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Ronda Coronavírus: Por dois meses seguidos, Brasil registra mais de 30 mil mortes

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Final de semana foi de grande movimento na cidade e nas favelas do Rio

Desde o início da pandemia no Brasil, julho foi o mês que registrou o maior número de mortes de todo esse período, num total de 32.912 mortes, de acordo com levantamento feito pelo consórcio de veículos de mídia, que tem como fonte primária as secretarias estaduais de saúde. Comparado a outros países, o Brasil foi o local onde mais pessoas morreram por Covid-19 no mês de julho. Apenas nos dois últimos meses, o país registrou mais da metade do número de mortes de toda a pandemia, mais de 60 mil. Hoje, 03 de agosto, o Brasil tem 2.750.318 pessoas infectadas e 94.665 vítimas do novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde.

E mesmo com o aumento dos casos e mortes a cada mês, os números parecem não chocar nem mesmo aqueles que no início da pandemia reforçaram a necessidade de se ficar em casa. Na cidade do Rio, por exemplo, o final de foi de praia cheia. Além disso, 59 estabelecimentos, entre bares, restaurantes e quiosques foram multados pela Subsecretaria de Vigilância Sanitária da Prefeitura do Rio. São 839 novos casos e 32 mortes confirmadas em 24h, totalizando nesta segunda-feira (03) 72.079 casos registrados e 8.371 mortes, de acordo com o Paine Rio Covid-19, da Prefeitura.

Na Maré não foi diferente: houve grande movimentação pelas ruas, com muitas pessoas circulando sem máscara. Hoje são 431 casos confirmados e 88 mortes na Maré, de acordo com o painel da Prefeitura. O Painel Unificador Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro registra 5.848 casos, entre dados públicos e relatados por lideranças comunitárias.

ADPF 635

No período de um mês, o número de mortos em operações policiais reduziu em 70% após decisão cautelar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender essas operações em favelas do estado do Rio durante a pandemia. Esses são dados do GENI (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos – Universidade Federal Fluminense), que fez uma análise entre 05 de junho e 05 de julho sobre as operações no estado.  

A ADPF 635 ou ADPF das favelas – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – teve papel importante nesse processo para ajudar a impedir que o poder público pratique condutas inconstitucionais contra a sociedade. Neste caso, a política de Segurança Pública adotada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.

A participação de organizações sociais na discussão da ADPF 635 é fundamental, trazendo a vivência de quem acompanha de perto as violações cometidas em ações policiais. A Redes da Maré, junto a organizações como Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, o Movimento Negro Unificado, Movimento Mães de Manguinhos, Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e outras colaboram na discussão do processo. Saiba mais no vídeo.

Campanha Maré Diz NÃO ao Coronavírus

A Campanha Maré Diz NÃO ao Coronavírus completou quatro meses de atuação no final de julho e segue a todo vapor! A campanha, que começou em março como uma ação emergencial de distribuição de cestas de alimentos e kits de higiene e limpeza, se desmembrou em diversas frentes de trabalho no território, impactando a vida de milhares de moradores. Distribuição de quentinhas para pessoas em situação de rua, desinfecção das ruas da Maré, criação de produtos de comunicação sobre a pandemia são algumas das ações que a Redes da Maré tem realizado ao longo desses meses. 

Veja as ações realizadas até agora pela Campanha Maré Diz NÃO ao Coronavírus

Redes da Maré no Catarse

Durante a pandemia, a Redes da Maré beneficiou milhares de famílias, mas o número de pessoas precisando de ajuda aumentou. Podemos fazer a nossa parte compartilhando e doando para a campanha de arrecadação no CATARSE, que está na última semana. A meta é comprar 4 mil cestas para doar a famílias da Maré que mais precisam de apoio nesse momento. Ajude a Redes da Maré a engajar mais pessoas nessa campanha! Para doar e saber mais informações, basta acessar o site da campanha.

