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Campanha ‘Vacina Pra Favela, Já!’ Será Lançada no Dia de Mobilização para Enfrentamento da covid-19 nas Favelas

Via Painel Unificador das Favelas, em 10/02/2021 às 9h

Painel Unificador Covid-19 nas Favelas vem desde julho publicando dados sobre o alcance da Covid-19 nas favelas do Rio de Janeiro, na ausência de dados produzidos e publicados na parte das prefeituras ou do Estado. Sabemos desde o começo que a pandemia afeta as favelas de forma desproporcional, porém as autoridades em nenhum momento realizaram políticas voltadas especificamente para estes territórios.

Hoje, com a chegada da vacina, digamos um ‘basta!’ à política de negligência. As favelas têm que ser priorizadas no Plano de Vacinação contra Covid-19.

Seja pela falta d’água nas casas, acesso fácil aos serviços de saúde, altos índices de servidores essenciais e informais para os quais o isolamento social é inviável, dificuldade de se isolar, alta densidade intergeracional nas moradias, falta de informações adequadas, e inúmeros outros fatores, Além do mais, são as pessoas com mais dificuldade de seguir os protocolos de segurança, gastar com máscaras. É indiscutível que devemos buscar formas de priorizar os moradores destes territórios na política da vacina.

Por todos estes e muitos outros motivos, os coletivos e instituições por trás do Painel Unificador Covid-19 nas Favelas lançam amanhã, dia 10 de fevereiro de 2021, junto ao Dia Estadual de Mobilização para Enfrentamento da COVID-19 nas Favelas do Rio de Janeiro, a campanha “Vacina Pra Favela Já!” O objetivo é conclamar as autoridades do Rio de Janeiro a realizar de imediato ações que garantam acesso às vacinas prioritariamente nas favelas.

Vozes do Painel: Porque priorizar a vacinação nas favelas?

“Porque boa parte da população da favela trabalha na linha de frente e usa transporte público (que em sua maioria estão sempre além da capacidade e da possibilidade de distanciamento social). Além disso, a maioria dessa população, ao pegar Covid-19 vai depender totalmente do sistema público de saúde que carece de leitos. Ainda mais, é muito mais desafiador cumprir as medidas de distanciamento social e lavagem das mãos em territórios periféricos, pois a densidade habitacional é maior e a rede de saneamento básico é escassa em boa parte das localidades.” — Amanda Scofano (Doutoranda, PUC-Rio)

“A população favelada e periférica deve ter prioridade na vacinação por alguns fatores. Primeiro porque geralmente estes territórios são mais precarizados em relação ao acesso a água, a questão da moradia—com famílias grandes e moradias pequenas onde todo mundo tem muito contato o tempo todo, o que dificulta a contenção do vírus. Em segundo lugar porque são as pessoas que moram nestes territórios, que trabalham em diversas áreas, inclusive áreas essenciais, embora não listados como tal. No setor de transporte e comércio de modo geral. Então, se nós não formos vacinados, podemos continuar promovendo a circulação do coronavírus. Porque trabalhamos em diversas partes da cidade, apesar de certa segregação, não ficamos contidos na favela. Por mais que moremos neste lugar que já tem uma situação mais precária de proteção, também trabalhamos nestes diversos setores da sociedade, então se não tivermos protegidos, podemos espalhar o vírus por diversas partes da cidade.” — Douglas Heliodoro (Coletivo Conexões Periféricas, Rio das Pedras)

“Sugerimos acrescentar as populações residentes em território de favela [como prioritárias no Plano de Vacinação], pois são os cidadãos que têm mais dificuldades no acesso a serviços de saúde e que convivem em condições muito propícias para disseminação da doença: com domicílios próximos uns dos outros, com poucos cômodos nos domicílios, concentração de pessoas por domicílios, com menos acesso a serviços de saneamento e onde grande parte de seus moradores não possuem vínculo empregatício e, consequentemente o trabalho presencial é a única possibilidade de aquisição de recurso para subsistência de suas famílias.” — Renata Gracie (vice-coordenadora do Laboratório de Informação em Saúde-LIS/ICICT/Fiocruz)

“Sabe-se que justamente essas pessoas, principalmente as que moram na periferia, passam mais tempo em deslocamento pela cidade e, consequentemente, tem uma possibilidade maior de ter contato com o vírus.” — Andressa Cabral Botelho (Maré de Notícias)

