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Redes da Maré recebe Destaque do Prêmio Innovare por iniciativa que promove acesso à justiça

Com atendimento jurídico gratuito, Eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça oferece apoio a vítimas de violência, produzindo conhecimento sobre as dinâmicas de violência no território e conscientiza moradores das 16 favelas da Maré 

Por Edu Carvalho, em 01/12/2020, às 14h30

Editado por Andressa Cabral Botelho

O Prêmio Innovare destaca as boas iniciativas da área jurídica, idealizadas e colocadas em prática por advogados, defensores, promotores, magistrados e por profissionais interessados em aprimorar a Justiça brasileira, facilitando o acesso da população ao atendimento. É com este propósito que este ano, em sua 17ª edição, o Eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça da Redes da Maré foi escolhido como Destaque sob o tema “Defesa da Liberdade”, em cerimônia virtual que aconteceu neste 1º de dezembro. 

Em um contexto de violência que torna vulneráveis 140 mil moradores em 16 favelas, o Eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça, um dos grupos de trabalho da Redes da Maré, promove atendimento sociojurídico gratuito aos moradores no contexto da violência armada, com advogadas, assistentes sociais e psicólogas, além de ajudar na compreensão e execução de processos relacionados à justiça. ”Sem a garantia desse direito [de segurança pública], não é possível viver tantos outros direitos. Tínhamos o avanço de construção de escolas, unidades de saúde, mas ao mesmo tempo, a atuação das forças de segurança no território impediam o acesso a muitos outros direitos’’, conta Lidiane Malanquini, coordenadora do Eixo de Segurança Pública e Acesso à Justiça da Redes da Maré.

Surgindo pela urgência do que acontecia e ainda acontece nesse território, a ação é percebida como um dos atores centrais de diálogo com moradores e para resolução de demandas na cidade. ‘’É muito importante, para uma organização como a Redes, receber o Destaque no Prêmio Innovare. É fundamental para o reconhecimento do trabalho dos movimentos de favelas, das organizações e do esforço histórico de aproximação com o Poder Judiciário nesses espaços e de quem vive nele’’, completa a coordenadora. 

A ação recebeu mensagem especial do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux: ‘’Meus parabéns a toda equipe envolvida, e vida longa a essa iniciativa’’. 

Para o ano que vem, o trabalho está voltado à consolidação das ações feitas pelo setor, além de algumas reformulações, como a campanha ”Somos da Maré, Temos Direitos”, que já distribuiu material educativo de porta em porta, atingindo 47 mil domicílios. ‘’Em 2021 também vamos abordar os avanços conquistados a partir da Ação Civil Pública da Maré e da ADPF das Favelas, fazendo esse diálogo cotidiano nas ruas junto aos moradores. 

Vamos ampliar nossa atuação para debater outras dinâmicas de violência, iniciando um diagnóstico sobre violação de direitos no contexto da primeira infância, que é uma etapa da vida fundamental para o desenvolvimento de qualquer ser humano’’, finaliza Lidiane.

O plantão de atendimento sociojurídico acontece quatro vezes por semana, com demandas sociais e de acesso à justiça. Desde 2016, estima-se uma média de atendimento de 3 mil casos até hoje. Há a frente de violência institucional, que atua em cerca de 200 casos de pessoas violadas pelo Estado ou por grupos armados. Estes são acompanhados de forma contínua, em processos de denúncias de violações e violências.

Sobre o Prêmio Innovare

Criado em 2004, o Prêmio Innovare trabalha para identificar e dar visibilidade às iniciativas desenvolvidas voluntariamente que trazem soluções inovadoras, atuando como ponte com instituições jurídicas e a população. Ao todo, já foram premiadas 226 práticas, entre mais de 7 mil trabalhos, em diferentes áreas da atuação jurídica. Todas as iniciativas selecionadas são incluídas no Banco de Práticas do Innovare.

O Prêmio conta com o apoio de instituições parceiras que colaboram para a credibilidade e prestígio da premiação. Entre elas estão a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep),  Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Conselho Federal da OAB, Associação Nacional dos Procuradores de República (ANPR), Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com o apoio do Grupo Globo.

