Curso gratuito para produtores culturais de favelas

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Iniciativa para agentes culturais, pretos, indígenas e LGBTQIAPN+, oferecerá bolsa-auxílio de R$ 200 aos alunos

Estão abertas as inscrições para o curso “Formação Escuta”, voltado para produtores de cultura das periferias e favelas do Rio de Janeiro. A iniciativa promovida pela UNIperiferias em parceria com o Instituto Moreira Salles (IMS) é gratuita e vai oferecer bolsa-auxílio de R$ 200 aos alunos que preencherem cada uma das 20 vagas disponíveis. As inscrições são direcionadas preferencialmente para pessoas negras, indígenas, LBTQIAPN+, de baixa renda, e vão até o dia 18 de julho.

As aulas começam no dia 08 de agosto e vão até 02 de outubro na sede da UNIperiferias, na rua Teixeira Ribeiro, 535, no Parque Maré, uma das 16 favelas da Maré, zona norte do Rio. O curso acontecerá em dias alternados, das 18h30 às 21h, e abordará diversos temas pertinentes ao processo curatorial e à atuação profissional da área como leis de incentivo à cultura, captação de recursos e elaboração de projetos.

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Os professores vieram do mercado, como Milena Manfredini, Lorraine Mendes, Jean Carlos Azuos, Clementino Jr, Rodrigo Cae, Rôssi Alves Gonçalves, Mariana, Sobreira, Natalia Simonete e Carlos Ferreira.

Segundo a organização do curso, a proposta nasceu da vontade de fortalecer o conhecimento e aprimorar as práticas de produção cultural e seus atravessamentos com o campo do pensamento curatorial nas áreas da música, artes visuais, cinema e literatura. “ O curso é importante por conceber, inicialmente, uma estrutura de rede entre os diversos produtores e curadores culturais atuantes nas periferias e favelas da metrópole fluminense, assim como reforçar os conhecimentos teóricos e práticos, através de mentorias com profissionais que estão há anos no mercado da cultura”, destacou o coordenador de Cultura da UNIperiferias, Osmar Paulino.

Todo o processo de inscrição é online (neste link) e o critério de seleção será pelo engajamento prático com o campo da cultura das pessoas candidatas. A equidade de gênero e a diversidade étnico-racial, territorial e socioeconômico são fatores que também serão levados em conta na seleção. A proposta é que todos saiam do curso, de alguma forma, motivados e seguros a abraçar as oportunidades que surgem no mercado. Além de criar redes e canais de difusão de conhecimento.

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