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Vale a pena ler de novo: 3 matérias sobre o Vacina Maré

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No “Vale a Pena Ler de Novo” desta semana, o Maré de Notícias resgata três matérias sobre a campanha #VacinaMaré, que teve início no fim de julho de 2021 e foi um marco no combate à covid-19 no território. Com a imunização de um alto percentual de moradores em tempo recorde, a Maré se tornou o local ideal para o Vacina Maré, um levantamento de dados para uma série de importantes estudos que têm auxiliado no enfrentamento ao coronavírus no mundo.

Confira as matérias:

Nova Carteira Nacional de Identidade: saiba como tirar e o que mudou

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Apesar de ser recomendado solicitar o novo documento o quanto antes, o RG só perde a validade em 2032

O Detran-RJ iniciou a emissão da nova Carteira Nacional de Identidade (CNI), que substituirá o antigo RG. Apesar de ser recomendado solicitar o novo documento o quanto antes, o RG só perde a validade em 2032. Entenda mais abaixo.

A Carteira de Identidade Nacional segue a Lei nº 14.534/2023, sancionada pelo presidente Lula (PT), que determina o CPF como número único e suficiente para identificação do cidadão nos bancos de dados de serviços públicos. A nova carteira passa a ser obrigatória a partir de 28 de fevereiro 2032 quando a antiga deixará de ser válido.

Para solicitar a CNI, é necessário agendar um atendimento no site do Detran-RJ e comparecer ao posto escolhido com a certidão de nascimento ou casamento e comprovante de residência. A emissão do novo documento é gratuita.

O que mudou?

A CNI possui recursos de segurança avançados, como QR Code, que permite a verificação de autenticidade. O objetivo da nova identidade é simplificar a vida do cidadão, reduzindo a quantidade de documentos que precisa portar. Além disso, a unificação com o CPF visa minimizar fraudes e inconsistências cadastrais.

O novo documento também conta com informações adicionais, como nome social e filiação, proporcionando maior inclusão e reconhecimento da diversidade. 

Informações opcionais

Segundo o site do Detran RJ, outras informações opcionais podem constar na carteira. Basta apenas que o requerente apresente o documento original ou cópia autenticada da lista abaixo: 

  • CPF;
  • PIS – Programa de Integração Social ou PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público ou NIS – Número de Identificação Social;
  • CNS ou SUS – Cartão Nacional de Saúde;
  • Título de Eleitor;
  • Identidade Profissional expedido por órgão ou entidade legalmente autorizado;
  • CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social;
  • CNH – Carteira Nacional de Habilitação;
  • Certificado Militar;
  • Resultado do exame laboratorial, com indicação do Tipo Sanguíneo e Fator Rh.

Como se cadastrar no CadÚnico?

CadÚnico permite que pessoas de baixa renda tenham acesso a benefícios sociais

O Cadastro Único (CadÚnico) é um sistema do Governo Federal do Brasil que reúne informações socioeconômicas das famílias de baixa renda. Este cadastro é essencial para que cidadãos possam ter acesso a diversos programas sociais, como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC),  Minha Casa Minha Vida e a Tarifa Social de Energia Elétrica. A seguir, explicamos como realizar o cadastro de forma simples e prática.

O CadÚnico é voltado para famílias que possuem renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa ou renda mensal total de até três salários mínimos. Também podem se cadastrar famílias que vivem em situação de rua, comunidades tradicionais e famílias com renda superior, desde que estejam inscritas em programas sociais.

Documentos necessários

Antes de iniciar o processo de cadastro, é importante reunir os seguintes documentos:

  • Documento de identificação: Pode ser a Carteira de Identidade (RG), CPF, Carteira de Trabalho ou Certidão de Nascimento/Casamento.
  • Comprovante de residência: Conta de luz, água ou telefone recente.
  • Comprovante de renda: Contracheque, carteira de trabalho ou declaração de renda.
  • Título de eleitor: Obrigatório para o Responsável pela Unidade Familiar (RF) que tenha mais de 18 anos.
  • Documentação dos membros da família: RG ou Certidão de Nascimento, CPF e comprovantes de escolaridade dos demais membros da família.

Passo a Passo para o Cadastro

1. Localize o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) mais próximo

Para se cadastrar, você deve se dirigir ao CRAS mais próximo de sua residência. O CRAS é responsável pelo atendimento e inserção das famílias no CadÚnico. Na Maré, o CRAS de referência é o Cras Nelson Mandela: R. da Regeneração, 654 – Bonsucesso, Rio de Janeiro – RJ, 21040-170.  

Compareça ao CRAS com todos os documentos necessários. No local, um técnico de referência da assistência social fará a entrevista de cadastro, coletando todas as informações sobre a composição e a renda da sua família.

Durante a entrevista, o técnico preencherá o formulário do CadÚnico com as informações fornecidas. É importante responder a todas as perguntas de forma clara e precisa para evitar problemas futuros.

Após a finalização do cadastro, será gerado o Número de Identificação Social (NIS) para o Responsável pela Unidade Familiar (RF) e para cada membro da família. Esse número é essencial para o acompanhamento e acesso aos programas sociais.

