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“Força Flu” fortalece a Páscoa na Maré

  Uma das mais tradicionais torcidas organizadas do Fluminense há 8 anos promove ações sociais na Maré

Por Maria Clara Paiva (*)

No próximo sábado (8), a Torcida Força Flu realiza uma ação social de Páscoa no Conjunto de Favelas da Maré. O evento acontece a partir das 14h na rua Capitão Carlos 313, na Baixa do Sapateiro, e prevê atender, em média, 100 crianças. Com uma programação livre, a organizada vai equipar o local com piscina de bolinhas e pula-pula, além de oferecer lanches e distribuir caixas de bombom. A Força Flu é uma das mais tradicionais torcidas organizadas do Fluminense e há 8 anos promove ações sociais na Maré.

Ana Isabel de Azevedo, monitora do comando feminino da TFF, diz que o objetivo da ação é proporcionar um dia especial na vida das crianças.

“Essa é à nossa maneira de levar esse carinho, esse afeto, até essas crianças. Nas nossas ações já chegamos com introdução de alimentos, brincadeiras, e não há dinheiro no mundo que pague cada sorriso, cada abraço. Sempre é muito gratificante estar ali e saber que você fez a diferença na vida daquela criança”.

Ana Isabel de Azevedo, monitora do comando feminino da TFF

O financiamento das ações é feito através de doações por depósito bancário (PIX) ou pessoalmente, na hora do evento. A maior parte das doações vem dos componentes da torcida e de moradores e comerciantes da rua Capitão Carlos. Existem também contribuintes de fora e toda doação é bem-vinda.

E já deixamos aqui nosso convite para que se outra torcida organizada ou outras pessoas quiserem contribuir com algum tipo de ajuda, pode entrar em contato conosco do Comando Feminino da Força Flu nas nossas redes sociais, toda ajuda é muito bem-vinda; e falar que mais que levantar a bandeira da nossa Torcida, levantamos a bandeira da paz, do lazer e do esporte, favela é lugar de paz.”

Ana Isabel de Azevedo, monitora do comando feminino da TFF
Foto: Força Flu

(*) Maria Clara Paiva é estudante universitária vinculada ao projeto de extensão Laboratório Conexão UFRJ, uma parceria entre o Maré de Notícias e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Flávio Dino e Redes da Maré recebem apoio de organizações e sociedade civil

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Após falsas notícias, ministro participa de audiência na Comissão de Constituição e Justiça

Por Jéssica Pires

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, compareceu a uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (28), para apresentar e debater com os parlamentares os principais acontecimentos relacionados ao ministério, entre eles a visita que fez à Maré, no dia 13 de março.

Na ocasião, o ministro, acompanhado de sua comitiva, ouviu questões e desafios no campo da segurança pública de integrantes de coletivos e organizações (Coletivo Papo Reto, LabJaca, Instituto de Defesa da Pessoa Negra (IDPN), Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial (IDMJR), Movimentos, Mulheres do Salgueiro e GENI/UFF). A articulação para a realização da visita foi da Organização Open Society Foundations, rede internacional que apoia grupos e organizações da sociedade civil em todo o mundo, com o objetivo de promover justiça, educação, saúde pública e mídia independente. No mesmo dia aconteceu o lançamento do Boletim Direito à Segurança Pública da Redes da Maré. A publicação pôde ser entregue em mãos ao ministro, e na mesma semana, ao presidente Lula, durante a cerimônia de restauração do PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania).

Na sequência da visita, parlamentares, alguns veículos de comunicação e perfis nas redes sociais criaram uma narrativa sugerindo o envolvimento e apoio do ministro e das organizações presentes no encontro, sobretudo a Redes da Maré, com grupos civis armados da região. A estratégia desse grupo de pessoas reforça a ideia de criminalização e marginalização dos territórios de favelas como um todo e deslegitima ações que buscam uma participação social a partir da perspectiva da defesa de direitos para todos, no campo da segurança pública. 

“Política de segurança não pode se basear na doutrina do inimigo interno. Há pessoas que acham que segurança pública é dar tiro, de qualquer jeito. Isso não é segurança pública, isso pode ser até homicídio”, reforçou o Ministro da Justiça e Segurança Pública durante e audiência.

