Ronda Coronavírus: Estado do Rio ultrapassa marca de 10.000 casos confirmados

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Número de casos confirmados na Maré mais que dobra em três dias, segundo Painel Rio COVID-19

O Brasil tem, hoje, dia do trabalhador, 01 de maio, 91.589 casos confirmados por coronavírus. São 6.329 mortes, 428 mortes a mais registradas nas últimas 24 horas. O estado do Rio passou do marco de 10.000 pessoas infectadas, registrando 10.166 casos e 921 mortes. A capital carioca tem 6.189 casos confirmados e 574 óbitos. Na Maré, o dia amanheceu com moradores na rua e poucos com máscaras. 

No fim da tarde, a equipe do Maré de Notícias registrou cultos religiosos em uma rua do Morro do Timbau, uma das 16 favelas da Maré, com muita aglomeração, o que todas as recomendações de saúde alertam como perigo para a disseminação do coronavírus. 

Nas 16 favelas da Maré são 28 casos confirmados e 6 óbitos. No dia 28 de abril, havia 13 casos confirmados nas favelas, além de 4 óbitos. Nos bairros vizinhos, Ramos e Bonsucesso, são 121 casos e 13 mortes no total. Nas favelas do Rio são mais de 200 casos confirmados de Covid-19 e 25 mortes. Só na favela da Rocinha, em São Conrado, são 8 as vítimas do novo coronavírus.

Na Upa da Maré são muitos casos com coronavírus e também é grande o movimento das ambulâncias, o que sugere,  que o número de confirmados não corresponde aos dados oficiais. Segundo estudos mais recentes da Fiocruz, o número de subnotificados corresponde a ? dos reais infectados. Como o próprio Ministério da Saúde confirmou a possibilidade de subnotificação, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) do Ministério Público Federal (MPF) questionou o novo ministro da Saúde, o médico Nelson Teich, sobre a provável subnotificação do número de mortes provocadas pelo novo coronavírus no Brasil. A petição é assinada pelos procuradores Deborah Duprat e Marlon Weichert. Os procuradores deram o prazo de cinco dias úteis para que o Ministério responda aos questionamentos.

No sábado, 02 de maio, a partir das 8h, a Comlurb fará higienização na comunidade do Borel para combater a pandemia do coronavírus. A medida garante continuidade à ação iniciada no dia 9 de abril, na Rocinha, e que já atendeu mais de 360 comunidades de todas as regiões. 

A Cedae também realiza sanitização nas favelas do Rio com desinfetante (quaternário de amônia de quinta geração e biguanida polimérica – phmb) nas vias e equipamentos públicos. A técnica age como uma película que mata os micro-organismos do local (vírus, bactérias, fungos e ácaros) e forma uma camada protetora que mantém a superfície desinfetada por até 30 dias. Amanhã, dia 02, a Rocinha recebe o serviço e segunda, 04 de maio, a Maré.


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