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O representante da Maré, Henrique Gomes, falou do pensamento do homem feminista na favela.

Uma mesa diferente reúne homens para falar do universo feminino

Em 16.11.18 – Por Hélio Euclides

A discussão de igualdade de gênero na visão de homens. Essa foi a provocação realizada na manhã do primeiro dia do WOW – Festival Mulheres no Mundo. A mesa foi mediada por Jude Kelly, idealizadora do WOW e ex-diretora artística do Southbank Centre. Ela incentivou os homens presentes a continuarem a ser feministas. “Não pode desistir, não é fácil, pois os outros homens pensam que vocês mudaram de lado, que são traídores”, enfatiza.

Avanido Duque da Silva, gestor de negócios da Actionaid, falou da necessidade de não se desviar da igualdade. “Quando colocamos os óculos da desigualdade, nunca mais você vai ver o mundo como antes. Essa fala incomoda. Mas o que ameniza é saber que muitos homens pensam como eu”, diz. Para Daniel Costa Lima, consultor independente no campo de gênero, a paternidade mudou sua vida. “Ser pai de classe média é mais fácil ser engajado. O difícil é ser homem negro, que precisa dedicar seu tempo ao trabalho, e não consegue viver a paternidade total”, conta.

A única mulher palestrante, Sandra Vale, consultora de gestão de desenvolvimento institucional da Promundo, disse que a desigualdade já chegou ao limite. “Precisamos mudar essa política que não fala de gênero, raça e direito”, expõe. O representante da Maré, Henrique Gomes, falou do pensamento do homem feminista na favela. “Parece que é um crime. Meus amigos me acham um chato, e já fui expulso de grupo de zap. O meu pensamento passa pelo meu entendimento político, que aprendi com Eliana Sousa (fundadora da Redes da Maré), sobre o investimento no diálogo sempre”, conclui.

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