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Duas pessoas morrem e mais de dez ficam feridas em ações policiais no Rio

Chefe do tráfico no Morro dos Prazeres foi morto com comparsa na noite de segunda-feira; Nesta terça, a PM atua em diversas comunidades da capital

Por O Dia, publicado 27/04/2021

Pelo menos duas pessoas morreram e doze ficaram feridas desde a noite de segunda-feira, quando a polícia matou um dos chefes do Morro dos Prazeres e um comparsa. Segundo a PM, o confronto aconteceu por volta das 22h na Rua Barão de Petrópolis, no Rio Comprido. Criminosos teriam atacado uma equipe da UPP da região, entre eles Marcelo da Silva Guilherme, o Marcelinho dos Prazeres, apontado como chefe do tráfico local.

Durante a manhã desta terça-feira, a Polícia Militar realiza operações em diversas comunidades da Zona Norte. Houve ocorrência no Morro da Providência, no Centro do Rio, no Morro do Juramento e na Mangueira, Zona Norte do Rio. No Morro do Juramento, pelo menos sete pessoas ficaram feridas. A Polícia Militar socorreu os baleados para o Hospital Municipal Salgado Filho.
Segundo a PM, agentes do 41ºBPM em patrulhamento foram atacados por criminosos armados atravessando uma passarela na Avenida Martin Luther King, altura de Vicente de Carvalho, nas proximidades da comunidade Morro do Juramento. Por conta dos disparos, motoristas começaram a voltar na contramão na via.

Até o momento, foram apreendidos quatro fuzis, uma pistola, granada e entorpecentes e sete feridos foram socorridos para unidades de saúde da região. A ocorrência está em andamento.

Um tiroteio na Rua Barão de Petrópolis na noite de segunda-feira matou Marcelo da Silva Guilherme, o Marcelinho dos Prazeres, e um comparsa. Um PM teve a arma atingida por um disparo, mas não ficou ferido. Uma mulher de 39 anos, identificada como Bruna Barros, estava em uma van quando foi atingida no pescoço por uma bala perdida e socorrida ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. A caixa de supermercado estava voltando do trabalho quando foi ferida. Ela está com estado de saúde estável.

Um áudio que circula nas redes mostra o motorista da van avisando sobre a mulher baleada. No fundo é possível ouvir um disparo de arma de fogo. “Tiro na Barão, rapaziada. Mulher está baleada dentro da minha van!”, alerta. O veículo foi metralhado e as pessoas tentaram se proteger deitando no chão, segundo o relato. Outro homem, identificado como Denis Francisco, também foi levado para a unidade. Outras duas pessoas, que não tiveram os nomes divulgados, também foram baleadas e levadas ao hospital.

Na ação, a polícia apreendeu um fuzil, uma pistola, dois carregadores e drogas. Já na Mangueira, Zona Norte do Rio, os disparos começaram às 5h. Um policial militar ficou ferido. No Morro da Providência, no Centro, há relatos de tiros desde as 5h43. Um suspeito morreu durante a ação.

Síndrome respiratória associada à Covid-19 pode causar mortes em crianças

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Por Kelly San, em 27/04/2021 às 11h21

O contágio pelo novo coronavírus ocorre de forma diferente em crianças e adultos. Nos pequenos, o vírus parece usar o receptor da enzima conversora de Angiotensina 2 (ECA-2) para se alojar e alguns estudos mostram que em crianças esses receptores estão em menor quantidade nas vias aéreas como nariz boca e garganta – comparados aos adultos – o que dificulta a infecção do novo coronavírus . Mesmo assim, cientistas indicam que este grupo, pode sim ser infectado e quando infectado pelo vírus, tende a ser assintomático.

“No início da pandemia, pensava-se que crianças não estavam sendo infectadas, mas agora está claro que a quantidade de infecção em crianças é a mesma que em adultos”, disse Andrew Pollard, professor de Infecções Pediátricas e Imunidade na Universidade de Oxford, em entrevista à BBC Brasil.

