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Maré de Notícias #50

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[toggle title=”Maré na França”]
Thaina Farias, uma das 13 jovens do Núcleo 2 da Escola Livre de Dança da Maré (ELDM) relata a emoção da viagem à França, onde o grupo – todos moradores – esteve em intercâmbio com a Escola Municipal Artística de Vitry-sur-Seine, de 28/11 a 8/12.

“Embora eu tenha revisto a cena em filmagem, lembraria ainda assim como se fosse ontem a reação que todos tivemos ao sair de um dos portões do aeroporto, assim que chegamos. O frio não conseguiu ser maior que a emoção que tivemos ao sentirmos que a ficha estava caindo e estávamos mesmo na França; que aquela nossa primeira viagem juntos teria tudo para ser especial. Embora cansados, estávamos todos curiosos, olhando para todos os lados, tirando fotos e filmando o caminho de Paris a Vitry (cidade nos arredores de Paris, onde o grupo ficou hospedado). Já nos comentários, comparamos o caminho com a Linha Amarela daqui e eu fiquei impressionada com a quantidade de grafites.

Chegamos a Vitry e tudo era novidade. Desde o início fomos muito bem cuidados e logo visitamos o Theatre Jean-Villard, onde encontramos pessoas com sorrisos enormes para nos receber. E foi aí que começamos a perceber que essa história de que os franceses eram frios era mentira. Conhecemos o teatro, os alunos do núcleo de dança de lá e tudo foi tão novo e divertido que eu já começava a pensar que ir embora ia ser realmente difícil. Tive certeza desse meu pensamento no dia em que passamos a tarde com os jovens de lá e dançamos juntos. Fizemos aula e mantivemos um contato tão profundo que mesmo que a língua não fosse a mesma e não ajudasse muito na comunicação, tudo fluía.

O amor pela dança cresceu com esse contato e troca que tivemos. Vimos que nos tornamos amigos, mas amigos mesmo, como se tivéssemos nos conhecido há muito tempo. Conversávamos e pensávamos muito nessa relação com eles, os novos amigos franceses, enfatizando que o melhor de termos ido à França era ter conhecido as pessoas que conhecemos e termos vivido a experiência de dançar para um teatro lotado de gente que nunca tinha ouvido falar do nosso trabalho ou tinha ouvido falar muito pouco.

As respostas foram positivas. Pessoas vinham nos abraçar em resposta a tudo o que viram e ouviram durante o “Exercício M, de movimento e de Maré” (coreografia criada durante a formação do Núcleo 2 e encenada 18 vezes no Brasil, em diferentes locais). Algumas choravam e muitas comentaram da nossa força, da potência que éramos juntos, enfatizando as nossas diferenças que contribuíam muito para um trabalho rico. E aquela foi, sem dúvida, uma das melhores noites da minha vida e acredito que foi assim para todos nós.

E sobre os passeios e sobre nossa estada em Vitry, tenho a dizer que nos vimos como uma família. Aprendemos a conviver e a respeitar a opinião de todos para a harmonia do grupo. Foram dias que nos renderam lindas experiências, lindas fotos e vídeos bem engraçados. Estar na França nos fez ver a valorização que lá eles dão a arte, perceber o que falta no Brasil, o que precisamos buscar como estudantes de dança e futuros profissionais da área, quem sabe.

Aqueles dias ficaram marcados, assim como o rosto de cada um daqueles que nos receberam tão bem e acreditaram em nós. Voltei para o Brasil com o coração cheio de expectativas, metas e ideias, um desejo muito grande de voltar e também de receber nossos novos amigos aqui. Foram intensos dias de muita dança e muita troca de energia!”

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[toggle title=”Samba no salto 18″]

Por: Rosilene Miliotti

Pequena no tamanho, mas gigante no samba, Nega mede 1,55m e pesa 52kg, mas quando coloca o salto 18 e começa a sambar, vira uma gigante.

Nascida no mundo do samba, a passista Cremilda Lima, conhecida como Nega, 44 anos, entende do riscado desde criança, mas só aos 19 começou a desfilar como passista. Na Unidos da Tijuca, escola de coração, ela dedicou 14 anos da sua vida e fez shows no Rio de Janeiro e em São Paulo.

“Há três anos parei de desfilar por causa da tuberculose e não quis mais voltar à rotina de ensaios, mas tenho a minha vaga lá. Escola de grupo especial é marcação, tem que ensaiar durante a semana e eu não aguento mais. Trabalho o dia todo como copeira em um escritório, à noite vou para minha lanchonete e ainda tenho encomendas de doces e salgados. Agora me dedico só ao Gato de Bonsucesso, outra escola de coração, onde já fui rainha de bateria”, conta ela. Ela lembra que antigamente desfilava em uma escola, corria, trocava de fantasia e desfilava em outra e assim fazia todos os dias do carnaval.

Nega tem três netos e a menor já samba. O marido, Ronaldo Souza, é só elogios a ela. “Ela trabalha fora e ainda mantém a casa em ordem. Isso é uma máquina”, declara. Nega não pode escutar um batuque que começa se balançar. “Carnaval pra mim deveria ser o ano todo. Apesar de desfilar há muito tempo, todo ano parece a primeira vez”, revela ela, que mora na Nova Holanda.

