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Governador do Rio mente ao vivo em pronunciamento sobre operação na Maré

Maré ficou 32 horas sob operação policial afetando o cotidiano dos moradores e toda região em torno como hospitais, universidades e vias expressas

Em pronunciamento ao vivo para TV Record, Cláudio Castro, mentiu ao falar que a operação na Maré seguiu 100% das exigências da ADPF 635. Os policiais não estavam usando câmeras corporais, não havia ambulâncias no território para socorrer possíveis feridos — um policial foi socorrido por carro blindado —, além de diversos relatos de invasão de domicílio, dano ao patrimônio e pessoas feitas de refém. 

Foram 32 horas de operação ou foi a 17ª operação policial do ano no Conjunto de Favelas da Maré? É triste noticiar quando se perde até a conta. Quando a Vila dos Pinheiros amanhece com a Clínica da Família Adib Jatene alvejada por ação que ocorreu ainda na madrugada desta quarta-feira(12). 

A Secretaria Municipal de Saúde informou que em meio ao momento de instabilidade no território, a unidade permanecerá fechada no dia de hoje. Para além da instabilidade que impede o funcionamento de uma clínica da família, há o impacto emocional dos moradores que, com medo, ainda viveram hoje uma operação silenciosa. 

A verdade é que, não há sensação de segurança seja quando é uma operação “explícita” ou silenciosa. Não há como ter após todo rastro de destruição que o Estado deixa no território.

Omissão, notas protocolares e ações sem resultados efetivos

Ao serem questionados se havia alguma informação sobre a ocorrência na Clínica da Família, a Polícia Militar se limitou em responder com omissão de culpa do ocorrido “houve forte resistência armada por parte dos criminosos que atuam na região”.

Apesar dos diversos relatos de que policiais passaram a noite no território, a Polícia Militar informou que a operação desta quarta-feira começou “nas primeiras horas da manhã”. A ação contou com agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Grupamento Aeromóvel (GAM) e do 22° BPM (Maré). Como resultado, 44 unidades escolares foram fechadas na região, assim como as Clínicas da Família Adib Jatene, Augusto Boal e Jeremias Moraes da Silva, além do Centro Municipal de Saúde da Vila do João.

Voltamos a perguntar: Em que melhora a vida do morador após uma operação policial? Como fica o direito à segurança pública dos moradores da Maré?

16ª Operação Policial do ano na Maré deixa ao menos cinco mortos 

Operação em andamento realizada pela Polícia Militar está sendo marcada por violência e excessos por parte dos agentes

Cinco pessoas foram mortas e outras quatro ficaram feridas na 16ª operação da Maré nesta terça-feira (11). Desde às 5h20 da manhã moradores relatam tiros e a presença de policiais a pé e com cães farejadores, além de carros blindados e helicóptero.

A 16ª operação policial tem participação do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) com o Batalhão de Policiamento em Vias Expressas(BPVE)  e o 22º BPM (Maré) a concentração da operação é na Vila dos Pinheiros, Vila do João, Timbau e Baixa do Sapateiro. 

Entre as pessoas mortas, quatro são moradores e um policial do BOPE.

(In)segurança Pública

O que fica para quem vive no Conjunto de Favelas da Maré é a sensação de impotência e medo, como provam os relatos a seguir. “Estou no trabalho presa no banheiro, muito tiro que horror”, “infelizmente não estamos seguros nem dentro de casa”, “tem muito patrão que não entende que tá tendo operação”. 

As principais vias expressas que cercam a Maré (Avenida Brasil, Linha Amarela e Linha Vermelha) foram fechadas, e um ônibus foi incendiado na manhã de hoje. Usuários que circulavam por essas vias precisaram se proteger atrás das muretas para evitar serem atingidos por disparos. Em nota, a Polícia Militar afirmou que o objetivo da operação é “deter quadrilhas de roubo de carros”. No entanto, até o momento, não há informações oficiais sobre a eficácia das ações contra essas quadrilhas, e o “resultado” da operação tem sido marcado pela violência.

O Eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça da Redes da Maré também registrou dois casos de invasão de domicílio por parte dos agentes, além de ameaças e xingamentos contra dois mototaxistas. 

Assuntos relacionados

Serviços interrompidos

O acesso à saúde e educação são fragilizados em dia de operação policial prezando pela segurança dos moradores e funcionários. 

Ao todo, são 44 escolas fechadas, entre municipais e estaduais. O Centro Municipal de Saúde Vila do João e as Clínicas da Família (CF) Adib Jatene e CF Augusto Boal interromperam o funcionamento na manhã desta terça-feira (11). Já a CF Jeremias Moraes da Silva mantém o atendimento à população. Porém as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas. 

A Fiocruz, que fica localizada na Avenida Brasil, na altura da Vila do João, precisou realizar um procedimento de segurança para os funcionários presentes na unidade não saírem da instituição.  

Até o fechamento desta matéria a 16ª operação policial segue em andamento.

O Maré de Direitos, projeto do eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça, da Redes da Maré, acolhe situações de violações de direitos no WhatsApp (21) 99924-6462. O Ministério Público (MP) realiza um plantão especial para atender a população. O atendimento gratuito é feito no telefone (21) 2215-7003, que  também é WhatsApp, ou no e-mail [email protected].

Rio2C encerra encontro com representatividade mareense

Maior evento de criatividade da América Latina, o Rio2C, contou com artistas e outros profissionais da Maré em variados temas

Samara Oliveira e Jéssica Pires

Desde a última terça-feira (4), a Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, está sediando o Rio2C, o maior encontro de criatividade da América Latina. Apesar de hoje ser o último dia de programação, o Conjunto de Favelas da Maré continua sendo representado.

Fernando Bozza, médico, pesquisador da Fiocruz e coordenador do estudo #VacinaMaré, participa da mesa com o tema “Tecnologia no Combate a Epidemias”. No último sábado (8), o artista da Maré DJ Renan Valle foi um dos palestrantes no debate sobre “A Música nas Favelas”, ao lado de Geisa Lino, também cria da Maré e diretora da Redes da Maré.

Quando perguntado sobre seus sonhos, Renan destacou a importância do conhecimento sobre direitos autorais para a comunidade da favela. “É levar esse acesso sobre direitos autorais para a galera da favela. Acho que isso é super importante para a galera não ter seus sonhos furtados, né mano? Quando começa a entrar dinheiro, a galera fica meio perdida de como fazer isso, com quem falar, né? Eu já passei por isso e não quero que outras pessoas passem. Então, quero capacitar a galera da favela todinha, meus crias todinhos.”

Raphael Vicente, dançarino, influencer, roteirista e multiartista, participou da mesa “Criação e Novos Modelos de Negócios Digitais” na última sexta-feira (7). Ele destacou a diversidade de perspectivas presentes na mesa.

“Foi uma experiência muito boa poder dividir a mesa com Philippe Carrasco (executivo de empresas de mídia) e Marina Croce (CEO da Webedia Brasil). Senti que eram três pessoas que trabalham com a internet, mas que atuam em áreas completamente diferentes.”

Raphael também comentou sobre sua experiência pelo terceiro ano consecutivo no Rio2C: “Poder estar nesse lugar que abre espaço para pessoas de todo o Brasil escutarem sua voz, verem o que você faz e de onde você vem é muito importante. Sempre que vou, me tratam com um carinho imenso e fico muito feliz de estar lá. É um espaço onde me sinto à vontade e que sinto que é meu, sabe? Poder falar que tenho uma empresa, trocar experiências com pessoas que fazem a mesma coisa que eu, mas em contextos e lugares diferentes, foi muito gratificante.”

São mareenes colocando o Conjunto de Favelas da Maré no centro dos debates em inovação e criatividade, rompendo imaginários contrários a esses muitas vezes reforçado nas grandes mídias.