“Imagina uma mãe, sem opção de ficar em casa e tendo que sair para trabalhar, tentando convencer a filha—que já perdeu um ano letivo—a ficar parada em casa para diminuir a chance de a vó pegar Covid? Impossível, né? Imagina isso numa favela onde crianças estão acostumadas com a comunidade como extensão do lar? A criança sem escola pra ir, sem opção de ensino remoto, sem espaço dentro de casa para brincar. Enquanto isso, a vó sem acesso a testes ou saúde de qualidade caso adoeça. Imagina o desespero diário desta mãe? Agora, compare essa realidade com outras da nossa sociedade. De famílias com lares separados por gerações, crianças no ensino remoto, pais no trabalho virtual. Não há dúvida que as favelas devam ter prioridade para a vacina, por uma questão tanto pragmática quanto de justiça social.” — Theresa Williamson (Comunidades Catalisadoras, ComCat)

“As favelas deveriam ser as priorizadas porque são as [áreas da cidade] que mais sofrem em todos os sentidos, por conta tanto da pandemia quanto outras doenças, tuberculose, saneamento básico, falta d’água. Tendo em vista que muitas favelas tem a Clínica da Família, o que facilitaria um pouco mais para vacinação, o governo deveria priorizar estas famílias que moram nestes lugares.” — Otávio Alves Barros (Presidente da Cooperativa Vale Encantado, Alto da Boa Vista)

“A vacinação deve ser prioritária nas favelas por serem territórios historicamente invisibilizados. As pessoas que vivem nas favelas precisam buscar diariamente meios para sua sobrevivência… precisaram tomar a decisão de se expor ao vírus ou a falta de alimento. Pessoas que garantiram a continuidade de serviços básicos na cidade, mas ao mesmo tempo estão desprovidos desses serviços no lugar onde moram. A vacinação deve ser prioritária pois desde o início, a contenção do vírus se mostrou um desafio em territórios onde não há saneamento básico, as moradias são extremamente precárias e as famílias precisam dividir cômodos pequenos com várias pessoas. Garantir a vacinação prioritária nas favelas, é garantir o cuidado a quem mais está vulnerável e ao mesmo tempo, conter a propagação do vírus.” — Andressa Good (TETO)

“Não contam com acesso fácil aos serviços de saúde. Quando são, passam pela perversidade de ver as unidades sendo sucateadas ou fechadas, a exemplo da UPA de Manguinhos, fechada no dia 6 de janeiro deste ano.” – Rachel Viana (Pesquisadora de pós-doutorado da Casa de Oswaldo Cruz e professora da Rede Estadual do RJ)

“Na favela as pessoas são as mais prejudicadas, [são as pessoas] que estão na linha de frente [da pandemia].” – Ana Leila Gonçalves (Presidente-Fundadora da Associação Centro Social Fusão/Mesquita RJ)

Já ocorreram mais mortes nas favelas do Rio de Janeiro do que em 162 países inteiros. O número de mortes nas favelas ultrapassa o de mortes no Paraguay (2846), Dinamarca (2216), Costa Rica (2692), Austrália (909), Venezuela (1240), Moçambique (465), Tailândia (79), Camarões (474), Malásia (909), e muitos outros. Fonte: Painel Unificador Covid-19 nas Favelas (favela.info)

Como o Governo Pode Priorizar as Favelas?

  1. Garantindo vacinas prioritariamente em postos e clínicas da família dentro e próximas às favelas, e a devida infraestrutura para armazenamento e distribuição das doses.
  2. Priorizando servidores essenciais e vulneráveis, como motoristas, entregadores, caixas, faxineiras, cuidadores, trabalhadores de construção e informais.
  3. Garantindo vacinas prioritariamente aos professores da Rede Pública e seus alunos.
  4. Realizando polos de vacinação em terminais de trem e ônibus.

Como Apoiar a Campanha “Vacina Pra Favela Já!”?

Participe no dia 10 e além, divulgando a campanha vacinaja.favela.info pelas suas redes sociais usando as hashtags #VacinaPraFavelaJa #FavelaContraPandemia #MobilizaFavela #FavelaResiste.

Sobre o Painel Unificador-Covid-19 nas Favelas

Coletivos e organizações que fazem parte do Painel Unificador Covid-19 nas Favelas:
A.M.I.G.A.S. | Centro Social Fusão | Coletivo Conexões Periféricas-RP | Covid por CEP | Data_Labe | Fala Roça | Favela Vertical | Fiocruz | Fórum Grita Baixada | Frente de Mobilização da Maré | Instituto Educacional Araujo Dutra | LabJaca | Maré de Notícias | Mulheres de Frente | Observatório de Favelas | PerifaConnection | Redes da Maré | SOS Providência | TETO | Voz das Comunidades | WikiFavelas

Links Relevantes do Painel Unificador Covid-19 nas Favelas:
O Painel | Nota Técnica | Facebook | Release No. 1 | Release No. 2 | Release No. 3 | Release No. 4

Contato: [email protected] ou (21) 991976444

Moradores esperam por melhoria de saneamento da Maré

Falta de serviços é pauta há oito anos no Maré de Notícias

Por Hélio Euclides, em 09/02/2021 às 15h

Editado por Edu Carvalho

Há oito anos, o Maré de Notícias entrevistou funcionários no recém-inaugurado prédio da Cedae, no Centro da Cidade. Foi na edição 35, feita em novembro de 2012, em que registramos a promessa de que haveria melhorias na rede de esgoto, fazendo com que os resíduos não fossem despejados para a Baía de Guanabara, e sim tratados na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Alegria, no Caju.