Ações de saúde contra a Covid-19

A Maré tem desenvolvido algumas ações para enfrentamento da Covid-19 no território. O serviço de telemedicina gratuito oferecido pelo SAS realiza consultas todos os dias, das 8h às 20h via Whatsapp. Para fazer o atendimento, basta mandar uma mensagem para o número (21) 99271-0554 e aguardar agendamento. 

Comunicação comunitária na pandemia

Na terça-feira, 04 de agosto, às 19h, acontece um papo importante sobre os rumos da comunicação comunitária durante a pandemia. Para conversar melhor sobre o assunto, o tecedor e jornalista Hélio Euclides vai mediar uma conversa com o também jornalista e pesquisador Pedro Barreto e a coordenadora do Jornal Fala Roça Michele Silva. O encontro será no Facebook da Redes da Maré.

Jornal Maré de Notícias

Está no ar a edição 115 do nosso Jornal Maré de Notícias, falando sobre a atual situação da pandemia na Maré. O jornal já está disponível para leitura em PDF no site do Maré Online.

Galeria da minha janela

Já conferiu a galeria do site A Maré de Casa? Os moradores da Maré que quiserem participar, podem enviar uma mensagem para o Whatsapp (21)97205-0989 ou e-mail [email protected] com uma foto e um texto sobre o que tem visto de suas janelas durante a quarentena. Os cinco autores das fotos e textos mais votados ganharão o prêmio e um destaque no site do projeto. 

Nenê do Zap

Tem um momento em que os pequenos querem descobrir novas sensações, como tocar, morder, cheirar… Faz parte do aprendizado da nenezada e é um momento muito importante para o seu crescimento e desenvolver os seus sentidos. Veja mais na dica de hoje.

Ronda Coronavírus: Secretário de saúde anuncia fechamento de hospitais de campanha

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Até metade de agosto, cinco hospitais geridos pelo estado estarão fechados

O secretário de saúde Alex Bousquet anunciou na última quarta-feira (29) que cinco hospitais de campanha geridos pelo estado estarão fechados até 12 de agosto. Os de Duque de Caxias, Nova Friburgo e Nova Iguaçu, que não chegaram a ser inaugurados, serão fechados já na primeira semana de agosto. Os hospitais do Maracanã e São Gonçalo encerrarão o seu funcionamento na semana seguinte. A justificativa para o fechamento dos hospitais é a diminuição dos casos e mortes no estado.

”Independente do planejamento ter sido equivocado, ele já incluía começo, meio e fim, de acordo com a evolução da epidemia. Essa evolução mostra que nós estamos, assim como outras regiões do mundo inteiro, próximo do fim das unidades de apoio, que aqui foram chamados de hospitais de campanha”. O secretário acredita que não haverá uma nova onda de casos, mas caso ocorra, há leitos suficientes para essa demanda. Entenda melhor a atual situação dos hospitais de campanha aqui. 

Covid-19 no Rio

Mesmo com a fala do secretário, que aponta para uma remissão dos casos e mortes, os números mostram o contrário. Na última semana de julho, o Rio de Janeiro apresentou uma média semanal de aumento nos números de casos e mortes, comparando com a média de duas últimas semanas. É possível acompanhar essa variação dos números no site do G1, que atualiza diariamente os índices de queda, estabilidade e aumento do número de casos e mortes dos estados do Brasil. Hoje, o estado tem 165.495 casos confirmados e 13.477 mortes por Covid-19. Nas últimas 24h, foram registrados no estado 1.853 novos casos e 129 novas mortes por Covid-19.

O Painel Unificador Covid-19 nas favelas do Rio tem o registro de 5.848 casos confirmados e 812 mortes em 37 favelas cadastradas no painel. A Maré tem 1.010 casos suspeitos e 32 mortes sob suspeita de Covid-19, de acordo com o 13º boletim De Olho no Corona!, já disponível para leitura aqui. Junto aos casos oficiais do Painel Rio Covid-19, da Prefeitura do Rio, a Maré apresentou até o fechamento do boletim 1.435 casos e 118 mortes, entre suspeitos e confirmados. Nesta sexta-feira (31), a Maré tem 425 casos confirmados e 86 mortes pelo painel da Prefeitura.

