Ordem da semana inclui presença de ex-secretário de comunicação e representantes da Pfizer
Por Edu Carvalho, em 11/05/2021, às 10h05
Após uma primeira semana com depoimentos dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e do atual chefe da pasta Marcelo Queiroga, a CPI da Covid dá prosseguimento ao planejamento de depoimentos no Senado sobre as ações do governo federal durante a pandemia.
Hoje, 11, é prevista a presença do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, Antônio Barra Torres. A participação do representante do órgão era esperada desde quando foi citado nas declarações do ex-ministro Mandetta, como um dos que constavam em uma reunião sobre mudança na bula sobre uso dos remédios cloroquina. Segundo Mandetta, Barra Torres vetou a proposta à época.
Em seu esclarecimento, pesará a confirmação da existência ou não de um ‘Ministério da Saúde paralelo’, com certificadas interferências nas decisões de combate à pandemia, e também sobre o fechamento de acordos para compra de vacinas.
O imunizante deve ser o tema principal de todas as falas desta semana, sendo também discutida na presença dos representantes da farmacêutica Pfizer, marcados para quinta-feira, 13. Na ocasião, a CPI receberá Marta Díez, presidente da subsidiária brasileira do laboratório. A empresa acaba de entregar cerca de 1 milhão de doses ao Brasil, mas já negociava com o governo brasileiro desde o ano passado. Segundo relatos da companhia, o governo rejeitou as primeiras ofertas, feitas em agosto de 2020.
Antes, na quarta, 12, quem fala aos senadores é Fábio Wajngarten, ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Em entrevista concedida à Veja, Wajngarten atribuiu ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello a responsabilidade pelo encerramento das negociações com a farmacêutica.