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Polícia Militar bloqueia vias de acesso a favelas da Maré na 38º operação no bairro

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Comércios locais são afetados e moradores perdem mais um dia de acesso à serviços

A Polícia Militar instalou barreiras em ruas de acesso a Nova Holanda durante a operação policial ocorrida nesta segunda-feira (23). Já é a 38ª operação do ano, que acontece em  menos de um mês, depois das 13 operações seguidas no território em agosto. A Polícia Militar, em nota, informou que a ação envolve o Choque e o Bope e tem como objetivo reprimir o roubo de cargas e veículos. Contudo, ao ser questionada pela reportagem do Maré de Notícias a respeito do modus operandi de colocação de blocos de concreto, ainda não se pronunciou. 

As barreiras de concreto atrapalham a livre circulação de veículos, muitos deles responsáveis por abastecer supermercados, restaurantes e lojas de material de construção, todos negócios importantes para a economia local. A rua Teixeira Ribeiro, principal via de acesso ao Parque Maré e Nova Holanda, pela Avenida Brasil, está parcialmente interditada. Outras ruas bloqueadas são a Sargento Silva Nunes, Bitencourt Sampaio e 29 de julho. No início da tarde, a polícia espaçou os blocos, mas manteve parcialmente os bloqueios. 

Com o fechamento das vias, trabalhadores da Maré foram impactados. Uma empresa de containers, localizada em uma das ruas bloqueadas,  informou à equipe do Eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça (DSPAJ), da Redes da Maré, que deixou de receber duas cargas na manhã de hoje, e por isso, 14 funcionários que são pagos por diária de trabalho, foram prejudicados. 

Até o fechamento desta matéria, a operação continua, há relatos de tiros nas favelas da Nova Holanda e Parque União.

Um comércio para cada 42 pessoas

A Maré tem cerca de um comércio para cada 42 pessoas. É o que revela o Censo de Empreendimentos da Maré (2014), calculado com os dados do último censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

São ao menos 3.182 empreendimentos no território e uma população de 134.810 moradores. De acordo com o Censo de Empreendimentos, Nova Holanda tem cerca de 310 comércios e o Parque Maré 324. Juntos somam então 634 comércios que serão afetados pelo fechamento das vias públicas. 

Trinta e oito dias sem garantia de direitos

Além dos bloqueios parciais das vias, a semana já começa com a suspensão das aulas em 21 escolas municipais de acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME),  e duas estaduais, que atende 900 alunos, de acordo com a Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC). 

Segundo informações do DSPAJ, a Clínica da Família (CF) Jeremias Moraes da Silva fechou devido a operação. Entretanto, a Secretaria Municipal de Saúde não nos deu retorno sobre o funcionamento das unidades de saúde da Maré nesta segunda-feira. 

Em nota, a Polícia Militar diz que o objetivo da operação é coibir o roubo de veículos e de cargas. Sobre as barricadas, a PM não respondeu nossos contatos até o momento. Mantemos o canal aberto para resposta. 

O Maré de Direitos, projeto do eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça, da Redes da Maré, acolhe situações de violações de direitos no WhatsApp (21) 99924-6462. O Ministério Público (MP) realiza um plantão especial para atender a população. O atendimento gratuito é feito no telefone (21) 2215-7003, que  também é WhatsApp, ou no e-mail [email protected].

‘Morro do Dragão’ é novo livro de Renato Cafuzo, cria do Morro do Timbau

Em sua obra, autor busca cativar o público infantil através do diálogo de duas gerações, misturando elementos da fantasia com vivências da favela

Maiara Carvalho*

“Morro do Dragão” é o mais novo livro de Renato Cafuzo, escritor, designer, ilustrador e também cria do Morro do Timbau, favela mais antiga da Maré. Em sua obra, Cafuzo busca cativar o público infantil através do diálogo de duas gerações diferentes, misturando elementos da fantasia com vivências da favela. Lançado pela editora Mórula Editorial, o livro já é uma referência da literatura afro-periférica infantil.

A história brinca com o simbolismo da representação de um dragão enquanto desbrava as possibilidades de um povo aprender uns com os outros através da oralidade. Renato acrescenta que sua obra fala sobre memória, mas também revela o potencial das favelas em construir narrativas.

