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Um ano da primeira morte por covid-19 na Maré

Conexão Saúde mensura em números o que acontece no território mareense

Por Kelly San, em 02/04/2021 às 17h20

Editado por Edu Carvalho

Há pouco mais de um ano o Brasil notificou sua primeira morte em decorrência do coronavírus. No Rio, o primeiro registro ocorreu em 19 de março – uma mulher de 63 anos, moradora de Miguel Pereira, interior do estado. O primeiro óbito na Maré teria acontecido no dia 2 de abril de 2020, segundo relato de moradores, sendo um homem residente da Vila dos Pinheiros.

Naquela época – e também hoje – existiam muitas dificuldades em notificar, com precisão, um óbito por covid-19, além dos muitos casos, tornando a compreensão dos dados algo complexo dentro dos contextos existentes nas favelas e periferias do país.

Pensando em atender esta demanda, a ONG Redes da Maré inseriu em suas atividades a campanha ‘Maré diz não ao coronavírus’, que além de aferir dados relacionados à contaminação  e falecimentos, também prestou ajuda por meio de cestas básicas e equipamentos de segurança para profissionais de saúde e moradores da Maré.

Para o feito, a Redes reuniu parcerias com a Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, Conselho Comunitário de Manguinhos e Dados do Bem – para testagem de casos da doença – ONG SAS Brasil e a União Rio e, assim,  criou o projeto Conexão Saúde, que faz o balanço geral de dados da Covid-19 na Maré e acompanha, junto a Prefeitura, os número de casos e de mortes da doença no bairro. Na 26ª edição do Boletim De Olho No Corona, foram apresentados os números mais recentes .

Com a vacinação da população em ritmo lento, sobretudo em espaços de favelas e periferias, o número de mortos já passa de mais de 300 mil  e o país segue sem medidas efetivas por parte do governo Federal para conter o avanço da doença nos estados e municípios, sendo assim, considerado o epicentro global da doença. 

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De maneira mais dinâmica pela compreensão dos locais e contextos, a iniciativa contribuiu para que um panorama sobre a covid-19 possa ser elaborado de maneira mais assertiva. Para mais informações acesse: https://www.redesdamare.org.br/br/publicacoes 

Por segundo ano consecutivo, realizadores da Via Sacra da Rocinha promovem exibição online de documentário sobre o espetáculo

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Por Leandro Lima, FaveladaRocinha.com, em 02/04/2021 às 10h15

De hoje, sexta-feira, 2/4, até domingo, 4/4, será exibido de forma online o documentário “Via Sacra da Rocinha: arte e resistência na favela” na plataforma Innsaei.tv, como forma de resistir ao período da pandemia. Esta é o segundo ano que o filme é exibido, por decisão dos realizadores do maior espetáculo teatral de rua do Rio de Janeiro: a Via Sacra da Rocinha.

O link para acesso será disponibilizado a partir das 18 horas da Sexta-feira da Paixão nas redes sociais do documentário (viasacradarocinha.filme), ficando liberado o acesso gratuito por 48 horas.

O texto da peça é “O homem de Nazaré – a via sacra de hoje”, escrito por José Maria Rodrigues, como tradicionalmente acontece toda Sexta-feira da Paixão, desde 1992. É pela grandeza e importância da Via Sacra da Rocinha que a Cia de Teatro Roça CaçaCultura, responsável pela realização da peça, e a TV Tagarela, produtora do documentário, celebram mais essa parceria para oferecer ao público outra perspectiva  desse espetáculo favelado que é Patrimônio Cultural e Imaterial da cidade do Rio de Janeiro.

Entre os anos de 2017 e 2018 a Rocinha foi destaque nos noticiários e manchetes que colocaram em pauta a disputa territorial pelo controle do tráfico numa das maiores favelas da América Latina. Foi nesse cenário que a Via Sacra da Rocinha chegou a sua 26º edição com a proposta de denunciar as diversas formas de violência vivenciadas pelos favelados, tendo como questão central os problemas que afetam a rotina da cidade carioca, sobretudo, as periferias. O documentário “Via Sacra da Rocinha: arte e resistência na favela” vem mostrar a história desse espetáculo teatral de rua que contextualiza temas relevantes da contemporaneidade e o processo de criação que resultou na expressiva encenação de 2018, reafirmando a arte como contraponto a violência.

