Por diferença de nove décimos, escola do Piscinão não é rebaixada
Por: Hélio Euclides em 06/05/22 às 10h. Editada por Daniele Moura
Depois de um longo período de bandeira enrolada, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Siri de Ramos voltou ao desfile. O retorno foi com dificuldades financeiras que precisaram ser recompensadas com muita garra na Avenida Intendente Magalhães. Os seus componentes defenderam as cores verde e branco e não deixaram o Siri cair. Entre as dez agremiações que desfilaram pelo Grupo C, o Siri ficou na vice-lanterna, com 265 pontos, ficando à frente por apenas nove décimos da Feitiço Carioca, que foi rebaixada para o Grupo D.
A Escola nasceu como bloco em 1979, batizada como Boca de Siri. Já em 2018, foi rebatizada ao ser elevada a Escola de Samba. O grande problema enfrentado pela escola é a divergência no carnaval da Passarela do Samba da Intendente Magalhães. No Carnaval de 2019, o Siri foi uma das escolas fundadoras da Livres (Liga Independente Verdadeira Raízes das Escolas de Samba), que rachou com a Liesb (Liga Independente das Escolas de Samba do Brasil), atual Superliga.
Em 2018, os desfiles na Intendente Magalhães eram divididos em Grupo B, C, D e E. A Liesb realizou a fusão do Grupos B e C, fundando o Grupo Especial da Intendente, atual Série Prata. O Grupo D foi batizado de Grupo de Acesso da Intendente, atual Série Bronze. Já o Grupo E foi definido como Grupo de Avaliação. A Livres manteve as antigas denominações de Grupo C e D. Em 2019, a Tradição venceu o Grupo C da Livres e deveria este ano ser elevada a Série Ouro, desfilando no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, algo que não aconteceu, e como protesto não participou do carnaval de 2022. O mesmo problema pode vir a acontecer com a vencedora de 2022, a Acadêmico do Engenho da Rainha. Os foliões esperam que em 2023 ocorra uma solução para essa confusão.