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Roda de conversa sobre pobreza menstrual com mulheres do projeto Crias do Tijolinho

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Por Julia Serpa e Kamila Camillo, em 09/03/2022 às 18h30.

Na última terça-feira (08/3), Dia Internacional da Mulher, o projeto Crias do Tijolinho, com o apoio da Redes da Maré, Voz das Comunidades e o Galpão Bela Maré promoveu uma roda de conversa com as mulheres de uma região conhecida como Tijolinho, na Maré.

O tema central abordado foi pobreza menstrual e quais são os impactos desse desafio na vida de mulheres de favelas. Houve distribuição de absorventes reutilizáveis e coletores menstruais e foram apresentados projetos e cursos oferecidos pelas organizações presentes, com a intenção de fortalecer os processos de garantias de direitos dessas mulheres e seus filhos.

Raiane Conceição da Silva, mãe de uma das crianças, comenta que a atividade foi muito importante, pois não conhecia o coletor menstrual e o absorvente de pano, por exemplo. “Foi uma experiência nova”, reforça.

Crias do Tijolinho é um projeto artístico, sem fins lucrativos, que acontece na Nova Holanda desde 2019. O projeto conta com ajuda de padrinhos e algumas instituições locais para o desenvolvimento das ações e hoje atende um público de 50 crianças e adolescentes.

MAR de música retorna a programação do Museu de Arte do Rio

No mês de março, Diogo Nogueira traz o show “Eu, Violões e Canções” na próxima sexta-feira. A cantora e compositora Letrux se apresenta no dia 25 de março

Por Redação, em 09/03/2022 às 15h50.

O “MAR de Música” está de volta e inicia já com dois shows no mês de Março. A retomada do projeto será na próxima sexta-feira (11/03) com o show especial do cantor Diogo Nogueira “Eu, Violões e Canções”. Diogo vem acompanhado dos músicos Rogério Caetano (violão de 7 cordas) e Rafael dos Anjos (violão de 6 cordas), numa combinação única, cantando algumas das mais emblemáticas músicas do cancioneiro popular brasileiro.

Eles vão fazer um passeio por este repertório brasileiro, contemporâneo, histórico e moderno. No roteiro “O Mundo é Um Moinho” (Cartola), “Minha Missão” e “Espelho” (ambas de João Nogueira/Paulo Cesar Pinheiro), “Rosa” (Otávio de Souza/Pixinguinha),“Como uma Onda”(Lulu Santos/Nelson Motta), Violão Vadio” (Baden Powell/Paulo Cesar Pinheiro), “Evidências” (José Augusto/Paulo Sergio Valle), “Canta, Brasil” (Alcir Pires Vermelho/David Nasser), Estrela” (Gilberto Gil), “Você é Linda” (Caetano Veloso) e “Tocando em Frente” (Almir Sater), entre outras, mostrando as diversas referências que o formaram.

Os ingressos para o show “Eu, Violões e Canções” poderão ser retirados na bilheteria do MAR a partir desta quarta-feira (09/03), das 10h às 17h.

Campanha Social

A cada edição do Mar de Música de 2022 vamos realizar uma campanha com tema de interesse público com objetivo de envolver, sensibilizar e mobilizar para causas sociais. No mês de março a primeira campanha será em benefício das vítimas da tragédia de Petrópolis, por meio da arrecadação voluntária de alimentos não perecíveis. A doação poderá ser entregue no ato da retirada do ingresso. A segunda campanha será no show da Letrux (25/03). Em apoio às mulheres em situação de vulnerabilidade social, será feita uma mobilização para doação de itens de higiene pessoal e beleza. Os itens serão destinados a instituições que cuidam de mulheres em situação de rua.

MAR de Música

O projeto, criado em 2014, nasceu com o objetivo de aproximar a linguagem musical do espaço do museu, e assim unir as artes visuais e a música. Ao todo, já foram realizadas 50 edições, levando aos pilotis do MAR um público de mais de mais de 55 mil pessoas. Vários artistas já passaram pelo MAR de Música, entre eles, Elza Soares, Linn da Quebrada, o rapper BK, o grupo Samba Que Elas Querem, Galocantô.

O MAR de Música, que estava parado desde 2020, retorna a programação do museu com grandes nomes e terá 10 edições neste ano. O evento, que acontece no pilotis, é gratuito e sujeito a lotação.