Levando este cenário em consideração, autoridades de Saúde, desde o ano passado, vem monitorando uma doença em crianças que pode está ligada à Covid-19. A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), associada à Covid-19, tem causado óbitos em crianças e adolescentes, segundo dados recentes do Ministério da Saúde. De abril de 2020 até fevereiro de 2021, no Brasil, foram 736 casos e 46 óbitos de crianças e adolescentes por esta síndrome.

A (SIM-P) pode se desenvolver em crianças e adolescentes que tiveram contato com o vírus da Covid-19 previamente e que, inclusive, já estão curadas da enfermidade. Ela vem sendo registrada em uma minoria de crianças atingidas pela Covid-19 ao longo da pandemia, mas foi responsável por pouco mais de 40 óbitos. No mundo são mais de 300 casos em países como Espanha, França, Canadá e Estados Unidos. Conforme informações da secretária de saúde, parte dos pacientes que desenvolveram a  (SIM-P), apresentaram infecção pelo coronavírus ou tiveram Covid-19 anteriormente, ainda não há evidências de que uma síndrome cause a outra, mas autoridades seguem avaliando o crescimento da síndrome no país.

Um estudo recente realizado pela prefeitura de São Paulo diz que 64,5% das crianças expostas ao vírus apresentam quadros leves. No Brasil, as mortes nesse segmento são raras, sendo um pouco mais de 0,6% de registros de óbitos segundo o mesmo estudo. 

Uma das principais medidas adotadas por muitos governos foi o fechamento de todos os estabelecimentos de ensino, com base de que as crianças, apesar de serem muito menos propensas a desenvolver os sintomas mais graves da covid-19, poderiam contagiar adultos, facilitando a disseminação do vírus, tornando-se como os especialistas chamam “super-disseminadores”. Mas alguns experimentos em pequenas escalas realizados em países da Europa e na Ásia, mostraram que crianças pequenas são menos suscetíveis a infecção e transmissão do vírus. 

Medidas vêm sendo pensadas para imunização de crianças e adolescentes 

No dia 30 de março de 2021 a presidente da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, Nísia Trindade, anunciou que um pedido seria apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA, para iniciar estudos da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a covid-19 em crianças no Brasil. No mundo, os laboratórios Oxford/AstraZeneca, Sinovac Biotech, Pfizer/BioNTech e Moderna iniciaram as testagens de suas vacinas em crianças e adolescentes mais jovens, e caso seja comprovada a eficácia dos testes, ampliará a garantia de  proteção para este grupo também.  O laboratório Johnson & Johnson disse que testará a vacina em bebês e crianças, mas ainda não anunciou a data para o início dos testes. O Instituto Gamaleya, responsável pela vacina Sputnik V, anunciou que pretende dar início aos testes clínicos em menores de 18 anos, também sem data. A recomendação da Fiocruz é que crianças acima de dois anos, sem o uso de chupeta, utilizem máscaras para proteção.

Anvisa rejeita importação e uso da Sputnik V

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Compra da vacina foi solicitada por estados e municípios do Nordeste

Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil, em 27/04/2021 às 10h46

Os cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitaram, por unanimidade, a importação e o uso da vacina russa Sputnik V pelo Brasil. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (26). O imunizante é produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. Os diretores do órgão se reuniram, de forma extraordinária, para avaliar os pedidos de nove estados para a aquisição da vacina.

O diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, que é o relator do pedido, considerou que o imunizante pode trazer riscos à saúde. Além disso, foram apontadas falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante. Ele se baseou em pareceres técnicos de três gerências da Anvisa, que fizeram uma apresentação no início da reunião.

“Para os pleitos ora em deliberação, o relatório técnico da avaliação da autoridade sanitária ainda não foi apresentado, os aspectos lacunosos não foram supridos, conforme as apresentações técnicas. Portanto, diante de todo o exposto, verifica-se que os pleitos em análise não atendem, neste momento, às disposições da Lei 14.124 e da Resolução da Diretoria Colegiada 476, de 2021, razão pela qual eu voto pela não autorização dos pedidos de importação e distribuição da vacina Sputnik V solicitados pelos estados que já relacionamos”, afirmou o diretor-relator. O voto do relator foi seguido pelos outros relatores da agência.