A obra começaria em 2013, com investimento de R$ 35 milhões, reparando o sistema de esgoto do Conjunto Esperança até o Parque União, com possibilidade de expansão para a criação da Galeria de Cintura da Maré. O projeto fazia parte do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), ligado ao Plano de Saneamento Ambiental dos Municípios no Entorno da Baía de Guanabara (PSAM). Mas nada foi feito.

Alexandre Pessoa, pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/ Fiocruz), sugere que todo cidadão entre no site da própria Cedae para ver a linha do PDBG. “É um relatório antigo, mas que podemos usar como referência de uma obra que falta ser executado. Há um mapa do que foi feito e o que não saiu do papel. Nele se fala dos trocos coletores, que são tubulações grandes, eles deveriam receber as ligações das redes menores, uma conexão”, comenta.

O pesquisador explica que não é apenas o esgoto da Maré, mas de um grande território da cidade que precisa chegar a ETE da Alegria e não continuar poluindo a Baia de Guanabara. “Queremos um esclarecimento da Cedae e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Escrevi um capítulo do relatório da Fiocruz que menciona que água e saneamento é direito humano e saúde pública. A minha pergunta é com a privatização, quem vai continuar esse programa? Quem vai se responsabilizar?”, questiona. A privatização da Cedae vai na contramão da realidade de outras cidades do mundo, como Berlim, Paris e Buenos Aires, que estão retomando para o Estado as empresas de saneamento que haviam sido privatizadas.

A questão de saneamento tem um histórico de muitos problemas na Maré. Vitor Felix, morador da Nova Holanda, diz que sente isso na porta de sua casa, na rua Marcelo Machado. “É problemática a rua fica com água empoçada, mesmo em dia ensolarado. É algo que piorou depois que asfaltaram sem preocupação com a tubulação. Há a desvalorização do território e até moradores que não aguentam os alagamentos e se mudam. Não vejo solução para isso, porque cresce o número de moradores, mas o esgoto é o mesmo”, expõe. Para ele, a obra da Cedae vai resolver problemas que persistem por muitos anos.

O descaso na favela é racismo ambiental

Juliana de Oliveira, integrante do coletivo Eco Maré acredita que a obra não sai do papel como forma mais evidente das inúmeras violações que moradores da Maré passam, entre elas o racismo ambiental. “A falta de saneamento traz agravos em nossa saúde. Quando uma criança brinca descalça na porta de casa onde tem uma vala, pode pegar várias doenças, dentre elas as parasitárias ou até mesmo uma leptospirose. O meio ambiente está ligado a saúde”, diz. Ela acrescenta que não é um favor o direto à canalização de água e esgoto de qualidade.

O tema racismo ambiental surge na década de 1970, nos Estados Unidos, quando se percebeu que a população negra era a que mais sofria com a poluição, nos locais de sua vivência. Era o momento de lutar pela questão ambiental e racial. No Brasil, o conceito de racismo ambiental se expandiu para outros povos, tribos indígenas, favelas, áreas com alto risco de deslizamento de terra, lixões e territórios urbanos não atendidos por saneamento básico.

Para Cristiane Faustino, integrante da coordenação colegiada do Instituto Terramar, e relatora nacional do direito humano ao meio ambiente da Plataforma Dhesca, é necessário um trabalho que possa gerar debates sobre o tema do direito ambiental. Um exemplo é na cidade do Rio de Janeiro, que tem uma Baía de Guanabara linda, mas que está destruída. A natureza vive um momento de degradação o que é ligado a história do Brasil, que nasce na colonização, no genocídio dos índios, na escravidão dos negros e nos estupros para germinação. Passamos por ciclos como o de café e cana de açúcar, todos envolvendo a exploração da natureza e do povo”, expõe.

O racismo ambiental é gritante na estrutura dos territórios periféricos, como as favelas, revelando a desigualdade social e o tratamento diferenciado em relação ao restante da cidade. “A questão ambiental dos poderosos defende a remoção e a violência policial. O racismo ambiental mostra uma desigualdade histórica de pessoas que sofrem com a demanda do setor imobiliário”, diz. Cristiane completa que o que ocorre são processos de desigualdade. “Vemos hoje a Cedae caminhando para uma privatização, mas não há diálogo com quem mais depende dela, que é a população mais vulnerável. O povo que não tem a chance de ser considerado e para ser ouvido precisar ir ao Ministério público”, comenta. A ativista defende que só avançamos quando entendemos o que é racismo. Só assim se criam propostas metodológicas para aplicá-los na vida.

