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Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo há mais de 10 anos

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País possui mais que o dobro de assassinatos do segundo colocado, mostra o Mapa dos Assassinatos de 2018 da Associação Nacional de Travestis e Transsexuais

Flávia Veloso

Publicado este ano, referente ao ano passado, o Mapa dos Assassinatos de transsexuais e travestis de 2019, publicado anualmente pela Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (ANTRA) no Dia Nacional da Visibilidade Trans (29 de janeiro) revelou um total de 124 mortes, sendo 121 travestis e mulheres transexuais e três homens trans. O número é menor comparado às duas pesquisas anteriormente realizadas pela ANTRA – 163 em 2018 e 179 em 2017.

Embora a leve queda, o país continua sendo o que mais mata esse grupo, com o dobro de assassinatos do segundo lugar, o México, que contabiliza 63 mortes. O Mapa também revela que 82% das vítimas eram pretas ou pardas, mostrando ainda um evidente racismo atrelado à questão.

Keila Simpson, travesti, presidenta da ANTRA, explica que a instituição utiliza o Mapa como controle do número de assassinatos, e só após o encerramento da contagem inicia uma série de estudos que podem dar um parâmetro do cenário de segurança da população trans.

O Mapa dos Assassinatos tem como objetivo ser um canal de denúncia para as diversas violências sofridas por pessoas trans e travestis. Além de levantamento, ele é uma forma de atrair do Estado políticas públicas, estudos, projetos, ações e efetivação de direitos direcionados a essa população, portanto o dossiê deve ser analisado como um todo.

Antes da sua publicação, o Guia Gay São Paulo divulgou como “boa notícia” (sic) em seu portal que o Mapa dos Assassinatos de 2019 registrou 123 mortes, uma queda de 24,5% em relação ao ano anterior. 

“Não podemos reportar isso como uma notícia boa, notícia de assassinato nunca é, mesmo que aparentemente tenha diminuído. O Brasil se mantém há anos como o país que mais mata pessoas trans no mundo, e a gente não pode acreditar que um número isolado pode significar uma diminuição quando, no mesmo estudo, temos um dado mostrando que 99% da população LGBTQIA+ não se sente segura”, disse Keila Simpson sobre o cenário atual da segurança da população trans.

No dia seguinte ao da publicação do Guia Gay, o deputado federal Eduardo Bolsonaro usou sua conta no Twitter para compartilhar a informação, com uma mensagem de autopromoção política.

A presidente da ANTRA contou que a instituição não foi procurada por Eduardo Bolsonaro para que pudesse dar uma nota sobre o dado publicado. “É preciso analisar dossiê para entender que nossa população continua sendo dizimada. E a ANTRA não acredita que a diminuição tenha relação com governo, pois não há nada no seu discurso ou em suas ações que seja em prol da população trans. Se houver efetivamente redução dos assassinatos no futuro, será por meio da visibilidade de pessoas trans cada vez mais nos espaços e sua mobilização”, completou.

Recentemente, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) disponibilizou um aplicativo de celular para mapear zonas de risco para pessoas LGBTQIA+ em todo o país, em que as próprias pessoas desse grupo atualizam o app, com as áreas que consideram perigosas.

Preparatório para o Ensino Médio da Redes da Maré: Lista de aprovados

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Confira os selecionados para o curso preparatório para ensino médio da Redes da Maré! A matrícula dos selecionados será feita amanhã, das 9h às 20h, na secretaria do prédio onde o aluno fará o curso (confira também no link os documentos e demais orientações para a matrícula), e as aulas começam dia 3 de fevereiro. Veja os nomes selecionados:

Todos contra um mosquito

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Os nove estados do Nordeste, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão em estado de alerta sobre surto de dengue em 2020

Hélio Euclides

Um jogo lançado em 1986 vem tirando o sono de muita gente. O motivo é que até hoje ninguém conseguiu chegar a última fase, onde se vence o vilão. O game consiste em acabar com todos os criadouros de mosquito e assim vencer o desprezível Aedes aegypti. Nesse jogo o Brasil só vem perdendo: a cada ano vem aumentando o número de casos de infectados pela dengue. Segundo o Ministério da Saúde, 11 estados poderão ter o surto de dengue sorotipo 2 este ano, entre eles o Rio de Janeiro. 

No país, os primeiros relatos de dengue datam do final do século XIX, em Curitiba, e do início do século XX, em Niterói. A doença foi erradicada em 1955, mas segundo o Ministério da Saúde, o retorno ocorre em 1982, em Boa Vista. Em 1986, houve epidemias no Rio de Janeiro e em algumas capitais do Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada. A dengue é uma doença cujo período de maior transmissão coincide com o verão, devido aos fatores climáticos favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti em ambientes quentes e úmidos. A expectativa é que 2020 vai ser um desses anos, com a previsão de um verão de muitas chuvas. 

Em 2019, foram registrados 1.544.987 no país, um número superior de 488% em relação há 2018. A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Após picar uma pessoa infectada com um dos quatro sorotipos do vírus, a fêmea pode transmitir o vírus para outras pessoas. “Já tive dengue, por isso evito água parada. Sinto falta do pessoal do mata mosquito. Acredito que ninguém está preparado para essa doença”, comenta Josefa Berta, de 69 anos, moradora da Nova Holanda. O mesmo mosquito ainda pode transmitir zica, chikungunya e febre amarela.

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, baldes de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampinhas de garrafas. “O que vemos é uma via de mão dupla. Uma parcela de culpa é do governo, por não ter políticas públicas. Há três anos que não aparece ninguém na minha casa para fazer um trabalho de prevenção. Do outro lado, a população, que não toma atitude, parece que não está se importando”, diz Lucas Mateus, de 24 anos, morador da Nova Holanda.

“É bem possível um surto, pois além das condições climáticas, soma-se a isso o desmantelamento na saúde básica feita pela gestão municipal. É leviano para qualquer um da saúde afirmar que o Rio está preparado para uma epidemia. Porque o que combate qualquer surto é a prevenção e isso depende de planejamento, algo que acredito que não ocorreu”, conta um agente de saúde da Maré, que preferiu não se identificar. Os principais sintomas da dengue são: febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Em caso de suspeita, é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico, notificação e tratamento. 

Apesar do desânimo, o agente vê ações positivas. “Porém, instituições como a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) têm criado métodos para eliminar a transmissão do vírus da dengue, como o projeto Wolbachia”, acrescenta. Em janeiro de 2019, a Maré começou a receber os Aedes aegypti com Wolbachia, os mosquitos aliados no combate da dengue, zika e chikungunya. Após algumas semanas de liberação, foram usadas armadilhas para capturar mosquitos. Outra iniciativa é realizada pelos “Heróis Contra a Dengue”, da Redes da Maré que, atua num trabalho de conscientização em escolas, através de jovens estudantes capacitados.

Lista de aprovados: Preparatório para o 6° ano

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Confira a lista de aprovados de aprovados no processo seletivo para o curso preparatório para o 6 ano da Redes da Maré!

As matrículas para Curso Preparatório para o 6º ano serão realizadas entre os dias 28 e 31 de janeiro de 2020.

Clique aqui para verificar as orientações e a lista de documentação para realizar a sua matrícula.

Lista de selecionados para o CPV

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Confira abaixo a lista de selecionados para o Curso Pré-Vestibular da Redes da Maré!

Atenção para os prazos de matrícula e documentos necessários.