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Mais de oito mil alunos ficam sem aula na 22ª operação policial na Maré

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Nesta quinta-feira (8) mais de 8.500 alunos da Maré ficaram sem aula por causa da 22ª operação policial que acontece entre o Parque União e a Nova Maré. Já na madrugada havia relatos de moradores, sobre a presença de policiais a pé e carros blindados.

Os policiais militares responsáveis pela operação são do 22° Batalhão (Maré), com o apoio de policiais do 1° Comando de Polícia de Área (1° CPA) e agentes da 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso). Policiais Civis também foram vistos no território nas primeiras horas do dia, entretanto o órgão não nos deu retorno sobre sua participação na ação até o fechamento desta matéria.

Sem direito a educação 

São 24 escolas fechadas. Sendo 22 municipais e 2 estaduais. Segundo informações levantadas pelo Eixo Segurança Pública e Acesso à Justiça, 8 mil alunos da rede municipal de ensino ficaram sem aula. A Secretaria Estadual de Educação informa em nota que 900 alunos da região foram impactados com a suspensão das aulas. 

Além disso, A Clínica da Família (CF) Jeremias Moraes da Silva suspendeu o funcionamento, a unidade realiza cerca de 150 atendimentos por dia. Já a CF Diniz Batista dos Santos mantém o atendimento à população, porém as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, foram suspensas.

O Maré de Notícias segue acompanhando os desdobramentos da operação e recebe informações pelas redes sociais e WhatsApp (21) 97271-9410. O Maré de Direitos, projeto do eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça, da Redes da Maré, acolhe situações de violações de direitos no WhatsApp (21) 99924-6462 e também nos equipamentos da organização. O Ministério Público (MP) também realiza plantão especial para atendimento à população pelo telefone (21) 2215-7003 ou no e-mail [email protected].

Uso de câmeras obrigatório 

Perguntamos à Polícia Militar sobre o uso de câmeras, que é obrigatório desde janeiro, mas não tivemos retorno. O Eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça identificou alguns policiais do Bope usando o equipamento, porém outros policiais civis e militares foram vistos sem o equipamento.

Em nota, a PM diz que “a ação tem como objetivo reprimir a movimentação de criminosos que atuam na região, principalmente na prática de roubo de cargas e veículos nos acessos às localidades que formam o conjunto de comunidades da Maré, além do cumprimento de mandados de prisão”.

Estudantes da Maré são prejudicados com mudanças para auxílio permanência da UERJ

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Decisão que passou a valer no início deste mês afeta continuidade de diversos alunos nas salas de aula da universidade

Alunos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) sofrem com os reajustes nos programas de auxílio permanência que começaram a valer no dia 1º de agosto. Essa mudança afetou também os alunos da Maré que sonhavam em ingressar em universidades públicas. 

Uma delas é Mariana Silva, de 24 anos, que fez curso preparatório e se interessou em ir estudar na UERJ pela paixão que via os professores falarem da instituição. Conseguiu ingressar no curso de Nutrição na instituição de ensino em 2019 pela lei de cotas. Moradora do Parque União, ela conta que está terminando a universidade mas que sem o vale alimentação, um dos benefícios cortados, vai ser mais difícil fazer os estágios na Ilha do Governador. 

Como o curso é em tempo integral, Mariana conta que não consegue trabalhar “se eu pudesse, eu obviamente estaria trabalhando e não me humilhando por auxílio”, conta a aluna que teve o benefício de R$300 de alimentação cortado. Além desse auxílio, Mariana também recebia ajuda com o material didático, essa era no valor de R$1.200, pago em duas parcelas de R$600, uma em cada semestre. Agora com Ato Executivo De Decisão Administrativa 0038 (AEDA 0038) o valor foi reduzido pela metade. 

Mariana conta também que não sabe se será contemplada com o auxílio creche, já que apenas 1.300 estudantes terão direito a ajuda: “Isso, está um caos na minha cabeça, porque eu moro sozinha com uma filha para criar […] Ela sai três horas da escola, eu não consigo pegar ela, ninguém da minha família consegue, e aí eu tenho que pagar uma outra pessoa para pegar ela na escola, e ficar com ela até a hora que eu chego. Se eu não tenho mais isso, não tem mais como pagar essa pessoa, porque aí vou ter que cortar custos, e eu não sei o que eu faço”, desabafa. 

