Luke Dowdney, fundador do Luta pela Paz, situado na Nova Holanda, existe um processo de identi?cação para saber se
um adolescente tem potencial para ser um atleta, mas é importante dizer que o dom do boxe não dá para ensinar. “O
treinador percebe alguns elementos, como coordenação motora avançada, inteligência no ringue, habilidade de ler o adversário e a vontade de lutar. Uma combinação de talento, empenho e gosto para o que faz”, explica. No caso de Roberto, o treinador Gibi foi quem o acompanhou de perto até a convocação do rapaz para a seleção.

Sobre a vitória de Roberto, Luke diz que ele é um atleta de projeção mundial com grandes chances de ir para os jogos olímpicos de 2016. O Luta, que ?ca na Nova Holanda, é um projeto que nasceu com o objetivo de acolher jovens que muitas vezes são vistos como problema, mas que hoje é procurado pelos moradores em geral.

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[toggle title=”Parada gay da Vila do João atrai 8 mil”]

Cerca de 8 mil pessoas participaram da 5ª Parada Gay – Maré sem preconceito, realizada no domingo, 6 de outubro, na Vila do João e na Vila do Pinheiro. “Queremos mostrar à sociedade que a comunidade LGBT vive feliz. A Vila do João é pací?ca e podemos ir e vir sem nenhum tipo de preconceito”, conta Alberto Araújo Duarte, o Beto, organizador do evento, que contou com a presença de David Brasil, Susy Brasil e transformistas do Rio.

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[toggle title=”Cheesecake com calda de goiabada”]

Receita enviada pela Rosana Alves, aluna formada pelo Maré de Sabores.

Ingredientes:

– 1 pacote de biscoito maisena (125g)
– Manteiga amolecida (75g/ 4 colheres)
– Cream cheese (300g)
-Açúcar de confeiteiro (60g)
– Essência de baunilha (5 ml/ 1 colher
de chá)
– Suco de limão (5 ml/ 1 colher de chá)
– 3 ovos
– Goiabada (500g)

Modo de preparar:

1- Bata os biscoitos em um liquidi?cador até que vire farelo;

2- Junte a manteiga ao farelo e amasse até que ?que uma massa compacta;

3- Pressione essa mistura em uma forma de fundo removível de 20 cm de diâmetro;

4- Pressione bem os lados para que eles ?quem mais altos que o fundo;

5- Bata junto o cream cheese, a essência de baunilha, o suco de limão, o açúcar e os ovos, até que ?que uma mistura cremosa;

6- Bata o creme de leite e junte a mistura ao cream cheese;

7- Espalhe sobre a massa do biscoito e alise com uma espátula.

Asse em forno pré aquecido (180°c) por 40 minutos ou até a superfície dourar.

Calda de goiabada:

Em uma panela aqueça a goiabada, o suco de limão e 1 xícara de chá de água.
Cozinhe em fogo baixo. Quando estiver morna despeje a cobertura sobre a torta.

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Maré de Notícias #45

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[toggle title=”Mais de 5 mil se reúnem na segunda Parada gay”]

Famílias inteiras dançavam todas as músicas, mas as da cantora Anitta deram o tom da festa. Gilmar Cunha, presidente do Conexão G, conta que esse evento é um ato político e não apenas uma festa. A Parada Gay marca o fim de um dia inteiro de trabalho de orientação de saúde e cidadania com objetivo de levar serviços e oportunidades ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros).

As diferenças sociais e econômicas mostram que as barreiras que a população precisa enfrentar na favela são ainda maiores. “O gay na Zona Sul costuma ter nível superior, mas na favela dificilmente chega à universidade. O movimento LGBT começou com a classe média, mas estamos aqui para mostrar que não é somente uma questão da classe média. É preciso construir uma agenda de políticas públicas para a população LGBT de favela”, ressalta Gilmar.

Rosemberg Medeiros, que acompanhava o evento com sua esposa, achou a Parada uma brincadeira muito saudável. “A violência contra homossexuais é coisa de gente ignorante. Cada um gosta do que quiser. Eu não tenho homossexuais na família, mas meu vizinho é e nos damos muito bem”, afirma.

Igrejas da Maré se reuniram para fazer uma vigília por causa do evento. “Não tenho nada contra as igrejas ou qualquer religião. Somos filhos de Deus também e queremos respeito. É muito bonito ver pais, mães e crianças dentro dessa manifestação contribuindo para um Brasil menos desigual”, desabafa Gilmar.

