Policiais não estavam usando câmeras corporais e não havia ambulância presente no local para atendimento em caso de feridos
Nas regiões da Nova Holanda, Parque União e Rubens Vaz o despertador do morador às 4h45 da manhã desta quinta-feira (21) foi o som de tiros, bombas e fogos. Era o começo da oitava operação policial do ano na Maré. Dos 31 dias letivos, os estudantes da Maré já perderam sete dias de aulas por causa das operações. Cerca de 200 atendimentos na clínica da família Jeremias Moraes da Silva foram suspensos e moradores saíram de casa no meio da tensão e do risco.
Desde as primeiras horas do dia circulam pelo bairro, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Choque (BPChq), do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Grupamento Aeromóvel (GAM) e do Núcleo de Apoio às Operações Especiais (NAOE). Segundo relatos dos moradores recebidos pela equipe de plantão do Maré de Direitos da Redes da Maré, os agentes não estavam usando câmeras corporais e não havia ambulância presente no local para atendimento em caso de feridos. Essas exigências estão presentes na ADPF das Favelas (ADPF 635), uma iniciativa popular, no judiciário, para enfrentar a violência policial no Rio de Janeiro.
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Ao serem questionados sobre as exigências da ADPF, a Polícia Militar se limitou em dizer apenas que a operação segue em andamento no território.
Além do impacto na vida dos estudantes, a oitava operação atinge, mais uma vez, a vida dos moradores que precisam sair de casa para trabalhar, ir a uma consulta médica e para outros compromissos.
Até o fechamento desta matéria, a Polícia Militar confirmou que a operação segue em andamento.
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