Boletim epidemiológico aponta Rio ainda em alto risco para covid-19

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Durante coletiva, prefeito fez novo pedido aos cariocas

Por Edu Carvalho, em 12/02/2021 às 13h

Durante a divulgação do 6º boletim epidemiológico da covid-19 no Rio realizada na manhã desta sexta-feira, 12, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez um novo apelo para que os cariocas evitem e denunciem aglomerações durante o período de Carnaval. Há quatro semanas a capital fluminense apresenta alto risco de contágio do coronavírus, e a fila de espera por leitos, que no início de janeiro era de 150 pessoas, foi zerada.

‘’Chegou a sexta do Carnaval que não vai acontecer. As razões do cancelamento, de termos regras de distanciamento, de não se permitir festas e bailes, têm o único objetivo: o de preservar vidas. Meu apelo aos cariocas é para que, por favor, evitem aglomerações em blocos e festas, porque é assim que as autoridades sanitárias nos recomendam’’, afirmou o prefeito. 

Paes reforçou que muitas iniciativas farão apresentações pelas redes sociais, nas chamadas ‘lives’, e que na TV aberta haverá reprise de desfiles históricos. ’’Façam uma celebração diferente, para que a gente possa preservar vidas’

Em relação aos cuidados e proteção à vida, nada foi modificado. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o fato das médias móveis de casos e de óbitos manterem a tendência de queda e a fila por um leito Covid-19 estar zerada, a classificação está mantida por conta do período de Carnaval e também pelo surgimento de novas variantes do vírus, ainda que nenhum caso tenha sido registrado no Rio.

‘’A grande maioria das áreas da cidade já poderia estar em risco moderado. Mas têm situações que a gente não pode ignorar que é a questão do carnaval e também da cepa de Manaus circulando. A gente ainda não tem todas as informações sobre ela. Na saúde pública precisamos ter prudência e a opção foi manter todo mundo em risco alto’’, informou o secretário.

Mais de 200 mil pessoas vacinadas

O Rio de Janeiro é o município do estado que mais vacinou contra a Covid-19, com tempo médio de espera para a aplicação da vacina inferior a 15 minutos. Já foram aplicadas na cidade 224.389 doses, o que corresponde a 3,33% da população. A Secretaria Municipal de Saúde tem conseguido executar o calendário planejado. 

Ontem, 11, a Secretaria Municipal de Saúde havia emitido nota alertando o risco de parar a vacinação. “A SMS conta com a chegada de novas doses a partir da próxima semana. Caso essa entrega não aconteça, o calendário será interrompido até a chegada de novas doses”. Durante a coletiva, o prefeito garantiu que tem capacidade para vacinar até terça-feira, 16, sendo possível imunizar idosos de 84 e 83 anos, respectivamente. Pelo cronograma informado pelo Ministério da Saúde, há previsão de o município receber novas remessas de doses nas duas próximas semanas, com as quais espera manter a programação da vacinação para os próximos grupos prioritários. 

Fiscalização para evitar aglomerações

A Prefeitura mantém intensificadas as ações de fiscalização na cidade para garantir que as normas restritivas de proteção à vida sejam cumpridas. Ações integradas desde o dia 15 de janeiro entre a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), o Instituto de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio), a Guarda Municipal e a Defesa Civil já passaram por 51 bairros, contabilizando 443 inspeções em estabelecimentos, 232 infrações sanitárias e 36 interdições. 

Nesta quinta, foi anunciado o plano logístico de prevenção e combate às aglomerações durante o período de carnaval, cancelado devido à pandemia da Covid-19. Desta sexta-feira (12/02) até o dia 21 de fevereiro, os órgãos municipais (Seop, Ivisa-Rio, Centro de Operações Rio, Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Transportes e CET-Rio) farão ações de fiscalização para evitar eventos irregulares que gerem concentração de pessoas. As medidas estão amparadas no Decreto n° 48.500 e na Resolução Conjunta SES/SMS.

De acordo com o artigo 2° do decreto N° 48.500, publicado no último dia 5 em Diário Oficial, estão proibidos, neste período, a concentração e o desfile de escolas de samba e blocos de rua; a concessão de autorização para comércio ambulante temporário e de licenciamento transitório para eventos de blocos carnavalescos; e a entrada na cidade de ônibus e demais veículos fretados, exceto aqueles que prestem serviços regulares para funcionários de empresas ou para hotéis, cujos passageiros comprovem reserva de hospedagem.


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