O evento de lançamento aconteceu no final de agosto, no Pontilhão Cultural da Maré, espaço que atrai crianças e adultos para praticar diversas atividades. O local foi escolhido a dedo pelo escritor: “Lançar o livro aqui é uma questão de compromisso pra mim. É claro que eu quero que a minha obra ganhe o mundo, mas quando faço [o livro] são as crianças daqui da Maré que eu imagino lendo. Então pra mim é materializar parte do que eu já imagino para o livro, já chegar ao mundo com as crianças junto dele.”, reforça Renato, em entrevista ao Maré de Notícias.

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Favela como inspiração

Em sua estreia como escritor com o livro “Moleque Piranha”, Renato Cafuzo já expressava, entre linhas e imagens, a importância do seu território para criar e contar histórias. Agora, em seu novo livro, o diálogo entre duas gerações reforçam a influência da história do próprio autor para criar outras.  “Morro do Dragão” é uma mistura de fantasia, memória e ancestralidade.

Para o autor, estudar é exercício de respeito, e ressalta que para construir seu livro foi importante estudar sobre a simbologia do dragão em diferentes culturas, e acredita que isso será refletido nas páginas escritas por ele: “O que eu espero é que se reconheçam. Na sua criatividade, na sua relação com seus familiares. E que também entendam quanto pode ser encantador entender a própria história, a história do seu território e as histórias de outras culturas também”, diz o autor.

O livro “Morro do Dragão” está disponível para venda no site da Mórula, editora responsável pelo lançamento, e custa R$ 50,00.

(*) Maiara Carvalho é estudante de Rádio e TV da Universidade Federal do Rio de Janeiro e faz parte do projeto de Extensão Conexão UFRJ com o Maré de Notícias.

Cresce o número de golpes digitais: esteja atento e proteja-se

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Ligações, falso emprego, máquinas de cartão por aproximação e mensagens falsas de pessoas conhecidas lideram o ranking

O avanço da tecnologia, a digitalização de documentos e as crescentes transações financeiras online tornaram o dia-a-dia mais ágil, mas abriram brechas para novos tipos de golpes. Os criminosos se adaptam rapidamente às mudanças, explorando as vulnerabilidades das pessoas para aplicar seus esquemas, por isso esteja atento e saiba como se proteger.

A variedade de crimes está em constante evolução. Em 2023, os golpes aumentaram 35%, de acordo com dados fornecidos pela Associação de Dados Pessoais e Consumidor (ADDP) que monitora as ocorrências de golpes digitais por meio de vários indicativos, como dados do Fórum Nacional de Segurança Pública, relatórios de consultorias como Kaspersky, dados de Procons e outros institutos. 

Os golpes bancários, ou seja, com acesso ao aplicativo do banco, ocupam o topo da lista de crimes, sejam eles ocasionados por furtos e roubos de aparelhos, seguido de acesso ao banco ou por meio de links digitais, principalmente enviados por ligação, whatsapp ou SMS. No entanto, os perigos não param por aí e golpes como o falso emprego e com máquinas de cartão por aproximação também tiveram crescimento.

Golpes mais comuns

Embora, todos os golpes sejam perigosos e necessitem de muita atenção, alguns se destacam por sua frequência e sofisticação. O golpe mais comum é o do falso sequestro, onde os criminosos ligam para a vítima se passando por familiar, alegando estar sequestrado e exigindo pagamento de resgate.

As mensagens falsas também predominam, no qual os golpistas se passam por conhecidos pedindo transferência bancária ou pix. Este esquema tem feito vítimas na Maré e em todo país. Além disso, os golpes com criminosos que se passam por empresas, seja por telefone ou e-mail, oferecendo serviços ou produtos falsos e solicitando dados pessoais e financeiros também são frequentes.

As novas modalidades de golpe preocupam, como o golpe da falsa premiação, onde a vítima é informada de que ganhou um prêmio, mas precisa pagar uma taxa para recebê-lo. Outro esquema para se ter cuidado, é o golpe da visita técnica, que consiste em receber em sua casa uma pessoa que se passa por técnico de alguma empresa para ter acesso ao seu celular, computador e até furtar seus bens.

