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Inscrições para projeto Vou Fazer Arte encerram nesta quinta (24); saiba mais

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Iniciativa vai beneficiar jovens e adolescentes da Maré com formação artística

Por Observatório de Favelas, em 24/02/2022 às 07h.

O Observatório de Favelas através do Galpão Bela Maré abre inscrições para a terceira edição do Projeto Vou Fazer Arte. A iniciativa consiste em um processo de formação em artes visuais para 30 estudantes, adolescentes e jovens, de 14 a 18 anos, moradoras/es do Conjunto de Favelas da Maré e região.

O projeto com duração de 3 meses terá como tema principal “Reencantando as ruas”. Cada ação desenvolvida pretende incentivar reflexões sobre o território a partir do que ele oferece: as histórias, as pessoas, as artes e as ruas. Ao longo da formação serão realizadas conversas, oficinas práticas, visitas a espaços culturais na cidade e uma exposição de artes visuais com os trabalhos construídos no processo de formação.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até às 17h30 desta quinta-feira (24), presencialmente na sede do Observatório de Favelas, localizado na Nova Holanda, Complexo da Maré. É obrigatória a apresentação de declaração de matrícula em qualquer Unidade Escolar e documento de identificação civil (RG), no ato da inscrição.

A formação em artes visuais do Projeto Vou fazer Arte acontecerá entre março e maio, no Galpão Bela Maré, localizado na favela Nova Holanda. Os encontros serão presenciais, sempre às quartas, de 15h às 18h e aos sábados, das 10h às 17h.

Serão 14 oficinas com conteúdos teóricos e práticos que abordarão temas como Investigação da Memória, Artes e Intervenções Urbanas, Arte Contemporânea, Literatura, Cinema, Curadoria e Expografia. Todo conteúdo será desenvolvido considerando o território e as trajetórias culturais de artistas convidados, educadores e jovens envolvidos.

O objetivo da formação é estimular um novo olhar para a criação artística e poética a partir das paisagens do cotidiano, da observação de cenas e imagens do dia a dia, das ruas e do território. O projeto se propõe a trabalhar o processo de reencantamento presente nas ruas por meio do exercício prático e teórico em artes visuais. Durante as oficinas presenciais os participantes receberão lanche e refeição.

De acordo com Anna Luisa Oliveira, coordenadora do Programa Educativo do Galpão Bela Maré, os jovens e adolescentes participantes do Projeto Vou Fazer Arte poderão experimentar caminhos possíveis para a prática das artes visuais:

“Este ano nossos passos juntes serão marcados pelo reencantamento das ruas, e teremos vivências, conversas, oficinas e visitas a espaços culturais, propondo imersões que dialogam com a arte urbana. Em nossos encontros teremos a oportunidade de trocar experiências com artistas convidades e também experimentar diversos caminhos possíveis das artes visuais por meio da prática. Tudo isso está sendo preparado com muito carinho!”, afirma Anna Luisa.

A conclusão do projeto será celebrada com uma exposição com obras produzidas pelos participantes, que será aberta no dia 21 de maio de 2022 e ficará disponível até dia 31 de maio, no Galpão Bela Maré e pelas ruas do entorno. Entrada franca.

O Vou Fazer Arte é apresentado pelo Ministério do Turismo. Tem patrocínio da IBM, Instituto Cultural Vale, Itaú, Cyrela, Colgate, MR Mineração e Smart Fit, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio Institucional: Itaú Cultural e Instituto JCA. Parceria: Produtora Automatica Realização: Observatório das Favelas e Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

Sobre o Galpão Bela Maré

Inaugurado em 2011, o Galpão Bela Maré, localizado no Conjunto de Favelas da Maré, representa o projeto institucional do Observatório de Favelas do Rio de Janeiro, em parceria com a Produtora Automatica, na construção de um espaço alternativo dentro do cenário das artes do Rio de Janeiro metropolitano. O espaço existe com o objetivo de contribuir para a democratização e difusão de todos os tipos de expressões artísticas.