Outra mudança aconteceu nos critérios para bolsa de apoio à vulnerabilidade social. Agora alunos de ampla concorrência devem ter uma renda familiar por pessoa bruta de meio salário mínimo para ter direito. Gabrielly Ramos, de 18 anos, também moradora do Parque União, acabou de começar o primeiro semestre de pedagogia e diz que não sabe se vai ter direito ao benefício: “estou em alguns grupos de Calouros e muita gente usava esses auxílios para poder se manter na faculdade, ajudar com o transporte e alimentação, até mesmo ajudar em casa. E agora com esses reajustes ficará muito mais difícil dos alunos conseguirem ter algo que é nosso por direito, principalmente para nós moradores de comunidades “, comenta. 

O que diz a UERJ?

Os alunos indignados com a situação dos cortes se mobilizam em protestos na universidade. Na última quinta-feira (1) em assembleia os alunos debateram pontos que seriam levados na sexta para reunião com a reitoria. Entre eles a revogação total do Aeda, uma audiência pública com a reitoria na próxima quinta-feira (15) para negociação do Aeda e outras questões para melhorias das condições de estudo na instituição.

Em nota, a universidade declara que os cortes foram necessários para reduzir os custos e que “segue procurando o diálogo com os estudantes que ocupam algumas de suas salas na universidade”. 

As dificuldades financeiras da Universidade, em função da crise no Estado do Rio de Janeiro, impuseram as medidas do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024, que mudou o regramento de bolsas e auxílios estudantis. A Reitoria entende essas medidas como necessárias, no cenário atual, para preservar os pagamentos dos mais vulneráveis – cotistas e estudantes de ampla concorrência com renda familiar per capita de até meio salário mínimo, conforme o critério do CadÚnico (Governo Federal).

A proposta da instituição para garantir a permanência desses e de todos os alunos em situação de vulnerabilidade passa pela criação de uma política de assistência estudantil que seja aprovada como legislação, para que os recursos possam fazer parte da Lei Orçamentária Anual (LOA) da Uerj.” 

Favela Salsa e Merengue tenta superar dificuldades como numa verdadeira novela

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Com o nome em referência a uma novela da mesma época de sua inauguração, a favela Salsa e Merengue enfrenta dificuldades devido ao crescimento populacional

Hélio Euclides

Quem acha que o nome da última favela a ser inaugurada na Maré tem a ver com dois gêneros de dança e música latina, se enganou. O Conjunto Novo Pinheiro, ou melhor, o Salsa e Merengue, foi batizado popularmente com esse nome em função das casas serem coloridas, que remetia as cores dos domicílios da novela com o mesmo nome, exibida entre 1996 e 1997, período que começou a obra de aterramento do mangue.

Inaugurada em 2000, a favela construída pela Prefeitura do Rio tinha como função abrigar as populações removidas de algumas áreas da cidade, que foram afetadas pelas fortes chuvas do ano de 1996. Nova Sepetiba, na zona oeste, e Marrocos, favela que ficava localizada atrás do Ciep Ministro Gustavo Capanema, na Maré.

Dessa forma, foram extintos os antigos alojamentos conhecidos como Kinder-Ovo, que ficavam no entorno do Ciep. O restante da população assentada no Salsa e Merengue, veio das favelas da Galinha, Beira Rio e Varginha, às margens do Rio Faria Timbó.

Situado próximo ao Canal do Cunha, o Salsa e Merengue tinha originalmente 1.850 casas, divididas por ruas e mini vilas. Uma delas era a Vila dos Idosos, local que recebeu pessoas acima dos 60 anos, onde duas casas dividiam o mesmo banheiro. Com o passar do tempo, o local perdeu essa característica de faixa etária e os moradores realizaram por conta própria as separações dos cômodos. 

Ainda hoje, a favela sofre com graves problemas estruturais, como a falta de saneamento básico. Devido à tubulação ser pequena para comportar a população, ocorre o improviso de ligação de esgoto no canal de águas pluviais.

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A favela também tinha algumas praças, que possuíam academia da para pessoas idosas e brinquedos, mas com a ocupação de novos moradores, construção das escolas no Campus Maré II e o descaso do poder público, os espaços de lazer foram sumindo. Outro problema antigo é a ausência do serviço de entrega das correspondências pelos Correios.

Novos tempos

Carina Souza, de 36 anos, chegou ao local ainda criança. Ela se recorda como a favela era tranquila, com poucos carros e motos. “Mudou muito, agora é muito barulho. Falta calçadas e área de lazer para as crianças. Sinto muita saudade do passado, quando tínhamos muito espaço para brincar. Quando cheguei tinha mais qualidade de vida, agora, cresceu muito verticalmente, o resultado é um saneamento básico desestruturante. Outra consequência é que no verão há muita queda de energia”, ressalta.