Medidas de restrição são estendidas no Rio; escolas e creches voltam a partir da segunda-feira

Decisão foi publicada em decreto no Diário Oficial do Município

Por Edu Carvalho, em 02/04/2021 às 10h

Foi publicado na manhã desta sexta-feira, 02/4, um novo decreto que estende por mais uma semana as medidas de restrição contra o covid-19 na cidade. Nele, há liberação para que a partir desta segunda-feira, 5/4, creches e escola voltem a funcionar. 

Na sexta que vem, dia 9/4, as medidas começam a ser flexibilizadas, com a reabertura dos bares e restaurantes. As praias, no entanto, permanecerão fechadas até o dia 19 de abril. O governo do Estado também deve prorrogar o decreto com diretrizes gerais válidas até domingo. 

Na edição extra do Diário Oficial desta sexta, o prefeito do Rio Eduardo Paes observa que o município permanece com a classificação de alto risco de transmissão para covid-19, e que avaliações epidemilógicas recomendaram a ampliação do prazo das restrições. 

O que passa a ser permitido a partir de segunda-feira, dia 5:

– A retomada das aulas presenciais em creches e escolas na rede pública e particular. Na segunda elas voltam de forma administrativa, e as aulas presenciais a partir da terça-feira.

O que passa a ser permitido a partir da sexta-feira, dia 9, até o dia 19 de abril:

–  Bares, lanchonetes, restaurantes, quiosques da orla e congêneres, permitido o consumo apenas para clientes sentados às mesas, até as 21h, com tolerância de 1h para efetivo encerramento do atendimento; após esse horário, admitido o funcionamento interno, com as portas cerradas, exclusivamente para o preparo de refeições e lanches destinados à entrega em domicílio (delivery), retirada no local (take away) ou drive thru, sendo vedado qualquer tipo de atendimento presencial ou consumo no local;

– As atividades comerciais e de prestação de serviços localizadas no interior de shopping centers, centros comerciais e galerias de lojas;

Orgãos não essenciais da administração pública;

– Clubes sociais e esportivos, até as 21h, condicionado o acesso às áreas de lazer e recreação somente a partir das 11h;

– Museus, galerias, bibliotecas, cinemas, teatros, casas de festa, salas de apresentação, salas de concerto, salões de jogos, circos, recreação infantil, parques de diversões, temáticos e aquáticos, pistas de patinação, atividades de entretenimento, visitações turísticas, exposições de arte, aquários e jardim zoológico, com início das 12h e encerramento até as 21h;

– Demais atividades de prestação de serviços, com início das 12h e encerramento até as 21h;

– Demais atividades comerciais, com início às 10h e encerramento até as 18h, incluindo-se o comércio ambulante em logradouros

Permanecem suspensos até 19 de abril as seguintes atividades:

Funcionamento de  boates, danceterias, salões de dança e casas de espetáculo;

Atividades econômicas nas areias das praias, incluindo-se o comércio ambulante fixo e itinerante;

Comércio exercido em feiras especiais, feiras de ambulantes, feiras de antiquários e feirartes;

Permanência de indivíduo nas nas vias, áreas e praças públicas do Município no horário das 23h às 05h;

Nas areias das praias, em parques e cachoeiras, em qualquer horário, incluindo-se a prática de esportes coletivos;

A prática de atividades físicas coletivas, circuitos e similares, inclusive orientadas por professores de educação física em praias, praças e logradouros públicos, bem como em áreas particulares;

A realização de eventos de qualquer natureza, as festas, as rodas de samba, em áreas públicas e particulares;

As feiras, exposições, os congressos e seminários;

A concessão de autorizações para eventos e atividades transitórias em áreas públicas e particulares;

A entrada de ônibus e demais veículos de fretamento no Município, exceto aqueles que prestem serviços regulares para funcionários de empresas ou para hotéis, cujos passageiros comprovem, neste caso, reserva de hospedagem;

O estacionamento de veículos automotores em toda a orla marítima, exceto para os moradores, idosos, as pessoas com deficiência, os hóspedes de hotéis e táxis, bem como em trechos que poderão ser especificados em ato próprio da CET-RIO;

A utlização das pistas de rolamento das avenidas Delfim Moreira, Vieira Souto e Atlântica e de ambos os sentidos das pistas de rolamento do Aterro do Flamengo como áreas de lazer.

O acesso ao trânsito de veículos à Avenida Estado da Guanabara, trecho compreendido entre a Estrada do Pontal e a Rua Professora Francisca Caldeira de Alvarenga, e à Rua Professora Francisca Caldeira de Alvarenga, no trecho compreendido entre a Avenida Estrada da Guanabara e a Estrada do Grumari (Prainha e Grumari).