O desfile começou na Rua Teixeira Ribeiro, na Nova Maré, e terminou na praça do Parque União com show de travestis. “Estou terminando o evento com tristeza por saber que atos de homofobia ainda acontecem na Maré, mas espero que um dia não exista mais discriminação por cor, raça, orientação
sexual ou religião”, conclui Gilmar.

Dia 13 de outubro acontece a Parada Gay, em Copacabana.

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[toggle title=”Vila do João completa 31 anos”]

No dia 31 de agosto, a Vila do João esteve em festa, na comemoração de seu aniversário. A comunidade celebrou bodas de Nácar, 31 anos de existência. O evento aconteceu na quadra, organizado pela Associação de Moradores com a colaboração de comerciantes locais. Na parte da tarde, o espaço foi das crianças, com animação, brinquedos, recreação, distribuição de lanches e bolo. Para o público adulto, a festa foi à noite, com apresentações musicais, nos estilos gospel, samba, forró, pagode e funk.

A festa marcou a inauguração da quadra, reconstruída pela NHJ do Brasil e batizada de Centro Esportivo e Cultural. A festividade ainda incluirá, durante o ano, a restauração da placa comemorativa do início das obras da Vila do João, em 1981, que será colocada na frente da associação. A placa tinha sido pichada.

A festa de aniversário acontece há oito anos e já entrou para o calendário da comunidade. “Estou feliz, pois trabalhei na construção da Vila do João. Essa data tão especial para mim e moradores é um resgate da história”, destacou o presidente da Associação, Marco Antonio Barcellos, o Marquinho Gargalo. Na época da construção da comunidade pelo governo federal, estima-se que um terço da população da Maré morava sobre palafitas, principalmente na Baixa do Sapateiro e no Parque Maré. Parte dessas famílias foi transferida para o conjunto habitacional Vila do João.

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[toggle title=”Curso mostra o valor da amamentação”]

Os centros municipais de saúde Vila do João e Hélio Smidth receberão o status de Amigos da Amamentação. O título será concedido após a participação de funcionários das duas unidades em curso sobre a valorização do leite materno e início das atividades aprendidas. A primeira etapa do curso ocorreu de 12 a 16 de agosto. A segunda fase agraciará outros funcionários.

Uma das organizadoras do curso, a técnica em enfermagem e responsável pela amamentação da Área de Planejamento 3.1 (que inclui a Maré), Zilda Santos, da prefeitura, defende a multiplicação de capacitadores atuando nesta área. “O leite materno traz inúmeros benefícios para as crianças, como a redução de doenças. É a única alimentação que o bebê precisa. Além disso, para o planeta leva a sustentabilidade, com menos lixo cheios de latas e mamadeiras”, afirmou.

Entre as alunas estava a auxiliar do cirurgião dentista do CMS Vila do João, Marilena Pereira, que espera contribuir para que mais mães possam amamentar. “Agora poderemos, com palavras certas, incentivar o leite materno. Sou da odontologia e o leite ajuda até na dentição”, comenta ela.

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[toggle title=”Torta Alemã”]

Receita enviada pela Geisa da Empada, que também faz diversos doces na Le

Papitos (na Rua Principal nº 73, na Nova Holanda)

Ingredientes:

– 200g de manteiga sem sal, gelada
– 1 xícara (chá) de leite
– 1 lata de creme de leite sem soro
– 3 gotas de essência de baunilha
– 2 pacotes de biscoito Maria (400g)
– 150g de chocolate meio amargo
– 1 caixa (200g) de creme de leite

Modo de preparar:

1 – Bata a manteiga e o açúcar na batedeira até obter um creme liso e fofo. Acrescente o creme de leite e a essência de baunilha e bata na mão. Reserve;

2 – Coloque o leite em um prato fundo e umedeça levemente os biscoitos;

3 – Em uma forma de aro removível (22 a 23 cm de diâmetro), intercale camadas de creme e de biscoito, terminando com creme. Leve a geladeira por 3 horas;

4 – Derreta o chocolate com o creme de leite em banho-maria, espere esfriar e cubra a torta. Leve a geladeira por mais 1 hora;

5 – Ao desenformar, passe a faca entre o aro na torta para soltá-la inteira. Dica: Se preferir mais consistente, é só colocá-la por 2 horas no freezer e servir como sorvete.

