Marcelo Queiroga é o novo ministro da saúde

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Eduardo Pazuello deixa o cargo após omissão frente à pandemia

Por Edu Carvalho, em 16/03/2021 ás 10h

Na noite de ontem, 15, o presidente Jair Bolsonaro publicou nas redes sociais, a nomeação do médico Marcelo Queiroga como ministro da Saúde. Os dois se reuniram ao longo da tarde no Palácio do Planalto para discutir a troca no comando da pasta. O anúncio também foi feito pelo presidente durante conversa com apoiadores na porta do Palácio do Alvorada. 

Antes, o ministro Eduardo Pazuello fez uma coletiva de imprensa para atualizar informações sobre o combate à pandemia de covid-19 e confirmou que o presidente mantinha tratativas para a sua substituição na pasta. 

Perfil

Marcelo Queiroga é natural de João Pessoa e se formou em medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ele fez especialização em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. Sua área de atuação é em hemodinâmica e cardiologia intervencionista e atualmente Queiroga é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. 

Ele será o quarto ministro da Saúde desde o começo da pandemia. Pela pasta, já passaram os médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, seguido depois pelo então general Eduardo Pazuello. 

O novo ministro tem como desafio destravar a vacinação no país. O Brasil registra, até o momento, mais de 279 mil mortes por covid-19.

Cotada para ministério é alvo de ameaças

Antes de confirmado o nome de Queiroga, o nome mais forte par assumir a vaga era o da a cardiologista Ludhmila Hajjar, que recusou oficialmente o convite de Bolsonaro. 

 Em entrevista à CNN Brasil, Hajjar explicou que não poderia aceitar o convite por questões técnicas. A médica acredita na linha de combate ao coronavírus que defende o isolamento social e a vacinação em massa da população. Ela também já criticou o uso da cloroquina, bandeiras que contrastam diretamente com o que defende o presidente.

Já em fala à GloboNews, Hajjar relatou que sofreu ameaças de morte. “Fiquei assustada, mas não tenho medo”, disse. Segundo a médica, ela teve o número de celular divulgado em diversos grupos de WhatsApp pelo Brasil, recebendo diversas mensagens ofensivas e ainda tentaram invadir o quarto do hotel em que estava hospedada em Brasília.

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