Um termo de mediação na vida da Cedae

Em 2019 foi implementado um Termo de Repactuação de Mediação junto o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) entre a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) e o Comitê de Bacia da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara (CBH-BG). O documento é um contrato de prestação de serviços, com duas partes mediadas e um mediador para auxiliá-las na busca de soluções para o conflito que estão enfrentando. No caso da Cedae se trata do cumprimento de normas ambientais, como prosseguimento imediato das obras do PDBG e do PSAM.

A coordenação do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, do Ministério Público (GAEMA/MPRJ) confirmou a existência do Termo, que inclui o compromisso firmado para a implementação das intervenções da “galeria de cintura do Complexo da Maré e da Ilha do Fundão”. O documento foi claro em ressalvar que as demais obrigações do “Termo de Mediação” originário, que é o título executivo obtido pelo MPRJ em janeiro de 2014 – e dentre elas consta a referida galeria de cintura – não foram quitadas ou excluídas em razão da celebração do referido de Termo de Repactuação de 2019.

O posicionamento da Cedae confirmou que a obra em questão está no detalhamento do Termo de Mediação de 2014. Quanto ao projeto para a região da Maré, o mesmo ainda encontra-se em fase de estudos tendo em vista o modelo de concessão previsto para a Companhia. Informou que elaborou projeto de esgotamento sanitário para atender a Maré e que o processo de licitação das obras ocorreu em outubro deste ano. O projeto inclui a implantação de tronco coletor de esgotos com 4,5 km de extensão, seguido de obras de revitalização da infraestrutura existente. A companhia detalhou que o novo tronco coletor vai transportar o esgoto da comunidade até outra tubulação já existente na Avenida Brasil, que conduzirá os efluentes até a ETE Alegria.

A obra em questão consta, portanto, dos compromissos firmados com o MPRJ que continua fiscalizando as obrigações do Anexo I, que no artigo 1.5 menciona a galeria de cintura. Para acessar o termo, clique aqui.

Um campus educacional chamado Maré

A mobilização para o aumento do número de escolas municipais

Por Edu Carvalho, Hélio Euclides e Andréia Martins em 09/02/2021 

Há 10 anos, a Maré tinha 21 escolas municipais, quando em maio de 2011 começou a ampliação do número de unidades, inicialmente com a inauguração do Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) Pescador Isidoro Duarte Doro, próximo ao Morro do Timbau. Depois dele, foram construídas mais dez EDIs, 14 escolas e um Centro de Educação de Jovens e Adultos, totalizando 25 unidades escolares. Hoje, o conjunto de 16 favelas da Maré conta com 46 escolas da rede municipal de educação.  Esse processo é resultado da luta histórica de moradores, lideranças e instituições locais pela garantia do direito constitucional à educação pública gratuita e de qualidade para crianças e adolescentes da Maré. 

Um momento histórico aconteceu em 2010. Trata-se da união das 16 associações de moradores da Maré para buscar junto aos órgãos governamentais a solução de demandas do território. O  Fórum das Associações de Moradores da Maré elaborou um documento, e entregou diretamente ao prefeito, à época, Eduardo Paes, com a síntese de algumas demandas, em diferentes áreas, fundamentais para a uma melhor qualidade de vida para moradores da Maré. Dentre essas demandas, havia a solicitação de construção de mais escolas e creches, ampliação do atendimento a estudantes com deficiências e implantação de uma unidade de ensino diurno para jovens e adultos. Nos anos seguintes à entrega desse documento, começaram a ser construídas novas unidades escolares da rede municipal de educação, passando de 22 escolas, em 2011, para 46, sendo a última inaugurada em 2018, no Salsa e Merengue: a Escola Municipal Vereadora Marielle Franco.

Não se pode negar que a mobilização dos moradores foi de suma importância. Diante do número de estudantes matriculados na rede municipal, cerca de 18 mil,  é necessário se pensar numa Subcoordenadoria Regional de Educação só para a Maré. “Hoje, quando uma mãe precisa resolver alguma situação que não pode ser resolvida pela escola, ela precisa ir lá em Olaria. Uma unidade da Coordenadoria Regional de Educação (CRE), na Maré,  facilitaria muito”, comenta Andréia Martins, diretora da Redes da Maré que atua no eixo de Educação.

Para Martins, outra grande preocupação é o impacto da covid-19 na educação na Maré. “Em 2020, muitos alunos não conseguiram acompanhar as atividades pedagógicas oferecidas pelas escolas por falta de internet ou de equipamentos, como celular ou computador. Precisamos pensar alternativas para garantir que, em 2021, crianças e adolescentes possam continuar seu processo de escolarização, seja em ensino remoto ou presencial. Outro ponto importante é a infraestrutura das unidades escolares. Ainda há escolas sem serviço de internet estabelecido. E ainda temos, apesar da mobilização local e da construção de escolas, demandas por construção de novas unidades escolares, já que, em algumas favelas, como Marcílio Dias, por exemplo, que ainda não tem Espaço de Educação Infantil”, observa.