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Maré de Notícias #44

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[toggle title=”Grafite nos nossos muros”]

Jovens moradores que zeram um curso de Consciência Cidadã, em parceria com o Luta pela Paz, estão gra tando 20 muros da Nova Holanda e Rubens Vaz, entre os dias 3 e 17 de agosto. O grupo criou o projeto Cara Nova, com o objetivo de deixar a Maré mais bonita e  ainda mais consciente de seus direitos.

Os  grafites escolhidos, alguns incluindo frases simbólicas, têm como tema os direitos humanos, os protestos que tomaram conta das cidades do país e o desenvolvimento pessoal. “Nossa ideia é continuar o projeto”, conta Orlando João Lira, líder de comunicação do Cara Nova.

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[toggle title=”Jornada traz estrangeiros para a Maré”]

Muitos peregrinos caram hospedados em casas de moradores, durante a Jornada Mundial da Juventude, em julho. Além disso, a Maré recebeu a visita de centenas de estrangeiros. No dia 18, 220 jovens moradores da Inglaterra, mas de várias nacionalidades, estiveram na Baixa do Sapateiro. Eles zeram uma reunião na Praça do 18 e depois seguiram para a Paróquia Jesus de Nazaré, na Rua Ivanildo Alves. Os jovens eram de um grupo da Igreja Católica intitulado Caminho Neocatecumenal.

Valdir Alves, integrante do grupo, fez questão de negar a polêmica sobre a suposta decisão da Igreja de proibir que peregrinos cassem hospedados na Maré, por ser área de risco. “Nós estamos com o espírito de acolher e temos pessoas em nossas casas”, afirmou ele, na semana do evento.

Após o encerramento, a Maré recebeu ainda cerca de 200 croatas, que zeram uma evangelização no muro da Real.

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[toggle title=”Esperança na urbanização”]

Com dois anos de mandato, a diretoria da Associação de Moradores do Conjunto Esperança vem modificando o espaço urbano. As obras de construção de quadra, reformulação de salão de festa, criação de parquinho, preservação da arborização, nova iluminação e pintura de blocos e muros são alguns pontos de mudança. A limpeza do canal e das ruas só foi possível através dos garis comunitários que trabalham todos os dias da semana. Para debater as demandas, a comunicação é primordial na transformação. Por isso, os diretores da associação costumam fazer reuniões trimestrais com síndicos e moradores.

Uma das novidades é a conservação da Rua José Moreira Pequeno, que ganhou grafites nos muros, latões de lixo e placas sobre como manter o espaço limpo. “Aqui estava abandonado. A região administrativa iniciou as melhorias, logo em seguida veio a associação e completou os avanços”, conta o comerciante Oberdan Teixeira.

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[toggle title=”Palha Italiana”]

Receita enviada por Fabíola Loureiro

Ingredientes:
1 lata de leite condensado
8 colheres de sopa de chocolate em pó
1/2 colher de sopa de margarina
1 pacote de biscoito maisena

Modo de preparar:
1- Pique o biscoito em pedaços pequenos e reserve;

2- Faça um brigadeiro com o leite condensado, a margarina e o chocolate em pó;

3- Assim que o brigadeiro começar a soltar do fundo da panela, misture o biscoito picado até formar uma massa;

4- Retire do fogo e coloque a massa numa fôrma;

5- Deixe esfriar, corte em quadradinhos e passe no açúcar re nado (nesta foto, faltava ainda colocar o açúcar);

6- Sirva à vontade.

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Maré de Notícias #43

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[toggle title=”Coleta seletiva na Maré”]

Por Hélio Euclides

Os Conjuntos Pinheiro e Esperança terão coleta seletiva de lixo doméstico e reaproveitamento dos resíduos sólidos e orgânicos. Para isso, foi desenvolvido o Programa Rever, do Núcleo de Ação Comunitária e Desenvolvimento Social (Nacodes). As duas comunidades da Maré foram escolhidas em função da logística dos blocos, que facilita a implantação da coleta seletiva.

O programa tem como prioridade fomentar reflexões e discussões sobre o ambiente, saúde, educação, integração, gestão autônoma e sustentabilidade inovadora. Participam as duas associações de moradores, os síndicos dos prédios, o grupo de idosos Amor Maior e os Jardineiros Comunitários.