Nova onda de casos

Ceará, Maranhão e Rio de Janeiro são estados que estão sob risco de nova onda de casos, indica o Boletim InfoGripe, da Fiocruz. Após uma queda nos números, os dados do boletim apontam para um crescimento de novos casos, significando que existe uma piora no controle do coronavírus no estado. O estudo usa como base dados compilados entre 19 e 25 de julho. É possível ter acesso aos dados no site do boletim.

Quinta fase da flexibilização

Começa neste sábado (01) a fase 5 do processo de flexibilização do isolamento social da cidade do Rio. A partir desta data, passa a ser permitido banho de mar com a permanência dos banhistas na areia, além do trabalho de ambulantes nas praias, praças e parques de 7h a 18h. Os horários de funcionamentos dos shoppings voltam ao normal (de 10h a 22h). Pontos turísticos terão a sua capacidade de público ampliada de ? para 50%.

Kit merenda para alunos da rede pública

A Secretaria Municipal de Educação (SME), já entregou mais de 480 mil cartões e cestas básicas para a alimentação de estudantes da rede municipal de ensino. A SME também distribuiu mais de 244 mil litros de leite para alunos dos segmentos de creche, ensino infantil e pré-escola. Na próxima semana, a previsão é entregar mais 50 mil cestas aos responsáveis de alunos. A recomendação da secretaria é que as famílias compareçam nas datas, locais e horários marcados pela SME para evitar aglomerações.

Dicas Culturais

Para fechar o mês, Milton Nascimento, Liniker e Xênia França irão se apresentar juntos nesta sexta-feira (31), a partir das 20h30, no canal do Youtube do canal Multishow e da Mastercard para cantar alguns sucessos que marcaram a carreira de Milton. A apresentação irá reverter fundos para a ONG Ação da Cidadania.

Neste final de semana, o primeiro de agosto, acontece mais uma edição do Encontro Preto, evento que acontecia presencialmente na Lapa sempre no primeiro sábado do mês e que agora tem a sua versão virtual. As atrações vão estar ao vivo no Instagram do encontro, que começa às 9h. As lives de samba vão dominar o final de semana! Nesta sexta-feira, Jorge Aragão se apresenta a partir das 20h em seu canal no YouTube; sábado é a vez de Péricles cantar em seu canal a partir das 17h; e domingo tem almoço e música com Diogo Nogueira a partir das 12h, também em seu canal do YouTube. Sem esquecer das lives da cantora Teresa Cristina, sempre às 22h no Instagram da cantora.

Elefantes brancos da pandemia

Hospitais de campanha deixam de ser solução para virarem problema

Maré de Notícias #115 – agosto de 2020

Hélio Euclides

Vamos celebrar nosso governo. E nosso Estado que não é nação. Vamos celebrar epidemias. É a festa da torcida campeã esse trecho da música Perfeição, de composição de Marcelo Bonfá, Dado Villa-Lobos e Renato Russo, foi lançada em 1993, mas continua atual nos dias de hoje. Com a pandemia, vieram ideias mirabolantes. Os hospitais de campanha é um desses projetos, que nasceram para desafogar as unidades de saúde, mas não chegaram a funcionar como planejado, seja por falta de pessoal, de equipamentos, de remédios, além de confusões nas inaugurações e administrações. 

Além dos atrasos nas entregas e de todo o escândalo de corrupção que envolveu a construção e compra de equipamentos, o secretário de saúde, Alex Bousquet, anunciou nesta quarta-feira (29) que até 12 de agosto os cinco hospitais de campanha geridos pelo estado estarão fechados. Os de Duque de Caxias, Nova Friburgo e Nova Iguaçu serão fechados já na primeira semana de agosto. Os hospitais do Maracanã e São Gonçalo encerrarão o seu funcionamento na semana seguinte. Segundo o secretário, a previsão do fechamento dos hospitais iria acontecer quando a curva de casos e mortes começasse a diminuir e a equipe técnica avalia que esse é o momento. 