Edição Especial do Radar Covid-19 Favelas reúne relatos de Agentes Comunitários de Saúde

Por Edu Carvalho em 01/12/2020 às 10h30

A quarta edição do Radar Covid-19 Favelas traz como destaque depoimentos de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) sobre o atendimento durante esse período de pandemia do covid-19. O informativo também apresenta reivindicações e denúncias realizadas por moradores, trabalhadores e pessoas que atuam em territórios periféricos do Rio de Janeiro. 

Na seção “Megafone”, há relatos de moradores que foram desalojados no dia 22 de outubro da ocupação Ágatha, localizada no Centro do Rio. Ao todo, 16 famílias incluindo crianças, idosos, uma mulher grávida e pessoas com dificuldade de mobilidade foram despejados sem aviso prévio. O informativo também deu espaço ao ato contra o fechamento do Hospital Geral de Bonsucesso, onde trabalhadores da unidade e movimentos sociais da saúde realizaram , no dia 3 de novembro, para garantir o emprego dos funcionários e uma reabertura segura, após  incêndio que atingiu parte do hospital. 

Outros assuntos ganham destaques nessa seção, como a quinta Semana dos Agentes Comunitários de Saúde, onde foi apresentado o 1º boletim da pesquisa de monitoramento das dificuldades e condições de saúde destes agentes em tempos de Covid-19; a falta de água na Maré durante a pandemia; e a dragagem do canal São Fernando que está fazendo a Estrada José Cid Fernandes, no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, afundar, deixando moradores da região sem coleta de lixo e com a circulação afetada. 

Em “Movimentos Sociais”, o Radar Covid-19 Favelas apresenta uma nota da Comacs Manguinhos alertando sobre a possível descontinuidade dos serviços de saúde no território, devido ao fim do contrato de muitos trabalhadores que receberam aviso prévio e não tiveram os vínculos renovados. 

Encerrando a quarta edição do informativo, o “Especial ACS” apresenta depoimentos e relatos de Yolanda Oliveira (Bangu), Maria do Socorro Moreira (Santa Cruz) e Simvione Monteiro (Jacaré), agentes comunitárias de saúde que estão na linha de frente do combate da pandemia do novo coronavírus. 

A publicação tem como base os relatos das mídias sociais de coletivos de favelas cariocas, com contato direto com moradores, lideranças e movimentos sociais, buscando sistematizar, analisar e disseminar informações sobre a situação de saúde nos territórios em foco em cada edição. 

Lideranças e comunicadores populares também podem enviar sugestões de pauta, matérias e crônicas sobre a Covid-19 em seus territórios para o e-mail [email protected]

O Radar Covid-19 Favelas e o Boletim Socioepidemiológico nas Favelas são iniciativas da Sala de Situação Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro e podem ser acessados na página do Observatório Covid-19 da Fiocruz.

Jornalismo unido para inspirar leitores no Dia de Doar

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Ação conjunta de mídias alternativas visa arrecadar recursos para investir no jornalismo e na democracia

Pela redação em 30/11/2020 às 23h10

Em tempos de desinformação, nunca foi tão importante fortalecer o jornalismo profissional e de qualidade. Pensando nisso, 18 organizações jornalísticas espalhadas pelo Brasil se juntaram e criaram sua própria campanha no Dia de Doar, neste 1º de dezembro. A data, marcada pela mobilização global, foi escolhida para promover a generosidade e inspirar pessoas a doar para aquilo o que elas acreditam.

A iniciativa inédita, que vai ao ar nas redes sociais do dia 1 a 4 de dezembro, é uma parceria entre Ponte Jornalismo, Maré de Notícias, Aos Fatos, Énois, Marco Zero Conteúdo, Agência Pública, Agência Mural de Jornalismo das Periferias, Projeto #Colabora, O Joio e O Trigo, Congresso em Foco, Revista AzMina, Nós, mulheres da periferia, Gênero e Número, Portal Catarinas, Eco Nordeste, Amazônia Real, Agência Saiba Mais, Site ((o)) eco.

Postagens nas redes, uso da hashtag #diadedoar e recomendações entre si das mídias pretendem motivar pessoas que diariamente se informam e arrecadar recursos para manter o trabalho destas organizações. Em um ano cheio de desafios com a pandemia de coronavírus, a importância do jornalismo se tornou evidente , tanto para informar, quanto para combater a desinformação das Fake News. Além disso, o ato solidário mostrou sua força na sociedade batendo recordes em 2020.

A campanha abraça uma causa conjunta: a democracia. Colaborar e doar para o jornalismo significa também defendê-la. Com narrativas plurais, cada um destes veículos prezam pela liberdade de imprensa, que garante o amplo acesso à informação e a fiscalização do poder público. A contribuição à democracia está nas denúncias de injustiças, nos fatos, na representatividade e diversidade ao retratar a realidade brasileira em diferentes regiões do país.

Para doar:

Maré de Notícias – O Maré de Notícias tem 10 anos de existência e nunca publicou tanto conteúdo original e teve tantos colaboradores e colunistas. Ou seja, nossos recordes de audiência são frutos de um enorme esforço para fazer um jornalismo sério e rigoroso a favor dos direitos humanos, da igualdade social, da democracia e dos movimentos sociais. O momento político exige mais do nosso jornal e por isso pedimos sua ajuda. Seja um apoiador e ajude a investir num jornalismo  comunitário periférico de muitos olhares e vozes. Este é o nosso compromisso com a Maré, maior complexo de favelas do Rio e com você. Apoie o jornalismo periférico e independente: http://cutt.ly/mhzaGUs

Ponte Jornalismo – Ponte Jornalismo é uma organização sem fins lucrativos que atua desde 2014 para defender os direitos humanos por meio do jornalismo. A Ponte nunca escondeu que tem lado: o das mulheres, das pessoas LGBTQI+, dos negros. Estamos do lado das quebradas, das periferias. Isso incomoda muita gente. Apoie nosso jornalismo combativo: http://ponte.org/tamojunto/

Énois – A Énois é um laboratório que trabalha para impulsionar diversidade e representatividade no jornalismo. Foi fundada em 2009 e em 2014, se tornou a primeira escola online de jornalismo no Brasil voltada ao público jovem. Em cursos presenciais, mais de 500 jovens das periferias se formaram em jornalismo e mais de 4 mil estudantes passaram pela Escola de Jornalismo online. Ao longo do tempo, esses jovens, por meio da Énois, produziram conteúdo em parceria com veículos de abrangência nacional. Você pode ajudar a Énois a produzir, em 2021, um documentário sobre coletivos de jornalismo que cobrem diferentes periferias no estado de São Paulo! Para isso, basta doar uma parte do seu imposto de renda: bit.ly/apoieaenois

Marco Zero Conteúdo – A Marco Zero Conteúdo é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em 2015 e que tem por objetivo qualificar o debate público promovendo o jornalismo investigativo e independente. Entre os principais eixos de atuação estão os direitos humanos, a democracia, questões de gênero e identitárias além dos temas relacionados ao direito à cidade, como a mobilidade urbana, e à ocupação econômica, social e cultural do território. É hora de assinar a Marco Zero: http://marcozero.org/assine/

Congresso em Foco – O Congresso em Foco é um veículo jornalístico que faz uma cobertura apartidária do Congresso Nacional e dos principais fatos políticos com o objetivo de auxiliar o (e)leitor a acompanhar o desempenho dos representantes eleitos. Circulamos pelos bastidores de Brasília com o compromisso de trazer informação de qualidade sobre as decisões dos políticos que impactam o seu dia a dia. Colabore com o Congresso em Foco: http://www.catarse.me/congressoemfoco 

#Colabora – O #Colabora é um projeto jornalístico, sem fins lucrativos, que aposta numa visão de sustentabilidade que vai muito além do meio ambiente. Educação, saúde, desigualdade, saneamento, diversidade e consumo também são alguns dos nossos temas. Acreditamos que o planeta só será sustentável se conseguir resolver, além dos problemas ambientais, suas mazelas sociais. Queremos seguir apostando em grandes reportagens, mostrando o Brasil invisível, que se esconde atrás de suas mazelas. Contamos com você para continuar investindo em jornalismo independente e de qualidade. Apoie o #Colabora: www.catarse.me/colabora ou www.projetocolabora.com.br/colabora-com-a-gente/

Agência Pública – A Agência Pública foi fundada em 2011 por jornalistas mulheres e tem como missão produzir reportagens de fôlego pautadas pelo interesse público, sobre as grandes questões do país do ponto de vista da população – visando o fortalecimento do direito à informação, à qualificação do debate democrático e a promoção dos direitos humanos. Em 2019, nossas reportagens foram reproduzidas por mais de 1000 veículos, sob a licença creative commons. A Pública também atua para promover o jornalismo investigativo independente através de programas de mentoria para jovens jornalistas e bolsas de reportagem. A Agência Pública ganhou mais de 50 prêmios nacionais e internacionais, como o Prêmio Vladimir Herzog, Prêmio República e Prêmio Gabriel García Marquez. A democracia precisa da Pública, e a Pública precisa de você. Doando a partir de R$10 por mês, você financia o jornalismo sério e corajoso, que qualifica o debate público e combate a barbárie. Faça parte dessa luta. Seja Aliado da Pública: http://aliados.apublica.org/

Agência Mural de Jornalismo das Periferias – A Agência Mural de Jornalismo das Periferias tem como missão minimizar as lacunas de informação e contribuir para a desconstrução de estereótipos sobre as periferias da Grande São Paulo, por meio de uma rede de quase 70 correspondentes locais. A Mural foi oficialmente fundada em 2018, como uma associação sem fins lucrativos. No entanto, seu nascimento foi em 2010, com o blog de notícias das periferias de São Paulo, com um esforço coletivo de cerca de 20 jornalistas. Com o tempo, novos espaços, parcerias e projetos surgiram, sempre com o propósito de informar e mostrar as diversas faces das periferias de São Paulo, com a produção de um jornalismo local de qualidade. Doe para a Mural: http://www.catarse.me/periferias

Agência Amazônia Real – A agência de jornalismo independente e investigativo Amazônia Real é uma organização sem fins lucrativos, criada por jornalistas mulheres em 2013, em Manaus, no Amazonas. A cobertura jornalística prioriza povos indígenas, tradicionais, quilombolas, mulheres, refugiados e imigrantes, e defensores ambientais e de direitos humanos. O projeto pioneiro na região ganhou em 2019 o Prêmio Rei de Espanha de Meio de Comunicação de Maior Destaque da Ibero-América. A linha editorial da Amazônia Real é voltada à defesa da democratização da informação, da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa, dos direitos humanos e dos valores da diversidade, equidade e igualdade. Para garantir a independência, a agência não recebe recursos públicos, não recebe recursos de pessoas físicas ou jurídicas envolvidas com crime ambiental, trabalho escravo, violação dos direitos humanos e violência contra a mulher e LGBTQIA+. É uma questão de coerência. Apoie a produção de reportagens investigativas de dentro da floresta amazônica para o mundo: https://www.catarse.me/amazoniareal

Gênero e Número – A Gênero e Número produz e distribui jornalismo digital orientado por dados e análises sobre questões urgentes de gênero e raça, visando qualificar debates rumo à equidade. A partir de linguagem gráfica, conteúdo audiovisual, pesquisas, relatórios e reportagens multimídia alcançamos e informamos uma audiência interessada no assunto. Realizamos uma cobertura intensa de temas relevantes para os direitos das mulheres, das pessoas LGBT+ e toda a produção está disponível na plataforma online e gratuita. Neste ano, realizamos a terceira pesquisa da Gênero e Número, “Sem Parar: o trabalho e a vida das mulheres na pandemia”, com dados que repercute na mídia de todo o país, revelando as desigualdades e desafios entre mulheres brancas e negras na pandemia. Precisamos do seu apoio para garantirmos nossa produção independente:
http://www.catarse.me/generonumero

Eco Nordeste – A Eco Nordeste é uma agência de conteúdo que trabalha há dois anos com o jornalismo independente voltado às questões socioambientais, com respeito à diversidade e promovendo a inclusão. Procura dar protagonismo a pautas que costumam ser relegadas a segundo plano nas grandes mídias, a juventude, o feminino, as culturas indígena, quilombola, cigana, dos povos sertanejos, serranos e litorâneos, bem como o empreendedorismo responsável e as tecnologias sociais que propiciam a convivência com adversidades climáticas da região. Seu conteúdo é e sempre será de acesso livre, gratuito e de livre reprodução. Apoie e incentive o jornalismo socioambiental livre que dá visibilidade ao Nordeste de verdade, para além dos estereótipos: http://agenciaeconordeste.com.br/seja-um-apoiador-eco-nordeste/

Portal Catarinas – Lançado por meio de financiamento colaborativo em 2016, Catarinas é um portal de jornalismo voltado às pautas de gênero, feminismos e direitos humanos formado exclusivamente por mulheres, jornalistas e comunicadoras. Ao longo desses 4 anos de existência, temos construído narrativas jornalísticas que contribuem para a defesa da vida de mulheres negras, indígenas, periféricas e LBT’s. Só neste ano de 2020, monitoramos a violência doméstica em contexto de isolamento social devido à pandemia; visibilizamos as mortes de jovens, majoritariamente negros, pela polícia militar nos morros de Florianópolis (colaborando com o movimento de denúncia de suas mães); expusemos os desafios para o aborto legal no Brasil, bem como mapeamos os serviços de abortamento e denunciamos o retrocesso das políticas públicas de saúde da mulher no governo Bolsonaro. Catarinas é uma organização sem fins lucrativos sediada na capital de Santa Catarina, estado mais conservador e branco do país, que ocupa posições de liderança em registros de violência contra as mulheres e em apoio bolsonarista. Queremos continuar nosso trabalho de jornalismo posicionado, crítico à ideologia dominante, que articula o engajamento feminista e antirracista na construção de narrativas jornalísticas. Para isso, é fundamental o seu apoio! Apoie nosso trabalho colaborativo e independente aqui: www.catarse.me/catarinas

O Joio e O Trigo – O Joio e O Trigo é o primeiro projeto de jornalismo brasileiro dedicado a investigar exclusivamente sobre sistemas alimentares, saúde e doenças crônicas. Criada em 2017, a organização tem como filosofia revelar informações sobre estratégias corporativas que afetam o direito à saúde e à alimentação adequada. Além de publicar reportagens na página própria e em parceria com outros veículos, mantém um podcast, Prato Cheio, e uma rede de repórteres latino-americanos reunidos em Bocado – investigações comestíveis. Comer direito é um direito. Apoie O Joio e O Trigo, projeto que investiga a real sobre tudo o que está no seu prato: http://ojoioeotrigo.com.br/contribua/

Nós, mulheres da periferia – O Nós, mulheres da periferia é uma organização de jornalismo liderada por mulheres negras e periféricas. Nossa produção de conteúdo é multimídia e tem como recorte a intersecção entre gênero, classe, raça e território. Com atuação desde 2014, temos como propósito produzir jornalismo próximo, humano e de profundidade, acreditamos na potência dos conteúdos pensados e executados por mulheres. Nossas fontes prioritárias são as mulheres negras e moradoras das periferias. Quer ver mais mulheres pretas e periféricas contando as próprias histórias? Doe para Nós, mulheres da periferia: http://nosmulheresdaperiferia.com.br/doe/ 

Aos Fatos – Aos Fatos é um site de checagem de fatos com sede no Rio de Janeiro. Além de verificar boatos, acompanhamos declarações de políticos e demais autoridades de expressão nacional, de diversas colorações partidárias, de modo a verificar se eles estão falando a verdade. Durante a pandemia, estamos concentrados em checar boatos sobre a Covid-19 que viralizam nas redes sociais. Apoie o Aos Fatos. Valorize o que é real: http://www.aosfatos.org/mais/ 

AzMina  – Usamos jornalismo, tecnologia e educação para combater a violência de gênero e monitorar os direitos das mulheres. Doe para AzMina: http://www.catarse.me/azmina

((o)) eco – Criado em 2004, ((o))eco é um site de notícias ambientais sem fins lucrativos que faz do meio ambiente sua manchete há 16 anos ininterruptos. ((o))eco acompanha de perto o desmatamento, as pesquisas e descobertas científicas, a política e legislação ambiental, as unidades de conservação, a fauna e flora, a proteção e a destruição dos ecossistemas. Apoie nosso trabalho e ajude na defesa do meio ambiente: http://www.catarse.me/oeco?ref=adinserter

Saiba Mais – A agência Saiba Mais é a primeira agência de reportagem e jornalismo independente do Rio Grande do Norte. Fundada em 2017, somos um coletivo de profissionais de comunicação pautado pela defesa dos Direitos Humanos, das Liberdades Individuais e da Democracia. Contra os coronéis da mídia potiguar, o jornalismo independente da agência Saiba Mais. Jornalismo tem lado: qual é o seu ? Apoie o jornalismo que representa você. Na dúvida, Saiba Mais: http://www.saibamais.jor.br/assine/

Um Parque chamado União

Grande em número de moradores, casas e muita história

Maré de Notícias #118 – novembro de 2020

Por Hélio Euclides

Com 20.567 habitantes e 7.600 domicílios, segundo o Censo Populacional da Maré, de 2013, o Parque União tem mais moradores do que Bonsucesso. No conjunto de favelas da Maré é a que concentra mais pessoas, sendo o sétimo das 16 comunidades a nascer. A história do Parque União se mistura com a vida de muitos moradores. Na edição 39, de março de 2013, o Maré de Notícias contou a trajetória de Mironeide Rezende Beleza, que em 1980 enviou uma carta ao presidente da época, João Figueiredo, e conseguiu frear a remoção do local. Na sua fundação, em 1961, nomes são lembrados por moradores, como o advogado Margarino Torres, Geraldo dos Santos e o Cândido. 

Uma dessas muitas histórias é sobre Diniz Batista dos Santos. Ele foi um dos primeiros moradores do Parque União, chegando quando o local tinha poucos barracos, e hoje a clínica da família da favela recebe o seu nome como homenagem. Filha de Diniz, Vilma Santos de Souza conta que chegou no Parque União com cinco anos, junto com outros nove irmãos. Antes, eles moravam de aluguel nas palafitas da Baixa do Sapateiro, onde o pai utilizava sobra de tábuas da obra da Avenida Brasil para fazer um chiqueiro. Com a venda dos animais, comprou uma casa na mesma favela, em parte aterrada. Depois abriu um barzinho e com o dinheiro que ganhou comprou a casa na Rua Tiradentes, no Parque União. 

Como era construtor, Diniz montou um armazém e assim foi um dos pioneiros em comércios da época. “Não foi fácil criar 11 filhos, por isso meu pai e minha mãe, Josefa Silva dos Santos, são heróis, como os vizinhos, por superar tantas dificuldades daqueles anos”, comenta. Ela destaca que o pai achava primordial ficar informado sobre política, dessa forma gostava de ler jornais e ver telejornais. 

Ao voltar no tempo e lembrar de seus primeiros anos na Maré, Vilma recorda que na época não tinha muitos carros e motos, assim as crianças brincavam até tarde na rua de várias brincadeiras. “Já os adultos ficavam nas portas das casas, pois existia muita amizade. Era um período muito bom, com solidariedade e uma coletividade. Uma vizinhança de união. As celebrações eram na rua, como as festas Juninas, a Copa do Mundo, o Natal e o Réveillon”, expõe. 

Além da história contada por Vilma, essa página vem ilustrada com fotos do Núcleo de Memória e Identidade da Maré (NUMIM), projeto da Redes da Maré, que retrata o Parque União na época das palafitas e no início do aterramento.

#CaiuNaRede: É verdadeiro que zona eleitoral no Conjunto de Favelas da Maré foi transferida

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Tribunal Superior Eleitoral decidiu substituir o local devido à falta de estrutura

Thaís Cavalcante (Maré de Notícias, especial para a Lupa)

Circula nas redes sociais uma imagem que informa a mudança de uma zona eleitoral no Conjunto de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro. O conteúdo foi verificado no Caiu na rede: é fake?. Confira:

CIEP Hélio Smidt: Nossa escola não será polo de votação para as eleições municipais de 2020.

Trecho do texto que acompanha a imagem divulgada nos grupos de WhatsApp

VERDADEIRO

A informação é verdadeira. O Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Hélio Smidt fez uma publicação em sua página informando os nomes das escolas públicas para onde foram transferidas as seções.

Para consultar informações e confirmar sua zona eleitoral em caso de votação no segundo turno, basta acessar o site do Tribunal Superior Eleitoral e inserir suas informações.

Nota da redação: o projeto Caiu na rede: é fake? é uma parceria da Agência Lupa com Voz das Comunidades, Favela em Pauta e Maré de Notícias e conta com o apoio da Fundação Heinrich Böll Brasil.