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Coordenadoria da Igualdade Racial lança mentoria para produtores culturais negros

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Por Redação, em 27/05/2021 às 09h03

A Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura do Rio (CEPIR), vinculada à Secretaria de Governo e Integridade Pública (SEGOVI), acaba de lançar o LabCepir, uma iniciativa para orientar produtores negros e negras sobre a participação em editais culturais do município. A ação foi elaborada em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura.

A primeira atividade é focada no edital Cultura do Carnaval Carioca, lançado pela Secretaria Municipal de Cultura e que destinará R$ 3 milhões a 125 grupos ligados ao carnaval de rua do Rio. As inscrições vão até 1º de julho.

Os interessados em receber a orientação da CEPIR podem entrar em contato pelas redes sociais do órgão (@cepir.rio) ou pelo e-mail [email protected], informando nome, endereço e uma breve descrição da ideia que pretendem executar. A mentoria será ministrada conforme a demanda, após a triagem dos projetos inscritos.

Para cada realizador serão ofertados até dois encontros virtuais, nos quais a equipe do LabCepir dará orientações quanto à escrita dos projetos e aos parâmetros, etapas e cronogramas dos programas de fomento da Prefeitura.

– Com uma iniciativa simples estamos combatendo problemas graves no acesso às políticas culturais, que é sempre mais difícil para pessoas negras e moradores de áreas distantes do Centro e da Zona Sul – afirma Jorge Freire, coordenador executivo da Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial.  – Por meio desse suporte mais cuidadoso, conseguimos desmistificar o processo de escrita de um projeto e, consequentemente, diversificar o universo de inscritos.

Covid-19: Secretaria Estadual de Saúde institui início do calendário único de vacinação

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Por Redação, em 27/05/2021 ás 09h01

A campanha de vacinação contra a Covid-19 ganha um calendário único no Estado do Rio de Janeiro. Com início definido para junho, o objetivo é que ocorra a padronização das ações de imunização, dando mais tranquilidade à população, que saberá o período em que será vacinada. A iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde foi pactuada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e publicada no Diário Oficial desta quarta-feira, dia 26. O calendário único irá começar com a vacinação dos grupos prioritários, conforme previsto pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), do Ministério da Saúde.

– O calendário único para vacinação contra a Covid-19 no estado permite que a população tenha uma previsão melhor de quando será vacinada. É um grande avanço, uma vez que teremos os 92 municípios pactuados e seguindo a mesma lógica de vacinação. É um calendário misto, que de forma concomitante ao calendário por idade, também promove a vacinação de alguns grupos especiais elencados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) – explica o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

O desenvolvimento do calendário está associado ao envio de remessas de vacinas pelo Ministério da Saúde, o que tem acontecido de forma gradativa, mas sem regularidade de volume. A primeira edição do calendário seguirá a ordem dos grupos prioritários definidos no PNO, composto pelas pessoas com:

–       comorbidades;

–       pessoas com deficiência permanente com benefício de prestação continuada (BPC);

–       autismo;

–       paralisia cerebral;

–       renais crônicos em diálise;

–       nanismo;

–       mielomeningocele;

–       deficientes visuais, acima de 18 anos;

–       gestantes e puérperas com comorbidades

Após a conclusão desta etapa, terá continuidade a imunização das pessoas com deficiência permanente sem BPC e iniciará a vacinação de 100% da população em situação de rua. Os municípios que forem alcançando as metas estabelecidas na vacinação dos grupos listados poderão dar prosseguimento à vacinação dos grupos especiais, seguindo rigorosamente o critério de faixa etária, considerando da maior para menor idade, iniciando aos 59 anos até os 18 anos.

– É essencial que os gestores municipais sigam o proposto e pactuado no calendário único, para que a população tenha a confiança de que será cumprido o esquema vacinal. Além disso, reforçamos que as doses de vacinas disponibilizadas sejam usadas apenas para os grupos definidos e que os registros de doses aplicadas sejam constantemente atualizados, para permitir uma avaliação fidedigna das ações de vacinação – ressalta o subsecretário de Vigilância em Saúde, Mário Sérgio Ribeiro.