A deliberação foi marcada dentro do prazo estipulado pela Lei n º 14.124/21, e de acordo com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que determinou a análise da questão dentro do prazo de 30 dias. Caso não houvesse essa análise por parte da Anvisa, a vacina poderia ser importada.

Os estados que tiveram seus pedidos avaliados pela Anvisa foram: Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Sergipe e Pernambuco. Além desses, também estão com pedidos pendentes de avaliação, ainda dentro do prazo, os estados de Rondônia, Sergipe, Tocantins, Amapá e Pará, e os municípios de Niterói (RJ) e Maricá (RJ). Ao todo, esses pedidos somam 66 milhões de doses, que poderiam vacinar cerca de 33 milhões de pessoas, por meio de duas doses.

Antes da votação dos diretores, gerentes de três departamentos da Anvisa apresentaram seus pareceres técnicos contra a compra da Sputnik V. Os relatórios foram incorporados ao voto do diretor-relator, Alex Machado Campos.

Vírus replicante
Em sua apresentação, o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, argumentou que os lotes analisados mostram a presença de adenovírus com capacidade de reprodução no composto da vacina, o que traz riscos à saúde. A tecnologia utilizada na fabricação da Sputnik V é a do adenovírus vetor. Por meio dessa técnica, o código genético do Sars-Cov-2, que é o vírus da covid-19, é inserido no adenovírus e este, ao ser administrado em seres humanos por meio da vacina, estimula as células do organismo a produzir uma resposta imune.

O adenovírus é um vírus que possui uma capacidade natural de replicação no corpo humano, mas quando utilizado como imunizante, essa capacidade de reprodução deve estar neutralizada, o que não teria ocorrido no caso dos lotes da Sputnik avaliados pela Anvisa.

“Um dos pontos críticos, cruciais, foi a presença de adenovírus replicante na vacina. Isso significa que o vírus, que deve ser utilizado apenas para carregar o material genético do coronavírus para as células humanas e promover a resposta imune, ele mesmo se replica. Isso é uma não conformidade grave”, disse Mendes. “Esse adenovírus replicante foi detectado em todos os lotes apresentados da vacina Sputnik”,

Esse procedimento, explicou o gerente-geral, está em desacordo com o desenvolvimento de qualquer vacina de vetor viral, de acordo com os parâmetros de autoridades regulatórias dos Estados Unidos e da União Europeia. Ele alertou que, uma vez no organismo humano, o adenovírus replicante poderia causar viroses e se acumular em tecidos específicos do corpo, como nos rins.

Documentação
Em outra avaliação, dessa vez sobre as empresas que fabricam a vacina, a Gerência Geral de Inspeção e Fiscalização da Anvisa informou que não foi apresentado o relatório técnico de aprovação do imunizante russo para verificar o controle de qualidade na fabricação.

Por causa disso, a Anvisa analisou documentos próprios e de outras autoridades regulatórias internacionais e solicitou a realização de uma inspeção presencial em duas das empresas que fabricam a vacina na Rússia, a Generium e a UfaVITA. A inspeção no Instituto Gamaleya, que é o desenvolvedor da vacina, foi negada pelo governo russo. Essa inspeção foi realizada ao longo da semana passada por três técnicos enviados pela agência. Na visita, de acordo com a gerente de inspeção, Ana Carolina Merino, foram constadas não conformidades na fabricação da vacina, que impactam, entre outras, na garantia de esterilidade do produto.

“Neste momento, o risco inerente à fabricação não é possível de ser superado, tanto para o insumo fabricado pela Generium quanto pelos produtos acabados fabricados pela Generium e pela UfaVITA, então a nossa gerência não recomenda a importação da vacina”, afirmou.