Demandas da população

Reunião do Fórum das Associações de Moradores do Conjunto de Favelas da Maré.
Foto: Douglas Lopes

A mobilização foi muito importante para a ampliação do número de escolas na região, mas ainda há demandas de infraestrutura para a consolidação de um projeto pedagógico para a Maré. “A Maré tinha aquele espaço ao lado da Vila Olímpica da Maré ocioso, onde foi possível encaminhar a construção das novas escolas, o que trouxe muita melhoria para cá. O problema é que, hoje, é preciso reformá-las, pois estão sucateadas, com vidros quebrados e quadras deterioradas. Sugiro a colocação de vigilantes para cuidar do patrimônio, pois a cada dia que passa há mais destruição”, comenta Vilmar Gomes, mais conhecido como Magá, presidente da Associação de Moradores do Rubens Vaz.

 “É necessário que o poder público ofereça instituições de ensino onde as habilidades dos alunos possam ser potencializadas”, comenta Eliana Rodrigues, diretora do CIEP Operário Vicente Mariano. Pedro Francisco, presidente da Associação do Conjunto Esperança, acrescenta que é preciso a manutenção das unidades existentes. “Um exemplo é a Escola Municipal Teotônio Vilela, que necessita de uma reforma. Só assim pode se pensar na volta das aulas”, diz 

Segundo o Censo Populacional da Maré, divulgado em 2019, Marcílio Dias é composto de 2.248 domicílios, tendo 6.342 habitantes. Contudo, a favela só tem a Escola Municipal Cantor e Compositor Gonzaguinha, que atende até ao quinto ano do ensino fundamental  e não conta com nenhuma creche pública. “Foi feita uma escolinha provisória em estrutura de drywall, que funciona de forma permanente há mais de 25 anos. São apenas 200 vagas e, dessa forma, tem aluno do primeiro segmento que estuda fora da favela. A mãe não pode ter uma fonte de renda, pois precisa levar e buscar o seu filho na escola. O ano passado ainda foi pior, com alunos sem recurso tecnológico para ter o acompanhamento necessário das apostilas”, expõe Valmyr Junior, vice-presidente da Associação de Moradores de Marcílio Dias. Diego Vaz, subprefeito da Zona Norte, ao ter essa informação em uma reunião realizada no dia 19 de janeiro, com presidentes das associações de moradores e representantes da Redes da Maré, falou que não se pode olhar a cidade sem pensar na importância da educação para formar pessoas estudadas, mas acima de tudo, cidadãos. 

Moradores são chamados para a preservação

Uma das escolas mais antigas sofre com a interrupção de reforma. O CIEP Ministro Gustavo Capanema, localizado na Vila dos Pinheiros, aguarda conclusão de obras. “A situação das escolas novas da Maré tem prós e contras. Diversifica a possibilidade de acesso à educação dos alunos e desafoga um pouco as escolas mais antigas e é possível ter o turno único. Eu penso que algumas escolas foram feitas em pontos não muito favoráveis de extremo conflito armado. Esses alunos perdem muitos dias letivos. Outro ponto é que, infelizmente, quando se abrem novas escolas, a população tende a desvalorizar as antigas”, conta Gisleide Gonçalves, diretora do CIEP Ministro Gustavo Capanema.

Mutirão Maré Verde no CIEP Gustavo Capanema, com o grupo do Active Citizens.
Foto: Douglas Lopes

Para Aparecida Moreira, diretora da Escola Municipal Lino Martins da Silva, localizada no Campus Educacional Maré, o morador precisa entender que as escolas são de todos, novas ou antigas. “Infelizmente, acho que a comunidade não percebe o avanço que a construção de escolas pode proporcionar. Se percebessem, não permitiriam que as escolas fossem tão destruídas constantemente. Até fogo já colocaram na escola e por sorte não incendiou tudo”, expõe. 

Rosilene Oliveira, diretora adjunta da Escola Municipal Lino Martins da Silva, avalia que é preciso cuidar do que é nosso. “A Maré recebeu, só nesses últimos dois campi repletos de escolas e, mesmo assim, encontramos famílias que não percebem que aí está o início de muitas mudanças positivas. É preciso mostrar para as crianças que as escolas são delas”, diz. Para a adjunta, mostrar o verdadeiro papel da escola é um desafio diário. “A partir da escola, esses alunos conseguem os instrumentos que os levarão para futuros melhores. Precisamos entender que as escolas são espaços fundamentais na vida do ser humano. Então necessitamos cuidar delas e, principalmente, valorizar este lugar”, conclui. 