“A base do trabalho é rever conceitos, pois é significativo termos um novo olhar sobre o lixo”, explica um dos organizadores, Sebastião da Silva Rodrigues. “É muito bom unir forças para beneficiar os moradores”, afirma a presidente da Associação de Moradores do Conjunto Pinheiro (Amacovipi), Eunice Cunha.

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[toggle title=”UPA Maré tem nova administração”]

Por Hélio Euclides

Viva Rio assumiu gestão prometendo diálogo com comunidade

Ao completar seis anos, a Unidade de Pronto Atendimento da Maré (UPA), na Vila do João, mudou a equipe gestora. Antes o atendimento era feito por profissionais do Corpo de Bombeiros, e desde janeiro passou para o Viva Rio Saúde, num contrato de terceirização do serviço.

“O pediatra é um diferencial e agora estamos acabando com a lacuna. Já estamos com dois profissionais”, afirmou o coordenador Roberto Simões, após uma reunião com as lideranças comunitárias do bairro, em junho. A falta de pediatra era uma das reclamações dos moradores.

Ele lembrou que, mesmo fora do horário do pediatra, é importante que o morador leve a criança doente até a UPA para uma avaliação e encaminhamento ao local adequado, se necessário com o uso da ambulância.

O Viva Rio Saúde já administra seis centros municipais de saúde localizados nos Cieps da Maré, uma unidade na Vila do João, outra no Parque União e a Clínica da Família Augusto Boal.

Equipe da UPA Maré: 4 médicos clínicos, 2 pediatras*, 1 dentista, 1 técnico de saúde bucal, 5 enfermeiros, 11 técnicos de enfermagem, 1 assistente social, 1 técnico de radiologia, 1 farmacêutico, 1 auxiliar de farmácia, 1 maqueiro, 1 enfermeiro especialista em infecção, além do quadro de apoio.

* O plantão pediátrico é de 19h de segunda até as 19h de quinta. Está aberto o processo de seleção para contratação de mais um pediatra. Informações: 2334-7830 / 2234-7832 / 2234-7834.

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[toggle title=”Fuzil: no centro da cidade não, mas na favela sim?!”]

Por Eliana Sousa Silva – Diretora da Redes da Maré e da Divisão de Integração Universidade Comunidade PR-5 – UFRJ

“Fuzil deve ser utilizado em guerra, em operações policiais em comunidades e favelas. Não é uma arma para se utilizar em área urbana”.

Este comentário foi feito pelo consultor de segurança pública Rodrigo Pimentel, durante o telejornal RJ TV 1ª edição de 18 de junho. Ele foi feito de forma natural, ao analisar a imagem de um policial militar com uma metralhadora atirando para o alto, mas na direção de manifestantes que praticavam ações violentas em frente à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Ele ressalta o despreparo do profissional da segurança pública, chamando a atenção para o fato de que “o tiro, do mesmo jeito que vai para o alto, desce e pode atingir de maneira letal qualquer pessoa.”

A observação do atual comentarista da área da segurança pública da Rede Globo demonstra o pensamento de parte significativa da nossa sociedade, com ênfase para os governantes, sobre como as políticas públicas são idealizadas e efetivadas a partir de uma visão hierarquizada da cidade e dos cidadãos. No caso da reportagem, a afirmação de que a metralhadora não poderia ser utilizada numa cena urbana de protestos, mas na favela ou em situação de guerra sim, ilustra como o valor a vida na nossa cidade vai depender do território ou das pessoas das quais estamos falando. Afinal, o que define a diferença fundamental para o uso do fuzil, quando estamos falando de cidadãos da mesma cidade? E, ressaltese, no caso das favelas, temos cidadãos que não têm garantido o direito elementar no campo de segurança pública.

É triste precisar afirmar algo tão óbvio: que não se justifica em passeatas ou nas favelas a utilização de armas pesadas, tampouco as violências policiais características das últimas manifestações pelo país afora, e historicamente nas favelas.

Rodrigo Pimentel entrou aos 18 anos para a Polícia Militar do Rio de Janeiro. Trabalhou como capitão do Bope, durante 5 anos e ganhou notoriedade pela participação no documentário “Notícias de uma Guerra Particular” e outros filmes vinculados à favela e aos  grupos criminosos. Deixou a polícia para se dedicar ao trabalho profissional de analista de segurança pública.

O que estarrece é o fato de serem as opiniões e análises desse profissional consideradas um bom parâmetro para se entender o que acontece na segurança pública do Rio de Janeiro. É a partir de visões como a apresentada por Rodrigo Pimentel que se sedimentam juízos perversos e estereotipados sobre as favelas e quem ali reside.