De acordo com o Secretário, em coletiva na sede da Secretaria de Estado de Saúde, “independente do planejamento ter sido equivocado, ele já incluía começo, meio e fim, de acordo com a evolução da epidemia. Essa evolução mostra que nós estamos, assim como outras regiões do mundo inteiro, próximo do fim das unidades de apoio, que aqui foram chamados de hospitais de campanha”. O secretário afirma que há leitos suficientes para atender uma segunda onda da doença, que ele acredita que não vai acontecer. 

Como tudo aconteceu

Toda a desordem começou com o governo federal desconsiderando a pandemia e, em alguns momentos, chegando a atrapalhar ações realizadas por instituições de Saúde. O Supremo Tribunal Federal (STF) interviu, assegurando aos governos estaduais, distrital e municipais competência para a adoção de medidas restritivas durante a pandemia da COVID-19. A partir daí, estados e municípios decretaram calamidade pública com a flexibilização na contratação de pessoal e na compra de bens e serviços. Isso facilitou as licitações contraditórias e, em alguns casos, sem concorrências. Ainda assim, relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que o Rio de Janeiro foi um dos estados que menos receberam recursos financeiros do Ministério da Saúde.

No Rio de Janeiro, a única solução apresentada foi a construção dos hospitais de campanha, unidade que pode ser construída em diferentes locais e depois desmontada, com funcionamento temporário. O artifício para a construção era desafogar o sistema tradicional de Saúde das regiões afetadas pelo coronavírus. Da Prefeitura veio a promessa de duas unidades: o hospital do Riocentro, em Jacarepaguá, com 500 leitos, foi inaugurado; o outro em Santa Cruz, mas só seria construído quando todos os leitos da cidade estivessem ocupados.

O governador do Estado, Wilson Witzel prometeu que construiria nove hospitais até o dia 30 de abril. Desses, dois são de administração privada, pela Rede D’Or, no Leblon, e o segundo no Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca. Contudo, os sete hospitais que seriam administrados pelo governo estadual enfrentaram problemas e os prazos não foram cumpridos. Surgiu a “novela” dos hospitais de campanha.

Prometidos pelo governo do Rio de Janeiro para o fim de abril, o hospital do Maracanã, localizado no Estádio Célio de Barros, foi inaugurado no dia 5 de maio e o de São Gonçalo só no dia 18 de junho. Os hospitais de São Gonçalo e Maracanã estão sendo administrados pela Fundação Saúde, da própria Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), já que o governo do estado rompeu com a organização social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS), após atrasos na construção e uma série de denúncias de irregularidades. Mesmo assim, o IABAS recebeu R$ 256 milhões.

Os outros cinco não foram inaugurados. A Secretaria de Estado de Saúde informou que os hospitais de campanha de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Nova Friburgo foram concluídos, mas permaneceram fechados e seriam usados apenas como leitos de retaguarda, assim como o hospital modular de Nova Iguaçu. Já as unidades de Casimiro de Abreu e Campos dos Goytacazes tiveram suas montagens interrompidas. Nessas regiões, caso haja necessidade de ampliar os leitos de atendimento dos pacientes com COVID-19, a SES irá pactuar a utilização de leitos nas redes privadas de Saúde.

Apesar de não entrar na contagem dos hospitais de campanha, a unidade de Bangu foi construída no Complexo Penitenciário de Gericinó. O hospital de campanha para tratar da população carcerária do Rio de Janeiro com suspeita de COVID-19 não foi entregue. Há suspeitas de irregularidade na licitação. 

Gerido pela iniciativa privada, Hospital de Campanha do Leblon foi o primeiro a ser inaugurado – Foto: Mauricio Bazilio/SES

Quem sair por último, apague a luz

Com acusações de irregularidades e corrupção, a SES vive uma crise, com compra de material superfaturado e administração desastrosa do IABAS. Em meio à pandemia, já ocorreu a troca de secretários por duas vezes. Fernando Ferry ficou no cargo por apenas um mês e quatro dias, quando assumiu a Secretaria no lugar de Edmar Santos, exonerado em meio às investigações. 