Artistas mareenses participam da exposição do Museu das Favelas de São Paulo

Com representação mareense, o projeto tem ao todo vinte artistas, cinco de cada estado com obras expostas

A exposição itinerante Favela em Fluxo realizada pelo Museu das Favelas, tem a participação de artistas mareenses. Durante o ano será exposta em quatro estados brasileiros e em breve chegará à Maré.

A mostra é um trabalho realizado pelo museu sediado em São Paulo para difundir os olhares favelados pelo território nacional. Cria da Maré, Gaell Affonso, de 27 anos, faz parte dos artistas representantes do Rio de Janeiro com a pintura Banho de Sol que compõe a exposiçãoA artista conta que a obra retrata as experiências de afeto e culturais das lajes nas favelas cariocas. Sobre a exposição comenta:

“Para mim é uma experiência muito boa dividir, o meu olhar quanto uma bicha não-binária favelada carioca, mareense, com outras perspectivas e  corpas faveladas periféricas do Brasil.”

— Gaell Affonso artista não-binária mareense  —

Além, de Gaell, o grupo Entidade Maré, também integra a exposição. O co-idealizador do grupo, Paulo Victor Lino, de 29 anos, morador da Nova Holanda, conta que o curta-metragem do espetáculo “Noite das Estrelas” está em exibição na mostra, o espetáculo chegou a ser indicado ao prêmio Shell. Assim como Gael, ele também valoriza a oportunidade de encontro das artes faveladas de diferentes regiões do país proposta pela produção e acrescenta: “É exatamente evidenciar que favela e periferia são outras frentes para além das que são vendidas nas grandes mídias dessa relação da violência. Mas além disso, também é uma forma da gente apresentar o nosso conteúdo, o nosso trabalho, a nossa maré através do nosso olhar.”, pontua.

Representando o Rio de Janeiro participam também Jade Maria Zimbra, Albarte Junior e a funkeira Deize Tigrona. A exposição tem curadoria de Aline Bispo, José Eduardo, Leonardo Moraes e Rebecca França.

Ao todo são vinte artistas, cinco de cada estado com obras expostas, confira os nomes no site do Museu da Favela. A exposição que está em cartaz no Paço do Frevo em Recife Pernambuco até 14/07, passará ainda por Salvador, pelo Rio de Janeiro e por fim chega a São Paulo onde será exposta no Museu das Favelas. Por meio das obras os visitantes são incentivados a explorar novas culturas e expandir seu conhecimento. 

A coletividade da cultura

Como a memória e a pluralidade cultural fortalece as comunidades e cria resistência contra a marginalização das favelas

Henrique Silveira

O conjunto de favelas da Maré é conhecido pela diversidade cultural, desde os espaços de produção musical como a praça do forró no Parque União, os bailes funk, o samba, o rock, as rodas de rap, grupos de teatro, até a criação de polos gastronômicos em várias partes do território, que se tornaram referência até para quem não é morador.

Os cerca de 140 mil mareenses são parte fundamental da construção do bairro Maré e a principal fonte da pluralidade e efervescência cultural que existe no território.

Cultura e favela

A cultura, como um direito humano inalienável, é o tecido que une as diferentes facetas da humanidade, abrangendo não apenas as artes e tradições, mas também práticas cotidianas, rituais e narrativas que dão significados à vida das pessoas. 

Nas comunidades periféricas a cultura é uma força vital que sustenta a identidade coletiva e fortalece laços comunitários. Reconhecer a cultura como um direito humano é afirmar a importância da diversidade e da inclusão, garantindo que todas as pessoas tenham a liberdade de expressar suas identidades culturais sem medo de discriminação ou repressão. 

No entanto, moradores de favelas historicamente enfrentam a marginalização que, ao longo dos anos, atualiza um status de desumanização herdado do colonialismo com ramificações até os dias de hoje. Manifestações culturais oriundas de espaços favelados são frequentemente categorizadas como ingênuas, exóticas ou a-culturadas  sendo, inclusive,  criminalizadas e historicamente proibidas. 

Este ciclo de marginalização e desvalorização impede a plena apreciação de seu impacto e, até mesmo, do seu reconhecimento como cultura brasileira, e se naturaliza no senso comum. O cenário de marginalização contrasta fortemente com a rica contribuição cultural de muitos dos moradores da Maré.