A jornalista, apresentadora, curadora, roteirista e pesquisadora musical Fabiane Pereira é a curadora das edições de 2022. Ela é apresentadora e curadora do programa de rádio Faro, que tem como premissa a democratização do espaço radiofônico.

Ela é apresentadora e idealizadora do Papo de Música, um dos raros canais de entrevistas no Youtube que tem a Música como protagonista. Fabiane levou o prêmio de melhor jornalista de música do ano pelo WME Awards, em 2019 e 2021.

No dia 25 de março, como parte das comemorações do Mês das Mulheres, a cantora, compositora, poeta e atriz Letrux, comanda o projeto com o show Letrux Redux. Um dos nomes de maior destaque no cenário da música independente contemporânea, a artista vai apresentar no repertório, músicas dos dois álbuns lançados em seu projeto solo: o super premiado Em Noite de Climão e o recente Aos Prantos.

Museu de Arte do Rio

Iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) desde janeiro deste ano, apoiando as programações expositivas e educativas do MAR a partir de um conjunto amplo de atividades para os próximos anos. A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais, desde sua fundação em 1949.

O Museu de Arte do Rio, para a OEI, representa um instrumento de fortalecimento do acesso à cultura, intimamente relacionado com o território, além de contribuir para a formação nas artes, tendo no Rio de Janeiro, por meio da sua história e suas expressões, a matéria-prima para o nosso trabalho”, comenta Raphael Callou, diretor e chefe da representação da OEI no Brasil.

Após o início das atividades em 2021, a OEI e o Instituto Odeon celebraram parceria com o intuito de fortalecer as ações desenvolvidas no museu, conjugando esforços e revigorando o impacto cultural e educativo do MAR, onde o Odeon passa a auxiliar na correalização da programação.

O Museu de Arte do Rio tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Equinor como patrocinadora master  e o Grupo Renner como apoiador, todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A Escola do Olhar conta com o patrocínio da Wilson Sons e Machado Meyer Advogados via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, é também patrocinada pelo RIOgaleão e Icatu e tem a Cultura Inglesa como apoiadora Educacional. O Instituto Olga Kos patrocina os recursos de acessibilidade do MAR.

Por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a BAT Brasil (ex-Souza Cruz) é patrocinadora do MAR de Música. O projeto conta com o apoio da Beck’s.

O MAR conta ainda com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e do Governo Federal do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Serviço:

MAR de Música

Local: Museu de Arte do Rio -Praça Mauá, 5, Centro

Dia: 11 de março

Horário: de 18h30 às 22h00

18h30 – DJ Bieta

19h30 – Diogo Nogueira – “Eu, Violões e Canções”

Preço: Gratuito. (A retirada dos ingressos será feita na bilheteria do MAR a partir de quarta (09/03), das 10h30 às 17h. Sujeito a lotação)

Fiocruz colabora com teste inovador canadense para zika

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Fiocruz Pernambuco (com informações da Universidade de Toronto), em 09/03/2022 às 10h20.

Artigo publicado na Nature Biomedical Engineering, na última segunda-feira (7/3), revela o potencial do uso de biossensores sintéticos em testes rápidos, descentralizados e de baixo custo para diagnóstico de pacientes infectados com o vírus zika. O estudo foi liderado por cientistas da Universidade de Toronto (CA), que desenvolveram os sensores e a plataforma digital portátil onde as amostras são processadas e contaram com a parceria de pesquisadores da Fiocruz Pernambuco na validação dessa técnica, usando amostras de pacientes do Recife (PE). Trata-se de um dos primeiros ensaios de campo a aplicar biologia sintética no diagnóstico viral em amostras de pacientes.

Equipe da Fiocruz Pernambuco foi escolhida para representar o Brasil nessa parceria por sua expertise demonstrada durante a epidemia de zika ocorrida em 2015/2016 (foto: Livia Guo, LSK Technologies)

A sensibilidade e a especificidade do novo teste foram equivalentes à PCR em tempo real, que hoje é o padrão ouro para a detecção desse e de outros vírus. A acurácia dos resultados ficou em 98,5%, com um total de 268 amostras de pacientes analisadas. Um importante avanço tecnológico do estudo foi o desenvolvimento do equipamento PLUM, que é o leitor de placas com temperatura controlada, portátil e de baixo custo (aproximadamente US$ 500), que funciona praticamente como um “laboratório em uma caixa” e pode ser utilizado inclusive em regiões remotas e com poucos recursos.