Dicas importantes

  • Atualização de dados: Mantenha seus dados sempre atualizados. Sempre que houver alteração na composição familiar, mudança de endereço ou renda, informe ao CRAS.
  • Consultas e benefícios: Utilize o NIS para consultar sua situação no CadÚnico e verificar os benefícios a que tem direito.
  • Atenção às fraudes: Desconfie de pessoas que oferecem serviços de cadastro em troca de pagamento. O cadastro no CadÚnico é totalmente gratuito.

Com esses passos, você estará apto a se cadastrar no CadÚnico e a acessar os diversos benefícios oferecidos pelo Governo Federal. Mantenha-se informado e cuide para que suas informações estejam sempre atualizadas.

Orquestras da Maré transformam as vidas de jovens e adultos pela música

As orquestras Maré do Amanhã (OMA) e a Camerata do Uerê, atendem crianças e adolescentes que trazem algumas conquistas em suas trajetórias

Edição #162 – Jornal Impresso do Maré de Notícias

A musicalidade das favelas é geralmente conhecida pelo funk, samba e pagode, mas há outros ritmos que também tocam os corações mareenses. Por exemplo, a música clássica. A Maré tem hoje pelo menos duas orquestras que unem a paixão pela música com a força da juventude, trazendo novas sonoridades para o bairro e conquistando cada vez mais novos territórios.

As orquestras Maré do Amanhã (OMA) e a Camerata do Uerê, atendem crianças e adolescentes e trazem algumas conquistas em suas trajetórias:  a Camerata do Uerê existe há oito anos e, por lá, já passaram mais de cinquenta crianças. Em julho, a orquestra abriu o Rio Harpa Festival 2024, que homenageou a África. 

A OMA foi eleita como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro, em 2023, e já atendeu mais de quatro mil crianças em 14 anos de existência. Entre os feitos mais notáveis na lista da OMA estão: a apresentação para o Papa Francisco no Vaticano (Itália), a apresentação no Palco Favela do Rock in Rio, em 2019, e o desfile na Marquês do Sapucaí, com a bateria da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis. Além de apresentações ao lado de grandes nomes da música como Alcione, Anitta e Ludmilla. 

Apesar dos feitos, as coordenações das orquestras concordam que, o maior deles, é a transformação feita na vida dos alunos. 

Respeito pela Maré

Andressa Lelis, de 16 anos, moradora da Vila dos Pinheiros, já participou das duas turnês internacionais da OMA. Ela conta que entrou na orquestra por incentivo dos pais, que viram seu interesse em tocar violino e piano, e que através da orquestra, ela vê uma mudança significativa no olhar das pessoas para a Maré.

“As pessoas achavam que aqui só tinha violência, mas quando falo que faço parte da orquestra, elas vêem diferente”.

Andressa Lelis

Andressa acrescenta que a relação dela com a Maré também mudou depois da orquestra: “Eu tenho respeito, e gosto de mostrar para as pessoas que eu faço parte da orquestra, para elas respeitarem a Maré também”.

Além das apresentações, a OMA também capacita os alunos para os testes de aptidão específica (T.H.E), em que os alunos, para ingressarem em faculdades de música, precisam tocar clássicos de compositores como Beethoven, Bach e Mozart.

Repertório para todos

O professor da orquestra Camerata do Uerê, Valnei Alves, de 19 anos, morador da Nova Holanda, conta que o interesse pela música veio da curiosidade ao ver o violino pela primeira vez. Ele comenta sobre a importância de garantir o acesso à cultura para todos. 

“Nós fazemos concertos didáticos nas escolas e cantamos músicas populares justamente para chamar o público para cantar. Pela falta de acesso, as pessoas não têm interesse mesmo. Por isso é importante os projetos sociais, para permitir que todos tenham acesso e levar a arte para todos”.

O maestro da Orquestra Maré do Amanhã, Filipe Kochem explica que, para as escolhas das músicas, eles têm a preocupação de aproximar o  público: “Para as crianças menores, a gente toca cantigas de roda. Para o público adolescente, a gente toca música de jogos, séries e filmes”. 

O maestro acrescenta que a identidade da Maré é considerada para a escolha do repertório, com uma lista de músicas nordestinas e funks que fazem sucesso nas apresentações.

Desafios

O Instituto Vida Real, com o projeto Música na Maré, também possuía uma orquestra, mas a mesma está parada no momento, por falta de patrocínio, mas, apesar da paralisação, as aulas de música continuam na ONG.

Carlos da Silva, de 27 anos,  morador da Nova Holanda, começou no projeto como estudante em 2017 e, hoje, é também professor. “A música me mostrou outro caminho que eu posso seguir”, afirma.

Guthierry Sotero coloca Maré e Angola em evidência com atuação na TV Globo

‘Era pra ser como jogador mas quis o destino que fosse pela arte’, comenta

Ator, cantor, angolano e brasileiro, cria da Nova Holanda e que interpreta um dos personagens mais queridos do público na novela das 18h. Sim, estamos falando de Guthierry Sotero, de 22 anos. O ator bateu um papo com a nossa equipe, avaliando sua trajetória e a relação com a Maré. 