Com a construção das novas escolas, muitos pais tiveram a oportunidade de matricular os seus filhos perto de casa. Gabriella Silvestre tem dois filhos matriculados na Escola Municipal Nova Holanda, que foi transferida da antiga sede na Rua Principal para o Campus Educacional Maré. “Estudam lá há três anos e gosto muito do trabalho da escola. Quando os matriculei, soube que teria resultado positivo, pois foi onde estudei. O mais interessante é que um dos meus filhos teve aula com a mesma professora que lecionou para mim um dia”, finaliza. 

Como será 2021?

Com a pandemia da covid-19 a volta às aulas se torna uma incógnita. A Secretaria Municipal de Educação informou que o Plano de Volta às Aulas está em desenvolvimento para definir se o retorno será presencial ou virtual. Mas realçou que o ensino remoto vai ser crucial para 2021, e que trabalha para fortalecer a aprendizagem em 2021, muito afetada pela pandemia no ano passado.

O ano letivo de 2021 começou ontem, 8, para as turmas do 1º e 2º ano, com trasmissões via TV Escola. O retorno presencial está previsto para 24 de fevereiro. O objetivo é que o conteúdo programado seja aplicado da forma adequada. Para isso, há uma estruturação do protocolo sanitário junto com a Secretaria Municipal de Saúde, o sistema integrado de monitoramento de casos e um plano de contingência para dar segurança. Somado a isso, ocorrerá a consulta ao Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19, além da continuidade da escuta à comunidade escolar, para definir a data da volta presencial. 

Projeto Nenhum a Menos

O histórico de luta de moradores, lideranças e instituições locais pela construção de escolas e pelo pleno funcionamento das mesmas deve ser seguido pela valorização desses espaços por todos que passa pelo cuidado com os prédios escolares, por parte dos moradores da Maré, e pela continuidade de investimentos do governo municipal. A luta pela garantia de direitos, em todas as áreas, deve buscar a efetivação de oferta de serviços públicos na proporção da população da Maré: quase 140 mil habitantes, o que a coloca na posição de nono bairro mais populoso da cidade do Rio de Janeiro. Passando para a escala nacional, a Maré é maior, ainda em termos populacionais, que mais de 96% dos municípios do país.

A pessoa por trás da fachada

Entre moradores e personalidades da história, saiba quem foram os homenageados nas unidades de saúde da Maré

Maré de Notícias #121 – fevereiro de 2020
Por Hélio Euclides

Na edição 83 de dezembro de 2017, o Maré de Notícias mostrou quem são as pessoas que dão nome às escolas. Agora chegou a vez de conhecer a vida por trás dos nomes das unidades de saúde: quem são e qual sua importância para a história da Maré?

O Centro Municipal de Saúde Vila do João leva o nome da favela que foi construída por meio do Projeto Rio. O prédio foi erguido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a primeira administradora do espaço. Em 2007, a Prefeitura assumiu a unidade e fez modificações no espaço. Durante muito tempo, foi a segunda maior unidade de saúde na Maré, já que as outras ficavam dentro dos CIEPs. Hoje, o terreno onde está situado a unidade, na Rua Dezessete, também abriga o Centro de Referência de Mulheres da Maré (CRMM), administrado pela UFRJ e que leva o nome da idealizadora do projeto, a pedagoga e ex-diretora do Conselho Nacional de Direitos da Mulher Carminha Rosa.

A Clínica da Família Ministro Doutor Adib Jatene fica na Vila dos Pinheiros e surgiu depois do fechamento do Posto Médico Gustavo Capanema, que funcionava em sala anexa ao CIEP. O prédio foi inaugurado em 19 de janeiro de 2016 e funciona na Avenida Bento Ribeiro Dantas, na ciclovia, perto do Conjunto Pinheiros. Adib Domingos Jatene nasceu em 1929, em São Paulo. Cirurgião, professor universitário e cientista, foi o criador de uma técnica cirúrgica (que leva seu nome) para o tratamento de problemas cardíacos em recém-nascidos; é dele um dos primeiros modelos de coração-pulmão artificial do país. Foi secretário estadual de Saúde em São Paulo e, por duas vezes, ministro da Saúde; Era membro da Academia Nacional de Medicina. O médico morreu em 2014, vítima de um infarto fulminante.