Quando realizei pesquisa de doutorado em 2009 no campo da segurança pública, tive como motivação entender as práticas dos policiais militares nas favelas, especificamente na Maré. As questões ali propostas, e várias ainda me acompanham, se relacionam de maneira direta com a fala do citado comentarista.

O meu intuito e desejo como alguém que cresceu e se socializou na favela era o de construir um quadro interpretativo das práticas cotidianas presentes na Maré, em especial as violentas, que permitisse ir além das representações hegemônicas no mundo social carioca e brasileiro sobre a violência estabelecida nas favelas do Rio de Janeiro. Dessas, duas estão diretamente relacionadas com a fala de Pimentel: “Quais seriam as representações, valores, princípios e regras que têm orientado as práticas dos profissionais da segurança pública, quando se trata do trabalho junto às populações mais pobres da cidade do Rio de Janeiro?” e “As experiências e representações dominantes nas organizações do Estado, na mídia, na população em geral, estão centradas na idéia de que a única possibilidade de enfrentamento dos grupos criminosos passa, necessariamente, por uma opção sustentada em práticas também violentas?”

A fala daquele comentarista é simplesmente a expressão de uma lógica perversa, violenta e irracional disseminada na sociedade e nas forças do Estado, que enxergam a sociedade civil e as populações das favelas como “problemas” a serem eliminados e não como sujeitos de direitos que devem ser reconhecidos e respeitados.

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[toggle title=”Cursos de capacitação”]

A instituição Banco da Providência está com inscrições abertas para vários cursos gratuitos de capacitação: Cabeleireiro, Mega-hair e Entrelace; Corte e Costura, Modelagem, Costura em Malha e Lycra; Lancheiro (Doces e Salgados) e Bolos e Tortas; informática (Windows e Word, Excel, Power Point e Internet, Básico em Montagem e Manutenção de Micro Computadores. Ao final, a instituição encaminha para a agência de empregos.

As aulas ocorrerão do dia 29 de julho até 23 de agosto, às terças e quintas, de 9h às 11h30, em Realengo, mas a instituição pagará o transporte. As inscrições podem ser feitas na capela da Paróquia São José Operário, na Vila Pinheiro, na Via A1 nº120 A, às terças e quintas, com a assistente social Vânia de Carvalho Pinto (tel.: 8578-0628).

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Maré de Notícias #42

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[toggle title=”O último barraco construído no Parque Maré”]

Moradora conta vários episódios vividos por ela, até mesmo do tapa que levou do então marido. Ela revidou bravamente, mas acabou passando uns dias na cadeia

Por Fabíola Loureiro

Maria Luiza Souza da Silva, de 78 anos, nasceu no Espírito Santo e veio para o Rio de Janeiro com dois anos de idade, indo morar em Pureza, distrito de São Fidélis, no norte do estado. A capixaba conta que já adulta morou um tempo em Manguinhos com o marido, Realino Lucas, e na década de 1960 mudou-se para a Maré. “Quando cheguei aqui, logo comecei a trabalhar como empregada em casa de família para ajudar na renda mensal. Aqui não tinha casa de tijolos, apenas barracos de madeira, uns maiores e outros menores, mas tinha bastante morador”.

Quem organizava a favela nessa época era o mineiro Manuel Virgílio, líder da Associação do Parque Maré, conhecido como Manuel da Foice por sempre estar com uma foice amarrada na cintura. Ele liberou um espaço para o casal construir um barraco de madeira. Segundo Maria Luiza, este barraco foi o último a ser erguido, pois logo em seguida começou a construção da Nova Holanda.

Um episódio marcante na vida de Maria Luiza foi quando seu marido lhe deu um tapa no rosto e ela revidou, fazendo-lhe um pequeno corte com um canivete. Seu Realino foi para o hospital e ela passou oito dias presa. Depois disso eles se separaram, o marido vendeu o barraco e foi embora levando seus dois filhos juntos. Passado algum tempo, Maria conheceu Antônio Pereira da Silva, que era cunhado de uma vizinha sua. Com ele teve sete filhos e se casou depois de estarem 24 anos juntos. Após o casamento ficaram mais oito anos juntos até Antônio falecer, em 1997. “Entre mortos e feridos, tive quase uns vinte filhos”, conta.