Sobre o Observatório de Favelas

Observatório de Favelas, criado em 2001, é uma organização da sociedade civil sediada no Conjunto de Favelas da Maré, mas com atuação nacional. Dedica-se à produção de conhecimento e metodologias visando incidir em políticas públicas sobre as favelas e promover o direito à cidade. Fundado por pesquisadores e profissionais oriundos de espaços populares, tem como missão construir experiências que contribuam para a superação das desigualdades e o fortalecimento da democracia a partir da afirmação das favelas e periferias como territórios de potências e direitos. Atualmente, tem em andamento projetos, divididos em cinco áreas: Arte e Território, Comunicação, Direito à Vida e Segurança Pública, Educação e Políticas Urbanas. Muitos em parcerias com universidades, organizações locais, nacionais e internacionais.

Serviço

Projeto Vou Fazer Arte

Período de Inscrições: até esta quinta-feira, 24 de fevereiro de 10h30 às 17h30.

Local: Observatório de Favelas – Rua Teixeira Ribeiro, 535 – Nova Holanda, Maré

É obrigatória a apresentação de declaração de matrícula em qualquer Unidade Escolar e documento de identificação civil (RG), no ato da inscrição.

Operação em 8 das 16 favelas da Maré

Moradores relatam tiros, presença de homens e carros blindados desde as primeiras horas da manhã, descumprindo o horário determinado pela ADPF das Favelas

Por Daniele Moura em 23/02/22 às 12h06, atualizado às 14h

Desde às 4:45hrs desta quarta-feira (23/02) acontece uma operação policial que abrange boa parte das favelas da Maré: Conjunto Esperança, Vila do João, Vila dos Pinheiros, Morro do Timbau, Conjunto Pinheiros, Baixa do Sapateiro e Salsa e Merengue.

A assessoria da Polícia Militar confirmou que policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão executando a ação. Pelo menos dois carros blindados e policiais a pé circulam por essa região.

Moradores relatam que os policiais entraram nas casas sem a apresentação de mandado judicial e sem o apoio Batalhão de Ações com Cães, causando diversos danos ao patrimônio das pessoas, como arrombamento de portões, e estragos na estrutura de casas, como pisos e das paredes.

Até o momento, são cinco pessoas presas, duas feridas por arma de fogo e duas mortas, por conta desta operação. Uma das vítimas fatais era um homem de 29 anos.

Também hoje acontece uma operação policial realizada pelo 16º BPM e a Polícia Rodoviária Federal em Marcílio Dias (Kelson’s), outra favela que compõe o conjunto de favelas da Maré.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que as Clínicas da Família Adib Jatene e Augusto Boal e os Centros Municipais de Saúde Vila do João e João Cândido acionaram o protocolo de acesso mais seguro, devido à operação policial. A Secretaria de Educação do Rio de Janeiro também suspendeu as aulas nas 42 escolas da Maré. A medida, segundo a assessoria da secretaria, é para segurança dos alunos, professores e funcionários das escolas. Cerca de 17 mil alunos não tiveram aula e a Lona Cultural Municipal Herbert Vianna também não abriu.

O Maré de Direitos, projeto da Redes da Maré, está recebendo denúncias de violações de direitos pelo WhatsApp (21) 99924-6462 e presencialmente na Via A Um, sem número, no prédio do CIEP Gustavo Capanema, em frente à Associação do Pinheiro

Em contato com a Redes da Maré, o Ministério Público informou que as duas operações foram notificadas ao órgão e o mesmo está acolhendo denúncias de violações de direitos tanto da Redes da Maré, quanto através do plantão MP ADPF 635, conhecida como ADFP das Favelas.

As principais violações de direitos registradas durante a ação, conforme determina a ADPF 635, são: o uso de helicóptero da PM, a ausência de ambulância e câmera e GPS nos uniformes dos agentes e das viaturas, o descumprimento de horário do início das operações, invasão de domicílios sem mandado judicial, abordagens injustificadas a menores de 18 anos e a violação do protocolo de Minessota que enfatiza que a preservação da vida como sendo primordial em todos os momentos, sobretudo em ações policiais.

