Por Edu Carvalho em 01/12/2020 às 10h30
A quarta edição do Radar Covid-19 Favelas traz como destaque depoimentos de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) sobre o atendimento durante esse período de pandemia do covid-19. O informativo também apresenta reivindicações e denúncias realizadas por moradores, trabalhadores e pessoas que atuam em territórios periféricos do Rio de Janeiro.
Na seção “Megafone”, há relatos de moradores que foram desalojados no dia 22 de outubro da ocupação Ágatha, localizada no Centro do Rio. Ao todo, 16 famílias incluindo crianças, idosos, uma mulher grávida e pessoas com dificuldade de mobilidade foram despejados sem aviso prévio. O informativo também deu espaço ao ato contra o fechamento do Hospital Geral de Bonsucesso, onde trabalhadores da unidade e movimentos sociais da saúde realizaram , no dia 3 de novembro, para garantir o emprego dos funcionários e uma reabertura segura, após incêndio que atingiu parte do hospital.
Outros assuntos ganham destaques nessa seção, como a quinta Semana dos Agentes Comunitários de Saúde, onde foi apresentado o 1º boletim da pesquisa de monitoramento das dificuldades e condições de saúde destes agentes em tempos de Covid-19; a falta de água na Maré durante a pandemia; e a dragagem do canal São Fernando que está fazendo a Estrada José Cid Fernandes, no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, afundar, deixando moradores da região sem coleta de lixo e com a circulação afetada.
Em “Movimentos Sociais”, o Radar Covid-19 Favelas apresenta uma nota da Comacs Manguinhos alertando sobre a possível descontinuidade dos serviços de saúde no território, devido ao fim do contrato de muitos trabalhadores que receberam aviso prévio e não tiveram os vínculos renovados.
Encerrando a quarta edição do informativo, o “Especial ACS” apresenta depoimentos e relatos de Yolanda Oliveira (Bangu), Maria do Socorro Moreira (Santa Cruz) e Simvione Monteiro (Jacaré), agentes comunitárias de saúde que estão na linha de frente do combate da pandemia do novo coronavírus.
A publicação tem como base os relatos das mídias sociais de coletivos de favelas cariocas, com contato direto com moradores, lideranças e movimentos sociais, buscando sistematizar, analisar e disseminar informações sobre a situação de saúde nos territórios em foco em cada edição.
Lideranças e comunicadores populares também podem enviar sugestões de pauta, matérias e crônicas sobre a Covid-19 em seus territórios para o e-mail [email protected].
O Radar Covid-19 Favelas e o Boletim Socioepidemiológico nas Favelas são iniciativas da Sala de Situação Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro e podem ser acessados na página do Observatório Covid-19 da Fiocruz.