Inauguração de base foi feita no início do mês na Maré
Por Hélio Euclides, em 13/07/2022 às 07h. Editado por Edu Carvalho
Lançada para agilizar o atendimento de saúde à população, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) começou a instalar bases avançadas do SAMU na capital no início do mês. A ideia é de que as novas ambulâncias e motolâncias fiquem baseadas em postos, tendo alguns anexos às Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs). Uma das primeiras regiões a receber o novo equipamento, a Vila do João teve seu carimbo de novo posto móvel, sendo a décima terceira nesse molde. As novas bases fazem parte de um programa do Governo do Estado, que prevê ampliar a capacidade de atuação do SAMU Capital. Cada nova base do SAMU passa a ter duas motolâncias e uma ambulância à disposição 24h por dia.
“Fizemos o pedido, pois percebemos que algumas localidades estavam recebendo as bases. Entrei em contato com parlamentares que intermediaram a vinda do projeto. Esse equipamento de saúde é de extrema importância para o território, pela rapidez. Os veículos ficam num ponto estratégico que vai atender toda a Maré, em tempo real”, comenta Valtemir Messias, conhecido como Índio, presidente da Associação de Moradores da Vila do João.
Na Maré, a primeira UPA foi inaugurada em maio de 2007, sendo a primeira do país. Nessa época os médicos eram bombeiros e a unidade tinha uma ambulância à disposição para atendimento. Com a saída da gestão dos bombeiros em 2012, uma instituição assumiu a administração e a ambulância não fica mais à disposição.
A unidade de saúde atende as 16 favelas da Maré e fica localizada na Vila do João – isso significa que moradoras e moradores eventualmente precisam fazer uma caminhada considerável ou contar com o transporte alternativo para acessar a unidade de saúde. Apesar da base descentralizada apresentar benefícios para a população, moradores apontaram como uma questão a concentração dos serviços em parte da região do conjunto de favelas.
O programa SAMU realizou em média em janeiro de 2021, 9.500 atendimentos. Atualmente esse número aumentou, hoje são 13.500 atendimentos mensais. “Ter um aumento de 42% de um ano para o outro durante a pandemia, é uma grande conquista. Queremos oferecer o melhor serviço do Brasil à população do Rio de Janeiro”, diz Luciano Sarmento, coronel do Corpo de Bombeiros e coordenador do SAMU.
A base descentralizada do SAMU significa uma redução no tempo resposta para o atendimento. “É importantíssimo que possamos reduzir aquele tempo angustiante de espera enquanto aguarda a ambulância e o atendimento médico, especialmente por termos uma cidade com trânsito muito pesado, com destaque na hora do rush. A ideia inicial é que cheguemos ao final do ano com 40 bases avançadas, 60 ambulâncias e as motolâncias, um projeto pioneiro, que utiliza enfermeiros em motos para chegar em locais de difícil acesso e também furar o trânsito com maior rapidez”, comenta Alexandre Chieppe, secretário da Secretaria Estadual de Saúde.