Mudança no nome

Outra história curiosa é que, ao nascer, Maria Luiza, na verdade, recebeu o nome de Cionilia, escolhido por sua mãe. Porém, ao crescer, ela não gostava desse nome porque as pessoas não conseguiam falar corretamente.Aos 8 anos, Maria Luiza perdeu sua mãe e conta que foi trabalhar como escrava numa fazenda em Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio. Ela lavou louça e limpou o chão em troca de comida durante cinco anos, até conseguir fugir, recebendo abrigo na casa de um casal italiano. Já adolescente, gostava de sair para pescar com as amigas: “Na roça minha vida era pescar. Eu adorava e só pescava peixe grande!”.

Como não tinha sido registrada quando criança, foi preciso preparar a documentação para poder se casar com Antônio. Assim, ela teve a oportunidade de sugerir o nome que gostaria de ser chamada: Maria Luiza.

Há 53 anos na Maré, ela conta que, ao chegar aqui, encontrou o problema da falta d’água. Somente na década de 1980 é que a água encanada chegou para todos. “Tinha uma bica na Teixeira Ribeiro aonde todos os moradores iam com a lata para encher de água. O presidente da associação responsável por providenciar isso foi o Manolo. Ele foi de casa em casa saber quem queria ter água encanada. Lembro que fui a primeira a receber a água. Foi num dia de sábado de Aleluia”, lembra, orgulhosa.

Maria Luiza é uma das entrevistadas pelo Núcleo Memória e Identidade da Maré (Numim), projeto da Redes que lançará em breve o segundo volume da Série Tecendo

Redes de Histórias e Memórias da Maré. O primeiro foi sobre a Nova Holanda. Este será sobre o Parque Maré e sobre o Morro do Timbau. Um dos princípios do projeto é valorizar a história da comunidade a partir da vivência dos moradores (para saber a data do lançamento, acompanhe o facebook da Redes: /redesdamare ou o site: www.redesdamare.org.br).

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[toggle title=”O Troca de vivências”]

Seminário de Educação na Maré contribuiu para ampliar o debate pela valorização da escola pública nas 16 comunidades locais

Por Aramis Assis

Debates sobre qualidade do ensino, educação integral, segurança pública, além de muita troca de experiências, marcaram o III Seminário de Educação da Maré: Compartilhando Saberes e Vivências, que aconteceu em 25 de maio, no Campus da UFRJ (Ilha do Fundão). O evento reuniu professores, diretores, coordenadores pedagógicos, profissionais da área de educação, além de moradores e demais interessados. O objetivo comum dos 130 participantes é contribuir para a valorização da escola pública no conjunto de favelas da Maré.

 O seminário, que ocorre desde 2009, vem contribuindo para a ampliação de debates necessários para a construção do enfrentamento, de maneira partilhada, dos desafios presentes na nossa realidade educacional.

Julia Ventura, uma das coordenadoras gerais do Programa Criança Petrobras na Maré (PCP Maré), que promoveu o evento, ressaltou como aspecto positivo a qualidade dos debates e o envolvimento dos participantes. “O seminário deixou claro que existe um forte potencial reflexivo e de ação entre os profissionais de educação atuantes na Maré. Este é um potencial que precisa ser constantemente incentivado e aproveitado, diante do desafio de construir uma educação pública de qualidade na região. Por isso, para as próximas edições do evento, precisamos estabelecer estratégias que tornem possível a participação de um maior número de professores, num contínuo desenvolvimento deste processo da mobilização coletiva destes atores”, avaliou Julia.

A programação contou com diversos profissionais convidados, entre eles Ana Maria Cavaliere (UFRJ) e Marcelo Burgos (PUC-Rio). Ana ampliou a concepção da educação integral ao explicar a sua não relação, necessariamente, com o tempo integral, já que o real significado desse termo está no preparo do aluno para todas as experiências socioculturais da vida.

Eduardo Fernandes, coordenador da IV Coordenadoria Regional de Educação,(CRE), da Secretaria Municipal de Educação(SME), participou da abertura do seminário e falou sobre o problema de segurança pública nas escolas locais, que têm sofrido com a falta de aulas e incursões policiais abusivas devido às operações Pré-UPP. Eduardo afirmou que a CRE interfere quando as incursões policiais atrapalham o andamento das escolas. “Foi pedido para que as operações não acontecessem nas escolas ou pelo menos não no horário de aula. A polícia disse que atenderia nosso pedido e realmente durante um período não aconteceu, mas depois as operações voltaram a acontecer nas escolas e reincidiu a parada do caveirão na porta delas”, explicou.