O pesquisador da Fiocruz Pernambuco Lindomar Pena, coordenador da etapa brasileira da pesquisa, destaca a abordagem inovadora da técnica utilizada, com redes de genes sintéticos, que não dependem de cultivo em células. “Trata-se de uma tecnologia revolucionária, que por meio dessa iniciativa pudemos incorporar ao conhecimento científico disponível no Brasil”, declarou. Como a plataforma é programável, poderá ser aplicada no reconhecimento de outros patógenos, inclusive o novo coronavírus, o que já é objeto de um novo estudo coordenado por Pena.

A sensibilidade e a especificidade do novo teste foram equivalentes à PCR em tempo real, que hoje é o padrão ouro para a detecção desse e de outros vírus (foto: Livia Guo, LSK Technologies)

“Mostrar que a plataforma pode ser transportada e detectar de forma precisa o vírus zika em amostras de pacientes é um significativo passo à frente para a criação de testes mais acessíveis e descentralizados”, diz o professor da Universidade de Toronto Keith Pardee, líder do projeto, que reúne cientistas de nove laboratórios, em cinco países (Canadá, Estados Unidos, Brasil, Colômbia e Equador).

A equipe da Fiocruz Pernambuco foi escolhida para representar o Brasil nessa parceria por sua expertise demonstrada durante a epidemia de zika ocorrida em 2015/2016, que se abateu de forma muito intensa sobre Pernambuco. A contribuição da instituição nos ensaios de campo dessa pesquisa interinstitucional envolveu os departamentos de Virologia e Terapia Experimental – onde Lindomar Pena atua e foram testadas as amostras de sangue, saliva e urina coletadas em humanos – e de Entomologia – onde a equipe liderada pela pesquisadora Constância Ayres realizou testes com amostras de mosquitos.

Preços dos combustíveis em Angola são de causar inveja aos brasileiros

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Talvez por sua potência de ser o segundo maior produtor de petróleo da África, com uma produção diária de 1,62 milhões de barris, Angola possa se dar ao luxo de vender gasolina e diesel a preços baixos.

Por  Celestino Chivela (Correspondente em Angola) / DW. Editado por Wagner Sales do Solidário Notícias

Brasileiro, imagine você abastecer seu carro com a gasolina custando apenas R$ 1,60, o litro, e o óleo diesel a R$ 1,80. Não duvide desses valores, praticados não apenas em países vizinhos do Brasil, mas sim do outro lado do Oceano Atlântico. A nação em referência é Angola, com uma população de 32,87 milhões de habitantes, segundo dados de 2020. No Brasil, o litro da gasolina em alguns estados, passa de R$ 7,00.

Angola tem um território que abrange praias tropicais do Atlântico, além de um sistema labiríntico de rios e desertos subsaarianos que se estende até a Namíbia. A história colonial do país se reflete em sua cozinha de influência portuguesa e em marcos históricos, como a Fortaleza de São Miguel, construída pelos portugueses em 1576 para defender a capital, Luanda.

Petróleo

Talvez por sua potência de ser o segundo maior produtor de petróleo da África, com uma produção diária de 1,62 milhões de barris, Angola possa se dar ao luxo de vender gasolina e diesel a preços tão baixos. Semelhanças e diferenças com o Brasil podem ser observados em vários ângulos, mas um deles é nítido, em ambos se fala português

Mas voltando ao petróleo, segundo a OPEP, Angola possuía 366 mil milhões de metros cúbicos em reservas de gás natural em 2011 – quase 20% mais que o volume conhecido em 2010. Apesar de ter bem menos que a Nigéria (5 bilhões), Angola é o quinto colocado em reservas de gás natural no continente africano entre os países listados pela OPEP em seu último relatório (com dados de 2011).

Janúario Tomé que é colaborador da petrolífera portuguesa Galp há mais de 22 anos, disse ao Solidário Notícias que os preços do combústiveis continuam até hoje por:  Akz 160,00 (0,16) o litro da Gasolina e Akz 135,00 (0,13) o litro do Gasóleo (no Brasil, é conhecido como diesel). “A olho nú vemos que o número maior de automóveis são os ligeiros, razão pelo qual consome-se mais a gasolina, porque o gasóleo é mais a nível de veículos pesados e as indústrias”, observou.