(*) – Os grupos especiais citados no quadro abaixo são os seguintes: funcionários do Sistema de Privação de Liberdade e População Privada de Liberdade; trabalhadores da Educação do Ensino Básico (creche, pré-escolas, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Profissionalizante e EJA); trabalhadores da educação do Ensino Superior; Forças de Segurança e Salvamento e Forças Armadas.

Maré tem queda de 241% de casos de covid-19

Maio foram registrados 290 casos, já em abril foram 630. Mortes também caíram na região.

Por Edu Carvalho, em 27/05/2021 às 7h. Editado por Dani Moura.

A Maré apresentou queda no número de casos por covid-19 em maio. Em abril, foram registradas 699 pessoas com coronavírus, já maio, até ontem (26), foram 290, uma queda de 241%. Desde março de 2021, a Maré tem 4.842 casos confirmados.  Os dados, exclusivos para o Maré de Notícias, são do boletim Conexão Saúde: de Olho na Covid, projeto que atua na Maré e em Manguinhos em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Conselho Comunitário de Manguinhos, Redes da Maré, Dados do Bem, SAS Brasil e União Rio.

Maio também aponta queda no número de mortes registradas na região, com três mortes, já em abril foram cinco. Ao todo a Maré tem registro de 477 mortes por covid-19.

A vacinação na Maré segue com 19.173 pessoas imunizadas com a primeira dose, o que representa 14% da população mareense. Já com a segunda dose, somam-se 7.863, referentes a 6% da população da Maré. Até ontem, a cidade do Rio totalizava 2.029.895 pessoas vacinadas, o que representa 30% da população carioca imunizadas com a primeira dose.

Todos os boletins do projeto estão disponíveis no link :https://www.redesdamare.org.br/conexaosaude/

O ganha pão em cima de uma moto

Entregadores relatam as alegrias e dificuldades de quem trabalha sob duas rodas

Por Hélio Euclides, em 27/05/2021 às 07h . Editado por Edu Carvalho

Profissionais da saúde, funcionários de supermercados e bancos serão sempre lembrados como trabalhadores da linha de frente na pandemia. Mas há também outro ofício que não poderá ficar de fora da lista, correndo contra o tempo para deixar uma encomenda no prazo determinado ou um simples pedido feito através do aplicativo: os entregadores. Antes da pandemia do covid-19, eram comumente chamados para serviços nos dias de chuva ou para agilizar o processo de envio. Há pouco mais de um ano, a situação mudou e com o período de isolamento, a dependência ficou irrestrita. 

Muitas vezes sendo os únicos que vemos – antes mesmo dos familiares e pessoas que amamos – já fazem parte do nosso dia a dia, ficando ainda mais evidente e próximo a precariedade e más condições de trabalho da categoria mais ativa no país hoje.

“Eu amo o que faço, gosto de estar em cima da moto, sentindo a liberdade que me proporciona’’, Alan Mariano, morador do Alemão e que pode ser encontrado entregando pedidos em uma hamburgueria artesanal local. Para ele, um dos pontos de apoio para seguir, apesar da carência profissional, é o sentimento de união que une a classe. ‘’Ninguém fica para trás e isso é motivo de orgulho para nossa profissão”, conta. Além de trabalhar à noite, Mariano pensa atuar com entregas por aplicativo para complementar a renda. 

Em meio a sensação de realização, o entregador reclama que nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, mesmo com a presença cada vez mais constante de colegas trafegando, não houve nenhum reparo nas vias. “Andamos mais cautelosos, sempre com muita atenção, já que as ruas estão cheias de buracos e desniveladas. As poças de água acabam escondendo os buracos”, explica. 

Para fim de registro de trabalho, Alan Mariano tira foto sobre os locais por onde passa. Arquivo pessoal

Sobre a regulamentação da profissão, se diz a favor de que aconteça um estudo prévio, onde empregador e empregado possam estar no mesmo pé de igualdades, sobretudo com a utilização dos aplicativos. “A maioria dos colegas falam que são baixas as taxas de entrega e não há suporte. Em caso de roubo ou acidente, por exemplo, não fazem nada por nós”. Ainda assim, Mariano não deixa de incentivar quem quer atuar no ramo. ‘’É um trabalho digno e honesto e eu tentaria ajudar de alguma forma, dando dicas de lugares perigosos, ou algo parecido”, conclui. 