Repúdio à desinformação e apoio à luta pela garantia de direitos em favelas:

Na contramão dessas falsas informações, durante a audiência que aconteceu na última terça, parlamentares também se posicionaram, em defesa ao ministro e às ações de organizações que atuam pela melhoria da qualidade de vida dos moradores da Maré. Um deles foi o deputado Tarcisio Mota, que além de citar os diversos exemplos de atividades e ações culturais, de educação e de outras frentes que acontecem na Maré, chamou a atenção para o boletim elaborado e lançado pela Redes da Maré:

A Fiocruz publicou uma nota em solidariedade à Redes da Maré e repúdio às fake news divulgadas nessas últimas semanas. Também em resposta a este tipo de narrativa, professores, estudantes e pesquisadores que atuam na Maré e em outras favelas divulgaram nesta terça-feira (28), uma nota de apoio a Flávio Dino e contra a criminalização da pobreza.

Leia abaixo a íntegra da nota 

“Nós, professores/as, técnicos/as, estudantes e pesquisadores/as de universidades e centros de pesquisas do Rio de Janeiro, que desenvolvemos atividades acadêmicas junto ao Conjunto de Favelas da Maré, repudiamos veementemente as manifestações de preconceito que se seguiram à visita do ministro da Justiça Flávio Dino à organização não-governamental Redes da Maré, sugerindo que a mera presença no território implicaria ligações com o crime e, desse modo, insinuando que cidadãos que atuam naquele espaço, moradores ou não, seriam cúmplices da criminalidade.

Temos o compromisso com o avanço científico, tecnológico, artístico e cultural da sociedade, por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão, colaborando para a formação de uma sociedade justa, democrática e igualitária. Nossos projetos, ações e parcerias no território da Maré prescindem de autorização de grupos armados para se efetivarem. As insinuações em contrário, vindas de segmentos da política parlamentar e de certos meios de comunicação, revelam um viés racista que criminaliza inocentes e desrespeita o conjunto da população local. Esse ataque torpe e grosseiro não atinge apenas o ministro e pesquisadores, agride mais de 140 mil moradores da região”.

Confira as assinaturas aqui.

Diretora Renata Tavares ganha Prêmio Shell com peça “Nem Todo Filho Vinga”

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O prêmio de Melhor Direção contemplou a primeira mulher negra indicada na categoria

Por Andrezza Paulo

A encenadora Renata Tavares conquistou um dos maiores prêmios cênicos do país, o Prêmio Shell de Teatro como Melhor Direção pela peça “Nem Todo Filho Vinga”. Renata foi a primeira mulher negra indicada na 33a edição da honraria e destacou a importância de batalhar para levar a história da periferia para os festivais: “Essa peça surgiu da vontade de jovens da Maré e de outras favelas que buscavam representatividade no teatro. E o “Nem Todo Filho Vinga” vem pra se vingar em alguns aspectos, mas, principalmente, para afirmar que todo filho vingará mesmo enfrentando todas as dificuldades. Estaremos sempre na luta para vingar”, conta. 

Jeff Melo (27), protagonista da peça e morador da Maré, conta que o reconhecimento pela direção de Renata representa muito para eles e, principalmente para que a favela continue sonhando: “a gente pode e consegue alcançar Shell e muitos outros sonhos e hoje o que eu mais anseio é que as portas se abram ainda mais para os nossos artistas favelados. Sonhem grande!”, disse.

Nem Todo Filho Vinga: 

A peça conta a história de Maicon, jovem negro da Maré que consegue ser aprovado para cursar Direito na UFRJ e passa a confrontar os ideais de justiça do Estado Brasileiro diante dos inúmeros eventos de injustiça que ele e seu grupo de amigos vivem diariamente. Ao longo do seu ano letivo, o jovem sentirá, na pele, como essas políticas de precarização abalam todas as esferas da vida. Chegando ao ponto de colocá-lo contra seu melhor amigo.

STF condena Rio a pagar indenização de R$ 200 mil por morte em operação policial

A decisão dá jurisprudência a outros casos de vítimas de operações policiais nas favelas do Rio

Por Daniele Moura

A família de Luiz Felipe Rangel Bento, morto em 2014 durante operação da Polícia Militar no Morro da Quitanda, em Costa Barros, receberá R$ 200 mil do Estado com base numa decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A criança foi baleada na cabeça enquanto dormia em casa em junho de 2014.

A decisão da Segunda Turma do STF, anunciada nesta terça-feira (28), determina que o poder público é obrigado a pagar indenização por danos morais e materiais por mortes oriundas de operação policial mesmo nos casos em que a perícia for inconclusiva sobre a origem do projétil.

Com a decisão, os familiares de Luiz Felipe devem receber cerca de R$ 200 mil em indenização, em valor ainda a ser corrigido. Eles também poderão receber ajuda médica e psicológica, com as despesas custeadas pelo governo do Rio.