Os problemas começaram após o Ministério Público Federal apontar, para um grande esquema na cúpula do governo do estado, suspeitas de desvio de dinheiro público, com a prisão do ex-subsecretário de Saúde Gabriell Neves. Desde então, vários personagens do suposto esquema de corrupção, investigados em operações distintas, foram presos ou sofreram buscas e apreensão em suas residências e escritórios. 

Além disso, no início deste mês, a Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ) decidiu instaurar processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel. O último capítulo desse folhetim foi o fechamento temporário das atividades dos hospitais de campanha do Maracanã e de São Gonçalo. Funcionários da unidade do Maracanã alegam salários atrasados.

A importância do investimento correto

Vinícius Gama, morador da Vila do João, não acredita na relevância do projeto provisório feito para o enfrentamento da COVID-19. “Vejo que os hospitais de campanha não eram necessários, o que tinha de fazer era dar condições para os funcionários da Saúde trabalharem nos hospitais existentes e nas UPAs”, diz. Ele vê com pesar a corrupção na política de Saúde estadual. “Infelizmente, o que realmente aconteceu foi que pessoas se aproveitaram de cargos de confiança para desviar recursos da Saúde no momento em que vivemos uma pandemia”, conta.

Esse é o mesmo pensamento de Daniel Soranz, doutor e mestre em Saúde Pública, professor e pesquisador da Fiocruz. Para ele, foi um grande desperdício e absurdo. “Foi dinheiro jogado fora. Tinha de investir no Sistema Único de Saúde, no tratamento primário. Enquanto temos hospitais luxuosos de campanha no Riocentro e Maracanã, a UPA Maré está caindo aos pedaços, soltando o piso; o Centro Municipal da Vila do João não tem nem tinta para pintar as paredes; e na Nova Holanda, a Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva não teve, até hoje, a ligação elétrica feita. Isto é desconhecer a cidade”, comenta.

“No hospital de campanha do Riocentro o máximo de leitos ocupados foi de 110, enquanto o Hospital de Acari está com 150 leitos fechados. Próximo à Maré, o Hospital Estadual Anchieta, no Caju, são 75 leitos fechados”, expõe. O médico acredita que o governo federal também é culpado por se ausentar de ações e por não investir nos hospitais federais Clementino Fraga Filho, no Fundão, e no Hospital Federal de Bonsucesso, ambos com 200 leitos fechados cada. Segundo Daniel, há um total de 900 leitos municipais, 950 federais e outros 200 estaduais fechados, por falta de pessoal especializado.

O pesquisador lembra que, quando começou a pandemia, os técnicos avisaram para que não se fizesse hospital de campanha, pois era algo sem sentido. “Os governos investiram, acho que para ter visibilidade e tentar votos futuros. O pico da doença na cidade foi em maio, mas até hoje ainda se tem hospital em construção. Não há legado nenhum para a população, com equipamentos temporários, além de ser um rombo no orçamento público”, conclui. 

Durante a coletiva de imprensa na SES, o secretário de saúde afirmou que após a desmobilização dos hospitais de campanha, os equipamentos comprados pelo estado serão distribuídos para a rede estadual e municipal de saúde.

Um bom exemplo de administraçãoInaugurado em 19 de maio, o Centro Hospitalar para a Pandemia de COVID-19 – Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), funciona no campus do Instituto Oswaldo Cruz, com 195 leitos. Construído em regime emergencial para unir esforços no fortalecimento da rede de Saúde, o hospital possui características específicas que o diferem das unidades de campanha que estão sendo erguidas pelo País e que terão funcionamento temporário. O hospital vai permanecer como um legado para o Sistema Único de Saúde, pós-pandemia.