Em tempos digitais, o golpe da maquininha se tornou comum em espaços com grande número de pessoas, como em bailes, shows e eventos e possui uma variedade de esquemas, sendo eles: troca de cartão em poucos segundos sem que a vítima perceba, “chupa senha”, quando se insere o cartão, digita a senha e aparece a mensagem de que a compra é inválida. Na realidade, a máquina está adulterada e a senha digitada fica gravada, permitindo uma série de operações fraudulentas com o cartão da vítima, e por último, o golpe por aproximação, no qual criminosos andam com máquinas perto de bolsas e mochilas na expectativa de autorizar a compra no cartão ao se aproximar da vítima.

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Como se proteger?

Desconfie de mensagens e e-mails não solicitados e nunca clique em links ou abra arquivos de remetentes desconhecidos. É fundamental verificar a autenticidade de sites e e-mails, procure por erros de ortografia, endereços eletrônicos estranhos e certificados de segurança. 

Use senhas fortes e únicas para cada conta, evitando usar a mesma senha para diferentes serviços. Não compartilhe informações pessoais por telefone, whatsapp ou e-mail. 

O que fazer se você for vítima de um Golpe?

Entre em contato com seu banco imediatamente, bloqueie seus cartões e cancele as operações suspeitas. É importante registrar um boletim de ocorrência para você e para as autoridades investigarem o caso.

A prevenção é a melhor forma de se proteger contra os golpes. Esteja sempre atento, desconfie de propostas que parecem boas demais e, em caso de dúvida, procure ajuda de um especialista e fontes confiáveis para ter informações atualizadas sobre os últimos golpes e dicas de segurança.

A história do Campo da Paty, gerador de estrelas do futebol

Gramado da Paty já recebeu diversos nomes, mas permanece como o campo mais importante da Nova Holanda

E aí morador você já jogou bola, treinou ou assistiu a algum jogo no no Campo da Paty que fica na Malha? Para quem não sabe, o Campo da Paty é o gramado de futebol que fica na Rua Sargento Silva Nunes, na Nova Holanda, área conhecida como Malha. Mas você sabe porque ele tem esse nome? O espaço de lazer era chamado, na verdade, de Campo do Oriente na década de 1960, até ter seu nome atrelado à fábrica de macarrão da marca Paty, que ficava ao lado. O espaço já formou grandes atletas e tem um lugar especial guardado no coração dos moradores.

Campo do 11 da Vila foi seu primeiro nome, atrelado ao time de futebol que jogava no local, antes dos processos de remoção e da construção do território que conhecemos hoje. No início da década de 1960 surgiu a Nova Holanda, um território construído e planejado pelo poder público como um Centro de Habitação Provisória (CHP), fruto do Programa de Remoção de Favelas do governador Carlos Lacerda. Com o aumento da população, o campo passou a ser chamado de Campo do Oriente, outro time que se destacava nos gramados da Nova Holanda. 

Ao revisitar a memória do campo de futebol da Nova Holanda, o filho de um dos jogadores do Oriente, Arides Menezes, de 72 anos, lembra que no início do aterramento da Maré, alguns investidores resolveram ocupar os espaços de forma arbitrária. Na década de 1960, o campo foi murado para demarcar propriedade privada, deixando os moradores sem espaço de lazer: ”Uma parte dos moleque da Nova Holanda e do Parque Maré quebrou o muro, começaram tirar o lixo que acumulou ali dentro, e a soltar pipa em um espaço mínimo, e fomos reivindicando até limpar tudo e voltar a jogar futebol nele. Uma luta totalmente dos moradores por aquele espaço”, conta.

Marcos Francisco, de 67 anos, recorda como surgiu o nome que conhecemos hoje.

Outro nome importante desta geração, Hélio Vieira, de 74 anos, conta que a fábrica da Paty impactou muito na renda dos moradores: “Naquele tempo, 80% dos funcionários eram da Maré, exceto a diretoria e chefia. Conheci muita gente que trabalhou lá, uma família inteira vinha para o Rio de Janeiro e garantia um trabalhinho lá.”

Ao longo dos anos, o campo foi conhecido por diversos nomes, mas o que não mudou, foi a importância desse gramado na vida dos moradores. O Campo da Paty marcou gerações que originou times como o Paz e Amor, Cascavel, Flexa, Cruzeirinho, Caneco, Santa Luzia e Cascudo, na qual Hélio, Arides e Marcos Francisco fundaram. Além disso, o gramado foi palco do nascimento de grandes estrelas do futebol nacional e internacional.