A família questionou decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), que negou a indenização sob o argumento de que não ficou configurada a responsabilidade do poder público, porque não ficou comprovado que o tiro que atingiu a criança foi disparado por um policial.

Em fevereiro, quando o julgamento do caso foi iniciado, o ministro Gilmar Mendes defendeu que cabe ao Estado comprovar que uma ação foi legal, quando ocorre uma morte durante operação policial. Na avaliação do ministro Gilmar Mendes, caso não consiga demonstrar, cabe ao Estado indenizar a família da vítima por danos morais.

Mendes afirmou ainda que as operações policiais no Rio são “desproporcionalmente letais” e que “essa criança estava dormindo com sua mãe, quando recebeu esse balaço”. “O Estado fere e mata diariamente seus cidadãos especialmente em comunidades carentes”, afirmou o ministro.

De acordo com os autos, o projétil não foi encontrado e, portanto, não houve perícia. O ministro Gilmar Mendes destacou, ainda, que os policiais não usavam câmeras corporais.

O ministro André Mendonça manifestou inconformismo com a situação. “Como assim o projétil não foi encontrado? O menino estava em casa, dormindo”, afirmou. Segundo ele, o estado foi omisso ao não empregar todos os meios para elucidar a morte da criança. Em nome do Estado brasileiro, ele pediu desculpas à família de Luiz Felipe. “Um pedido de desculpas a essa família, em nome do Estado brasileiro, e que o reconhecimento da Justiça possa minimizar a dor e trazer a esperança e a boa memória.”

O ministro Nunes Marques foi o único a ir contra a decisão. Procurada, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) informou que aguarda a publicação do acórdão para se manifestar nos autos do processo.

Aulas de teatro gratuitas estão com inscrições abertas na Maré

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Iniciativa faz parte do programa de extensão da UNIRIO em parceria com a Redes da Maré

Samara Oliveira

Uma parceria que já dura há 12 anos, ganha mais um capítulo no Conjunto de Favelas da Maré. O programa “Teatro em Comunidades” da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), em parceria com a Redes da Maré, faz parte do programa de extensão do Departamento de Ensino do Teatro da universidade, e está com inscrições abertas.

Podem se inscrever crianças e adolescentes de 8 a 17 anos no Centro de Artes da Maré (CAM) localizado na Rua Bittencourt Sampaio, nº 181, e a partir dos 14 anos, sem limite de idade, para compor a turma intergeracional devem se inscrever no Centro Municipal de Saúde Américo Veloso, localizado na Rua Gérson Ferreira, nº 100, em Ramos. As aulas começam neste sábado (1), mas as inscrições seguirão abertas para preencher todas as vagas e também para abrir lista de espera para as próximas turmas. 

A iniciativa de extensão foi criada em 2011 coordenada pela professora Marina Henriques Coutinho desde então. 

“Vejo essa parceria entre UNIRIO e Redes como uma política de via de mão dupla, na qual os saberes produzidos na universidade dialogam com os saberes produzidos na Maré. A parceria contribui com a formação dos(a) licenciandos(as) em Teatro (Unirio) e também com a formação pessoal e artística das crianças e jovens mareenses que, muitas vezes, entram em contato com a linguagem do teatro pela primeira vez. Há também uma ação de formação de público quando apresentamos a Maré de espetáculos no CAM. As peças que montamos abordam, quase sempre, com humor e crítica, temas relativos às vivências dos participantes no território. Percebo este programa como uma ação política que busca democratizar não apenas o acesso à arte mas, principalmente, a produção de arte pelos próprios moradores da Maré”, afirma Coutinho.

Quem acaba comprovando as palavras da coordenadora de que o projeto contribui para a formação pessoal e artística dos jovens mareenses é a Elymara Cardoso, de 30 anos, que viu sua vida mudar através da iniciativa. Após assistir uma peça no Teatro João Caetano sobre uma história que se passava em Uganda, na África, mas não ver nenhum ator negro no palco Elymara saiu do espetáculo certa de que queria fazer teatro, mesmo cursando letras na época. 

Foi assim que ela encontrou o programa, se tornou aluna e em seguida prestou vestibular para ingressar na UNIRIO para cursar licenciatura em teatro em 2017. No mesmo ano, foi convidada para ajudar nas aulas do projeto e em paralelo a sua formação na universidade ficou seis anos lecionando no programa de extensão. Atualmente atriz e professora de teatro, Elymara fala como o projeto oferece oportunidades para os marreenses.