Loucuras de carnaval

“Já tive bolhas nos pés e tenho algumas marcas no corpo por causa do esplendor (adereço que carrega nas costas, em geral cheio de plumas e paetês). No primeiro ano que desfilei pela Unidos da Tijuca, a bota estava com o salto mole. Eu chorava porque queria sambar. Aí o presidente falou pra eu ir só me mexendo. Mas como sambo na ponta do pé, quando eu entrei na avenida comecei a sambar, esqueci o salto mole e quando dei por mim sambei assim mesmo”, lembra.

Para Nega, as passistas são guerreiras. “Não ganhamos dinheiro para desfilar. E por mais que a gente vá direto do trabalho para o ensaio, a gente se monta, coloca um sorriso no rosto e samba a noite toda. Sou muito vaidosa e por isso eu trabalho muito para sustentar minha vaidade. Fico maquiada o dia todo. Quando vou trabalhar sem maquiagem, as pessoas não me reconhecem”, brinca.

Nega sonha em criar uma escola de passistas mirins para incentivar a continuidade do carnaval. Este ano ela só vai desfilar no Gato de Bonsucesso, “mas sempre pode aparece uma vaga em uma escola em cima da hora”, acrescenta ela.

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[toggle title=”Garotada da Maré na Sapucaí”]

Os pais que quiserem levar seus filhos de 6 a 17 anos de idade para desfilar na Sapucaí podem procurar o Tadeu Ribeiro, do Parque União. Ele está organizando um grupo para integrar a Escola de Samba Mirim Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy.

O desfile será no dia 4, terça-feira de carnaval. Os dois ônibus que levarão a garotada sairão da Maré às 16h. Para participar, ligue para o Tadeu: 99881-0754 (Vivo) / 99164-3932 (Claro). Os responsáveis precisam autorizar a participação das crianças e adolescentes. Até 2012, Tadeu levava a garotada para a Inocentes da Caprichosos.

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[toggle title=”Por que Maria do Buraco Fundo?”]

Em visita à nossa redação, Tadeu Ribeiro nos contou a origem do apelido de Maria do Buraco Fundo, antiga moradora, já falecida, que fez história no Parque União. “Era porque ela morava num buraco. Ela cavou um buraco e cobria com chapas de lata suspensas por umas estacas.

Isso no início, bem improvisado mesmo, mas não minava água dentro quando chovia não. Ela descia o buraco por uma escada de madeira. Depois arrumaram uma casa para ela morar. As pessoas ajudavam, o mercado, os feirantes davam sobra de comida para ela manter as crianças”, revela Tadeu.

Leia sobre a história de vida de Maria do Buraco Fundo na pág. 3 da edição 48, de dezembro passado, clicando aqui:  Maria do Buraco Fundo

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POR QUE A POLÍCIA É TÃO VIOLENTA?

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Ato na Maré em junho de 2013 | Foto: Fabiola Loureiro

Por Eliana Sousa Silva

Nos primeiros 55 dias de 2014, tivemos pelo menos 45 mortos em operações policiais em favelas do Rio de Janeiro, sem contar feridos. São números que propõem a toda sociedade, com urgência, o desafio de refletir e questionar as ações de segurança pública no Rio, especialmente nas favelas.

Como alguém que se constituiu no mundo a partir da Maré, busco compreender as práticas das forças policiais na favela a partir do olhar dos agentes diretamente envolvidos nessa problemática: policiais, integrantes dos grupos criminosos armados e moradores. Meu esforço é pensar caminhos para ampliar o diálogo com as autoridades, que muitas vezes não conseguem envolver no debate a população diretamente atingida pela falta de políticas abrangentes de segurança pública.

É fato que as soluções neste campo não são mágicas nem rápidas. A crescente violência exige a construção de uma política global, não baseada em medidas fáceis, pirotécnicas ou de curto prazo. Um projeto que não pode, definitivamente, depender de ciclos eleitorais. Nesse sentido, a experiência em realização no Rio de Janeiro das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) poderá ser um avanço se governo e sociedade civil conseguirem incorporar ao programa, a curto prazo, a escuta do cidadão.

Passos importantes nesse sentido já vêm sendo dados por algumas instituições. Na Maré, desde 2009, a Redes da Maré vem mobilizando moradores para que participem da elaboração de propostas para esta área.

Esse trabalho tem mostrado que não haverá mudança substancial sem uma compreensão, por parte de quem vive, age e ama no bairro da Maré, sobre o que significa ter direito à segurança pública e o papel que precisam cumprir na conquista. Estou certa de que o mesmo é verdadeiro para muitas outras áreas do Rio.

Durante o trabalho de reflexão coletiva sobre as práticas policiais na Maré, percebi que o morador da favela não compartilha do mesmo conceito de segurança dos que residem em locais de maior padrão de renda. Essa é uma pista interessante para compreender as razões da intolerância e descrédito na relação da população com a polícia. A experiência de um policial que se coloca no papel de proteger a população que mora em favelas nunca fez parte da história dessas comunidades. Elas nunca vivenciaram uma rotina diferente da violência, do desrespeito e da humilhação que sempre caracterizaram as práticas de grande parte dos profissionais do aparato policial. Para muitos agentes de segurança, persiste a visão preconceituosa que considera todas as pessoas que residem em favelas como potenciais cúmplices de atividades ilícitas.