Em outro parecer, a gerente-geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária da Anvisa, Suzie Marie Gomes, afirmou haver falta de informações conclusivas sobre eventos adversos de curto, médio e longo prazos decorrentes do uso da vacina, o que prejudica a avaliação do produto. “Eu chamo a atenção também para que a ausência de dados também é informação. A ausência de comprovação é considerada uma evidência, e uma evidência forte, sobretudo quando temos uma estimativa de população exposta ao risco que beira os 15 milhões de cidadãos”, afirmou.

CPI da Covid é instalada nesta terça-feira

Comissão avaliará ações do governo durante pandemia da Covid-19

Por Edu Carvalho, em 27/04/2021 ás 10h43

Iniciando na manhã desta terça-feira (27) a instalação da CPI da Covid, a comissão que irá apurar ações e omissões do governo federal na pandemia, além de repasses federais a estados e municípios.

As investigações poderão, juntas, ajudar a compreender o engajamento do presidente Jair Bolsonaro nas políticas adotadas pelo governo para o combate à pandemia, além de fornecer elementos para uma eventual responsabilização.

Pesam sobre o chefe da nação a postura negacionista, suas falas e contrariedade nas medidas preconizadas pela OMS. Caso a reunião de provas apontem que houve crimes de responsabilidades, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), poderá avaliar pautar ou não a votação de abertura de um processo de impeachment.

Segundo especialistas, o ponto de maior relevância a ser discutido durante a CPI será a compra e produção das vacinas. Para parlamentares, o governo federal não poderia ter deixado para tanto tempo adquirir os imunizantes, enquanto demais país da América Latina e Norte, além de toda Europa, haviam começado a planejar finanças e estrutura no início da crise sanitária.

Liminar do TRT-RJ suspende leilão de privatização da Cedae

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Negociação estava prevista para acontecer na sexta, dia 30

Por Redação, em 26/04/2021 ás 13h20

Os sindicatos que representam os trabalhadores da Cedae, representados pelo advogado Marcus Neves, conseguiram por meio de uma liminar no TRT-Rio a suspensão do leilão de privatização da Cedae. Segundo informações da coluna Ancelmo Gois e da jornalista Ana Claúdia Guimarães, no jornal O Globo, a decisão se baseia, segundo o advogado, “nos efeitos danosos da demissão de mais de quatro mil  trabalhadores da Cedae anunciados  pelo governo do estado, sem um estudo circunstanciado dos efeitos sócio-econômicos desta demissão em massa no estado do Rio”.

– Os funcionários ficarão desempregados sem nenhum plano de contingência. Ninguém discute a privatização que o governo quer fazer, mas o esvaziamento da companhia com a demissão de 80% dos funcionários.

De olho no Transporte: sumiço de ônibus no Rio vive um dos seus piores momentos na pandemia

Por Luize Sampaio – Casa Fluminense, em 26/04/2021 ás 11h10

A segunda edição do relatório De Olho no Transporte mostra que na cidade do Rio, em março, apenas metade da frota de ônibus disponível atendeu à população. Após o primeiro ano de pandemia, no último mês, dos 7.977 veículos do efetivo determinado, só 3.208 foram para as ruas na primeira semana de março, apenas 40,2% do que a lei obriga. O monitoramento, que contempla também o BRT, mostrou que as empresas de ônibus seguem desrespeitando as normas firmadas com a prefeitura. Para o coordenador executivo da Casa, Vitor Mihessen, os dados ajudam a comprovar aquilo que a população vivencia diariamente nas ruas. 

“O que a gente percebe por toda Região Metropolitana é um caos geral na mobilidade. Nesse momento em que os passageiros precisam mais do que nunca de um transporte vazio e seguro, o que tem sido visto repetidas vezes é a superlotação e o sumiço das linhas. Essa falta de gestão e controle aumenta ainda mais o risco do contágio pelo novo coronavírus. O relatório ajuda a denunciar essa situação e apontar caminhos”, afirmou o coordenador.