Um legado maranhense

O Censo Maré (2019) aponta que 25,8% dos moradores são pessoas nascidas no Nordeste do Brasil. Os nordestinos que migraram para o Sudeste trouxeram uma vasta experiência sensorial, cultural e ancestral fundamentada nas vivências e corporalidades da região, chegando aqui com variados estilos de danças, música, gastronomia e costumes. 

Um exemplo disso, está na história do Mestre Teodoro Freire, do Bumba Meu Boi do Maranhão, que na década de 1950 migrou para o Rio de Janeiro, fixando-se na favela da Baixa do Sapateiro. Na Maré, Mestre Teodoro fundou a Sociedade Carioca do Folclore Maranhense, que realizava festas na Rua Nova Jerusalém. Em uma entrevista para o jornal Tribuna de Imprensa, ele falou sobre sua trajetória e sobre a festa do Bumba Meu Boi.

“Instalei-me cá na Baixa do Sapateiro e comecei a promover encontros com meus conterrâneos. Falava-lhes sempre da necessidade de fundarmos um grupo de folclore maranhense autêntico. Mas faltava tudo. Mas, pouco a pouco fomos aumentando em número. Eram maranhenses já com nosso endereço que aqui vinham chegando de navio ou pau-de-arara se instalando na favela”.

Os espetáculos do grupo do Mestre Teodoro, Brasil Independente e Brilho da Sociedade, ficaram conhecidos no Rio de Janeiro, e chamaram a atenção do escritor e também maranhense Ferreira Gullar, que o entrevistou e convidou para apresentar o Boi na recém criada Brasília, em 1961. Logo depois, mestre Teodoro se mudou para a capital,  acomodando-se em Sobradinho, em 1962.

Até hoje, cerca de 24,3% das pessoas nascidas no Maranhão que vivem no território da Maré, são moradores da favela Baixa do Sapateiro, sendo essa a maior comunidade maranhense do conjunto.

‘No Carnaval eu vou voltar’

Outro ponto crucial para a pluralidade e força cultural do território, aconteceu a partir das remoções nas décadas de 1960 e 1970, como a favela do Esqueleto, Morro do Querosene, Praia do Pinto e Macedo Sobrinho. Grande parte desses  moradores foram trazidos de forma compulsória para a Maré. 

Essas pessoas removidas acabaram por perder, não apenas vínculos afetivos entre suas famílias e amigos, mas também fazeres culturais de características comunitárias, como o samba, o jongo, o Bumba meu boi e a Folia de Reis.

A folia de reis Estrela do Oriente da Baixada acolheu alguns dos moradores que participavam da folia de reis na Nova Holanda. Durante muitos anos, este grupo se esmerou em se apresentar na Maré, juntando-se aos poucos moradores que ainda faziam questão de participar ativamente do cortejo para manter a tradição viva, conforme mostra a matéria do jornal O Globo, de dezembro de 1977: Na favela, a Folia de Reis alegra o Natal.

“O palhaço Bonitinho, a maior atração da Folia de Reis Estrela do Oriente substituiu ontem para milhares de crianças da favela Nova Holanda,em Bonsucesso, a figura do Papai Noel.”

As remoções das favelas eram uma preocupação também para as agremiações de samba da época, que tinham como componentes os moradores dessas favelas, assim, ao serem removidas, punham  em risco os blocos e escolas.

Moradores como a porta-bandeira Nilceia, da Independentes do Leblon. Em entrevista para o Jornal do Brasil, em maio de 1969, após perder a casa no incêndio criminoso que destruiu a favela Praia do Pinto, ela declara:

”Nasci na favela e me criei na escola, agora, a favela acabou, e eu vim morar na escola com minha geladeira e minha televisão, que foram as únicas coisas que me sobraram. Mas, mesmo que eu vá para Cidade Alta, Cidade de Deus ou qualquer outro lugar, no carnaval eu vou voltar.”