A morte da policial Alda Rafael Castilho, de 27 anos, causa indignação e tristeza, sim, a todos que trabalham para a diminuição do quadro de violência em que se encontra o Estado do Rio de Janeiro. Assim como a morte de Gabriel Lelis da Silva Barbosa, de 14 anos, e de Jefferson Moreira de Jesus, de 24, em operação policial na Maré, no dia 23 de janeiro. Vivemos num estado em que as pessoas gastam uma energia significativa observando qual morte é mais reconhecida e valorada. E isso, sem dúvida, é tão violento e indigno quanto a barbárie explícita que se vivencia no nosso cotidiano.

Não chegaremos à essência desse problema valorizando práticas que colocam pessoas de opiniões distintas como inimigas, as quais devem ser combatidas, como numa guerra. Nenhuma vida vale mais que outra, independentemente de quem se esteja falando.

Fonte: O Globo

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O Globo Newspaper

Why are the police so violent?

Experience with the Pacifying Police Units may be a breakthrough if government and civil society manage to incorporate the voice of the citizen to the program in the short run

BY ELIANA SOUSA SILVA

02/25/2014 0:00

During the first 55 days of 2014, we had at least 45 dead in police operations in the slums of Rio de Janeiro, not counting the wounded. These figures urgently suggest to the entire society the challenge to reflect upon and question the public safety initiatives in Rio, especially in the slums.

As someone who was raised to the world from Maré, I seek understanding of police practices in the slums from the perspective of the agents directly involved in this issue: police officers, members of armed criminal gangs and residents. My effort is to think of ways to expand the dialogue with the authorities, which often fail to engage the population directly affected by the lack of comprehensive public security policies in the debate.

It is a fact that solutions in this field are neither magical nor quick. The ever growing violence requires the establishment of a global policy, not based on easy, pyrotechnical or short-term measures. A project that can definitely not depend on the elections. In this sense, the experience of the Pacifying Police Units (Portuguese: Unidades de Polícia Pacificadora – UPPs) in Rio de Janeiro can be a breakthrough if the government and the civil society manage to incorporate the voice of the citizen to the program in the short run.

Important steps in this direction have already been taken by some institutions. at Maré, since 2009, Redes da Maré has been mobilizing residents to participate in the preparation of proposals for this area.

This work has shown that there will be no substantial change without an understanding on the part of those who live, act and love in the Maré neighborhood, about what it means to have the right to public safety and the role they must fulfill in this achievement. I am sure the same is true for many other regions in Rio.

During the collective reflection work on police practices at Maré, I realized that the slum dweller does not share the same concept of safety of those who reside in places of higher income. That is an interesting clue to understand the reasons for intolerance and distrust in the relationship of the population with the police. The experience of a police officer who plays the role of protecting the population living in slums has never been part of the history of these communities. They have never experienced a routine different from the violence, disrespect and humiliation that have always characterized the practices of most professionals in the police apparatus. For many security agents, a jaundiced view that considers all people living in slums as potential accomplices of illegal activities persists.

The death of police officer Alda Rafael Castilho, 27, causes outrage and sadness, indeed, to all who work to reduce the situation of violence in which is the state of Rio de Janeiro finds itself. Just as the death of Gabriel Lelis da Silva Barbosa, 14, and Jefferson Moreira de Jesus, 24, in a police operation at Maré, on the 23 of January. We live in a state where people spend a significant amount of energy just watching which death is more acknowledged and appreciated. And this undoubtedly is just as violent and unworthy as the explicit barbarism we experience in our daily lives.

We will not get to the essence of this problem by valuing practices that put people of different opinions as enemies, which should be fought against like in a war. No life is worth more than another, regardless of who we are talking about.

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Maré de Notícias #49

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[toggle title=”Um rio de buracos”]

Por: Hélio Euclides

Em preparação da cidade para a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016, a prefeitura vem construindo novas vias e adaptando outras sob a alegação de melhorar a mobilidade urbana. Estão previstos quatro corredores viários, dois deles na zona oeste e outros dois na zona norte passando no entorno da Maré: a Transcarioca e a Transbrasil. Para as intervenções, a cidade virou um canteiro de obras, o que traz transtorno diário para os cariocas. Para piorar a prefeitura ainda derrubou o elevado da Perimetral, dando um nó completo na vida de quem entra e sai da área central da cidade.

Prevista para a Copa, a Transcarioca ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional, na Ilha do Governador, e terá um viaduto próximo ao Parque União, na Av. Brigadeiro Trompowsky. As obras estão orçadas em R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão de recurso do governo federal.

Já a Transbrasil está prevista para a Avenida Brasil, mas as obras ainda não começaram. “A Transbrasil terá estações por toda extensão, uma delas ficará na Vila do João”, afirma o diretor da Associação de Moradores do Conjunto Esperança, Waldir Francisco da Costa, que participou de uma audiência pública com representantes do município.

Os dois corredores usarão o sistema de BRT, transporte coletivo por ônibus rápido, permitindo a integração a outros modais, como trem, metrô e ciclovias.