Fiocruz libera primeira vacina Covid-19 nacional

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Por Agência Fiocruz de Notícias, em 23/02/2022 às 07h.

A Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), disponibiliza para o Ministério da Saúde (MS) as primeiras doses da vacina Covid-19 (recombinante) produzidas com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional. O primeiro lote de vacinas nacionais foi liberado pelo controle de qualidade interno de Bio-Manguinhos/Fiocruz no dia 14 de fevereiro.

“A liberação das primeiras vacinas Covid-19 100% nacionais, agora disponíveis para o Ministério da Saúde, é um marco da autossuficiência brasileira e do fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde [Ceis]. Termos realizado uma transferência tecnológica desse porte em tão pouco tempo para atender a uma emergência sanitária só reafirma o papel estratégico de instituições públicas como a Fiocruz para o desenvolvimento do país e garantia de acesso com equidade a um bem público”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

As pouco mais de 550 mil doses disponibilizadas já compõem as entregas da Fiocruz contratadas pelo Ministério da Saúde para 2022. Ao todo, o MS contratou 105 milhões de doses da vacina da instituição para este ano, sendo 45 milhões de doses da vacina nacional. Os imunizantes serão entregues conforme cronograma pactuado e demanda estabelecida pela pasta. A Fundação já produziu um quantitativo de IFA nacional equivalente a cerca de 25 milhões de doses de vacina, das quais envasou 2,6 milhões de doses, incluindo as 550 mil já disponíveis. As demais (cerca de 2 milhões) estão em diferentes etapas para liberação. 

“Com a entrega das primeiras doses da vacina totalmente nacionalizada, estamos encerrando um ciclo onde internalizamos toda a tecnologia da vacina e estabelecemos a produção em larga escala em Bio-Manguinhos. Nossa planta industrial está preparada, com capacidade extra, podendo operar e entregar conforme demanda, considerando os tempos de produção e controle de qualidade”, explica o diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Mauricio Zuma.

A produção 100% nacional traz ainda benefícios econômicos, contribuindo para a balança comercial em saúde, ao reduzir a necessidade de importações, e trazendo garantia de oferta do imunizante pelo PNI à população, quaisquer que sejam os esquemas vacinais que venham a ser adotados pelo programa do Ministério da Saúde no futuro. Ao mesmo tempo, trata-se de uma das vacinas de mais baixo custo, com o valor de U$ 5,27 por dose, o que contribui para a sustentabilidade econômica do Sistema Único de Saúde (SUS).

IFA nacional na produção da vacina

Em 1º de junho de 2021, Bio-Manguinhos/Fiocruz e AstraZeneca assinaram o contrato de transferência de tecnologia da vacina. Um dia após a assinatura, em 2 de junho, o Instituto recebeu em suas instalações dois bancos, um de células e outro de vírus, para a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional da vacina Covid-19. Considerados o coração da tecnologia para a produção da vacina, os bancos de células e de vírus começaram a ser utilizados na produção do IFA nacional em julho – após treinamento das equipes de Bio-Manguinhos. Desde então, o IFA produzido em Bio-Manguinhos/Fiocruz passou por diversos processos de validação e controle de qualidade, inclusive no exterior, e toda a documentação técnica foi elaborada e submetida em fins de novembro ao órgão regulatório brasileiro.

Foram apenas 10 meses entre a assinatura da Encomenda Tecnológica, firmada com a AstraZeneca em 8 de setembro de 2020, e a incorporação total dos equipamentos, processos e atividades que permitiram o início da produção por Bio-Manguinhos/Fiocruz ainda em julho de 2021.

Em 7 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a inclusão de Bio-Manguinhos/Fiocruz como unidade produtora do IFA, o que permitiu ao Instituto utilizar o Ingrediente nas etapas seguintes de produção da vacina. Desde então, a vacina totalmente nacionalizada passou pelo processamento final e controle de qualidade, tendo cumprido com todos prazos e requisitos técnicos dessas etapas.