Um diferencial do local são as ruas largas. Essa foi a primeira visão de Graça Marrero, de 68 anos. “Me fascinei pelo local. Quando surgiu a construção do Salsa e Merengue, comprei logo a casa, pois tinha o desejo de recomeçar a vida. Esse lugar é abençoado por Deus, aqui tem muita gente boa, um vizinho ajuda o outro”, comenta. Parte das casas da favela foram submetidas ao projeto Casa Carioca, incluindo a de dona Graça, que passou por impermeabilização, pintura e rebaixamento de teto.

Poucas pessoas permanecem na favela desde a inauguração e a moradora confessa que só conhece duas famílias. “Acredito que as pessoas foram se magoando. Eu não consigo trazer visitas para minha casa, pois às vezes é preciso se desviar dos urubus. Antes a coleta do lixo era de porta em porta, depois de um tempo inventaram esses contêineres que vivem transbordando. O resultado é colocar sal na porta para evitar a entrada dos tapurus”, reclama.

Apesar das dificuldades, ela declara que só trocaria sua casa no Salsa e Merengue por outro lugar dentro da própria Maré. “Aqui tudo é perto, amo a Maré”, revela. 

O Salsa e Merengue foi a favela escolhida para homenagear Marielle Franco, por meio de uma escola municipal que leva o nome da vereadora.

ONG APAR abre inscrições para curso gratuito de iniciação ao mercado de trabalho

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O curso é para jovens que tenham idade entre 15 e 21 anos. Ao final da formação os alunos são encaminhados para vagas de jovem aprendiz ou estágios

Maiara Carvalho*

A Associação Patrulha Jovem do Rio (APAR), organização que visa a inclusão social através da qualificação profissional de jovens da cidade, está com inscrições abertas para o curso “Iniciação ao Mercado de Trabalho” até o dia 16 de agosto de 2024 na unidade Bonsucesso, gratuitamente.

O curso é destinado para jovens que tenham idade entre 15 e 21 anos e tenham disponibilidade de segunda à sexta, no horário de 8h às 11h30, durante quatro meses. As aulas serão presenciais e vão abordar matérias como Português, Matemática, Informática, Higiene e Saúde e muito mais. Ao final da formação os alunos serão encaminhados para vagas de jovem aprendiz ou estágios.

Como se inscrever 

Para se inscrever é preciso ir presencialmente à unidade de ensino de Bonsucesso, localizada na Rua Luís Ferreira, 217, Bonsucesso, Rio de Janeiro – RJ, nos fundos da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes. É necessário, também, levar consigo alguns documentos obrigatórios:

  • 1 foto 3×4
  • 1 cópia do RG e CPF
  • 1 comprovante de residência em nome do responsável legal (atual), ou em seu nome, se for maior de idade.
  • 1 Declaração escolar (original)  constando horário noturno e a série (1° ao 3° ano do Ensino Médio) ou  1 (cópia) Declaração de Escolaridade, para aqueles que já concluíram o Ensino Médio.
  • 1 (cópia) do RG e CPF do responsável legal do adolescente.
  • 1 comprovante de vacinação da Covid-19 com todas as doses.

Jovens menores de idade devem estar, obrigatoriamente, acompanhados de um responsável legal. Para mais informações, entre em contato com a APAR pelo WhatsApp: (021) 96607-9529.

(*) Maiara Carvalho é estudante de Rádio e TV da Universidade Federal do Rio de Janeiro e faz parte do projeto de Extensão Conexão UFRJ com o Maré de Notícias.

Operação policial na Maré fecha escolas e unidades de saúde; Polícias Militar e Civil negam ação 

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Apesar da PM e da Civil negarem operação, moradores da Maré amanheceram ao som de tiros e com circulação de blindados

24 escolas fechadas. Uma unidade de saúde sem funcionamento e outras três funcionando parcialmente. Moradores impedidos pelo medo de saírem de suas casas e seguirem suas rotinas após ouvirem tiros e testemunharem a circulação do  “caveirão” (carro blindado usado pelas polícias do Rio de Janeiro) pelas ruas. Um cenário, infelizmente, já conhecido por eles. Assim foi a manhã desta quinta-feira no Conjunto de Favelas da Maré, que marcou a 21ª operação policial do ano na região. 

Apesar das consequências na rotina e relatos de danos ao patrimônio recebidos pela equipe do De Olho na Maré e Maré de Direitos, tanto a Polícia Militar quanto a Civil negaram  que uma operação policial estivesse acontecendo na Maré. A ação se concentrou no Morro do Timbau, Baixa do Sapateiro e Nova Maré.

Ao todo foram cinco relatos de danos ao patrimônio. Três casos em estabelecimentos comerciais e dois em residência. Em um dos estabelecimentos comerciais, a porta do freezer e geladeira foram quebradas por disparos de arma de fogo, além da porta de ferro da loja também com marcas de tiros e várias perfurações de disparos no interior da loja.