Pouco se sabe ainda sobre a Transbrasil

 A Transbrasil será um corredor expresso ao longo da Av. Brasil desde Deodoro até o Aeroporto Santos Dumont. A licitação será dividida em dois lotes: o primeiro entre o Aeroporto Santos Dumont e o cruzamento com o BRT Transcarioca na Ilha do Governador e o segundo a partir deste ponto até Deodoro. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, o prazo de conclusão é de 30 meses.

O corredor terá 32 quilômetros, com quatro terminais, 28 estações e 16 passarelas. O orçamento é de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,097 bilhão financiado pelo governo federal. O acesso às estações em grande parte do BRT será por meio de passarelas. Entre os terminais da Candelária e do Trevo das Margaridas, trecho de maior demanda de passageiros, o corredor será operado em duas faixas por sentido por uma frota de 881 veículos, entre ônibus articulados e biarticulados.

A Secretaria de Obras diz que vai providenciar a reestruturação da rede de drenagem ao longo da via, com a implantação de nove projetos para correção de pontos de alagamento.

Waldir diz que pouco se sabe sobre a Transbrasil. Ele aguarda as reuniões com representantes da prefeitura para que o traçado e a localização das estações sejam discutidos. Como a licitação sequer foi lançada, este BRT pode não ficar pronto para a Olimpíada de junho de 2016.

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[toggle title=”O que vou ser quando crescer?”]T

Por: Rosilene Miliotti

A maranhense Patrícia Jeane Vieira Carvalho, de 11 anos, diz que será aeromoça. Se não der certo será advogada, mas não quer ser professora. Moradora da Nova Holanda, ela estuda inglês, francês, espanhol,informática e está no 6º ano. Patrícia conta que começou a pensar em ser aeromoça quando viajou de avião e passou a viagem conversando com as comissárias de bordo. “Sei que tenho que estudar muito para conseguir”, afirma, sorrindo.

 Escolher uma profissão nem sempre é fácil, mas desde pequenos somos estimulados a pensar sobre isso. “A pergunta ‘o que você vai ser quando crescer?’ gera  expectativa e tem foco na formação de mão de obra. Por isso, desde pequeno essa questão é posta, mas não acredito que tenha uma idade para fazer essa escolha. Entretanto, há quem saiba desde criança o que vai ser e às vezes dá certo. Neste momento, a Patrícia deve estar certa da sua preferência, mas a escolha nunca está fechada”, explica Luiza Gullino, estudante de psicologia que atua no projeto Análise do Vocacional, do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Criado em 2006, o projeto atende alunos de pré-vestibulares comunitários em vários bairros. Luiza explica que, em vez de desvendar a vocação de cada um, o objetivo do trabalho é que a pessoa se conheça e escolha o que deseja fazer. “Trabalhamos com noção de escolha porque entendemos que estamos escolhendo o tempo todo, desde a roupa que vamos usar até o que vamos comer”, esclarece.

O trabalho de orientação é feito em grupo após entrevista individual. “Discutimos como cada um se vê naquela escolha”, diz William Penna, que também faz psicologia e participa do projeto atuando com estudantes da Maré.

O objetivo é fazer as pessoas refletirem, ensinando as ferramentas para que elas  possam fazer a sua própria escolha, o que, às vezes, ocorre após a orientação vocacional e não durante a participação no grupo. “Às vezes as pessoas entram no grupo para buscar ajuda e saem mais confusas ainda. No último grupo uma aluna entrou e saiu sem saber o que queria, mas ela adquiriu autonomia para pensar sobre o que estava fazendo, ainda que não tivesse uma resposta. Outro aluno entrou com a certeza de ser fuzileiro. Nós falamos: ‘Vamos pensar sobre isso’. Ele não mudou de opinião, mas foi importante para ele ter argumentos sobre essa e s c o l h a ”, conta Luiza.

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[toggle title=”Programação de férias para a criançada”]

Além da Lona Cultural da Maré (leia acima), haverá colônia de férias também no Parque de Ramos e na Vila Olímpica da Maré (VOM). Na Praia de Ramos, as atividades acontecerão em dois períodos: de 21 a 24/01 e de 28 a 31/01, de 14h às 17h e, atenderá em cada semana 75 crianças de 6 a 15 anos de idade. As inscrições começam no dia 15 de janeiro, no próprio parque da Praia de Ramos. É preciso levar cópia da identidade e do CPF do responsável, certidão de nascimento do aluno, comprovante de residência, foto e atestado médico. Na VOM, as atividades serão de 21 a 24/01 e de 27 a 31/01, de 9h às 16h.

Outra boa opção para as férias é aproveitar as atividades da Sala Infantil Maria Clara Machado, que está aberta de segunda a sexta-feira, de 10h às 19h; e aos sábados, de 10h às 14h. Ao longo do mês de janeiro, haverá atividades lúdicas, leitura, filmes, entre outras atividades que acontecerão na biblioteca e na Praça da Nova Holanda com direto a banho de mangueira.