Prefeituras do Rio, Maricá, Niterói e Itaguaí unificam calendários de vacinação

Por Redação, em 02/04/2021 às 10h

As prefeituras do Rio de Janeiro, de Maricá, de Niterói e de Itaguaí anunciaram ontem, quinta-feira, 01/04, um calendário de vacinação unificado contra a covid-19 para pessoas com idade entre 59 e 45 anos, desde que façam parte dos seguintes grupos prioritários: portadores de comorbidades ou deficiência permanente, trabalhadores da saúde, educação, serviços de limpeza urbana, policiais civis e militares, guardas municipais, bombeiros e agentes penitenciários em atividade.  O novo cronograma será iniciado a partir de 26 de abril, após a conclusão da aplicação das doses em idosos com até 60 anos.

– Já que não há vacina para todos, devem valer critérios técnicos e científicos. O que importa é o compromisso desses quatro municípios de assegurarem critérios de acordo com o grau de periculosidade da doença para a população. O importante é continuar protegendo as vidas de quem está mais exposto – disse o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

Os critérios de prioridade adotados pelos municípios são, pela ordem: idade (sempre os mais velhos na frente) e grupos considerados mais vulneráveis às complicações da doença ou mais expostos ao contato com o vírus. Os trabalhadores das áreas incluídas no novo calendário deverão, obrigatoriamente, estar na ativa em suas funções e dentro da faixa etária estabelecida. No momento da vacinação, deverão apresentar comprovante da atividade na profissão, como o contracheque.

As comorbidades consideradas para a vacinação, que deverão obedecer a tabela de idade, são aquelas incluídas na lista do Programa Nacional de Imunizações (PNI): diabetes mellitus, hipertensão arterial grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave. O portador dessas comorbidades deverá apresentar atestado de seu médico confirmando a condição de saúde.

O calendário unificado de vacinação dos quatro municípios começa em 26 de abril com os portadores de comorbidade e trabalhadores das áreas listadas de 59 anos; e vai até o dia 29 de maio, para quem tem 45 anos. Serão dois dias para cada idade: 26 e 27/04, para pessoas com 59 anos; 28 e 29/04, com 58 anos; 30/04 e 1º/5, com 57 anos e, assim em diante, pelas quatro semanas seguintes.

– É muito importante que a gente entenda que os municípios precisam trabalhar juntos, de forma integrada e, também com o governo do Estado. Dias atrás procuramos o prefeito Eduardo para integrar as ações de Niterói com as do Rio. A gente sabia que precisava tomar medidas para proteger nossa cidade. Não adiantava fazer isso se não tivéssemos essa forma integrada – reforçou o prefeito de Niterói, Axel Grael.

O cronograma de vacinação foi elaborado conforme a previsão de chegada de novas remessas das vacinas contra o coronavírus que deverão ser enviadas pelo Ministério da Saúde para os municípios. Para a ampliação do calendário para outros grupos, as prefeituras dependerão de envios futuros de doses.

– Acima de tudo temos a preocupação de salvar vidas. Vimos a importância de unificar a vacinação para evitar a migração de pacientes de um município para o outro – disse o prefeito de Itaguaí, afirmou o prefeito Rubem Vieira.

O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, reforçou a mensagem:

– Acho importante essa ação conjunta. Quero ressaltar o apelo para que outras prefeituras busquem uma adequação e a sinergia desse calendário. Isso nos ajuda, enquanto gestores, a vencer esse momento mais crítico da pandemia.

Autismo não é doença

Por falta de informações, crianças e familiares sofrem preconceitos

Maré de Notícias #123 – abril de 2021

Por Hélio Euclides

Pouco se fala sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), uma condição de saúde caracterizada pelo comprometimento da interação social e da comunicação verbal e não verbal, e pelo comportamento restrito e repetitivo de que a apresenta. O transtorno engloba diferentes aspectos que podem ser identificados na primeira infância (antes dos três anos), embora os sinais iniciais às vezes apareçam já nos primeiros meses de vida. Por se conhecer pouco, há preconceito por parte da sociedade e dificuldade no diagnóstico.

Para chamar a atenção sobre a importância de conhecer e tratar o transtorno que atinge mais de 70 milhões de pessoas no mundo foi criado, em 2008, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo pela Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 2 de abril. A fita com a estampa de quebra-cabeças representa pessoas com autismo, e é usada tanto em placas de prioridade como no dia da conscientização, juntamente com a cor símbolo do TEA, o azul. No Brasil, não há números oficiais de quantas pessoas são diagnosticadas com autismo.

O transtorno se manifesta de diferentes formas, desde o desenvolvimento de grandes habilidades a comportamentos prejudiciais. “O TEA tem vários níveis. Para dar uma orientação é difícil, pois depende se a criança tem o grau mais leve ou o mais severo e qual a rede de suporte que tem. A dica de ouro é a mãe se informar e, em caso de dúvida, procurar uma pediatra, que primeiro vai identificar alguma alteração no desenvolvimento da criança”, recomenda Danielle Câmara, fonoaudióloga e responsável pelo canal no YouTube Conversando Sobre Autismo – Sugestões de Atividades.

Não existem exames laboratoriais ou de imagem que ajudem a identificar o autismo. Em geral, o médico considera o histórico do paciente, a observação de seu comportamento e os relatos dos pais. Por não ser uma doença, não há cura para o autismo; a criança deve fazer acompanhamento com uma equipe de médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pedagogos, psicólogos, entre outros profissionais. O importante é intervir precocemente, pois quanto mais cedo o tratamento começa, melhores são os resultados. A colorista digital Marina Amaral recentemente recebeu o diagnóstico de autismo. Quando criança, ela viveu muitos momentos de isolamento. “Passei por diversos profissionais que me deram diagnósticos diversos: ansiedade generalizada, síndrome do pânico e depressão”, relembra. A suspeita de autismo surgiu agora, aos 26 anos, ao conversar com Andréa Werner, que é fundadora do Instituto Lagarta Vira Pupa, instituto que promove acolhimento a mães e pessoas com deficiência. Ao saber do passado de Marina, Andréa recomendou consultar um especialista. “Ao ter o diagnóstico, entendi a minha vida toda; caiu a venda dos meus olhos. Na infância, tomei muitos medicamentos que só pioravam os sintomas”, conta Marina.

Apollo, de 7 anos e morador da Vila dos Pinheiros, foi diagnosticado com autismo – Foto: Acervo pessoal

Crianças com autismo precisam de acompanhamento

Referência no território para o tratamento de transtornos psíquicos em crianças, o Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) Visconde de Sabugosa, localizado na Praia de Ramos, tem entre 50% a 60% dos pacientes cadastrados pela unidade com diagnóstico de autismo. Márcia Domingues, gerente do CAPSi, explica que sempre é bom lembrar que as crianças estão em desenvolvimento e que é preciso ter estímulos, como brincar e ter contato com outras crianças. Isso contribui para que o indivíduo lide melhor com o ambiente e com os outros.

Para Andressa Ferreira, coordenadora técnica do CAPSi, existe a necessidade de a criança ser inserida em atividades culturais, de lazer e de aprendizado. “O principal tratamento é dar visibilidade e autonomia a ela. Os outros passos vão depender de cada caso. Não podemos nos concentrar apenas nos sintomas e sim, trabalhar as questões e potencializar a criança”, diz.

Ser mãe de filho autista

Caeta Pontes mora na Vila dos Pinheiros e é mãe de Miguel, de 14 anos. Ela conta que conseguir o diagnóstico não foi fácil. “O laudo é sempre muito difícil, principalmente do Sistema Único de Saúde. Isso faz com que atrase o tratamento e o acompanhamento necessário, comportamental e multidisciplinar”, conta. Para ela, o responsável pela pessoa com autismo deveria ter também acompanhamento psicológico, pois a sobrecarga é grande. “Como mãe, não espero que ele aprenda frações e sim, a se alimentar e comer sozinho ou atravessar uma rua com independência”, diz.

Glaucia Barros, moradora de Marcílio Dias, é mãe de Ruan Barros, de 7 anos. Ela reclama que, se não fosse pelo plano de saúde, o filho não teria grandes avanços. “Levei os laudos e relatórios das terapias ao CAPSi. Uma profissional disse que ele entraria na fila de espera do Sistema de Regulação (Sisreg) com 90 crianças na frente, sendo que a prioridade é para quem não tem atendimento nenhum. Já são três anos de espera”, reclama. A mãe lembra que teve que correr atrás do direito de o filho ter um acompanhamento profissional em sala de aula, indo até à 4ª Coordenadoria de Educação para conseguir uma estagiária.