O relatório De Olho no Transporte foi produzido através do monitoramento dos GPS das linhas de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, onde 2 milhões de moradores e moradoras de toda a Região metropolitana se deslocavam para o Rio diariamente antes da pandemia. Para a pesquisa, a coordenação de informação da Casa observou a circulação diária das frotas de março de 2020 até março de 2021 e o que chamou atenção da equipe foi a piora na oferta de ônibus neste ano, houve uma diminuição de 15 pontos percentuais. O relatório aponta também que o problema da lotação é anterior à crise sanitária, porém, se tornou ainda mais perigoso para o passageiro agora. Entre as regiões mais atingidas está a Zona Oeste do Rio, que é atendida pelo consórcio Santa Cruz.

Preço alto pago a cada viagem

Por mais que a recomendação fosse, e continua sendo, ficar em casa, muitas pessoas precisam sair. Esse é o caso da operadora de telemarketing, Gianni Oliveira, de 27 anos. A moradora de Santa Cruz trabalha atualmente no centro da cidade e já desistiu de ir de ônibus por conta do tempo que perdia no ponto. O BRT também deixou de ser uma opção, segundo ela é muito difícil conseguir entrar no veículo. 

“As linhas aqui sempre foram ruins, mas ficaram piores. Não dá para contar com um ônibus que aparece só de vez em quando. Tem uma linha (388) que me deixaria na rua do meu trabalho, mas ela nunca aparece. Atualmente prefiro ir de trem, assim economizo uma hora de viagem”, explicou Gianni.

Outro grupo essencial que não parou foram os motoristas de ônibus que no auge da pandemia, no início deste ano,  tiveram um aumento de 62% no número de mortes em relação ao mesmo período em 2020. Os trabalhadores do transporte público também vêm sofrendo com as demissões, o número de pessoal ocupado nas concessionárias cariocas  caiu  23% (de 25.766  para  19.631) de 2019 para 2020, são menos 6.135 pessoas empregadas no modal.

Sequência de falhas e/ou lições durante a pandemia

No ano passado, a primeira edição do De Olho no Transporte já mostrava que houve uma queda na oferta de ônibus. As medidas tomadas pela última gestão, no início do lockdown, corroboraram para isso ao permitir uma redução de 40% da frota. O resultado foi o agravamento da superlotação no modal. A prefeitura então voltou atrás e exigiu, ainda em março de 2020, a volta de 80% dos ônibus. Sem mudança no cenário e com o aumento significativo de casos de COVID-19, em junho, a Secretaria Municipal de Transportes em uma outra nova ação determinou através da resolução 3296 que as linhas regulares de ônibus, incluindo o sistema BRT, deveriam operar com 100% da frota. Mas, segundo dados da Casa, 12 meses após, o número de veículos em circulação na cidade segue inferior ao observado em março de 2020. 

Fonte: Casa Fluminense a partir dos dados da SMTR do Rio de Janeiro.

Uma nova lógica para o transporte público

Bom, barato, seguro e limpo são esses os quatro principais pontos defendidos pela Casa Fluminense quando o assunto é mobilidade urbana. Desde o ano passado, a organização já vinha mostrando como a pandemia expôs as falhas nos contratos licitatórios, o que ampliou os problemas do transporte público.

Atualmente, a lógica de receita gira em torno da tarifa paga pelos passageiros. Quanto mais pessoas transportadas por veículo, mais as concessionárias lucram. Por isso, podemos dizer que a superlotação é economicamente vantajosa para esses grupos. Com a crise do coronavírus e a necessidade de isolamento social essa lógica perdeu sentido, as empresas passaram a lucrar menos e o debate sobre outras fontes de receita voltou a ganhar força.

Neste sentido, o De Olho no Transporte 2 trouxe para o relatório a discussão sobre financiamento extratarifário olhando para o contexto do  peso da tarifa no bolso do trabalhador e a série de aumentos que têm sido discutidos em modais estratégicos como o metrô e o trem. Para destrinchar esses assuntos, o lançamento da Casa foi marcado por um live com especialistas e ativistas da mobilidade urbana. Dividido em três mesas, o papo contou com a participação de representantes do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Unidade Popular, Fórum Permanente de Mobilidade Urbana da RMRJ e do Pedala Queimados. Confira aqui.