Os adultos podem aproveitar o acervo da Biblioteca Lima Barreto, que funciona no segundo andar do mesmo prédio, de segunda a sexta, de 9h às 19h; e aos sábados, de 10h às 14h. As duas bibliotecas são da Redes da Maré e ficam na Rua Sargento Silva Nunes, 1.012, na Nova Holanda.

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[toggle title=”Saúde + Educação : Tudo no mesmo lugar”]

O espaço do antigo Sesi Maré, em frente ao Morro do Timbau, na Avenida Guilherme Maxwell, foi dividido para oferecer cinco serviços municipais. São quatro unidades de educação: Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) Professora Solange Conceição Tricarico e o Professora Kelita Faria de Paula, a Escola Municipal Escritor Lêdo Ivo e o Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja Maré).

O terreno ainda abriga a Unidade de Saúde da Família Augusto Boal, que beneficia cerca de 21 mil pessoas, realizando em média 4 mil atendimentos por mês. A equipe profissional é formada por nove médicos; seis enfermeiros; sete técnicos de enfermagem; três cirurgiões-dentistas; um técnico de saúde bucal; quatro auxiliares de saúde bucal; e 38 agentes comunitários de saúde. São seis equipes de saúde da família e três de saúde bucal.

No local são oferecidas consultas individuais e coletivas; saúde bucal; vacinação; pré-natal; exames laboratoriais de sangue, urina e fezes; curativos; teste do pezinho; tratamento e acompanhamento de pacientes diabéticos, hipertensos, tuberculose; testes rápidos para HIV e sífilis e outras doenças. A clínica também conta com uma Academia Carioca da Saúde.

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Maré de Notícias #48

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[toggle title=”Parabéns para todos nós”]

Neste mês de dezembro comemoramos quatro anos de circulação do Maré de Notícias. Agradecemos a cada um que compartilhou sua história com a Maré por meio do jornal. Vamos seguir firmes na produção de um veículo de comunicação social pautado pelos próprios moradores e trabalhadores da Maré. O objetivo é agregar cada vez mais pessoas no nosso fazer diário.

Neste fim de ano, tivemos uma bela notícia. A jornalista Rosilene Miliotti conquistou o terceiro lugar do VII Prêmio Visibilidade de Políticas Públicas, do Conselho Regional de Serviço Social (Cress), com a matéria “Qual é a sua cor?”, publicada na edição 35. Parabéns!

Leia a coleção do jornal no site da Redes: www.redesdamare.org.br (clique em Maré de Notícias). E entre em contato com a Redação
(Tel. 3104-3276 ou Rua Sargento Silva Nunes, 1012. Nova Holanda).

Feliz 2014!

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[toggle title=”No túnel do tempo”]

Por: Beatriz Lindolfo

A Olimpíada do Trabalhador da Maré aconteceu em maio de 1993 e reuniu aproximadamente 500 moradores de todas as comunidades locais, segundo Tadeu Ribeiro, um dos organizadores do evento. A ideia surgiu nas reuniões na XXX Região Administrativa (R.A.), quando membros da prefeitura e moradores debatiam sobre diversas ações necessárias para a melhoria da qualidade de vida na Maré. Foi quando a promoção de uma olimpíada entrou em pauta. “A prefeitura abraçou essa nossa ideia e a Fundação Rio Esporte nos cedeu os troféus e as medalhas”, conta Tadeu, que é morador do Parque União.

O objetivo era contemplar todo o universo da Maré no Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio, e ao mesmo tempo fazer uma corrente comunitária para o devido fortalecimento do Complexo. A meta também era descobrir jovens com aptidão esportiva e cultural.

As modalidades disputadas foram: vôlei, futebol de areia, futebol de campo nas categorias infantil e adulto e corrida feminina e masculina. As provas aconteceram simultaneamente pelas ruas da Maré. A corrida teve início na Praça do Conjunto Esperança e encerrou na Praça do Parque União. Na Praia de Ramos aconteceram os torneios de vôlei e de futebol de areia; já o futebol de campo adulto ocorreu em um campo onde hoje é a Vila Olímpica e o infantil em um campo do Parque Rubens Vaz.

Campeões por todos os lados

Os campeões da corrida feminina e masculina foram moradores do Parque União, do futebol de campo adulto foram moradores da Baixa do Sapateiro e do futebol de campo infantil foram moradores da Nova Holanda.

Dinoelson Pimentel, vencedor da corrida masculina, tinha 31 anos na época e era corredor do Corpo de Bombeiros. “No início foi uma disputa difícil, fui na frente para dar uma distância dos outros competidores e meu irmão ficava me informando quando os outros estavam se aproximando de mim”, conta ele, que já não mora mais no Parque União.

“Senti muita emoção quando recebi o prêmio. Tinham pessoas que nem sabiam que eu era morador. Eu era o favorito, pois na largada vi que não tinha ninguém de fora. Percebi que já iria ganhar”, diz Dinoelson, que já ganhou outras competições realizadas na Maré. “Até hoje as pessoas me reconhecem”, revela.

Após o término das competições, aconteceu a entrega dos troféus para cada modalidade campeã. “Foi um dia de festa por toda a comunidade, torneios acontecendo ao mesmo tempo, atividades para as crianças, a comunidade toda se mobilizou para fazer uma grande comemoração para festejar o Dia do Trabalhador na Maré”, lembra Tadeu.