Comunidade produz cultura

As práticas culturais tiveram um papel fundamental na reconstrução das vidas que foram desestruturadas pelas remoções. A favela Nova Holanda, por exemplo, com apenas dois anos de fundação, já integrava os circuitos de samba do Rio de Janeiro e participava dos desfiles dos blocos carnavalescos pela cidade. Essa participação possibilitou a construção de novos laços de pertencimento e senso comunitário entre os moradores oriundos de diferentes favelas, conforme ilustrado no trecho da matéria do jornal A Luta Democrática, em 1964:

“O bloco Unidos de Nova Holanda, simpática agremiação de Bonsucesso, terá dia quinze, um domingo festivo, com a programação que foi organizada pela sua Ala da Bateria. Pela manhã, com início marcado para às 3 horas, haverá um torneio relâmpago de futebol. Às 14.30 horas, será servida uma peixada ao som do partido alto, e à noite será realizado mais um ensaio de bloco”.

Falar da cultura de um povo significa falar de memória(s), por isso, compreender que as favelas são parte integrante das dinâmicas da cidade, e que seus habitantes desempenham um papel vital na construção do espaço urbano e na vida social cotidiana, é fundamental para a formação de uma cidade mais inclusiva e justa. 

Falar do bairro Maré significa recorrer a essa memória cultural, que construiu esse espaço e fez dele um território, uma comunidade.

Mostra Maré de Música recebe Mãeana e os Três Forrozeiros nesta sexta-feira

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O evento, que acontece no Centro de Arte da Maré, é gratuito e conta ainda com shows de Mãeana e Os Três Forrozeiros

Nesta sexta-feira (7), será realizado o quarto show de 2024 da Mostra Maré de Música. O Centro de Artes da Maré (CAM) será palco das apresentações de Mãe Ana e Os Três Forrozeiros.

Dessa vez, o evento destaca artistas da cena do forró, inspirado nas festas juninas que são típicas do mês de junho. Os shows da Mostra são gratuitos, mas sujeitos à lotação do espaço e acontecem a partir das 20h. A Mostra Maré de Música é um projeto realizado pela Redes da Maré que começou em 2019 e pretende criar conexões musicais poderosas e oferecê-las ao público com alta qualidade, garantida por uma equipe apaixonada pela arte.

Cada show apresenta pelo menos duas atrações: um artista de território popular e outro já consagrado, reforçando a cena musical carioca e evidenciando a diversidade musical da Maré. Em sua quinta edição, a Mostra ocupa o Centro de Artes da Maré com oito eventos mensais gratuitos. Os shows já atraíram mais de 2.000 pessoas de diferentes faixas etárias desde o início do projeto. A edição de estreia promoveu encontros entre artistas renomados como Don L, Mart’nália, Letrux, Anelis Assumpção, MC Marechal, Duda Beat e Liniker, e artistas independentes como Joca, Mc Natalhão e Pra Gira Girar.

Desde então, a Mostra vem se consolidando como um evento de referência em conexões e diversidade musicais na Maré.

Sobre os artistas

Após uma temporada de sucesso em Salvador/BA, onde o espetáculo nasceu e onde vive hoje a artista nascida no Rio de Janeiro, o show “Mãeana canta JG” segue agora em turnê pelo Brasil. O repertório do show é composto pela mistura entre as canções eternizadas pelo baiano João Gilberto e os atuais sucessos do pernambucano João Gomes. Juazeiro e Petrolina se encontram na ponte formada por Mãeana, resultando no que ela apelidou de “pisa nova”, a levada do Piseiro com a intenção da Bossa Nova.

O canto virá acompanhado de guitarra e percussão, emoldurados pela estética singular de Mãeana que também transforma os palcos por onde passa. “Coisa de grande beleza Mãeana e Bem Gil no Centro Cultural Casa da Mãe. As notas das canções gravadas por João Gomes e João Gilberto na voz da cantora tornam-se maravilhas.

Já os crias da Maré Os Três Forrozeiros, que já somam 27 anos de trajetória musical, pretendem mostrar um repertório bastante conhecido pelo público.