Governo Federal e Ministério da Saúde lançam plano de operação para vacina contra covid-19

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Apresentação em plano reuniu governadores, ministros e demais parlamentares 

Por Edu Carvalho em 16/12/2020 às 20h10

Editado por Daniele Moura

Próximo de batermos a marca de 183 mil mortes em decorrência do novo coronavírus, nesta quarta-feira (16), o Governo Federal junto ao Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional de Operação da Vacina contra a covid-19, oficializando assim o documento entregue ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

A vacinação contra o novo coronavírus no Brasil começará pelos grupos prioritários, conforme o plano apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Ainda não há uma data para iniciá-la.

Na primeira etapa, os primeiros a serem vacinados serão os trabalhadores da área de saúde: profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e também profissionais de apoio, como cozinheiros e pessoal da limpeza de hospital, motoristas de ambulância, cuidadores de idosos, etc.

Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 foi entregue ao Presidente Jair Bolsonaro – Foto: Isac Nóbrega/PR

Indígenas aldeados em terras demarcadas, pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas e pessoas de 75 anos ou mais também devem receber a vacina nessa primeira fase.

Os próximos a serem imunizados, em uma segunda fase, serão os idosos entre 60 e 74 anos.

A fase três será voltada para pessoas com comorbidades, ou seja, com doenças que podem agravar a situação de saúde da pessoa em caso de uma contaminação com o Sars-Cov-2, o vírus que causa a covid-19.

São consideradas morbidades prioritárias: diabetes mellitus, hipertensão arterial grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer, obesidade grau III. Nessa fase também serão vacinadas pessoas com deficiência permanente severa.

A quarta fase será voltada para imunizar os trabalhadores da educação, população em situação de rua, membros das forças de segurança e salvamento, trabalhadores do transporte coletivo e transportadores rodoviários de carga e funcionários do sistema prisional e população carcerária.

Essas quatro fases correspondem aos quatro primeiros meses de vacinação, sendo incluídas as pessoas mais vulneráveis e aquelas com maior exposição ao Sars-CoV-2. A previsão é de que 51 milhões de brasileiros sejam imunizados nessa fase, que terá 108 milhões de doses (duas doses para cada pessoa mais 5% de reserva).

Vacinas

O plano de imunização detalha apenas a vacina que está sendo desenvolvida em parceria pela Universidade de Oxford e  a AstraZeneca. O Brasil vai receber 100 milhões de doses dessa vacina até julho. No segundo semestre, a Fiocruz, parceira no Brasil desse imunizante, vai produzir mais 160 milhões de doses.

Mas a intenção do governo é comprar todas as vacinas que receberem o aval da Anvisa. Além da Fiocruz, o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, está produzindo doses de uma vacina – a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.

Nenhuma das vacinas foi autorizada até o momento pela Anvisa, que já divulgou que seguirá um calendário para dar aval emergencial aos imunizantes.

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