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[toggle title=”Cinema no beco”]

Bhega Silva, cantor e compositor, morador do Parque União, criou o “Cinema no beco”. Com o dinheiro das vendas de óleo de cozinha usado para reciclagem, ele comprou um DVD, uma tela de toldo branca e ganhou um projetor. O cineminha já está movimentando ruas e becos da Praia de Ramos e Roquete Pinto, exibindo fi lmes infantis e clipes de conscientização, mostrando a todos que cuidar do meio ambiente é dever de todos. A ideia é passar o cinema por toda Maré. Informações pelo celular do Bhega: 99206-5867.

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[toggle title=”Cupcake Natalino – Nozes com Amendoim”]

Receita enviada pela Rafaela Silveira, 19 anos, moradora da Nova Holanda e dona do Bembolados da Rafa 

Ingredientes:

Massa:
100 gramas de margarina ou manteiga
1 xícara de açúcar
1 xícara de farinha de trigo
½ xícara de leite
1 colher de café de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de fermento em pó
1 xícara de nozes e amendoim triturados

Cobertura:
Gel de brilho
1 pacote de pasta americana branca
Corantes alimentícios em gel nas cores desejadas

Modo de preparo:

Massa:
Na batedeira, bata a manteiga ou margarina e o açúcar até formar um creme volumoso.
Junte a farinha, o leite, os ovos e bicarbonato de sódio. Mexa com o batedor. Acrescente o fermento e as nozes trituradas e bata levemente.
Despeje a massa nas forminhas, sem enchê-las, pois a massa irá crescer. (coloque mais ou menos até a metade da forminha). Leve ao forno pré-aquecido a 180°C e asse por aproximadamente 25 minutos.
Retire do forno e coloque para esfriar, evitando que os bolinhos fiquem úmidos.

Cobertura: 
Em uma superfície lisa, abra a pasta americana com um rolo liso, procurando deixar a massa com a mesma espessura.
Depois de aberta, corte a massa do tamanho do cupcake.
Com o auxilio de pincel, passe uma fina camada de gel de brilho sobre o cupcake, para colar a pasta americana.
Decore ao seu gosto.

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Maré de Notícias #47

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[toggle title=”Light promete melhorias”]

Como qualquer outra prestadora de serviço, a Light tem a obrigação de atender aos seus clientes. Desde a saída da empresa do posto de atendimento que ficava na sede da 30ª Região Administrativa (R.A.), não ocorria um contato mais próximo da companhia com os moradores da Maré, que sofrem com constantes quedas de energia.

Em 9 de outubro passado, ocorreu uma reunião entre o representante da Light, o técnico de campo Luciano Freitas, e os presidentes das Associações de Moradores para discutir melhorias no serviço. Desse encontro surgiu o compromisso de avanços e diálogo.

Segundo Luciano, está em fase de implantação um sistema moderno com transformador para em média 100 domicílios. Porém, ele pede cuidado com cabos. “Essa nova rede é boa, mas é vilã para obras e pipas. Para o fim de acidentes serão fixados cartazes pelas comunidades”, comenta Luciano.

Uma novidade no serviço é a implantação do Plano Verão. Desde o dia 15 de outubro até 15 de março, a empresa avalia o desempenho do ano anterior para obter melhores resultados a partir de agora. O propósito é reduzir a incidência de períodos com falta de luz. “Contratamos empreiteiras para manutenção, para que a empresa não dependa apenas da equipe de emergência. No verão teremos um acréscimo nas equipes. Dos clientes da Light 10% são Ilha do Governador e Maré”, detalha o técnico.

Quem ainda não dispõe de medidor de energia em casa deve ir a uma agência de atendimento da Light. Porém, o espaço para a instalação precisa ser preparado antes por um profissional registrado, serviço este que deve ser pago pelo cliente. As agências mais próximas ficam nos shoppings Ilha e Leopoldina.

Como é o sistema de transmissão de energia para a Maré?

Às vezes falta energia na metade da comunidade e outra fica com luz. Isso ocorre por divisões de subestações. No Conjunto Esperança e parte da Vila do João, depende da energia da subestação de São Cristovão. Já Parque União, Rubens Vaz e parte da Nova Holanda ficam com a subestação do Fundão. O restante se divide entre as subestações de Ramos, Triagem e Democrático.

“Ramos passa por manutenção pesada, com desligamento. Nesse momento a transmissão é direcionada para Democrático, que muitas vezes pode ficar sobrecarregada e ocorrer falta de luz”, explica Luciano. Como foi informado na última edição, o cliente com falta de energia deve sempre ligar para Light (0800 021 0196) e anotar o protocolo.

A assessoria de imprensa da companhia informou que a subestação Triagem já possui sistema de automatização, o que será feito também na de Ramos e na Democrático. Ressaltou que a automação da subestação torna mais ágil o restabelecimento de circuito em caso de ocorrência de desarmes na rede elétrica. Completou que a Light tem realizado uma série de serviços de manutenção
da rede elétrica na Maré, incluindo a substituição de postes e transformadores.

