Dia do Jornalista: Memória e afeto no jornalismo comunitário

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Hélio Euclides, mais conhecido como Helinho ou Hélio do jornal no território da Maré, se tornou referência local de comunicação 

Por Edu Carvalho, em 07/04/2022 às 11h37

À serviço de quem precisa. É assim que o trabalho do jornalista deve e merece ser pautado, atuando como antena de histórias e acontecimentos que mudam desde um problema vivenciado em um beco, com impactos que podem movimentar um país. De maneira dinâmica, empática e solidária, é assim que profissionais da comunicação traçam essa trajetória, sendo um exemplo diário dentro do jornal Maré de Notícias, o repórter Hélio Euclides.

Morador da Maré por 42 anos, período que viveu o dia a dia nas ruas do território, Hélio é o colaborador mais experiente, com participação ativa desde a primeira edição do impresso (e por sua vez, da extensão para o online). Residente de Ramos atualmente, o jornalista é reconhecido como o “Hélio do jornal” e tornou-se o “microfone”, como ele mesmo gosta de se autointitular, às demandas mais urgentes do local. 

Tem como referência o escritor e jornalista João do Rio (1881-1921), como profissional que compunha os retratos diários de uma cidade, sempre na rua. “É isso que quero, pisar na rua. Jornalista precisa sair da redação, e alguém precisa fazer matéria”, opina. 

“Se todo território tivesse uma comunicação comunitária sólida, seria perfeito. Não é dar voz ao morador; isso ele já tem. O que precisamos fazer é potencializar, aumentar sua visibilidade. Somos nós que fazemos, muitas vezes, uma ponte com o poder público para trazer soluções’’, avalia. Como ponte que auxilia na promoção de acesso e oportunidades ao território, é mais cartesiano em relação ao ofício de quem faz comunicação comunitária. “Não podemos ganhar em cima da favela. Eu tenho que ajudar, e não tirar”. 

Você confere um pouco mais sobre o papo que Matheus Affonso bateu com o jornalista, nessa entrevista feita especialmente como forma de homenagem a quem atua diariamente com essa missão.

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