O seminário contou ainda com apresentações culturais, com o espetáculo Tempo Vago, da Cia de Teatro Balões, e do Marefestação, do PCP Maré. Professor há apenas três meses na Maré, pelo projeto Educação pela Paz, Maxwill Braga disse ter se sentido motivado com a apresentação do Tempo Vago, que expôs as frustrações dos alunos dentro de sala de aula. “O aluno deve ter espaço para construir a aula junto com o professor”, defendeu ele.

A troca de experiências e o contato entre os atores educacionais foram os aspectos mais valorizados pelos participantes, para que se possa construir uma escola preparada a pensar a educação, seus alunos, suas famílias e sua vizinhança – uma escola que pense o coletivo e o aluno como sujeito de sua história. Muitos dos presentes defenderam a continuidade de encontros que gerem novas possibilidades de ações e discussões, para que cada vez mais profissionais sejam envolvidos, juntamente com o apoio da IV CRE.

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[toggle title=”O lado A e o lado B da UPP”]

Pesquisador da Uerj avalia os aspectos positivos das UPPs e os muitos desafios existentes

Por Thais Herdy / Anistia Internacional

O coordenador do Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e (LAV-Uerj), Ignacio Cano, tem uma ampla visão do processo de instalação das UPPs. Ao liderar a pesquisa “Os donos do morro: uma avaliação exploratória do impacto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro”, ele teve acesso aos índices que determinam sucessos e dificuldades, desafios e possibilidades, do que ele chama de “projeto” das UPPs. Para ele, o sucesso global do projeto passa pela transformação das políticas de segurança, saindo da visão de que estamos em uma “guerra” para uma visão da polícia como prestadora de serviços.

Maré de Notícias: Gostaria que o senhor destacasse os principais pontos do estudo?

Ignacio Cano: Um fator a se destacar é que há uma redução muito importante no número de homicídios nas áreas onde as UPPs foram instaladas. Houve uma diminuição drástica das mortes violentas, uma redução dos roubos e um aumento dos registros de crimes não letais, como ameaças, lesões, estupros, desaparecimentos etc.

Maré: E a que são atribuídos esses resultados?

Ignacio: A diminuição das mortes a gente atribui ao fim da disputa pelo território. A própria polícia não faz mais operações nos moldes tradicionais, tanto é que, de todas as ocorrências, a que mais cai é justamente a morte por intervenção policial. O aumento do registro de outros crimes é atribuído a dois fatores. Primeiro, as pessoas que nunca denunciaram um crime na delegacia porque tinham medo, agora fazem isso. Segundo, a ausência da figura do “dono do morro”, que era uma autoridade violenta e que punia com a morte ou com expulsão qualquer pequeno crime, também pode estar contribuindo para o aumento desses outros crimes menos graves. Além disso, há um impacto na redução da criminalidade no entorno das comunidades.

Maré: Ainda existem muitos desafios?

Ignacio: Quando você avalia o projeto das UPPs em seu conjunto, você obviamente verifica muitos desafios a serem superados. O sucesso global do projeto passa por dois elementos: um é a possibilidade de transformar as políticas de segurança, mudar a tradição de “guerra ao crime” e “guerra ao tráfico” para uma política de polícia como serviço. É um desafio muito grande. A outra possibilidade, e é uma recomendação que fazemos em nosso relatório, é de que as próximas UPPs sejam criadas em áreas com alta letalidade. Mas não foi isso que aconteceu. As áreas mais violentas do estado, como a Baixada Fluminense e a Zona Oeste, ficaram em segundo plano até agora. O projeto privilegiou as áreas centrais, de classe média alta.

Maré: E a relação da polícia com os moradores?

Ignacio: Nós detectamos que a relação entre polícia e comunidade em geral melhora com a instalação da UPP, mas há muita diferença entre uma e outra, não é linear. Em algumas UPPs a relação é boa, em muitas há certa distância.

Maré: E por que, em sua avaliação, a polícia continua agindo desta maneira?

Ignacio: Existem setores dentro e fora da corporação que ainda acreditam que policiamento se faz trocando tiros, que tem que fortalecer a guerra contra o tráfico, contra o crime. Mudar isso é difícil. Os policiais em geral acham que o policiamento comunitário não é policiamento de verdade. Há resistência no mundo inteiro, muito mais aqui que nós temos esse histórico da polícia voltada para a guerra. A UPP ainda é um projeto de fora para dentro e de cima para baixo, e os moradores não sentem, com toda razão, que a UPP seja a polícia que eles desejam.