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[toggle title=”A sabedoria das ervas medicinais em livro”]

Pertencente à Rede Fitovida, Maria de Lourdes do Nascimento, moradora da Vila do Pinheiro, participa do livro “Sementes – Agentes do Conhecimento Tradicional”, lançado pela instituição. É a segunda vez que ela tem seus conhecimentos fitoterápicos detalhados em uma obra. “Para mim foi mais um sonho realizado, um reconhecimento do meu trabalho”, conta emocionada.

A Rede Fitovida reúne grupos comunitários com o objetivo de transmitir e registrar conhecimentos tradicionais solidários. O livro reúne culturas, raças e trabalhos diferentes de várias regiões. D. Lourdes representa a área metropolitana do Rio, em especial a periferia da Zona da Leopoldina. “Não podemos deixar morrer as raízes, por isso a continuidade da tradição. Esse elo de riqueza que reúne saúde e natureza é incomparável. Um serviço que é feito com respeito à terra, amor à natureza e à vida em geral”, relata D. Lourdes, que fecha o ano com outra realização: a carteira de terapeuta naturista do estado do Rio. Seu próximo feito será escrever sua biografia.

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[toggle title=”Obras da Cedae podem começar em breve”]

Por Beatriz Lindolfo

O presidente da Cedae, Wagner Victer, informou aos dirigentes das Associações de Moradores do conjunto de favelas da Maré que
as obras de esgotamento sanitário começarão em breve por aqui. Segundo a assessoria de imprensa da Cedae, a licitação será aberta em dezembro e a obra deve começar em março, ou seja, com um ano de atraso, mas finalmente vai sair do papel. Segundo Victer, o atraso se deu em decorrência de uma demora na liberação da verba da União.

“Marcílio Dias, Praia de Ramos e Roquete Pinto terão o esgoto ligado a Estação de Tratamento da Penha. O restante da Maré ficará com a Estação de Alegria. Haverá um cinturão nas galerias para o fim do esgoto que cai clandestinamente nos canais”, conta Waldir Francisco da Costa, diretor da Associação de Moradores do Conjunto Esperança, que participou da reunião, no dia 6 de novembro. O próximo passo da Cedae será uma consulta à prefeitura para saber sobre a obra do Bairro Maravilha, anunciada em primeira mão por Eduardo Paes também aos dirigentes das associações.

Píers para os pescadores

O Maré cobrou na última edição a construção de três píers prometidos aos pescadores na época da dragagem do Canal do Fundão. Finalmente as obras tiveram início no Parque União no final de outubro, sob responsabilidade da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA). O primeiro píer ficará pronto no fim do ano.

A fotógrafa Elisângela Leite esteve no local na manhã do dia 1º de novembro e encontrou os pescadores na maior animação. A SEA informou que o próximo píer a ser construído será o do Pinheiro e em seguida o da UFRJ. Cada obra levará cerca de 60 dias. O secretário do Ambiente, Carlos Minc, anunciou ainda a restauração do píer de Marcílio Dias.

Erramos: os recursos aplicados nas obras do Canal do Fundão vieram também da Petrobras e não apenas do governo do estado, como afirmado na última edição.

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[toggle title=”Juventude marcada para viver”]

Você sabia que se fizéssemos um minuto de silêncio para cada vítima de violência no Brasil, ficaríamos 36 dias calados? Este é um dos questionamentos da campanha “Juventude Marcada para Viver”, lançada neste mês de novembro pela Escola Popular de Comunicação Crítica (Espocc) e o Observatório de Favelas. Em 2011, foram mais de 52 mil homicídios registrados em todo o país.

Entre as metas da campanha está a coleta de assinaturas para que o governo do estado passe a ter um protocolo normativo das ações
policiais que tenha como princípio fundamental a valorização da vida. Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica que a polícia mata cinco pessoas por dia no Brasil.

Acompanhe as ações pelo facebook, na página: juventude marcada para viver.

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Maré de Notícias #46

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[toggle title=”Tem ‘lôro’ debutante no Timbau!”]

Dudu é um papagaio bastante conhecido e querido no Morro do Timbau. Sua dona Elisama Lurdes da Silva, mais conhecida como Lili, ganhou o bichinho de presente quando ele tinha apenas três meses de vida e resolveu colocar seu nome de Dudu em homenagem a um vizinho muito querido. “Ele é calmo, educado e só dorme no escuro”, conta dona Lili.

A casa do papagaio, quer dizer, da D. Lili, foi toda adaptada para que o bichinho de estimação se sinta bem à vontade. As paredes foram pintadas com as cores do Dudu, há árvores confeccionadas especialmente para criar um ar de floresta e ainda casinha e balanço. Os dois não desgrudam um do outro, vão juntos a todos os lugares. Se D. Lili se distanciar por um ?m de semana, o bicho ?ca sem comer. Algumas pessoas não entendem. “Já fui chamada de maluca algumas vezes por amar meu papagaio como um ?lho. Quando ele morrer não sei o que será de mim”, relata D. Lili.

Dudu faz 15 anos no dia 28 de outubro, porém a comemoração será no Dudu faz 15 anos no dia 28 de outubro, porém a comemoração será no dia 9 de novembro, às 13h, na casa da D. Lili, e esta não será sua primeira festa. Desde 2000, a data vem sendo comemorada, tanto que já virou tradição e é sempre aguardada pelos amigos e vizinhos.

