Bope dispersa com tiros de fuzil moradores e equipe da Redes da Maré durante mediação

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Por volta das 4h50, policiais militares do Bope, do Batalhão de Choque (BPChq) e do Batalhão de Ações com Cães (BAC)  iniciaram a operação nas favelas Nova Holanda, Parque Maré, Rubens Vaz e Parque União, todas na Maré. Passadas 13 horas, a operação segue com policiais a pé e circulando com o “caveirão” pelo território. Logo no início da manhã, o morador da Nova Holanda Matheus foi assassinado na rua Ivete Vargas. Três pessoas foram detidas e uma foi ferida e encaminhada ao Hospital Geral de Bonsucesso. As clínicas da Família Jeremias Moraes da Silva e Diniz Batista dos Santos estão com as atividades suspensas. Moradores afirmam que algumas escolas da região também tiveram o funcionamento interrompido. 

A equipe da Redes da Maré foi solicitada por um grupo de moradores a mediar uma abordagem policial supostamente abusiva que ocorria na rua em que fica localizada a instituição. Quando a equipe chegou ao local, outro grupo de moradores estava acuado dentro de uma borracharia com policiais na porta. No momento da mediação, que tinha por volta de 100 pessoas na rua, os policiais do Bope dispararam tiros de fuzil para dispersar o grupo.

O projeto Maré de Direitos recebeu denúncias de violações de direitos como: invasão a domicílio, danos ao patrimônio, subtração de pertences e violência física pelo WhatsApp (21) 99924-6462.

Comerciantes da Nova Holanda tiveram seus quiosques saqueados e depredados. Segundo os próprios empreendedores, alguns policiais do Bope arrombaram a fechadura das portas dos estabelecimentos, e furtaram os pertences. Uma das moradoras relata que o dinheiro que usaria para pagar uma consulta médica, teria que utilizar agora para consertar a fechadura para manter a segurança do seu comércio.

Também foram vistos policiais circulando com facas e um cachorro foi morto com três tiros de fuzil. Até o momento do fechamento da matéria, a operação ainda estava em andamento, segundo a assessoria da Polícia Militar.

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