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Maré de Notícias #41

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[toggle title=”Com o pé na porta”]

Ações da polícia geram prejuízo aos moradores

Por:  Silvia Noronha

As incursões policiais, que ocorrem quase diariamente na Maré desde março, atingem sobretudo o direito de ir e vir dos moradores e trabalhadores locais. Uma das principais consequências recai sobre crianças e adolescentes, que vêm ficando sem aulas a cada operação. No dia 2 de maio, uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque fez moradores reviverem o terror de ter suas casas invadidas pelos próprios policiais.

Em pelo menos quatro casas, os moradores tiveram prejuízos materiais, entre eles o fotógrafo Ubirajara Carvalho, o Bira, que é cadeirante e teve sua câmera fotográfica destruída, e o professor de geografia da Redes, Bruno Paixão. Os demais preferiram não se identificar; um deles sofreu agressões físicas. Os casos foram denunciados e, no dia seguinte, um perito e um delegado da 21ª DP estiveram na Maré para averiguar os fatos. A Corregedoria da Polícia Militar ficou de investigar os policiais denunciados e a Defensoria Pública deve entrar com ação contra o Governo do Estado.

Na casa de Bruno, quando ele disse aos policiais que a ação dentro de sua casa, sem mandado de busca e apreensão, era ilegal, o PM respondeu que isso era “discurso de direitos humanos”.

Esse tipo de atitude, ainda comum, foi uma das razões que levou ao desenvolvimento da campanha “Somos da Maré e Temos Direitos”, pela Redes da Maré, Observatório de Favelas e Anistia Internacional. A campanha continua nas ruas, com a distribuição de material informativo sobre os direitos dos moradores e como proceder em caso de violação.

As três instituições também decidiram acompanhar a fase Pré-UPP na Maré, por meio de registros do que vem ocorrendo. Leia essas matérias do site da Redes: www.redesdamare.org.br, na aba: Maré Pré-UPP.

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[toggle title=”Atividades no Centro social do Parque União”]

O Centro Social Tecno Boxe, que funciona no antigo escritório da Tecno Calha, fábrica de telhas, no Parque União, oferece a alunos dos 7 aos 18 anos aulas de jiu-jitsu, MMA, luta livre, capoeira, teatro, break dance e violão. Para a terceira idade, há dança de salão e ginástica. Há ainda uma academia de musculação para os jovens.

“Fui lutador amador; o esporte mudou a minha vida e pode mudar a de muitos. É por isso que desejo o projeto ainda maior, incentivando os jovens para um futuro através do esporte”, diz o presidente do centro, Francisco Braz, que reclama apenas da falta de patrocínio. A renda vem de um estacionamento no subsolo e de pequenos comerciantes que abraçaram a ideia. As aulas são gratuitas, menos a musculação (de R$ 35 a R$ 40). Fica na Av. Brigadeiro Trompowski, 200. De 2ª a 6ª feira, de 18h às 23h. Tel: 7833-7084 e 9610-4518.

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[toggle title=”Xô vans na zona sul”]

Passageiros ficam sem transporte alternativo

Por:  Hélio Euclides

Desde 15 de abril, a cidade do Rio de Janeiro ficou sem um meio de ligação direta entre as zonas norte e sul. A prefeitura proibiu a circulação de vans e kombis pelos bairros da zona sul, deixando muitos passageiros sem transporte direto, precisando pegar dois ônibus para chegar ao trabalho.

“Não temos condução; só há ônibus para a zona sul bem cedo e ficamos abandonados durante o restante do dia. Só nos resta a baldeação”, conta Michele Santana. Segundo o coordenador da linha 484 do Parque União, Amilton Gomes, a decisão afetou mais de 4.000 passageiros que circulavam nessas 21 vans.

O transporte alternativo era a única possibilidade de ligação do Parque União para Copacabana e bairros próximos. Moradores e trabalhadores de Rubens Vaz, Nova Holanda e Parque Maré também utilizavam as vans. De dentro da Vila do João também existia uma linha até Copacabana. Desde abril, os moradores precisam andar muito até a Avenida Brasil e lutar para conseguir um lugar no ônibus, que costuma passar lotado nos horários de rush.

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