“Quem vai patrocinar a festa desta vez é a comunidade”, diz D. Lili. Está sendo passada uma lista para quem quiser participar da comemoração, ajudando com o que puder para a organização do evento. Só será permitida a entrada das pessoas que colaborarem.

Em setembro, a preparação da festa já estava a todo vapor, com lembrancinhas sendo confeccionadas para os convidados. O grande dia contará ainda com bolo, saquinho de bala, salgadinho e refrigerante. Moradores se mobilizam para deixar mais feliz o dia em que Dudu completa 15 anos.

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[toggle title=”Boxeador da Maré rumo ao mundial”]

O boxeador Roberto Custódio tornou-se campeão Continental de Boxe na categoria até 69 kg e se prepara para participar do

Mundial, a partir de 11 de outubro, no Cazaquistão.

Curiosidade e defesa pessoal, esses foram os motivos que levaram o morador da Maré a praticar boxe no Luta Pela Paz, em 2001. “Minha mãe ficou muito preocupada e chegou a pedir para eu parar com essa ideia de lutar boxe. Minha família incentiva, mas minha mãe ainda tem medo de que eu me machuque”, brinca Roberto Custódio que, em setembro, sagrou-se campeão Continental na categoria até 69kg.

Engana-se quem pensa que vida de atleta é fácil. Roberto confessa que teve dúvida em continuar no esporte, principalmente quando foi convocado para a seleção brasileira de boxe, que treina em São Paulo. “Na época minha esposa estava grávida e não queria deixá-la sozinha. Mas ela me incentivou e foi muito forte em passar esses meses praticamente sozinha em um momento ?nal de gestação. Nossa ?lha nasceu bem e eu estava em uma competição no momento do nascimento dela, por isso não pude estar presente”, lamenta.

Como identi?car um atleta

Segundo Roberto, a dedicação a um esporte faz muita diferença, mas nem todos que treinam chegarão a ser um atleta de alto rendimento. Ele mesmo não pensava em ser atleta de seleção. “Com o passar do tempo, isso foi virando uma meta. Agora é só uma questão de tempo e logo teremos mais jovens da Maré aqui em São Paulo treinando na seleção”, acredita ele.

Para Luke Dowdney, fundador do Luta pela Paz, situado na Nova Holanda, existe um processo de identi?cação para saber se
um adolescente tem potencial para ser um atleta, mas é importante dizer que o dom do boxe não dá para ensinar. “O
treinador percebe alguns elementos, como coordenação motora avançada, inteligência no ringue, habilidade de ler o adversário e a vontade de lutar. Uma combinação de talento, empenho e gosto para o que faz”, explica. No caso de Roberto, o treinador Gibi foi quem o acompanhou de perto até a convocação do rapaz para a seleção.

Sobre a vitória de Roberto, Luke diz que ele é um atleta de projeção mundial com grandes chances de ir para os jogos olímpicos de 2016. O Luta, que ?ca na Nova Holanda, é um projeto que nasceu com o objetivo de acolher jovens que muitas vezes são vistos como problema, mas que hoje é procurado pelos moradores em geral.

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[toggle title=”Parada gay da Vila do João atrai 8 mil”]

Cerca de 8 mil pessoas participaram da 5ª Parada Gay – Maré sem preconceito, realizada no domingo, 6 de outubro, na Vila do João e na Vila do Pinheiro. “Queremos mostrar à sociedade que a comunidade LGBT vive feliz. A Vila do João é pací?ca e podemos ir e vir sem nenhum tipo de preconceito”, conta Alberto Araújo Duarte, o Beto, organizador do evento, que contou com a presença de David Brasil, Susy Brasil e transformistas do Rio.

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[toggle title=”Cheesecake com calda de goiabada”]

Receita enviada pela Rosana Alves, aluna formada pelo Maré de Sabores.

Ingredientes:

– 1 pacote de biscoito maisena (125g)
– Manteiga amolecida (75g/ 4 colheres)
– Cream cheese (300g)
-Açúcar de confeiteiro (60g)
– Essência de baunilha (5 ml/ 1 colher
de chá)
– Suco de limão (5 ml/ 1 colher de chá)
– 3 ovos
– Goiabada (500g)

Modo de preparar:

1- Bata os biscoitos em um liquidi?cador até que vire farelo;

2- Junte a manteiga ao farelo e amasse até que ?que uma massa compacta;

3- Pressione essa mistura em uma forma de fundo removível de 20 cm de diâmetro;

4- Pressione bem os lados para que eles ?quem mais altos que o fundo;

5- Bata junto o cream cheese, a essência de baunilha, o suco de limão, o açúcar e os ovos, até que ?que uma mistura cremosa;

6- Bata o creme de leite e junte a mistura ao cream cheese;

7- Espalhe sobre a massa do biscoito e alise com uma espátula.

Asse em forno pré aquecido (180°c) por 40 minutos ou até a superfície dourar.

Calda de goiabada:

Em uma panela aqueça a goiabada, o suco de limão e 1 xícara de chá de água.
Cozinhe em fogo baixo. Quando estiver morna despeje a cobertura sobre a torta.

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