A Clínica da Família Augusto Boal surgiu da fusão dos postos médicos Vicente Mariano e Elis Regina, que funcionavam dentro de CIEPs. A unidade funciona na Rua Guilherme Maxwell, endereço ocupado anteriormente pelo Serviço Social da Indústria (SESI), próximo ao Morro do Timbau e da Avenida Bento Ribeiro Dantas. A clínica foi inaugurada em 11 de dezembro de 2010, recebendo o nome do dramaturgo Augusto Boal. Nascido na Penha em 1931, foi um dos maiores nomes na criação de um teatro genuinamente brasileiro e latino-americano. É dele o Teatro do Oprimido, que levou aos palcos a realidade brasileira traduzida em gírias, comportamentos, maneirismos e sotaques. O público era convidado a interagir com a trama, decidindo o destino dos personagens. Formou diversos jovens na Maré, organizando grupos de Teatro do Oprimido na favela.

O Centro Municipal de Saúde João Cândido funciona na Avenida Lobo Júnior, em Marcílio Dias, favela atendida inicialmente por profissionais do projeto Médicos Sem Fronteiras até ser criada a unidade municipal de saúde, instalada no prédio da associação de moradores. Mas quem foi João Cândido?

Conhecido como “Almirante Negro”, João Cândido Felisberto nasceu em 1880 e foi um marinheiro notório por ter liderado a Revolta da Chibata, em 22 de novembro de 1910. Na época, os marinheiros, a maioria negros e analfabetos, eram disciplinados através de castigos físicos, como chibatadas (castigo já abolido com o fim da escravidão, mas ainda em prática na Marinha). Depois de tentarem pôr fim à prática de forma pacífica, Cândido e outros marinheiros se amotinaram e tomaram o controle do navio onde estavam. Eles ficaram presos por 18 meses e em dezembro de 1912, os membros do grupo foram levados ao Conselho de Guerra. Mesmo absolvidos foram excluídos da Marinha. Em 1969, aos 89 anos, João Cândido morreu vítima de um câncer. Em 2008, recebeu anistia póstuma e foi reconhecido como herói do Estado do Rio de Janeiro.

Mapa de Marcílio Dias e localização do CMS João Cândido. Foto: Douglas Lopes

Mareenses que nomeiam clínicas

Não apenas personalidades da História do Brasil e da cidade do Rio nomeiam clínicas da Maré. A trajetória de moradores também é lembrada.

A Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva foi inaugurada em 2 de março de 2018, na Rua Teixeira Ribeiro, Nova Holanda. A composição das equipes da clínica foi feita a partir da fusão dos extintos postos médicos Samora Machel e Nova Holanda. O primeiro funcionava no CIEP do mesmo nome e o segundo, onde hoje é a Associação de Moradores Nova Holanda e depois, em espaço anexo ao CIEP Elis Regina. 

O nome da unidade de saúde lembra um dos momentos mais tristes da Maré: a morte de Jeremias, morador de 13 anos da Nova Holanda, atingido por uma bala perdida quando chegava na casa de sua professora de música, durante operação da Polícia Militar, em 6 de fevereiro de 2018. Passados três anos, a única novidade no caso foi a nomeação da unidade, que precisa de gerador para ter energia elétrica. Por diversas vezes, a clínica ficou sem atendimento por falta de luz. A nova administração municipal prometeu resolver a questão, num encontro entre presidentes de associações de moradores e o subprefeito no final de janeiro. 

A Clínica da Família Diniz Batista dos Santos foi inaugurada em 7 de fevereiro de 2018, na Avenida Brigadeiro Trompowski, no Parque União. A unidade nasceu depois do fechamento dos postos de saúde Parque União e Hélio Smidt, que funcionavam na associação de moradores e no CIEP de mesmo nome, respectivamente. Apesar de funcionar há dois anos, até hoje o acesso à clínica se dá por meio de passarela com degraus, o que prejudica o atendimento de idosos e pessoas com deficiências. Quem dá nome à unidade é Diniz Batista dos Santos, nascido no Nordeste em 1926. Em 1951, chegou ao Rio de Janeiro em busca de trabalho, morando nos oito anos seguintes nas palafitas da Baixa do Sapateiro. Já casado e com filhos, mudou-se para o Parque União e, com espírito empreendedor, abriu um armazém e uma empreiteira, que empregava muitos moradores. Criou 11 filhos e dois sobrinhos, morrendo em 2008. “Quando estavam procurando um nome para a clínica, minha irmã apresentou a trajetória dele e a Prefeitura aprovou. Ele foi um grande herói da história da Maré. Tenho orgulho de ser filha dele”, conta Vilma Santos.

Diniz Batista dos Santos foi morador do Parque União. Foto: Matheus Affonso

O Centro Municipal de Saúde Américo Veloso funciona na Rua Gerson Ferreira, na Praia de Ramos, desde 1970. Com a criação do bairro Maré, a unidade deixou de fazer parte de Ramos (onde atendia moradores do bairro e do Complexo do Alemão) e foi incorporada ao conjunto de favelas, tornando-se a primeira unidade de saúde. Em 2011, com o fim do Posto Médico 14 de Julho, que funcionava no CIEP Leonel de Moura Brizola, sua equipe foi incorporada à unidade. O posto homenageia o médico Américo Veloso, morador da favela, que atendia a comunidade de forma gratuita. Além disso, foi dele a iniciativa de conseguir, junto aos vereadores, o terreno onde hoje funciona o centro municipal de saúde que leva seu nome.