Ronda Coronavírus: Número de casos de coronavírus no mundo dobrou em seis semanas

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Até a primeira quinzena de agosto Rússia pode ter uma vacina aprovada para testes

Ao longo de seis meses de pandemia, o mundo tem mais de 16,7 milhão de casos confirmados do novo coronavírus. Levou um mês e meio para que esse número dobrasse, pois em 15 de junho chegamos à marca de 8 milhões de casos. Os números indicam que de forma muito rápida, mais pessoas estão se contaminando pelo mundo, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus. 

A tendência no Brasil é parecida: o aumento de casos no país tem sido mais acentuado que o de mortes por Covid-19. Entretanto, o país segue com mais de mil mortes por dia. Nessa quarta-feira, 29 de julho, o país registrou mais de 2,5 milhões de casos e mais de 90 mil mortes pelo novo coronavírus, de acordo com veículos da mídia. 

Covid-19 no Rio

O estado do Rio tem hoje mais de 161 mil casos confirmados e mais de 13.100 mortes por coronavírus, sendo essas mais de 70 mil casos apenas na capital, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde. A Maré tem hoje 423 casos confirmados e 86 mortes por coronavírus, segundo dados do Painel Rio Covid-19, da Prefeitura. 

Vizinho à Maré, Bonsucesso, com os seus mais de 18 mil habitantes (de acordo com o Censo 2010), tem mais que o dobro de números de casos das 16 favelas, com 878 pessoas infectadas, além das 123 vítimas de Covid-19. Entretanto, a circulação de pessoas nas ruas de Bonsucesso é bastante alta, não refletindo um possível medo de seus moradores de se contagiar. O que pode significar que os casos da Maré, Complexo do Alemão e Manguinhos, ambas com baixos números, seguem sendo contabilizados como casos de Bonsucesso.

Corrida pela vacina

Após o anúncio de duas candidatas a vacinas da Covid-19 na última semana, a Rússia comunicou que pode ter uma vacina que pode ser aprovada na primeira quinzena de agosto. Os testes em massa irão acontecer durante o processo de aprovação e caso a vacina seja aprovada, profissionais da área de saúde do país serão imunizados. A produção em massa da vacina acontecerá a partir de setembro. Desenvolvida pelo Instituto Gameleya, localizado em Moscou, pesquisadores pretendem produzir até 200 milhões de doses do imunizador até o final de 2020, sendo 15% das doses destinadas à Rússia.

Comerciantes da cidade

A reabertura dos serviços não essenciais na cidade do Rio não foi suficiente para que comerciantes obtivessem lucro durante o mês de julho. Ao contrário, aqueles que não conseguiram se adaptar ao comércio virtual vão ser obrigados a encerrar os serviços.  Segundo entidades de lojistas, o índice de desemprego no estado aumentou, e já era o mais alto do país, e o receio do contágio são as justificativas para a queda do comércio. 

Na Maré, comerciantes relataram que o comércio estava com pouco movimento e com a grande quantidade de pessoas desempregadas, a reabertura não causaria tanto impacto na movimentação financeira quanto antes da pandemia. Leia mais aqui.

Nenê do Zap

Sempre tem uma briguinha ou outra entre irmãos e irmãs e são aqueles e aquelas que cuidam dos pequenos que precisam controlar a situação e mostrar para os nenês que é melhor todos ficarem numa boa. Confira a dica de hoje do Nenê do Zap sobre o relacionamento com irmãos e irmãs.

Ronda Coronavírus: Rio de Janeiro apresenta alta de números de mortes por Covid-19

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Prefeitura do Rio estuda alternativa para realização do réveillon de 2021

No último final de semana, o estado do Rio apresentou a maior média móvel de sete dias em mortes, com uma média de 127 mortes diárias na última semana. Nesta segunda-feira, o estado do Rio totalizou 157.834 casos confirmados e 12.876 mortes, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES). A média móvel de sete dias é um cálculo que soma o número de mortes dos últimos sete dias e divide o valor por sete. Este valor é comparado a médias de duas semanas anteriores para perceber se a tendência é de alta, estagnação ou queda desses valores. A última vez que o estado apresentou números altos foi em 04 de junho, um mês antes da flexibilização do isolamento social. 