Janine Diniz é moradora da Vila dos Pinheiros e mãe de Apollo Diniz, também de 7 anos. Ela acredita que a sociedade ainda precisa conhecer o que é o autismo, para assim poder aprender a lidar com quem sofre do transtorno. “Merecem ser tratados com normalidade e respeito, como qualquer pessoa deve ser tratada. Acho que a mídia deveria falar ainda mais sobre isso”, diz ela. Janine sugere um investimento no atendimento psicológico nas favelas e em um sistema educacional de qualidade, que trabalhe a inclusão desde cedo. Osvaldina Barros, moradora de Marcílio Dias, mãe de Rafael de Carvalho, de 8 anos, tem a mesma opinião. Ela lembra que, quando o seu filho recebeu o diagnóstico do autismo, nada foi explicado a ela sobre o transtorno: “O Rafael tinha três anos quando o médico disse que ele era autista, que ‘veio com defeito de fábrica’, mas que era meu filho e não tinha como devolver. Mas não explicou o que era autismo”, relembra.

Márcia Petralanda, moradora de Marcílio Dias e mãe de Luana, de 6 anos, desabafa sua frustração por não conhecer a fundo o que é autismo, pois falta informação: “Acho que minha filha tem o transtorno, mas não tenho certeza, pois nunca consegui um diagnóstico. Seria bom uma palestra nas comunidades sobre o assunto. Muita gente iria participar”.

A luta pelos direitos

O autista tem, legalmente, direitos que muitas famílias desconhecem. Um deles é o Benefício de Prestação Continuada (BPC), regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Quem tem autismo é considerado pessoa com deficiência (PcD) pela Lei nº 12.764, de dezembro de 2012, que trata dos direitos das pessoas com espectro de autismo – e, por isso, inclusas na Lei nº 10.048, de novembro de 2000, que determina atendimento prioritário a pessoas idosas, gestantes, lactantes, pessoas com crianças de colo, obesos e com deficiência.

Outros direitos são as vagas especiais nos estacionamentos; meia entrada em casas de espetáculo para o autista e seu acompanhante; desconto em parques de diversão e eventos culturais; descontos e isenção de impostos na compra de veículos; acompanhante especializado em sala de aula; meia passagem nos ônibus (direito que pode ser solicitado através do Vale Social), como também ter preferência nos assentos dos transportes públicos.

FIQUE POR DENTRO!

Para informações sobre serviço de isenção para segunda via de documentação e Vale Social, ligue para 2332-6402 ou acesse http://www.valesocial.rj.gov.br/.

Fundação Leão XIII: Unidade Nova Holanda – Rua Sargento Silva Nunes, 1.012. Unidade Praia de Ramos – Rua Gerson Ferreira, 06.

Para tirar dúvidas, ter orientações, suporte e acolhimento, procure atendimento no CASPi Visconde de Sabugosa: Avenida Guanabara, Praia de Ramos, s/n, de segunda a sexta, das 8h às 12h.

Conheça os coletivos da Maré que recebem, ajudam e acolhem crianças autistas e com outras deficiências:

Criando Laços Especiais na Kelson

Instagram: @criandolacosespeciais

WhatsApp: 98265-1519

Especiais da Kelson

WhatsApp: 99604-6504

Especiais da Maré

Instagram: @especiaisdamare

WhatsApp: 96989-0092

Fiocruz lança material com orientações para a Páscoa

Objetivo da instituição é divulgar dicas para evitar o aumento de contágio da covid-19

Por Hélio Euclides, em 02/04/2021 às 9h
Editado por Andressa Cabral Botelho

Com o receio de acontecer um novo agravamento da pandemia, a Fiocruz lançou uma nova cartilha com dicas para o feriado da Páscoa, assim como fez pensando nas festas de final de ano. A cartilha traz orientações sobre cuidados, especialmente a todas as pessoas que pensam em promover encontros durante a Semana Santa e no domingo de Páscoa. 

A cartilha tem como finalidade preservar a vida ao celebrar a Páscoa. A principal mensagem é a forma mais segura de celebrar a Páscoa, que é ficar em casa, apenas com as pessoas que moram com você. Para diminuir os riscos, é preciso seguir com atenção todas as orientações relativas ao uso da máscara: usar na maior parte do tempo, ter um saco para guardá-la enquanto estiver comendo ou bebendo e ter sempre uma máscara limpa extra, caso seja necessário trocar quando ultrapassar o tempo de uso com a umidade ou sujeira. A cartilha traz também informações sobre o preparo e manuseio de alimentos, limite de pessoas e ventilação nos ambientes, descarte de lixo e uso de álcool em gel, além de água e sabão. As recomendações sobre lavagem das mãos permanecem. No fim da cartilha, estão listadas as situações e as condições de saúde que impedem as pessoas de participarem de confraternizações. A cartilha está disponível no formato digital e já está disponível para a leitura aqui.