No início da carreira, Guthierry seguiu mais o lado do rap a partir da paixão pelas rodas de rima e chegou a participar da Mostra Maré de Música sendo um dos vencedores do edital na sua edição. Nas suas redes sociais postava rimas onde valorizava a favela e denunciava as violências que acontecem no território. Foi através de um desses vídeos que foi visto e recebeu a oportunidade de trabalhar na TV Globo. 

Sobre o desejo de transformação, o ator conta que é sua base e que a mantém viva. “É a minha raiz, e tudo o que eu faço é para que olhem pra cá com um outro olhar. Lembro que rolou umas notícias dizendo que a Maré era ‘bunker de bandido’ e aquilo me deixou muito triste porque obviamente não é a realidade.”

Falando em raiz, o ator que tem dupla nacionalidade – brasileiro e angolano –  comenta que na infância tinha vergonha de falar das suas origens angolanas por parte de pai “para não ser zoado”. Mas hoje em dia se orgulha, e espera que outras crianças também sintam o mesmo do lugar de onde vêm. 

Poder saber de onde vim, mesmo com todo o plano abolicionista feito para que esqueçamos as nossas origens, me deixa feliz demais em ter a consciência de onde sou, o que represento e quem inspiro

Guthierry Sodré

Do Direito para o teatro

O ingresso no teatro seria apenas para perder a timidez, mas se transformou em profissão. Antes, o ator havia feito estágio no Ministério Público no departamento administrativo e chegou a ser aprovado no vestibular de Direito na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mas o chamado artístico falou mais alto. 

Graças ao apoio da família Guthierry conta que conseguiu dar início a sua carreira. “Eu sempre tive a certeza de que alcançaria os meus objetivos por conta da fé, esforço e dedicação que tenho, mas sem a minha família nada disso seria possível. Na minha visão ter uma base é fundamental “, comenta. 

O ator considera que projetos teatrais que acontecem na favela podem ajudar na carreira por despertar a paixão pela arte que ainda é excludente e mostrar novos horizontes: “trabalha no nosso imaginário as profissões que podemos seguir, justamente pelo infinito de coisas que podemos ser no teatro.” Ele acrescenta também  que outra vantagem é ocupar o jovem “que ficaria vago a tarde/noite inteira e que poderia tomar um outro rumo na vida”.

O promissor ator, que recentemente conquistou o sonho de dar uma casa para a mãe na Maré, diz que se pudesse dizer algo para ele quando entrou para o teatro seria um agradecimento: “Obrigado! Eu sempre soube que seria grande, eu não vim pra ser só mais um e aquele menino me deu a bússola do que ser.” 

Para os artistas independentes que assim como ele fez um dia, estão em busca de alguma oportunidade, na correria lutando pelo seus sonhos, Guthierry incentiva que criem redes de apoio: “Fique cercado de pessoas que você ama, pessoas que te inspiram e que querem o seu melhor”. 

Ele lembra de um show de MC Marechal na Mostra Maré de Música, onde o rapper lhe falou:  “Se você realmente quer isso, vá! Confie em você porque ninguém além de você vai fazer isso de início, quer ir pro teatro e não tem vaga? Insiste, procura o diretor aqui e perturba ele até conseguir!” Foi a partir daí que insistiu até conseguir sua vaga no teatro e nunca mais parou. “E o melhor é que foi tudo na Maré” comenta. 

O jovem hoje celebra as conquistas: “era pra ser como jogador mas quis o destino que fosse pela arte.” finaliza.

Guthierry na TV

Na “telinha” como Anastácio, em “No Rancho Fundo”, Guthierry interpreta um agregado da família de Zefa Leonel, interpretada por Andreia Beltrão, e Seu Tico Leonel, vivido por Alexandre Nero

Anastácio é fiel a matriarca da família, tem um jeito bruto e ao mesmo tempo ingênuo. A novela se passa no Cariri Nordestino, no distrito de Lasca Fogo, onde a família Leonel vive. Na trama, depois de encontrarem uma pedra Turmalina Paraíba eles mudam de vida e viram alvos da inveja alheia. 
Antes dessa, Guthierry atuou também na novela ‘Vai Na Fé’ onde fez o personagem Vini e no filme ‘Ritmo de Natal’ , as duas produções de 2023.

Vale a pena ler de novo: 3 matérias sobre Funk

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Dia 12 de julho, o Dia Nacional do Funk uma data dedicada a reconhecer e valorizar a importância cultural e social do funk no Brasil. O Vale a Pena Ver de Novo de hoje destaca três matérias produzidas pelo Maré de Notícias sobre o funk.

Essas reportagens resgatam momentos marcantes e debates importantes sobre o movimento funk na Maré, sua história e seu impacto.

Confira

A importância do funk na cultura e economia periféricaBailes acontecem na Maré desde a década de 80 gerando renda para diversas famílias.

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