Cientistas alertam que devido a condições sanitárias, América Latina pode ser foco de uma futura pandemia
Nesta quarta-feira (15), foram registradas 1.261 novas mortes, com uma média diária de 1.067 (cálculo feito a partir da soma das mortes de uma semana dividindo esse resultado por sete) em comparação por Covid-19 na última semana no país, além de registrar mais de 39 mil novos casos confirmados de coronavírus, fazendo o país ultrapassar a marca de 1 milhão e 900 mil pessoas contaminadas. Com isso, o Brasil registrou os sete dias mais letais ao longo da pandemia. Hoje, o Brasil registrou também mais de 75 mil mortes, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde.
Pesquisador da USP alerta que o Brasil está no mapa de risco de uma possível próxima pandemia por diversos fatores, entre eles sanitários e ambientais. Mesmo não sabendo ainda a origem do novo coronavírus, a hipótese mais provável foi a entrada humana no habitat animal, levando o agente transmissor da doença para espaços de circulação de pessoas. O mesmo acontece aqui no Brasil em alguns mercados abertos que tem grande quantidade de ratos circulando.
Covid-19 na Maré
O estado do Rio é o que apresenta a maior taxa de letalidade, com 8,8%. O estado registrou hoje 134.449 casos e 11.757 mortes por coronavírus, de acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde. A capital é a cidade que mais apresenta casos, com mais de 65 mil pessoas que testaram positivo. Nesta quarta-feira, a Maré apresentou 389 casos confirmados e 82 mortes, de acordo com o Painel Rio Covid-19. Em 25 favelas da cidade Rio, somam-se 3.808 casos confirmados e 604 óbitos, de acordo com dados coletados e organizados pelo coletivo Voz das Comunidades.
Vacinação em tempo de pandemia
Brasil enviou pedido oficial para Organização Mundial de Saúde (OMS) para garantir a candidata à vacina contra o novo coronavírus. Junto ao Brasil, tem mais de 70 países interessados em fazer parte do programa. Entretanto, a OMS informou que o Brasil vai precisar custear o imunizador contra a Covid-19.
Ao mesmo tempo em que vivemos na corrida para desenvolver a vacina contra o vírus do novo coronavírus, a OMS e a Unicef alertaram para uma queda na imunização infantil, principalmente no período da pandemia. Cerca de 70 países tiveram o sistema de vacinação afetado, colocando em risco aproximadamente 80 milhões de crianças menores de um ano.
Boletim da Fiocruz
A Fiocruz desenvolveu e lançou nesta semana o Boletim Socioepidemiológico da Covid-19 nas Favelas, com o objetivo de apresentar um contraponto entre as altas taxas de letalidades em bairros com favelas e bairros sem favelas, como é o caso de Bonsucesso. O boletim apresenta também um recorte de gênero e raça para mostrar quem são as pessoas mais infectadas pelo coronavírus. O material faz parte do Observatório Covid-19 Fiocruz, que desenvolve ações integradas para enfrentamento da pandemia da Covis-19.
CeSec desenvolve monitoramento da violência
A Rede de Observatórios da Segurança fez um levantamento entre junho de 2019 e maio de 2020 intitulado Racismo, motor da violência, sobre os índices de violência no Brasil e os atravessamentos com a raça daqueles que sofrem a violência. Os negros representam 75% dos mortos pela polícia e mulheres negras são 61% das vítimas de feminicídio. O monitoramento registrou mais de 7 mil ações policiais. Dessas, o Rio de Janeiro é o estado onde essas ações aconteceram mais – 2.772 vezes – e teve o maior número de vítimas recorrentes dessas ações. Foram 483 mortos (incluindo 19 crianças) e 479 feridos, totalizando 981 vítimas.
Curso de formação para mulheres
O Observatório de Favelas está com vagas abertas para o curso Delas: Direitos, Política e Arte – online. O curso é voltado para mulheres (cis/trans), negras e periféricas que tenham mais de 18 anos. O objetivo do curso é fortalecer a capacidade da atuação dessas mulheres na conquista de direitos e enfrentamento de violências. As inscrições vão até a próxima segunda-feira, 20 de julho, e podem ser realizadas no site do Observatório de Favelas.
Nenê do Zap
O Nenê sabe que quem gosta dele está preocupado e cuida bastante dele, mas quem está cuidando dos adultos? É a pergunta que o Nenê do Zap faz hoje para todos e todas que cuidam dele.