O Maré de Direitos, projeto do eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça, da Redes da Maré, acolhe situações de violações de direitos no WhatsApp (21) 99924-6462. O Ministério Público (MP) realiza um plantão especial para atender a população. O atendimento gratuito é feito no telefone (21) 2215-7003, que  também é WhatsApp, ou no e-mail [email protected].

Invasão de domicílio foi a violação mais registrada durante operações policiais em 2023, mostra levantamento

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Maria Teresa Cruz

No dia 14 de fevereiro de 2023, pouco depois das 10h, uma comerciante recebeu uma mensagem de um conhecido, informando que o  estabelecimento dela havia sido invadido por policiais. Nesta data, a Maré viveu mais um dia de operação com a presença da Polícia Civil e Polícia Militar. A profissional foi até o local e encontrou tudo revirado. 

“Vi uma cena de terror! Tudo o que conquistei com muito suor foi destruído. Quebraram a porta, armário, teto de PVC, geladeira, jogaram meus materiais de trabalho na rua. Minhas espreguiçadeiras quebradas, e o estoque de guaraná, coca-cola, entre outras bebidas, tomaram tudo. Levaram o som, a sanduicheira, e alguns produtos de bronzeamento”, relata. 

Esse testemunho retrata parte dos dados sobre operações policiais de 2023, disponíveis  no 8° Boletim Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça na Maré, lançado no último dia 14 de junho. O documento é feito pelo projeto De olho na Maré, que integra o eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça, da Redes da Maré.

Campeão de denúncias

Foram registradas 211 violações de direitos dos moradores nas 34 operações ocorridas no ano passado. A campeã foi justamente a que ilustra a história, que abre a reportagem: invasão de domicílio. 

Dano ao patrimônio, furto de pertences e violência física e psicológica por parte dos agentes do Estado, também foram identificadas no relatório. Os dados anuais mostram que o desrespeito à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, ou ADPF das Favelas, não expressam casos pontuais, mas, sim, uma conduta do Estado. 

No ano passado, a polícia descumpriu sistematicamente seis preceitos da ação. Um dos destaques foi a ausência no uso de câmeras corporais pelos agentes da segurança pública, importante dispositivo para combater ilegalidades durante as operações. Em 2023, somente em sete das 34 operações policiais, foi observado o uso de câmera de vídeo nos uniformes dos agentes.

5 perícias em oito anos

A ausência de perícia em situações de morte também chama a atenção e é problemática porque impacta diretamente a investigação: na questão do devido processo legal sobre o fato e uma eventual responsabilização do Estado sobre essa morte. Em nenhuma das oito mortes ocorridas foi realizada a perícia e, em quatro delas, houve indício de execução. 

Desde 2016, início do monitoramento que deu origem ao boletim, de 128 mortes, somente 5 casos houve perícia no local. “Apenas através desse procedimento, conseguimos compreender como aconteceu as dinâmicas de mortes em operações como dessa semana. É inadmissível como o ‘não direto’ ao processo investigativo está colocado para os moradores da Maré. Tal fato escancara a desigualdade de como a política de segurança não contempla e não está direcionada para as pessoas que moram na Mare”, analisa Liliane Santos, coordenadora do eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça, da Redes da Maré. 

Sem brincar

O levantamento mostra que os estudantes perderam um quarto do semestre letivo de 2023 devido ao fechamento de escolas durante operações. O direito de brincar das crianças também acaba ficando restrito. Um estudo sobre a primeira infância na Maré mostra que, mais de 80% das crianças de 0 a 6 anos, têm a própria casa como principal espaço de lazer. 

O sistema de saúde também é impactado a cada operação. No acumulado do ano, a população ficou 26 dias sem atendimento de saúde, por interrupção no serviço. Em muitos casos, apenas a interrupção do atendimento domiciliar é suspensa. Isso afeta diretamente pessoas que sofrem doenças crônicas e têm restrição de mobilidade. 

Essas situações podem, em um primeiro momento, não parecerem violações diretas, mas geram impactos que são difíceis de mensurar a curto prazo. Para crianças em idade escolar, por exemplo, o desenvolvimento e aprendizagem pode ser afetado. 

Se a educação, saúde e lazer são direitos assegurados pela constituição brasileira para toda população, por que para os moradores de favelas não seria? 

“A Redes da Maré tem um papel importantíssimo na articulação de melhorias para qualidade de vida dos moradores da região. Isso inclui pensar a política de segurança pública de forma ampliada e articulada a outras políticas, e não apenas a partir do aparato bélico”, explica Liliane.