Arte mareense no maior festival de arte do mundo

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Potência artística que ultrapassa os limites nacionais chega na Escócia através do Festival Fringe: o maior festival de artes global

Há tempos que não tem como falar do Conjunto de Favelas da Maré sem falar de arte e dos artistas que compõe o território. Na dança, na fotografia, no teatro e nas mais diversas expressões de arte, há coletivos e grupos da Maré que dão o nome na hora de mostrar para o que vieram. Essa potência que ultrapassa os limites nacionais chegou na Escócia, país do Reino Unido, através do Festival Fringe de Edimburgo, o maior festival de artes de rua do mundo.

O coletivo Maré de Dentro leva para o país do Reino Unido parte da exposição “Maré From The Inside” com uma coleção de obras criadas pelos artistas mareenses Paulo Vitor Lino, Wallace Lino, Dayana Sabany, Kamila Camillo e Francisco Valdean, com a curadoria de Andreza Jorge, Henrique Gomes, Nick Barnes e Desiree Poets. “É a Maré pela ótica da vida, da festa, da memória e da ancestralidade”, como afirma o Entidade Maré, num post no Instagram.

A exposição “Noite das Estrelas: Uma Galáxia Imorrível” é uma das artes que compõe a exposição que está brilhando intensamente no coração do Fringe. A obra, do coletivo Entidade Maré, traz à vida as memórias dos shows LGBTs que marcaram os anos 80 e 90 na Maré além de fotos do próprio espetáculo Noite das Estrelas do fotógrafos Mercêz, Ratão Diniz e Thanis Parajara.

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Valdean, de 42 anos, idealizador do Museu da Imagem Itinerante da Maré (MIIM) foi um dos artistas que participou do festival chegando a ficar 11 dias na Escócia.

“Participar com MIIM do Festival Fringe a partir da mostra Maré de Dentro com outros artistas da Maré é um marco para minha pesquisa artística. É um reconhecimento bastante importante para o trabalho que faço com fotografia popular aqui na Maré há 19 anos”, afirma o artista e professor.

Além disso, Valdean fala sobre sobre o impulsionamento de movimentos como esse para seu trabalho: “Uma experiência como essa renova as perspectiva do próprio trabalho. O MIIM foi muito bem recebido por lá, os retornos que recebi de pessoas moradoras de Edimburgo que passaram a seguir o MIIM é uma coisa fantástica.”

O Festival Fringe de Edimburgo acontece anualmente na capital escocesa durante três semanas de agosto. Este ano o evento permanece até a próxima segunda (28) e Valdean garante “uma coisa incrível, muitas apresentações pelas ruas de Edimburgo. É um festival muito democrático neste sentido.”

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