Novatos não no ofício, mas na atuação, são aqueles que já trabalhavam como mototaxistas e ampliaram seus trabalhos, como o caso de Wellington Alves, morador da Baixa do Sapateiro, que começou no serviço de entrega em março de 2020. “Estamos na linha de frente, levando passageiro para cima e para baixo, além de comida. Como fiquei desempregado corri para essa área, para fazer o ganha pão’’. Wellington leva encomendas para clientes de algumas lojas espalhadas pela região, não ligado a apenas um estabelecimento.  

‘’O que me surpreendeu foi que consegui pagar minhas contas. Comecei com uma moto alugada, agora trabalho com a minha própria”, compartilhando o salto dado nos últimos 15 meses. Ressalta ainda que tudo só foi possível levando em consideração a proteção contra o vírus de seus passageiros e das entregas, com uso de máscara, álcool em gel, além do banho quando chega em casa.

“Eu sempre trabalhei como motorista, e no final do ano passado me aventurei por três meses como entregador. Infelizmente não é rentável, pois os comércios não valorizam. No meu caso recebia R$ 30 para o trabalho à noite’’, sintetiza Alessandro Nunes, também morador da Maré que se tornou entregador por determinado período. Com episódios que desencorajam a seguir, ainda foi vítima de um acidente na Linha Amarela, o que o fez ‘’repensar’ o trabalho. Apesar dos pesares, nos últimos meses virou empreendedor e abriu um pequeno estabelecimento. Sobre o tempo rodando a cidade, enfatiza: ‘’Ficou só como mais uma experiência”. 

Lembrança dos tempos de entregador, Alessandro tem o trabalho como mais uma ”experiência”, hoje com seu próprio negócio. Arquivo pessoal

Um profissional com deveres e sem direitos

No final de 2020, havia expectativa de 950 mil motoboys-entregadores por aplicativos, segundo o estudo “Perfil dos motoboys e entregadores de mercadorias”, elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em panorama especial PNAD-Covid, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em reportagem da BBC Brasil, apenas 42 mil brasileiros deles tinham ensino superior, segundo o levantamento da plataforma de estudos e vagas no ensino superior Quero Bolsa.

Os serviços de entregas em boa parte do país são comandados por quatro empresas: iFood, Rappi, Loggi e Uber Eats. Contudo, para fins fiscais, os entregadores são autônomos e, em geral, não possuem resguardo trabalhista (plano de saúde, alimentação, transporte) e benefícios como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias, 13º salário e seguro contra acidentes. A profissão de entregador é apresentada como empreendedor. 

Por outro lado, as empresas de aplicativo se isentam de responsabilidades e custos profissionais. Com o aumento do desemprego, há uma oferta maior de mão de obra, há redução das tarifas e um aumento do lucro 

Recentemente foi lançado o filme Pandelivery, no YouTube, dirigido por Guimel Salgado e Antonio Matos. A produção retrata o universo dos motoboys e entregadores de São Paulo, além de captar o momento em que os profissionais levantaram a voz e protestaram para melhores condições de trabalho e taxas maiores, reivindicações que até hoje não foram atendidas. Para assistir ao filme, clique aqui.


Por que eles?

Dados mostram que o racismo é rotineiro nas ações policiais, mesmo que não haja um protocolo para isso

Por Eloah Mota e Edilana Damasceno, em Data_Lab – 26/05/2021 às 14h35

Edição: Fred Di Giacomo e Arte: Giulia Santos e Nicolas Noel

Em um país onde não existe pena de morte, corpos negros parecem nascer com uma sentença. Os números comprovam e os relatos também: pessoas negras são frequentemente abordadas pela polícia com violência  e, consequentemente, são as que mais morrem em decorrência de ação policial. 