Diante a alta dos números, medidas vêm sendo tomadas para evitar aglomerações. Após o anúncio do adiamento do carnaval no município de São Paulo, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou que não fará o réveillon tradicional na virada dos anos de 2020 para 2021. Na virada para 2020, a festa reuniu 2,9 milhão de pessoas em Copacabana. Segundo nota, disponível no site da Prefeitura, a realização da festa de ano novo na praia “não é viável neste cenário de pandemia, sem a existência da vacina”. A Riotur irá apresentar uma nova proposta para a celebração nos próximos dias, provavelmente em um modelo virtual, sem a presença do público. 

Covid-19 na Maré

O final de semana foi de grande movimento nas ruas da cidade e da Maré. Mesmo com restrições, as praias da cidade estavam cheias. Na fase 4 da reabertura gradual, é permitido ir à praia, mas não permanecer na areia. Vale lembrar que a permanência na areia, formando aglomerações e tomando banho de sol, pode render multa de R$107, de acordo com Prefeitura do Rio. 

A cidade do Rio de Janeiro tem nesta segunda-feira, 27 de julho, mais de 70 mil casos confirmados do novo coronavírus, segundo a SES. O Painel Rio Covid-19, da Prefeitura, apresentou instabilidade e não contabilizou os números de casos e óbitos nesta segunda-feira. A Maré registrou 425 casos confirmados e 86 mortes pelo novo coronavírus, de acordo com o Painel Covid-19 nas favelas, do coletivo Voz das Comunidades. O Painel Unificador Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro aponta para 1.397 casos e 114 mortes na Maré, entre confirmados e suspeitos.

Hospitais de campanha

A Secretaria de Estado de Saúde anunciou nesta segunda-feira (27) que ao longo da semana três hospitais de campanha devem ser desativados: em Nova Friburgo, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Os três hospitais não chegaram a entrar em operação e no momento atuam como reservas de leitos em caso de aumento de demanda. A promessa era da construção de sete hospitais, mas no momento, apenas o do Maracanã e o de São Gonçalo estão funcionando. 

Ações de saúde contra o coronavírus

A Maré tem desenvolvido algumas ações para enfrentamento da Covid-19 no território. O serviço de telemedicina gratuito já está sendo oferecido pelo SAS, com as consultas acontecendo todos os dias, das 8h às 20h. Para fazer o atendimento, basta mandar uma mensagem para o Whatsapp (21) 99271-0554 e aguardar agendamento. 

Redes da Maré no CATARSE

Nesta terça-feira, 27 de julho, a Campanha Maré Diz NÃO ao Coronavírus completa quatro meses de atuação e segue com o trabalho de mobilização! Faltam poucos dias para o fim da campanha de arrecadação no CATARSE. A meta é comprar 4 mil cestas para doar a famílias da Maré que mais precisam de apoio nesse momento. Para doar e saber mais informações, acesse aqui

Galeria da minha janela

Os moradores da Maré podem enviar uma foto e um texto sobre o que veem de suas janelas, como a pandemia tem interferido no cotidiano, o que está sentindo e o que mais quiser contar para o projeto A Maré vê. No fim do mês acontece uma votação pública no site do projeto onde cinco autores das fotos e textos mais votados ganharão um prêmio e um destaque no site.

Live da Casa Preta

Na quarta-feira, 29 de julho, às 19h, acontece mais uma edição do Café Preto em Casa! A mediação será de Joelma Sousa, com a convidada Andreza Jorge, que vai falar sobre o tema “Feminismos Negro e Favelado”. O encontro será no instagram da Redes da Maré

Nenê do Zap

Brincar é sinônimo de alegria e esse momento é ótimo para brincar com os nenês. Além disso, esses estímulos são ótimos para o crescimento dos pequenos e influencia bastante ao longo da vida. Confira na dica de hoje do Nenê do Zap: