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Atropelamento no Parque União deixa homem e criança ferida

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Vítimas foram atendidas em hospital na Ilha do Governador e já estão em casa

Andressa Cabral Botelho

Na última segunda-feira (7/9), o assistente de cozinha Francisco Saturnino (40) e Fernanda Marques (03) foram atropelados por dois homens que estavam numa moto na Rua Roberto da Silveira, no Parque União. Francisco caminhava carregando a criança no colo quando foram atingidos. O momento do atropelamento foi registrado pelas câmeras do Globocop, da Rede Globo. Com o baque, Francisco caiu desacordado. Tanto o assistente de cozinha quanto a menina foram socorridos por moradores e levados para o Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador e passam bem.

Francisco ficou com algumas escoriações no corpo e Fernanda está com o rosto machucado. Ela foi atendida pela Clínica da Família da região numa visita domiciliar. A criança também está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar de Bonsucesso que aferiu que ela e a família seguem recebendo acompanhamento social e não foi configurada nenhuma violação de direitos, mas sim um acidente de trânsito.

Trânsito seguro é um direito de todos

Em termos de mobilidade urbana, a Lei nº 12.587/2012 prevê acesso universal à cidade por meio da organização do transporte, serviço e infra-estrutura que possa garantir deslocamento seguro para a população no território do município. Entretanto, essa organização universal, assim como a aplicabilidade da lei de trânsito (Lei nº 9.503/97) não acontece na favela, onde é visível o descaso com uma questão que vai se tornando cada vez mais importante no dia-a-dia dos moradores de favelas e periferias. Não apenas pela dificuldade de locomoção devido às vias estreitas, mas também, pela falta de estrutura e necessidade constante de reparos nas vias esburacadas, além da separação devida entre calçada e rua.

É fundamental pensarmos nessa questão como um direito da população e, também, reconhecermos que vivemos numa mesma cidade, onde a Prefeitura deveria controlar e garantir que as leis valessem para todos os cidadãos.

Esclarecendo sobre um fato

Recebemos aqui na redação do Jornal “Maré de Notícias” a solicitação de esclarecimento sobre um acidente de moto que ocorreu na Avenida Brasil no mesmo dia do ocorrido no Parque União. Esse acidente não tem nenhuma relação, como compartilhado nas redes sociais, a imagem de um acidente com moto dizendo ser do responsável pelo ocorrido com Francisco e Fernanda. E não era.

A moto que aparece nas redes é, na realidade, do barbeiro Claudinei Rodrigues, morador da favela Rubens Vaz. Ele sofreu um acidente e acabou falecendo. Ainda segundo as postagens, o barbeiro teria sido morto como punição devido o ocorrido no Parque União e a família teria criado a cena do acidente na via, o que não é a verdade. O barbeiro não tem nenhum envolvimento com o atropelamento. Seu corpo foi velado em sua barbearia.


Avanços pelo direito à vida nas favelas

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STF suspende operações policiais durante a pandemia e o uso do helicóptero como plataforma de tiro, além de restringir ações policiais próximas a escolas

Maré de Notícias #116 – setembro de 2020

Jéssica Pires

No último dia 17 de agosto, segunda-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão unânime, aprovou a ADPF 635 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental). Conhecida como ADPF das Favelas, a ação encaminhou pedidos ao STF que pretendiam, de maneira geral, reduzir a letalidade e as violações de direitos em operações policiais nas favelas do estado do Rio de Janeiro.

“O significado da construção coletiva da ADPF é o sinal de que união de forças é o único caminho possível para a defesa de direitos humanos”, afirma Daniel Loyola, defensor público e subcoordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.

Avanços

A decisão proíbe operações policiais durante pandemias; uso do helicóptero como plataforma de tiro; operações policiais próximas a escolas e uso das instituições de ensino como base operacional. Também foi decidida a preservação da cena de crime e proíba a remoção dos corpos, que o Ministério Público passe a investigar homicídios cometidos por policiais, priorizando casos de crianças, e que a redução de letalidade policial se torne indicador de qualidade para gratificação de policiais.

É importante destacar o que estes avanços representam para a luta pelo direito à vida nas favelas: das 34 mortes em operações policiais na Maré, em 2019, 62% ocorreram em operações com o uso de helicóptero, o que evidencia a capacidade letal deste instrumento. Além disso, 25 das 34 mortes tiveram a cena do crimes desfeita, sendo quase impossível se estabelecer investigações, conforme destaca o Boletim Direito à Segurança Pública na Maré 2019.

Para a pesquisadora do Eixo Segurança Pública e Acesso à Justiça, Shyrlei Rosendo, a conquista é muito importante para a Maré: “O avanço da ADPF está em reconhecer os moradores como sujeitos de direitos; que as favelas e periferias fazem parte da cidade e que somos tão cidadãos como os outros moradores do restante da cidade. Os sistemas de Justiça precisam cumprir seu papel junto aos moradores, sem distinção.”

As determinações passam a valer assim que o governo do Estado do Rio de Janeiro for notificado pelo STF. Diferentemente da decisão que suspendeu as operações policiais no Rio durante o período de distanciamento social, as medidas concedidas não estão associadas estritamente ao período da pandemia da COVID-19.

 “O Estado brasileiro tem uma dívida histórica com pessoas negras, pobres e periféricas do País. Os dados da violência institucional nesses territórios são incompatíveis com o Estado de Direito e a postura de diversos agentes públicos contribuiu para que a situação chegasse a esse ponto. Não restou alternativa que não a mobilização e a busca do STF para fazer valer a Constituição e o direito à vida, um passo importante foi dado e a luta agora é pela efetividade da decisão”, informou ao Maré de Notícias, Gabriel Sampaio, da ONG Conectas.

As organizações que construíram a ADPF seguem atentas e mobilizadas para que não haja retrocessos no processo. Mas é importante que a sociedade esteja atenta a toda e qualquer violação de direitos. “O engajamento dos moradores e das organizações da sociedade civil é imprescindível. A ADPF é, talvez, a principal esperança, atualmente, de uma política de Segurança Pública que respeite os moradores de favelas como cidadãos e merecedores de proteção estatal igualitária”, reforça o defensor do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria.

Depois da chuva vem o buraco

Moradores reclamam constantemente de alagamentos e de ruas esburacadas

Maré de Notícias #116 – setembro de 2020

Hélio Euclides

Há 50 anos, o homem chegava à Lua e constatou que a superfície lunar é composta por crateras. Mas para moradores da Maré, não é preciso olhar para o céu, à noite, para ver buracos. Andando pela favela é fácil encontrar ruas com um, dois ou até mais buracos. Para os moradores, os motivos são a ausência de escoamento rápido da água da chuva e a falta de manutenção.

Os presidentes das associações de moradores se sentem esquecidos pela Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente (SECONSERMA). “A favela está cheia de buracos no asfalto. O problema é que a demora de um ano sem asfalto só faz aumentar as crateras”, conta Cláudia Lúcia, presidente da Associação de Moradores do Parque Ecológico, que reclama principalmente da estrutura da Via C/4.

Na ponte que fica na Rua Tancredo Neves há um grande buraco. Para evitar acidentes, moradores improvisaram advertências. “Coloquei um galho e tábuas para ninguém se machucar. É necessária uma manutenção rápida, que não acontece”, lembra André Luiz, morador da Baixa do Sapateiro. Para João Bergher, morador do Salsa e Merengue, é preciso realizar um conjunto de ações, além do recapeamento das ruas. “A gente deseja uma melhoria na coleta de lixo, que os buracos das ruas sejam tampados e que haja saneamento básico”, comentou.

Galhos, caixotes e cones são usados para indicar buracos nas ruas – Foto: Douglas Lopes

Um rio em plena rua

Muitos buracos da favela são causados pelas inundações. Na Vila dos Pinheiros, em frente ao Ciep Ministro Gustavo Capanema, a Via A/1 já ficou diversas vezes com grande bolsões de água. A vias B/3 e B/4 também sofrem com alagamentos. “Essas lagoas após a chuva são uma pouca-vergonha, sofremos com o acesso, lodo e água podre”, comenta Tainara Cabral, moradora da Vila dos Pinheiros. Renata da Silva, moradora da Vila dos Pinheiros tem de driblar a água. “Isso é horrível, chega a ser nojento. É preciso melhorar a Maré”, aconselha.

Parte de Marcílio Dias também sofre com os mesmos problemas. Ana Cunha, presidente da associação de moradores, reclama dos buracos nas ruas. O local também padece com alagamentos na área mais pobre, com moradores chegando a perder móveis. No Parque Maré, moradores reclamam que ruas mais baixas ficam alagadas. “Quando chove é um desespero. O esgoto vive entupido e a drenagem das chuvas é ruim. Na Rua Nova e becos, as casas têm proteção na porta para evitar a inundação e perda de móveis”, observa Severina de Souza.

Fabiana Silva Jorge é moradora do Parque União há mais de um ano e, assim como outros moradores, relatou que basta chover para ficar inviável sair de casa. “O beco onde moro vira um rio de esgoto. E a gente tem de pôr o pé, porque precisa sair de casa para trabalhar e levar os filhos para a escola”, observou. A moradora alerta que problemas de esgoto entupido são constantes onde ela mora.

Severina mostra batente que evita inundação em sua casa em dias de chuva – Foto: Douglas Lopes

O asfalto distante da favela

Heitor Pereira, administrador regional da 30ª Região Administrativa (RA) disse que, por motivos alheios à vontade da RA, a Maré ficou um período sem receber esse material, mas que já retornou. Ressaltou que há grande quantidade de buracos, por isso pede paciência à população. Ele garantiu que a qualidade do asfalto colocado na Maré é igual ao restante da cidade.

Quanto às ruas mais atingidas pelos temporais, ele informou que, na Vila dos Pinheiros, a Secretaria Municipal de Obras realiza a troca de 300 metros de manilhas. Já na Bento Ribeiro Dantas, em frente à Clínica da Família Augusto Boal, foi realizada a limpeza dos ralos pela Comlurb. 

Ronda Coronavírus: Cidade do Rio inicia nova fase de reabertura de serviços

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Mesmo em meio à pandemia, população fez fila para frequentar pontos turísticos

No início do mês de setembro, a prefeitura do Rio iniciou uma nova fase na reabertura dos serviços essenciais, com atenção às regras de distanciamento social e ocupação de um terço da capacidade. Na fase 6A acontece o retorno de museus, galerias e centros culturais, assim como casas de festas infantis e espaços de recreação nos shoppings. Após 30 dias, será feita uma análise com base nos números de ocupação de leito, contágio e mortes e a partir dessa avaliação, terá início a fase 6B

O feriadão foi de praias cheias e filas em pontos turísticos, como Pão de Açúcar, Corcovado e Parque Lage, desrespeitando o distanciamento na filas e a permanência na areia. Os pontos turísticos seguem com a capacidade de ocupação reduzida, de acordo com o plano de reabertura dos serviços não essenciais.

Com a queda dos números de casos de covid-19 e o fechamento dos hospitais de campanha, a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 na rede SUS diminuiu de julho até o momento. Entretanto, a taxa de ocupação na UTI da rede SUS da capital aumentou de julho a setembro, passando de 65% para 82%. Tendo em vista a pandemia e o medo de contágio, muitos pacientes abandonaram os seus tratamentos e alguns casos agravaram, precisando retornar aos hospitais. Na cidade do Rio, desde o início da pandemia, são 93.899 pessoas contaminadas com o novo coronavírus e 9.957 vítimas fatais.

Covid-19 nas favelas

Assim como na cidade, a circulação de pessoas pelas ruas da Maré foi grande no feriadão. Nesta terça-feira (08), o conjunto de favelas chegou à marca de 592 pessoas contaminadas e 92 vítimas confirmadas em decorrência à covid-19, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com o boletim De Olho no Corona!, são mais  1.086 casos suspeitos e mais 34 mortes sem confirmação, totalizando  entre suspeitos e confirmados 1.667 casos e 126 mortes 

Atendimento on-line

A ONG Redes da Maré lançou um canal de atendimento on-line para responder dúvidas da campanha, fazer atendimentos do Maré de Direitos e passar informações sobre o funcionamento da organização nesse período. Funciona com o envio de mensagem de texto pelo WhatsApp no número (21) 99924-6462. Confira mais informações na matéria de Hélio Euclides para o Maré Online.

Jornal Maré de Notícias

Após cinco edições de produção apenas on-line, nesta terça-feira (08) o jornal Maré de Notícias voltou a circular pelas ruas da Maré. Paramos, para proteger os distribuidores, a nossa equipe e a população da Maré, mas voltamos tomando todos os cuidados necessários. Na última semana os distribuidores passaram pelo processo de testagem para que a partir dessa semana eles pudessem estar nas ruas entregando os jornais aos moradores e moradoras da Maré. O jornal já está disponível para leitura no site.

Maré em Tempos de Coronavírus

O trabalho de trazer cuidados em saúde, com informação, atendimento, testes e isolamento seguro para a população da Maré no combate ao coronavírus está crescendo! O projeto #ConexãoSaúde – De Olho na Covid-19 foi detalhado no episódio 13 do podcast Maré em Tempos de Coronavírus também falamos sobre o Conexão Saúde. Eliana Sousa Silva conversou com a pneumologista da Fiocruz Margareth Dalcomo sobre o projeto e cuidados com a saúde. Para ouvir todos os episódios clique aqui! Mande suas perguntas e sugestões para o e-mail: [email protected].

Série Visibilidades e Parada LGBTQIA+ da Maré

A Redes da Maré está produzindo uma série de vídeos sobre visibilidades dentro do grupo LGBTQIA+. Já conferiu? Em celebração ao dia da Visibilidade Lésbica, 29 de agosto, foi feito um especial de três episódios. O primeiro convidou mulheres lésbicas de dentro e fora da Maré a compartilharem reflexões a partir de suas próprias experiências. No segundo, rolou uma introdução ao significado da sigla LGBTQIA+. E o próximo sai no próximo sábado. Confira também a 10ª edição da Parada LGBTQIA+ da Maré, realizada pelo Grupo Conexão G e com parceria do Laboratório de Design de Histórias (DHIS-PUC-Rio) e Grupo Entidade. Os vídeos estão disponíveis no canal do YouTube da Redes da Maré.

O direito à praia no Maré de Notícias 

Todo mundo tem uma boa história com praia. E o Maré de Notícias está produzindo uma matéria sobre o direito à praia, diante das alternativas apresentadas pela prefeitura do Rio como medidas de isolamento social. A equipe está recolhendo relatos para compor a reportagem. Conte a sua história e compartilhe essa ideia com outros mareenses! Clique aqui para acessar!

Nenê do Zap

A dica de hoje é sobre a importância do sono dos nenês, principalmente o sono da tarde, fundamental para que eles possam dormir bem à noite e não fiquem estressados.

Uma plataforma de atendimento na Maré

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Pelo celular será possível receber atendimento sociojurídico e saber sobre doações de cestas

Hélio Euclides

Quando um carro está em movimento por muitas vezes ele reduz a velocidade por causa de um radar, quebra mola, buraco e outras adversidades. Quando se depara com a luz vermelha de um sinal de trânsito, o motorista é obrigado a frear e aguardar. Isso aconteceu em todo o mundo. Com a pandemia, pareceu que haveria uma redução das atividades das pessoas, mas a gravidade da situação exigiu uma paralisação. Muitas instituições tiveram que ser fechadas e trabalhos presenciais se tornaram remotos. Para agilizar as ações, na segunda quinzena de agosto, foi lançada a plataforma da Redes da Maré para atendimento on-line de demandas da população da Maré. Um número de WhatsApp que vai agilizar o suporte aos moradores das 16 favelas da Maré.

A pandemia trouxe um mundo de complexidade, que atingiu em cheio a população da favela, implicando na vida de pessoas vulneráveis. Elas sofrem não só com a doença, mas de uma maneira mais complexa na questão do trabalho e renda. O Maré de Direitos trabalha com o objetivo de facilitar o morador ao acesso a serviços públicos relacionados a direitos básicos e fundamentais. Por meio do canal de WhatsApp, profissionais da Redes da Maré vão responder sobre dúvidas da campanha Maré Diz Não ao Coronavírus, realizar atendimentos ao Maré de Direitos e sobre projetos que estão sendo realizados de forma remota. 

Patrícia Ramalho, assistente social e coordenadora do Maré de Direitos afirma que a Redes da Maré pensou na plataforma depois que, por uma questão de segurança, ocorreu a suspensão de projetos, principalmente os atendimentos presenciais do Maré de Direitos. O suporte acontecia na Casa das Mulheres, Espaço Normal, Lona Cultural Municipal Herbert Vianna e nos prédios da Redes da Maré, que ficam na Nova Holanda e na Vila dos Pinheiros. ”A equipe do Eixo de Segurança Pública pensou muito como poderia dar continuidade ao trabalho que foi iniciado em 2016”, diz.

Ela afirma que a plataforma vai proporcionar uma comunicação dos moradores com os órgãos públicos. “Com o uso da plataforma, a gente consegue fazer mais atendimentos. São cinco profissionais que atendem as demandas e mantém o isolamento social. Estaremos tirando dúvidas relacionadas às cestas básicas, ao monitoramento, e às informações de casos de covid-19 e sobre o sociojurídico, como demandas de direito penal, acesso à benefícios e imprecisões do auxílio emergencial”, comenta. Nos primeiros 20 dias da plataforma já realizou 778 atendimentos.

No dia 19 de setembro pela mesma plataforma de maneira remota haverá mais uma edição do Defensoria em Ação, atendimento feito pelos defensores públicos à população mareense.

Anote na agenda:Envie sua mensagem de texto pelo WhatsApp no número (21) 99924-6462. É importante lembrar que o número de celular não atende ligações. As respostas também terão o mesmo caminho, de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h. Além disso, há atendimento presencial às terças e quintas-feiras, de 14h a 17h, no prédio da Redes da Maré da Vila dos Pinheiros.

Ronda Coronavírus: Brasil soma mais de 4 milhões de casos confirmados de covid-19

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Secretaria de enfrentamento ao coronavírus indica que sete regiões têm baixo risco para a doença

O Brasil ultrapassou o número de 4 milhões de pessoas infectadas pelo novo coronavírus nesta última quinta-feira (03). O país também contabilizou mais de 124 mil mortes. Após dias apresentando média móvel de mortes em alta, o estado do Rio voltou a apresentar queda nos números. De acordo com a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, sete regiões do estado estão classificadas com bandeira amarela, que indicam risco baixo para a doença. Duas ainda apresentam bandeira amarela, risco moderado. Como um todo, o estado encontra-se com risco baixo para o novo coronavírus pela observação da taxa de ocupação de leitos, e variação no número de óbitos, que teve queda de quase 11%, comparado à última semana de julho. O relatório está disponível para leitura aqui. O estado do Rio contabiliza desde o início a pandemia até hoje (04) mais de 232,4 mil casos confirmados e mais de 16,4 mil mortes pelo novo coronavírus, mais de 93 mil casos apenas na capital.

Covid-19 nas favelas

Desde o início da pandemia são 10.157 casos e 1.477 mortes nas favelas, entre confirmados e autodeclarados por relatorias populares, de acordo com o Painel Unificador das Favelas. Na Maré são 585 pessoas confirmadas e 92 mortes pelo novo coronavírus nesta sexta-feira, de acordo com painel da prefeitura. Já pelo boletim De Olho no Corona!, são 1.096 pessoas sem confirmação e 34 mortes suspeitas, totalizando em 1.667 casos e 126 mortes por coronavírus no território. Em uma semana foram 28 novos casos, mantendo-se na média das últimas duas semanas.

O boletim desta semana apresentou o Conexão Saúde – De olho na covid, projeto de enfrentamento ao novo coronavírus na Maré e em Manguinhos, que vai desenvolver ações como a telemedicina, ofertada pelo SAS Brasil, a testagem, pela Dados do Bem e o programa de isolamento seguro, oferecido pela Redes da Maré e o SAS Brasil. Para entender melhor a articulação e conhecer quem são os parceiros envolvidos no projeto, leia aqui.

Nesta sexta-feira (04), circulou um carro na Vila dos Pinheiros falando sobre a flexibilização do isolamento social e reforçando a necessidade de se manter as medidas de higiene. É importante lembrar que ao sair na rua, é necessário usar a máscara em local correto, cobrindo nariz e boca, higienizar as mãos, utilizar o álcool gel enquanto estiver na rua, não coçar olhos e nariz com a mão suja.

Mesmo com a flexibilização, é importante seguir se cuidando e usando a máscara – Foto: Douglas Lopes

Pedido de impeachment na prefeitura do Rio

Em meio a uma crise sanitária no país, o estado e a cidade do Rio de Janeiro tem passado também por uma crise política. Após o afastamento do governador na última semana de agosto, nesta semana foi o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, que foi envolvido em um escândalo. Os chamados Guardiões do Crivella são pessoas ligadas à prefeitura que se organizam para atrapalhar a cobertura da imprensa em hospitais da cidade. Na última quinta-feira (03), foi feita uma sessão para votar o afastamento do prefeito. Dos 48 votantes, 23 apoiaram a abertura e 25 optaram por não abrir o processo. 

Corrida pela vacina

Países que estão desenvolvendo as candidatas a vacina contra a covid-19 estudam a possibilidade de liberar o uso emergencial antes da finalização de testes clínicos, a fase 3 da produção da vacina. Esta fase é a última durante a produção de imunizantes, mas a etapa pode levar cerca de 1 ano até fornecer resultados, prazo muito longo diante de uma pandemia. 

Atualmente, existem oito vacinas em fase final de testes no mundo. Dentre essas, o Brasil tem participação em três: imunizantes produzidos pela Sinovac Biotech (China), Pfizer em parceria com a BioNtech (Alemanha) e Universidade de Oxford em parceria com Astrazeneca (Reino Unido).

Combate à desigualdade

Organização das Nações Unidas (ONU) cobra do Brasil medidas de combate à pandemia para indígenas, negros e quilombolas. O órgão enviou uma carta exigindo posicionamento legal sobre medidas de segurança após vetos em lei que previa assegurar grupos mais vulneráveis à pandemia no país. A Lei 14.201, de 2020, sancionada em julho, prevê que povos tradicionais, como indígenas e quilombolas, devem ser considerados como “grupos em situação de extrema vulnerabilidade”.

Dentre os indígenas são até o momento 29.609 indígenas contaminados, 777 falecidos e 156 etnias atingidas, de acordo com levantamento feito pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Já no caso dos quilombolas, são 4.541 confirmados, 1.214 casos em monitoramento e 156 mortes, segundo boletim da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

Reabertura dos espaços culturais com protocolos de segurança

A partir de agora, teatros, cinemas, museus, galerias de arte, entres outros equipamentos, públicos ou privados da cidade do Rio, poderão ser incluídos no site Turismo Consciente. No portal o público pode  verificar quais serviços turísticos estão cumprindo com os protocolos que minimizem o contágio da Covid-19.

Dicas culturais

Ao longo da semana, Grupo Conexão G tem realizado lives nas redes sociais 10° Semana da Diversidade LGBTQIA+ da Maré. Para o encerramento da semana, vai acontecer no domingo, dia 06 de setembro, a 10ª Parada LGBTQIA+ da Maré! A partir das 16h, diversas atrações vão se apresentar no YouTube e Facebook do Grupo Conexão G. Confira as atrações abaixo:

  • Preta Queen Be
  • Dj Drigo
  • Charlotte Milu
  • Dj Hantz
  • Natalhão
  • Desiree Cher
  • Kellvn
  • House of Cazul
  • House of Nefertit 
  • Afeminada Plus
  • Hiran
  • EMNE
  • Lucas Boombeat
  • Majur
  • Encerramento – Fala de Gilmara Cunha