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Gerando estrelas e exemplos

Léo Oliveira, ex-jogador do Flamengo, de 41 anos, é cria da Nova Holanda e teve sua carreira no futebol impulsionada pelo Campo da Paty. Aos 15 anos, ele começou a treinar no antigo Campo do Oriente, mas até pisar ali, passava os finais de semana assistindo aos campeonatos e aos grandes nomes formados por esse campo como Dudu Carioca, Berg e Tonzinho, que jogaram ali e chegaram a grandes clubes como Cruzeiro, América e Flamengo: “Esses meninos acabaram sendo um espelho para mim. Às vezes, eu ia para o Campo da Paty pra ver eles jogarem e eu botava na minha cabeça ‘um dia eu quero jogar igual o Berg’, então foi muito bom pra gente ter tão perto esses atletas que se destacaram e foram jogar em grandes clubes de futebol”.

A relação do campo com a Maré vai além do esporte, oferecendo atividades físicas para adultos e crianças. Léo coordena treinos funcionais e um projeto infantil da prefeitura, promovendo bem estar para os moradores: “Com o espaço que eu tenho ali, eu tô conseguindo ajudar muitas pessoas na sua saúde física, saúde mental e até algumas pessoas que têm depressão”, conta.

Ele destaca o papel fundamental do espaço para a formação dos jovens da favela: “Eles ficam ali três horinhas comigo ocupando a mente, alimentando um sonho também de se tornar jogador de futebol e de ajudar a família financeiramente”

O filho de Léo também tem uma relação forte com o gramado da Nova Holanda e segue os passos do pai: “Meu filho já jogou no Campo da Paty, começou na escolinha do Serginho com 7 ou 8 anos de idade. Hoje, ele está jogando em um time de São Paulo chamado Esfera, buscando o sonho dele na mesma caminhada que eu comecei, que foi o futebol. E se Deus quiser vai ser mais um representante da nossa comunidade, da Nova Holanda e da Maré pro mundo”

Rock na Maré conecta bandas e promove ações sociais

Rock na Maré promove cultura e lazer feitos por crias

Funk, pagode, música clássica e também o Rock, sim o Rock. A Maré tem se mostrado um reduto do rock, mas não é de hoje. Desde a década de 80 que há registros de bandas tocando em eventos que fecharam a rua, levando cultura e também solidariedade.

Enquanto o Rock in Rio acontece na Cidade do Rock, na Zona Oeste do Rio, no Conjunto de Favelas da Maré há também diversos amantes do gênero musical que fazem seu próprio festival dentro da favela. Nesta sexta-feira (13), houve mais uma edição do Rock de Favela que reuniu no Pontilhão Skate Park as bandas “KillGrave” “Repressão Social” e “Baixo Grau”.

O Rock de Favela traz bandas com músicas autorais e com diversas vertentes do gênero musical como o hard rock e  punk rock. Um dos organizadores é Jefferson Arcanjo, de 35 anos, morador da Baixa do Sapateiro, vulgo ‘Sem Sangue’, ele conta que o evento é uma junção de grupos existentes na Maré com o mesmo objetivo: promover um intercâmbio entre bandas, em um espaço para elas se apresentarem na Maré e mostrar para a juventude o rock atual e autoral. “Todas as bandas que se apresentam no Rock de Favela tem músicas autorais, não ficamos só nos tributos, fazemos rock do presente e do futuro” afirma. O evento tem apoio da Tabacaria Dreadlocks.

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Jefferson explica que o Rock tem origem preta mas com o tempo perdeu seu espaço e agora passa por uma retomada. “O rock é uma música preta, mas o que mais ganhou fama foi a imagem da elite branca”, afirma. Ele acrescenta que acredita que o futuro do rock será uma junção com outros ritmos para que possam romper as barreiras. “Hoje em dia a indústria faz músicas para quem já gosta de rock e nas redes sociais tem uma geração que está ligada em recomendações do algoritmo. Não posso prever o futuro mas acredito que o rock incorporado ao rap e o funk vai chegar em um público maior e já tem gente fazendo isso”. 