Tomé, afirmou ainda que “por causa da guerra na Europa que acontece entre a Russia e a Ucránia, poderemos vir a registrar a alteração de preços, olhando pela evolução da subida do Brent a nível do mercado. E isso poderá vir a acontecer porque a procura é maior e a oferta é menor, tudo de minha parte e reitero aqui dizendo que tudo que eu disse, não sou o detentor da verdade porque são as autoridades que ditam as regras”.

Não é somente o preço dos combustíveis em Angola podem fazer inveja aos brasileiros. O valor dos automóveis também é de nos deixar de queixo caído. Segundo um vendedor de carros de Luanda, que pediu para não ser identificado, os veículos zero quilómetros custam entre akz 18.000,000,00 e 35.000,000,00.  

Em uma outra loja, este sim se identificou como José Gabriel, que trabalha com comercialização de carros há quatro anos, as vendas caíram muito principalmente em razão da pandemia da Covid-19. Mesmo assim, os preços de automóveis variam de Akz 9,000,000,00 a Akz 50,000,000,00.

(In)segurança pública deixa vítimas letais e violações de direitos na Maré

Mais um jovem tem a vida interrompida na Maré como consequência dos contextos de segurança pública do território. Projeto De Olho na Maré lança boletim com dados e análises sobre segurança pública na Maré em 2021

Por Maykon Sardinha e Camila Barros/ De Olho na Maré – Redes da Maré em 08/03/2022

Há uma semana, Bruno Campos (29), morador da Baixa do Sapateiro, segunda favela mais antiga da Maré, foi atingido por arma de fogo. O episódio aconteceu na altura da Rua Ivanildo Alves, conhecida por ser o limite territorial de domínio entre dois grupos armados do Conjunto de 16 favelas da Maré. Segundo relatos de moradores, Bruno, que não resistiu aos ferimentos e veio a óbito, foi atingido durante um confronto entre integrantes de grupos civis rivais. Historicamente esta região é caracterizada por apresentar um elevado número de ações de enfrentamento entre grupos armados rivais por disputa e controle do território. Além dos impactos diretos relacionados às violações do direito à vida promovidos por essas ações, existe uma série de limitações desencadeadas que repercutem no território, como a interrupção do funcionamento dos equipamentos públicos e comércios, o cerceamento da liberdade de transitar na rua e os impactos subjetivos que atingem a saúde mental dos moradores da região, que vivem constantemente com a iminência de um novo confronto.

Em uma dessas ações, em novembro de 2021, logo pela manhã, homens armados iniciaram um confronto dentro de um compus que concentra dez unidades de ensino. Nesse dia as escolas municipais iniciavam o retorno das aulas presenciais, depois de um longo período de atividades remotas, provocado pela pandemia da Covid19. Crianças e adolescentes estavam dentro das unidades e presenciaram toda a ação, que impactou em um jovem morto, 17 escolas fechadas e uma unidade de saúde com atendimento interrompido.

Esses e outros casos de violência são reproduzidos ano após ano como um reflexo da violência armada, que se materializa não apenas nas ações dos grupos armados, mas também em dias de operações policiais na Maré e nas demais favelas do Rio de Janeiro. A política de segurança pública que deveria garantir a segurança dos moradores, reproduz um modelo bélico de enfrentamento que provoca ainda mais violações de direitos e não propõe ações que de fato impactem na estrutura do tráfico internacional de drogas e armas, que vem se fortalecendo a cada dia.

No próximo dia 10 de março será lançado no Centro de Artes da Maré, o 6º Boletim Direito à Segurança Pública na Maré, uma publicação anual da Redes da Maré que propõe uma análise sobre um conjunto de dados sistematizados dos impactos da violência armada no Conjunto de 16 Favelas da Maré. A edição de 2021 apresenta, entre outros dados, o mapeamento de 15 grandes confrontos armados na região de limite territorial entre grupos armados rivais, nas proximidades da Rua Ivanildo Alves, resultando em uma morte e seis ferimentos por arma de fogo. Junto ao boletim, a Redes da Maré também irá lançar neste dia uma plataforma online que reúne dados da violência armada dos últimos cinco anos, sejam eles provocados por agentes do Estado ou pelos grupos armados.