Ronda Coronavírus: Vacinas apresentam resultados positivos

Data:

Vacina de Oxford tem previsão de ser produzida no Brasil apenas em janeiro de 2021

Entre as 160 iniciativas de vacinas em desenvolvimento, segundo a OMS, algumas delas apresentaram bons resultados. Autoridades da Rússia anunciaram nesta segunda-feira (20) que os testes realizados em voluntários apresentaram resultados positivos e não tiveram complicações graves. Já a vacina experimental desenvolvida pela Universidade de Oxford está em estágio de análise de eficácia, etapa bem próxima da aprovação. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez uma negociação para compra de lotes e transferência da tecnologia, permitindo que a vacina seja produzida também no Brasil a partir do início de 2021, sendo liberada em junho do mesmo ano.

Cabe lembrar que a possibilidade da produção da vacina ainda é um pouco distante. O ideal neste momento ainda é respeitar as regras de distanciamento social, uso de máscara e higienização. 

Mesmo com a notícia de uma possível vacina, os números avançam. Mundo ultrapassa 14,5 milhões de pessoas infectadas; Brasil tem hoje 2.118.646 de casos confirmados e mais de 80 mil mortes, de acordo com o Painel do Ministério da Saúde. O Rio de Janeiro está entre os estados mais afetados pela pandemia, com mais de 141 mil casos e mais de 12 mil mortes, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.

Covid-19 na Maré

A cidade do Rio de Janeiro teve hoje 67.036 casos confirmados e 7.733 mortes confirmadas pelo novo coronavírus, de acordo com o Painel Rio Covid-19, da Prefeitura. Ainda de acordo com o painel, a Maré tem nesta segunda-feira (20) 406 casos confirmados e 82 mortes por coronavírus. Já o Painel Unificador Covid-19 nas Favelas, a Maré possui 1.353 casos e 112 vítimas de coronavírus, entre confirmados e suspeitos. 

Para Beatriz Virgínia, educadora de História no Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM) e moradora da Maré, a pandemia tem causado efeitos diversos que vão além dos problemas da fragilidade com a saúde física. “A gente, enquanto moradores de favelas, tem enfrentado uma série de questões de acesso, de saúde mental, de necropolítica do Estado, onde o caveirão entra mesmo em um período de pandemia”, observa.

Beatriz destaca que moradores de favela não estão em situação de igualdade com pessoas de outros espaços da cidade.

De onde vem a nossa máscara?

Costureiras imigrantes têm recebido apenas R$0,05 por máscaras anti-Covid-19 confeccionadas na região central da capital paulista. Mesmo sabendo do baixíssimo valor, essas mulheres perceberam a queda nas encomendas de seus trabalhos de costura desde o início da pandemia e aceitaram receber o valor para não passar fome. Portanto, é de grande importância saber de onde vem a sua máscara e sempre que possível, fortalecer o comércio local, ajudando na geração de renda dessas pessoas.

Geração de renda para moradoras da Maré

As ações de geração de renda da Campanha Maré Diz NÃO Ao Coronavírus continuam acontecendo a partir de algumas ações desenvolvidas pela Casa das Mulheres. Contamos com a colaboração de 26 cozinheiras que produzem diariamente 300 quentinhas que são distribuídas na Cena de uso de crack, localizadas no conjunto de favelas da Maré; e 54 costureiras que produziram até aqui 200.799 máscaras, que estão sendo distribuídas para os moradores da Maré.

Campanha da Redes da Maré no Catarse

A Campanha “Maré diz NÃO ao Coronavírus” concluiu a sua 17ª de atuação e o trabalho continua. Uma das ações é a arrecadação de recursos financeiros pela plataforma Catarse para comprar mais 4.000 cestas básicas para as famílias da Maré. A ajuda de todos e todas é muito importante contribuindo e compartilhando essa ideia. Basta acessar o site para ter mais informações sobre como doar.e

Telemedicina na Maré

Através da parceria com a Fiocruz, Dados do Bem e SAS, iniciamos nessa semana um projeto de enfrentamento da Covid-19 no território. Esta ação tem como objetivo realizar testagem, monitoramento e isolamento para moradores da Maré com suspeita do novo coronavírus. O serviço de telemedicina gratuito já está sendo oferecido pelo SAS desde 10 de julho, com as consultas acontecendo todos os dias, das 8h às 20h. Para fazer o atendimento, basta mandar uma mensagem para o Whatsapp (21) 99271-0554 e aguardar agendamento. 

A partir de quarta-feira (22), o Dados do Bem inicia o processo de testagem no Galpão do RITMA (Rua Teixeira Ribeiro). Para acessar a testagem, a pessoa precisa apresentar os sintomas de Covid-19 e baixar o aplicativo do Dados do Bem no seu celular (disponível para download no Google Play e na App Store). O atendimento acontecerá apenas com horário marcado e será feito gradualmente.

Galeria Da minha janela

Moradores e moradoras da Maré podem enviar fotos e textos para o projeto A Maré de casa mostrando o que vocês vêem de suas janelas no momento atual, além de poder contar como a pandemia tem interferido nas suas vidas. Os interessados podem acessar o site do projeto para ter mais informações e ver a galeria que está em exposição no momento. No fim do mês haverá uma votação pública para escolha dos cinco melhores autores das fotos e textos para o site.

Nenê do Zap

Todo nenê tem o seu tempo para aprender novidades. Para eles, todo o estímulo é importante para que eles aprendam e absorvam essa nova informação que ele recebe. Veja mais na dica de hoje do Nenê do Zap.

Compartilhar notícia:

Inscreva-se

Mais notícias
Related

Mareenses lançam caderno com reivindicações ao Governo

Sede da Fiocruz reuniu lideranças comunitárias e políticas para...

Por um Natal solidário na Maré

Instituições realizam as tradicionais campanhas de Natal. Uma das mais conhecidas no território é a da Associação Especiais da Maré, organização que atende 500 famílias cadastradas, contendo pessoas com deficiência (PcD)

A comunicação comunitária como ferramenta de desenvolvimento e mobilização

Das impressões de mimeógrafo aos grupos de WhatsApp a comunicação comunitária funciona como um importante registro das memórias coletivas das favelas

Baía de Guanabara sobrevive pela defesa de ativistas e ambientalistas

Quarenta anos após sua fundação, o Movimento Baía Viva ainda luta contra a privatização da água, na promoção da educação ambiental, no apoio às populações tradicionais, como pescadores e quilombolas.