A saúde mental das crianças

Com o fechamento do Posto Médico 14 de Julho, foi aberto um novo espaço de saúde, o Centro de Atenção Psicossocial Infantil Visconde de Sabugosa, na Avenida Guanabara, para o atendimento de crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes. Seu nome vem da maior obra de Monteiro Lobato, a série de livros “O Sítio do Pica-Pau Amarelo”: o Visconde de Sabugosa é um boneco feito de uma espiga e, por isso, é sempre o escolhido para as missões que envolvem perigo – se terminasse destruído, outro boneco era feito de uma espiga nova.

Unidades de Saúde da Maré:

Clínica da Família Jeremias Morais da Silva
Rua Teixeira Ribeiro s/n – Nova Holanda
Clínica da Família Diniz Batista dos Santos
Avenida Brigadeiro Trompowski, SN – Parque União
Clínica da Família Adib Jatene
Via B/1, 589-501 – Conjunto Pinheiros
Clínica da Família Augusto Boal
Avenida Guilherme Maxwel, 901- Bento Ribeiro Dantas
CMS Américo Veloso
Rua Gerson Ferreira, 100 – Praia de Ramos
CMS Vila do João
Rua 17 s/n, Vila do João
CMS João Cândido
Av. Lobo Junior, 83 Marcílio Dias 
Unidade de Pronto Atendimento UPA
Rua Nove, 4.880 – Vila João

CEDAE pede para cariocas economizarem água

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Estação do RIo Guandu foi religada no último domingo 

Por Edu Carvalho, em 08/02/2021 às 13h

Após interrupção da Estação Guandu na noite de sábado, 6, a CEDAE religou na manhã de ontem, 7, a operação que abastece todo o Rio, e que só deve ser normalizada em 48 horas. Para conseguir atingir sua capacidade de trabalho normal, a concessionária pede à população para economizar água.

O funcionamento da estação foi suspenso para que as comportas escoassem mais rápido a água, evitando o aumento de algas. Quando há altas concentrações de algas a probabilidade da formação da geosmina aumenta.

As comportas da ETA Guandu foram abertas para o escoamento com maior volume e velocidade. Foi o mesmo procedimento realizado em meados de janeiro quando relatórios da Cedae apontaram nível de geosmina acima do limite máximo.

A companhia continua aplicando carvão ativado e argila lantânica na estação de tratamento, mas estuda formas alternativas que possam ajudar a solucionar o problema.

Rede municipal retoma aulas hoje; conteúdo inicial será disponibilizado pela TV

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Volta presencial deve acontecer no dia 24

Por Edu Carvalho, em 08/02/2021 às 13h 

Nesta segunda, 8, os alunos da rede municipal no Rio voltam às aulas remotamente. 

O ensino presencial será retomado a partir do dia 24, começando pela pré-escola, 1º ano e 2º ano. Já os demais matriculados da Prefeitura do Rio têm retorno previsto para março e abril.

As aulas serão transmitidas pela TV Escola. Na TV aberta, o canal é o 23. Na TV fechada, os números variam de acordo com a operadora: na NET/Claro, o canal é 15; na Claro TV, é o 8 ; na Oi TV, é o 25; na Sky, é o 21; e na Vivo, é o 235. Ao todo, serão dez horas de transmissão, entre 7h30 e 20h30. 

A grade da programação da primeira semana pode ser conferida no site da Secretaria municipal de Educação do Rio. Os conteúdos a serem trabalhados serão: Matemática, Geografia, Língua Portuguesa, História, Ciências, Língua Estrangeira, Música, Artes Visuais e Cênicas.

Dentro de duas semanas, a Prefeitura do Rio prevê lançar o aplicativo Rio Educa, com aulas ao vivo. A intenção é distribuir pacotes de dados de 1 GB por mês para os cerca de 640 mil alunos.

Confira a data de retorno na redes:
Municipal: voltaram nesta segunda, 8 de fevereiro, na cidade do Rio com aulas on-line. Já a opção de aula presencial será facultativa e a partir de 24 de fevereiro. As aulas terão retorno escalonado.

Estadual: as atividades começaram nesta segunda para parte da rede e com uma “avaliação diagnóstica” de todos os alunos. A previsão é que as aulas voltem no dia 1º de março, com opção de estudo híbrido (presencial e remoto).

Particular: as instituições já estavam autorizadas a retomar todas as atividades na semana passada. A decisão foi de cada unidade, respeitando o critério de avaliação da Covid-19 feito pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).