“Há algum tempo atrás não era possível termos acesso à universidade. Hoje, por exemplo, o teatro em comunidades é um diálogo da universidade com a sociedade. É uma ponte. Então abre-se um leque de oportunidades, sabe? Tanto que muitos alunos do projeto ingressaram na universidade depois e isso é um ganho enorme”, afirma Elymara que complementa “Eu posso dizer que o teatro em comunidades fez isso comigo, hoje estou formada pela Unirio e isso tudo só foi possível por conta desse teatro, por conta do Programa Teatro em Comunidades”.
Para saber mais sobre o projeto clique aqui, e acompanhe @teatroemcomunidades no Instagram.

Unidades de saúde usam WhatsApp para facilitar a comunicação

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Iniciativa visa facilitar a comunicação nas áreas de Ramos, Maré, Alemão, Vigário Geral, Penha, Penha Circular e Ilha do Governador

Por Samara Oliveira

A Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e a Coordenadoria Geral de Atenção Primária da Área de Planejamento 3.1 (CAP 3.1) estão promovendo, através do WhatsApp, mais proximidade com os pacientes das unidades de saúde. 

A CAP 3.1 que corresponde pelas áreas de Ramos, Conjunto de Favelas da Maré, Complexo do Alemão, Vigário Geral, Penha, Penha Circular e Ilha do Governador agora conta com um número de WhatsApp por equipes. 

“Essa é uma ferramenta para facilitar a comunicação com nossos cadastrados. O número será utilizado para avisar ao paciente sobre a marcação de uma consulta, sobre o SISREG (Sistema de Regulação), e como eles também terão os números salvos, podem mandar mensagens para tirar dúvidas. Assim a gente facilita a comunicação e o acesso para nossa população”, explica o coordenador, Thiago Wendel.

Na Maré, sete unidades de saúde participam da iniciativa que, somadas, resultam em 40 equipes com os números do WhatsApp a seguir. O paciente deve consultar na lista a clínica do seu território e em seguida o nome da equipe que pertence. Para moradores dos outros territórios atendidos pela CAP 3.1 basta clicar neste link e colocar o endereço da clínica que recebe atendimento. 

Centro Municipal de Saúde Américo Veloso 

Equipe Praia de Ramos – (21) 97714 6475

Equipe Rita Ribas – (21) 977216255

Equipe Roquete Pinto – (21) 9 7095 4076

Equipe Alegria – (21) 9 7028 1473

Centro Municipal de Saúde Vila do João 

Equipe Josué de Castro – (21) 99664 6700

Equipe Nova Era – (21) 97209 8365

Equipe Pata Choca – (21) 99955 6087

Equipe Solidária – (21) 96716 2334

Equipe Tio Mário (21) 99758 9432

Equipe Conjunto Esperança (21) 99641 7103

Centro Municipal de Saúde João Cândido 

Equipe Marcílio Dias – (21) 97975 9401

Equipe Kelsons – (21) 97975 9201

Clínica da Família Augusto Boal 

Equipe Bento Ribeiro Dantas – (21) 97734 5963

Equipe Casinhas (21) 97710 7476

Equipe Oliveira – (21) 97718 2233

Equipe Orosina (21) 97708 8786

Equipe Proclamação (21) 97714 0830

Equipe Timbau (21) 99224 9330

Clínica da Família Adib Jatene

Equipe São José Operário – (21) 97099 2292

Equipe Seletiva – (21) 97090 0683

Equipe Vila do Pinheiro – (21) 97717 0084

Equipe Vila Residencial (21) 9 7737 4134

Equipe Gustavo Capanema (21) 9 9390 1317

Equipe Merengue (21) 97709 9151

Equipe Praça do Salsa Capanema (21) 97737 8988

Equipe Prof Paulo Freire (21) 97730 9712

Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva

Equipe Campo da Paty (21) 99931 1471

Equipe Nova (21) 99831 1704

Equipe Praia (21) 99805 2017

Equipe Principal (21) 99559 6295

Equipe Robson Caetano (21) 99917 4121

Equipe Safira (21) 97186-1976

Equipe Teixeira Ribeiro (21) 99962 9058

Equipe Bela (21) 97258 1853

CF Diniz Batista dos Santos

Equipe Araujo (21) 97082 1800

Equipe Ari Leão (21) 97724 6488

Equipe Brigadeiro Trompowsky (21) 97896 8652

Equipe Conquista (21) 97728 0466

Equipe Portinari (21) 97714 8423

Equipe São Pedro (21) 97717 2479