O racismo nas abordagens é uma emergência que precisa ser freada. A campanha #PorQueEu, uma parceria do Data_Labe com o IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa), visa gerar dados sobre essas ocorrências através de um questionário anônimo e seguro. Acesse-o no link.

*Dados: Rede Observatório de Segurança, Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Secretaria de Segurança Pública de São Paulo

Anvisa e MS discutem medidas de contenção de variantes do coronavírus

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Nesta semana, serão feitas reuniões técnicas com companhias aéreas

Por Agência Brasil, em 26/05/2021 às 09h16

A ampliação de medidas de contenção de novas variantes do novo coronavírus no país é motivo de reuniões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com o Ministério da Saúde (MS). Durante esta semana, a agência promove reuniões técnicas com as vigilâncias em saúde dos estados e municípios e as companhias aéreas.

Nesta quarta-feira (26), a reunião será com os Centros de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs) de todo o país, com o objetivo de ajustar fluxos de atuação, realizar alinhamento de ações e prestar esclarecimentos sobre a atuação já desenvolvida pela agência para conter a circulação de novas variantes do novo coronavírus.

Dentre os temas a serem tratados está a definição exata do local em que se realizará a quarentena das pessoas sujeitas à medida – caso dos brasileiros com histórico de viagem à Índia nos últimos 14 dias – e dos encaminhamentos a serem adotados em relação aos casos suspeitos identificados pela Anvisa nos desembarques em aeroportos do Brasil.

Na reunião dessa terça-feira (25) com o ministério, foram discutidos, além dos fluxos, aspectos operacionais para o início das testagens (teste de antígeno) de viajantes, antes do embarque.

Pelas regras atuais, nos termos da Portaria 653/21, a partir de recomendação técnica da agência, estrangeiros e brasileiros com destino ao Brasil devem apresentar à empresa aérea, no momento do embarque, o resultado de um teste de RT PCR negativo realizado nas últimas 72 horas e comprovante de preenchimento eletrônico da Declaração de Saúde do Viajante (DSV).

Ainda de acordo com a portaria vigente, os viajantes estrangeiros procedentes ou com passagem pelo Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, pela República da África do Sul e pela República da Índia nos 14 dias anteriores ao embarque estão proibidos de ingressar no Brasil. Contudo, a norma estabelece exceções. Brasileiros e cônjuges de brasileiros, por exemplo, com origem ou histórico de passagem nesses países devem permanecer em quarentena por 14 dias ao chegar no Brasil.

A ideia em debate é que os viajantes sujeitos a quarentena sejam encaminhados, em fluxos pactuados entre estados e municípios, a locais específicos para quarentena, conforme as condições de cada localidade. Segundo a agência, o controle de quarentena no território nacional não está no âmbito de competência da Anvisa, que tem atuação restrita aos ambientes de aeroportos, portos e recintos de fronteiras do país.

Complementarmente, os estados e municípios também poderão aplicar medidas sanitárias adicionais em ambientes nos quais a agência não possui competência legal de atuação, como rodoviárias e rodovias.

Ainda durante esta semana, a Anvisa se reunirá com as companhias aéreas e concessionárias dos aeroportos, a fim de intensificar as ações já em curso e discutir o fluxo para obtenção de informações dos passageiros de voos, de forma a permitir a identificação mais rápida de contactantes de casos em investigação.

São Paulo 

Na última segunda-feira (24), a Anvisa discutiu novos fluxos de trabalho para ampliar a ação de controle com as secretarias estadual e municipal de Saúde de São Paulo, cidade que representa a maior porta de entrada de passageiros no Brasil por malha aérea.  

Em Guarulhos, a proposta é que os passageiros – ainda que assintomáticos – que tiverem passagem pelos países que hoje possuem circulação de novas variantes, como a B.1.617, originária da Índia, sejam encaminhados a local específico para cumprimento da quarentena.

No Brasil, a variante indiana foi confirmada em tripulantes que chegaram em um navio que saiu da Malásia. Há casos suspeitos em no estado paulista, além do Maranhão, Ceará e Pará.

*Com informações da Anvisa.