Jeferson menciona artistas como MC Thá e Major RD, na Maré há outras bandas locais como a D’Loks do Morro do Timbau que se apresentava no Bar do Seu Zé Toré e foi inspiração para Jefferson. Hoje em dia trabalha como designer gráfico e junto com outros amigos forma o coletivo, mas ninguém é pago pelo trabalho. 

Na Areninha Cultural Herbert Vianna da Maré acontece o “Favela Rock”, evento realizado com a perspectiva de fortalecer a cena rock do território. A última edição foi em junho deste ano. 

Rock solidário

Outro rockeiro mareense é Renato Nascimento, de 48 anos, da Vila do Pinheiro. Fundador do Rock In Rio Maré, conta que faz eventos dentro e fora da Maré voltados para o estilo musical, pedindo apenas 1 kg de alimento. “Eu não ganho nada fazendo os eventos, mas faço para ajudar, meu objetivo é tornar o rock acessível e fazer ações sociais. As pessoas não conhecem o rock por falta de oportunidade”, comenta.  

Com as arrecadações no evento, Renato consegue fazer cestas básicas que são distribuídas em ONGs. Também foi através de um evento de rock que Renato conseguiu levar doações para Petrópolis em 2022 quando houve a enchente na região. Renato conta que as bandas convidadas para tocar são todas pagas com seu próprio dinheiro e ajuda dos comerciantes locais. 

Renato conta que esteve em edições anteriores do Rock In Rio e conta a sensação da cidade do rock: “Lá parece outro mundo! A energia é surreal! Na última edição que eu fui assisti o show da Gloria Groove empolgadão!”

Origem do Rock 

Apesar do título de “Rei do Rock” ser atribuído ao cantor Elvis Presley, o ritmo musical se destaca pela sua influência do jazz e do blues, tendo uma mulher negra como uma das principais precursoras: Sister Rosetta Tharpe, conhecida como “Mãe do Rock”. O título de pai do Rock também pertence a outra pessoa negra, o cantor Chuck Berry por volta dos anos 50 já cantava músicas que viraram sucesso como Maybellene de 1955.

Pela solidariedade, para levar mais uma forma de acesso à cultura na favela, ou apenas para curtir um bom rock. A Maré tem a musicalidade na essência dos crias.

Após incêndio em subestações da Light, Maré ainda tem pontos sem energia

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Moradores relatam danos causados pela falta de luz

Por volta das 16h desta quinta-feira (12), a zona norte do Rio sofreu um apagão elétrico. Duas subestações da Light localizadas no Complexo do Alemão e em Vista Alegre foram tomadas pelas chamas, ocasionando a pane em milhares de domicílios. 

O incêndio atingiu uma área de vegetação na Fazendinha, Complexo do Alemão e, felizmente, não deixou feridos. Com a interrupção do serviço, locais como a Maré, Ramos, Vista Alegre, Vila da Penha, Cordovil, Irajá, Pavuna e Duque de Caxias ficaram sem luz. A origem das chamas ainda é desconhecida e está sendo investigada pelas autoridades. 

O Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, informou em suas redes sociais sobre o incidente às 18:24h da quinta-feira. “Ainda temos parte de Irajá sem Luz e parte da Pavuna também sem luz, mas a Light já está trabalhando para restabelecer essa energia e a gente espera que na próxima uma hora já esteja tudo restabelecido”.

Em nota, a Light informou que houve rompimento de um cabo em Furnas (empresa da Eletrobras de geração e transmissão de energia) e que a previsão de restabelecimento da energia seria até às 22h da última quinta (12), ou seja, no mesmo dia.

No entanto na Maré, passadas mais de 16 horas do ocorrido, parte da população permanece sem energia elétrica. Dona Vera, moradora da Vila dos Pinheiros de 57 anos, relata estar sem energia desde 1h da manhã: “Aqui, somos cinco pessoas, incluindo uma bebê de 2 meses. Já tive problemas com minha geladeira que queimou o motor e tive que consertar, agora alimentos que estragam e com crianças pequenas fica tudo mais difícil nesse calor. Eu saio às 5h da manhã  pra trabalhar e passei a noite sem dormir” conta.

Além, da Vila dos Pinheiros, moradores do Parque União e Conjunto Pinheiro também relataram que ainda estão sem energia. Perguntamos a Light qual a previsão para o restabelecimento nesses locais, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno.