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Ronda Coronavírus: Rio de Janeiro apresenta alta de números de mortes por Covid-19

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Prefeitura do Rio estuda alternativa para realização do réveillon de 2021

No último final de semana, o estado do Rio apresentou a maior média móvel de sete dias em mortes, com uma média de 127 mortes diárias na última semana. Nesta segunda-feira, o estado do Rio totalizou 157.834 casos confirmados e 12.876 mortes, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES). A média móvel de sete dias é um cálculo que soma o número de mortes dos últimos sete dias e divide o valor por sete. Este valor é comparado a médias de duas semanas anteriores para perceber se a tendência é de alta, estagnação ou queda desses valores. A última vez que o estado apresentou números altos foi em 04 de junho, um mês antes da flexibilização do isolamento social. 

Diante a alta dos números, medidas vêm sendo tomadas para evitar aglomerações. Após o anúncio do adiamento do carnaval no município de São Paulo, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou que não fará o réveillon tradicional na virada dos anos de 2020 para 2021. Na virada para 2020, a festa reuniu 2,9 milhão de pessoas em Copacabana. Segundo nota, disponível no site da Prefeitura, a realização da festa de ano novo na praia “não é viável neste cenário de pandemia, sem a existência da vacina”. A Riotur irá apresentar uma nova proposta para a celebração nos próximos dias, provavelmente em um modelo virtual, sem a presença do público. 

Covid-19 na Maré

O final de semana foi de grande movimento nas ruas da cidade e da Maré. Mesmo com restrições, as praias da cidade estavam cheias. Na fase 4 da reabertura gradual, é permitido ir à praia, mas não permanecer na areia. Vale lembrar que a permanência na areia, formando aglomerações e tomando banho de sol, pode render multa de R$107, de acordo com Prefeitura do Rio. 

A cidade do Rio de Janeiro tem nesta segunda-feira, 27 de julho, mais de 70 mil casos confirmados do novo coronavírus, segundo a SES. O Painel Rio Covid-19, da Prefeitura, apresentou instabilidade e não contabilizou os números de casos e óbitos nesta segunda-feira. A Maré registrou 425 casos confirmados e 86 mortes pelo novo coronavírus, de acordo com o Painel Covid-19 nas favelas, do coletivo Voz das Comunidades. O Painel Unificador Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro aponta para 1.397 casos e 114 mortes na Maré, entre confirmados e suspeitos.

Hospitais de campanha

A Secretaria de Estado de Saúde anunciou nesta segunda-feira (27) que ao longo da semana três hospitais de campanha devem ser desativados: em Nova Friburgo, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Os três hospitais não chegaram a entrar em operação e no momento atuam como reservas de leitos em caso de aumento de demanda. A promessa era da construção de sete hospitais, mas no momento, apenas o do Maracanã e o de São Gonçalo estão funcionando. 

Ações de saúde contra o coronavírus

A Maré tem desenvolvido algumas ações para enfrentamento da Covid-19 no território. O serviço de telemedicina gratuito já está sendo oferecido pelo SAS, com as consultas acontecendo todos os dias, das 8h às 20h. Para fazer o atendimento, basta mandar uma mensagem para o Whatsapp (21) 99271-0554 e aguardar agendamento. 

Redes da Maré no CATARSE

Nesta terça-feira, 27 de julho, a Campanha Maré Diz NÃO ao Coronavírus completa quatro meses de atuação e segue com o trabalho de mobilização! Faltam poucos dias para o fim da campanha de arrecadação no CATARSE. A meta é comprar 4 mil cestas para doar a famílias da Maré que mais precisam de apoio nesse momento. Para doar e saber mais informações, acesse aqui

Galeria da minha janela

Os moradores da Maré podem enviar uma foto e um texto sobre o que veem de suas janelas, como a pandemia tem interferido no cotidiano, o que está sentindo e o que mais quiser contar para o projeto A Maré vê. No fim do mês acontece uma votação pública no site do projeto onde cinco autores das fotos e textos mais votados ganharão um prêmio e um destaque no site.

Live da Casa Preta

Na quarta-feira, 29 de julho, às 19h, acontece mais uma edição do Café Preto em Casa! A mediação será de Joelma Sousa, com a convidada Andreza Jorge, que vai falar sobre o tema “Feminismos Negro e Favelado”. O encontro será no instagram da Redes da Maré

Nenê do Zap

Brincar é sinônimo de alegria e esse momento é ótimo para brincar com os nenês. Além disso, esses estímulos são ótimos para o crescimento dos pequenos e influencia bastante ao longo da vida. Confira na dica de hoje do Nenê do Zap:

Ronda Coronavírus: Prefeitura anuncia retorno de aulas de rede privada de ensino

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Rede estadual, universidades e Institutos de educação pública não tem previsão de retorno

Enquanto reitores de 10 universidades e institutos de educação pública do estado do Rio de Janeiro pensam em retorno remoto das aulas e afirmam que o retorno presencial das aulas em 2020 é algo improvável, a prefeitura do Rio informou nesta semana o retorno das aulas presenciais da rede privada de ensino a partir de 3 de agosto. Entretanto, a presença será facultativa para professores, alunos e funcionários. O retorno seria para alunos do 4º, 5º, 8º e 9º ano. A rede municipal de ensino não tem previsão de retorno.

Em reunião no dia 16 de julho, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou que não há previsão para retorno das aulas presenciais das escolas da rede estadual de ensino. Segundo secretária de educação, as atividades só irão retornar quando a Secretaria Extraordinária de Acompanhamento das Ações Governamentais Integradas da Covid-19 der o aval e permitir o retorno.

A Secretaria de Estado de Saúde registrou nesta sexta-feira (24) mais de 154 mil casos confirmados e mais de 12,6 mil vítimas de Covid-19. Desses, 69,4 mil casos confirmados e mais de 7,9 mil mortes são na capital. A Maré tem, nesta sexta-feira, 420 casos confirmados e 84 mortes pelo novo coronavírus, de acordo com o Painel Rio Covid-19, da Prefeitura. O boletim De Olho no Corona! desta semana aponta para 1.397 casos e 114 mortes na Maré, entre suspeitos e confirmados.

Pandemia e educação

É visível que a pandemia impactou a rotina e vivência da Maré de diversas formas: a interrupção das atividades físicas, o fechamento do comércio não essencial, o esvaziamento das ruas e pessoas andando de máscara. Mas um dos impactos mais percebidos foi na educação. A mudança e adaptação da nova rotina escolar, a dificuldade para acessar o material das aulas – que agora é online –, com a rede de internet da favela tem sido reclamação constante de estudantes. Diante as dificuldades e a desmotivação para estudar em casa, três em cada 10 jovens contaram que pensaram, durante esses quatro meses de afastamento das salas de aula, em abandonar os estudos após a pandemia, de acordo com a pesquisa “Juventudes e a pandemia do Coronavírus”.

         O boletim De Olho no Corona! e o podcast Maré em tempos de coronavírus desta semana abordaram justamente os efeitos da pandemia na educação, principalmente da população da Maré. É possível acessar o boletim no site da Redes da Maré e o podcast no perfil da Redes da Maré no Spotify

Coronavírus e meio ambiente 

  Juliana Oliveira, uma das fundadoras do coletivo Eco Maré, precisou reinventar as ações do coletivo durante a pandemia. Com a impossibilidade de realizar as rodas de conversa e atividades sobre educação ambiental, o coletivo fez uma ação de doação de máscaras para moradores da Nova Maré. “Com isso, a gente viu que saúde e natureza estão intrinsecamente interligadas. Foi muito bom porque a gente começou a trabalhar sobre saúde pública, saúde coletiva e conseguiu ajudar mais pessoas”, observou.

O coletivo que Júlia faz parte precisou se adaptar à pandemia e fez doações de máscaras em favela da Maré

Em um artigo, Júlia Rossi, que é biofísica, coordenadora do projeto Maré Verde do eixo de Desenvolvimento Territorial da Redes da Maré, observou que há uma relação muito próxima entre o meio ambiente e a pandemia. Mesmo que o isolamento social tenha proporcionado mudanças significativas no ambiente, a pandemia ajudou a destacar ainda mais as desigualdades já existentes nos espaços populares. “Nas favelas, ficou ainda mais evidente como o acesso ao saneamento e às condições de saúde pública estão relacionadas, como ter acesso à água potável e ao tratamento de esgoto domiciliar e industrial. Como exigir que as pessoas higienizem as mãos se o acesso à fonte de água é precário e os recursos para adquirir sabão e álcool em gel são escassos?”, contou no artigo disponível no site do Maré de Notícias Online.

Auxílio emergencial

A Caixa Econômica começou a pagar a quarta parcela do Auxílio emergencial a partir de hoje para 5,4 milhões de pessoas que solicitaram o auxílio. Receberam nesta sexta-feira (24) pessoas que recebem Bolsa Família e as que estão no Cadastro Único, que se inscreveram no programa pelo aplicativo ou site. Aqueles que forem sacar o dinheiro deve ficar atentos às aglomerações nos bancos.

Dicas culturais

O último final de semana de julho está repleto de convidados na primeira edição do Festival Plural, evento online e gratuito sobre a comunidade LGBTQIA+. Serão 26 atrações de sete estados se apresentando em palestras, shows e performances. O evento começa a partir das 16h de sábado e domingo. Os interessados podem assistir as atrações através do site do festival.

Em comemoração ao dia da Mulher Negra Latino-americana e caribenha neste sábado (25), artistas irão fazer lives para celebrar a data, que também é dia nacional de Teresa de Benguela, liderança quilombola no século XIX. 

A partir das 16h, acontece a live “Zezé Motta – Mulher Negra”, que será transmitida em todos os canais da atriz e cantora (Youtube, Instagram e Facebook)

Indo até o dia 27 de julho, o Festival Latinidades tem mais de 60 atrações, entre debates, recitais de poesias, apresentações de dança e música. A mostra é gratuita e será transmitida pelo instagram e pelo Instagram e YouTube

Elza Soares vai fazer uma dobradinha de lives nesse final de seman. No sábado (25), ela se apresenta no “Elza em Jazz”, transmitida a partir das 21h no seu canal do YouTube. Já no domingo, (26), às 19h, a Elza vai estar ao vivo no canal de YouTube do Instituto Marielle Franco para cantar as suas músicas mais famosas e aquecer os nossos corações em homenagem à Marielle, que comemoraria aniversário no dia 27 de julho.

Ronda Coronavírus: Estado do Rio ultrapassa 115 mil casos confirmados

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Projeção do governo do Estado é de abertura total dos serviços é para outubro

A Secretaria do Estado de Saúde (SES) registrou nesta quarta-feira (22) mais de 148 mil casos, com 3.502 novos casos registrados em 24h. A cidade do Rio de Janeiro confirmou nesta terça-feira (21) o maior número de novos casos desde 19 de junho, apresentando 4,1 mil novas pessoas infectadas. O governador Wilson Witzel publicou em uma rede social que a reabertura total dos serviços do estado deve acontecer em outubro, dependendo da queda dos casos na região.

Cenário da pandemia na Maré

O movimento pelas ruas da Maré nesta quarta-feira (22) faz lembrar os dias antes da pandemia: comércios abertos, bares funcionando e poucas pessoas circulando de máscaras na região da Nova Holanda. Em números, a Maré registrou 413 casos confirmados e 83 mortes, de acordo com o Painel Rio Covid-19, da Secretaria Municipal de Saúde. 

Com a reabertura dos serviços, fica o questionamento de quais atividades são mais ou menos arriscadas de se fazer neste momento. Em pesquisa recente, a Texas Medical Association desenvolveu um gráfico com essas atividades, representando um grau maior e menor de contaminação do novo coronavírus. Em uma escala de 0 a 10, as atividades mais arriscadas são frequentar bares, ir a estádios e cinemas, ir à academia ou jogar futebol, entre outras. É possível conferir a lista completa aqui.

Variedades de Covid-19

Foram identificados seis tipos de coronavírus e cada tipo com um grupo de sintomas específicos, como aponta análise feita por pesquisadores do King’s College, de Londres, por meio de um aplicativo. Mesmo com os sintomas comuns, como tosse, febre e perda de olfato, pacientes que responderam o aplicativo indicaram que eles apresentaram outros sintomas, como dores de cabeça, nos músculos, fadiga, diarreia, confusão, perda de apetite, dificuldades respiratórias, e outros. 

Fiscalização nas ruas

Prefeitura do Rio lança projeto “Blitz do Bem”, que irá fiscalizar espaços da cidade para evitar aglomerações. A primeira atuação, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP) realizou o trabalho no entorno da Central do Brasil, terminais rodoviários Procópio Ferreira e Américo Fontenelle e o entorno do Campo de Santana.

Maratona virtual

Mesmo com a reabertura das atividades e pessoas voltando a praticar atividades físicas em espaços abertos, foi anunciado que a Maratona do Rio de Janeiro acontecerá no dia 10 de agosto de forma virtual para evitar aglomerações. Os atletas que tinham se inscrito antes do início da pandemia poderão participar de onde estiverem e receberão os kits de corrida em suas casas.

Nenê do Zap

Os nenês precisam de experiências de carinho, cuidado e muita interação durante essa fase para se desenvolver. Saiba quais atividades são fundamentais na dica de hoje.

Ronda Coronavírus: Vacinas apresentam resultados positivos

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Vacina de Oxford tem previsão de ser produzida no Brasil apenas em janeiro de 2021

Entre as 160 iniciativas de vacinas em desenvolvimento, segundo a OMS, algumas delas apresentaram bons resultados. Autoridades da Rússia anunciaram nesta segunda-feira (20) que os testes realizados em voluntários apresentaram resultados positivos e não tiveram complicações graves. Já a vacina experimental desenvolvida pela Universidade de Oxford está em estágio de análise de eficácia, etapa bem próxima da aprovação. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez uma negociação para compra de lotes e transferência da tecnologia, permitindo que a vacina seja produzida também no Brasil a partir do início de 2021, sendo liberada em junho do mesmo ano.

Cabe lembrar que a possibilidade da produção da vacina ainda é um pouco distante. O ideal neste momento ainda é respeitar as regras de distanciamento social, uso de máscara e higienização. 

Mesmo com a notícia de uma possível vacina, os números avançam. Mundo ultrapassa 14,5 milhões de pessoas infectadas; Brasil tem hoje 2.118.646 de casos confirmados e mais de 80 mil mortes, de acordo com o Painel do Ministério da Saúde. O Rio de Janeiro está entre os estados mais afetados pela pandemia, com mais de 141 mil casos e mais de 12 mil mortes, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.

Covid-19 na Maré

A cidade do Rio de Janeiro teve hoje 67.036 casos confirmados e 7.733 mortes confirmadas pelo novo coronavírus, de acordo com o Painel Rio Covid-19, da Prefeitura. Ainda de acordo com o painel, a Maré tem nesta segunda-feira (20) 406 casos confirmados e 82 mortes por coronavírus. Já o Painel Unificador Covid-19 nas Favelas, a Maré possui 1.353 casos e 112 vítimas de coronavírus, entre confirmados e suspeitos. 

Para Beatriz Virgínia, educadora de História no Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM) e moradora da Maré, a pandemia tem causado efeitos diversos que vão além dos problemas da fragilidade com a saúde física. “A gente, enquanto moradores de favelas, tem enfrentado uma série de questões de acesso, de saúde mental, de necropolítica do Estado, onde o caveirão entra mesmo em um período de pandemia”, observa.

Beatriz destaca que moradores de favela não estão em situação de igualdade com pessoas de outros espaços da cidade.

De onde vem a nossa máscara?

Costureiras imigrantes têm recebido apenas R$0,05 por máscaras anti-Covid-19 confeccionadas na região central da capital paulista. Mesmo sabendo do baixíssimo valor, essas mulheres perceberam a queda nas encomendas de seus trabalhos de costura desde o início da pandemia e aceitaram receber o valor para não passar fome. Portanto, é de grande importância saber de onde vem a sua máscara e sempre que possível, fortalecer o comércio local, ajudando na geração de renda dessas pessoas.

Geração de renda para moradoras da Maré

As ações de geração de renda da Campanha Maré Diz NÃO Ao Coronavírus continuam acontecendo a partir de algumas ações desenvolvidas pela Casa das Mulheres. Contamos com a colaboração de 26 cozinheiras que produzem diariamente 300 quentinhas que são distribuídas na Cena de uso de crack, localizadas no conjunto de favelas da Maré; e 54 costureiras que produziram até aqui 200.799 máscaras, que estão sendo distribuídas para os moradores da Maré.

Campanha da Redes da Maré no Catarse

A Campanha “Maré diz NÃO ao Coronavírus” concluiu a sua 17ª de atuação e o trabalho continua. Uma das ações é a arrecadação de recursos financeiros pela plataforma Catarse para comprar mais 4.000 cestas básicas para as famílias da Maré. A ajuda de todos e todas é muito importante contribuindo e compartilhando essa ideia. Basta acessar o site para ter mais informações sobre como doar.e

Telemedicina na Maré

Através da parceria com a Fiocruz, Dados do Bem e SAS, iniciamos nessa semana um projeto de enfrentamento da Covid-19 no território. Esta ação tem como objetivo realizar testagem, monitoramento e isolamento para moradores da Maré com suspeita do novo coronavírus. O serviço de telemedicina gratuito já está sendo oferecido pelo SAS desde 10 de julho, com as consultas acontecendo todos os dias, das 8h às 20h. Para fazer o atendimento, basta mandar uma mensagem para o Whatsapp (21) 99271-0554 e aguardar agendamento. 

A partir de quarta-feira (22), o Dados do Bem inicia o processo de testagem no Galpão do RITMA (Rua Teixeira Ribeiro). Para acessar a testagem, a pessoa precisa apresentar os sintomas de Covid-19 e baixar o aplicativo do Dados do Bem no seu celular (disponível para download no Google Play e na App Store). O atendimento acontecerá apenas com horário marcado e será feito gradualmente.

Galeria Da minha janela

Moradores e moradoras da Maré podem enviar fotos e textos para o projeto A Maré de casa mostrando o que vocês vêem de suas janelas no momento atual, além de poder contar como a pandemia tem interferido nas suas vidas. Os interessados podem acessar o site do projeto para ter mais informações e ver a galeria que está em exposição no momento. No fim do mês haverá uma votação pública para escolha dos cinco melhores autores das fotos e textos para o site.

Nenê do Zap

Todo nenê tem o seu tempo para aprender novidades. Para eles, todo o estímulo é importante para que eles aprendam e absorvam essa nova informação que ele recebe. Veja mais na dica de hoje do Nenê do Zap.

Dicas Culturais – Julho de 2020

Maré de Notícias #114

Artes visuais, musicais e literárias

A artista visual de múltiplas plataformas Amora Moreira (Instagram @amori.nha) trabalha com ilustração, grafite, design e é integrante da PPKREW (@ppkrew).

O grafiteiro e educador físico Pablo Poder (Instagram @poderpablo) atualmente desenvolve uma série de ilustrações manuais sobre fotografias de personalidades negras.

O Discos Pretos (Instagram @discos_pretos) é um projeto de viabilização e circulação de discos e produções musicais de artistas pretos.

O artista e escritor da Baixada Fluminense Cau Luis (Instagram @cauluis.art) é autor do livro Favela em mim e desenvolve ilustrações, charges e desenhos.

Jessé Andarilho (Instagram @jesseandarilho) é escritor, autor dos livros Fiel e Efetivo variável e idealizador do Sarau Tá no Ponto (Instagram @sarautanoponto).

Cultura

A programação cultural da Lona Cultural Municipal Herbert Vianna, na Maré, está de volta com atividades 100% virtuais, no Instagram @lonadamare

Quilombo Etu (Instagram @quilomboetu) é um coletivo-projeto de educação antirracista a partir das culturas populares negras. Atualmente, desenvolvem a série toca e fala, articulando música e narrativas faveladas.

O projeto Cavalcanti-se (Instagram @cavalcanti.se) narra histórias do bairro Cavalcanti e de seus moradores, da Zona Norte carioca.

Mestre Maurício Soares (Instagram @mauriciobaianarica) é “baiana rica” da Nação de Maracatu Estrela Brilhante do Recife, da comunidade Alto José do Pinho. É uma das referências na dança do maracatu e atualmente realiza uma série de lives sobre cultura popular.

Jornalista e pesquisador, Rafael Wollice (Instagram @rwollice) cria conteúdo sobre relações raciais e culturas negras no seu Instagram.

A iniciativa Elas Conduzem (Instagram @elasconduzem) conta com as comunicadoras Gabi Coelho (@eugabicoelho), Lethicia Amâncio (@lethiciaamancio), Taynara Cabral (@taycabral) e Izabelle Simplício (@izasuburbia) em um podcast semanal no Spotify, trazendo o protagonismo feminino no mundo.

Lives

As lives dos artistas mais famosos do País também seguem no mês de julho. Enquanto os eventos presenciais estão suspensos, para evitar aglomerações, você mata a saudade pelos shows on-line.

Teresa Cristina – todos os dias, desde abril, à meia-noite

Onde: No Instagram @teresacristinaoficial

Festival Sons da Rua, 19h

30 de junho, Marcelo D2

2 de julho, BK

7 de julho, Karol Conka

9 de julho, Emicida

Onde: No Instagram @festivalsonsdarua

4 de julho (sábado)

Grupo Clareou, às 15h

Onde: no YouTube Grupo Clareou Oficial

Lexa, horário ainda não divulgado

Onde: no YouTube da Lexa

Péricles, 18h

Onde: No YouTube Canal do Pericão

Pixote, 20h

Onde: No YouTube do Grupo Pixote

Maiara & Maraisa, 21h

Onde: No YouTube de Maiara e Maraisa

5 de julho (domingo)

Fernando e Sorocaba, 16h30

Onde: No YouTube de Fernando e Sorocaba

Psirico, 17h30

Onde: No YouTube Macaco Gordo

10 de julho (sexta)

Claudia Leitte, 19h30

Onde: No YouTube da Claudia Leitte

25 de julho (sábado)

Sorriso Maroto, horário ainda não divulgado (até 24/06)

Onde: No YouTube Samba Prime Oficial

Um plano para as favelas na luta contra o coronavírus

Com o objetivo de criar condições adequadas para enfrentar a COVID-19 nas favelas, uma proposta foi entregue à Secretaria de Estado de Saúde

Maré de Notícias #114 – julho de 2020

Jorge Melo

A cidade do Rio de Janeiro passou dos 52 mil casos mês de junho, além das mais de 6 mil mortes provocadas pela COVID-19. Nas favelas cariocas a situação é ainda mais grave. Na Maré, segundo os dados oficiais do dia 25 de junho, eram 324 casos confirmados e 78 óbitos. No entanto, no mesmo dia a Edição do Boletim De olho no Corona!, da Redes da Maré, que mantém um canal diretos com os moradores, apontava 1.010 casos, entre suspeitos e confirmados, e 104 mortes.

Com o objetivo de criar condições adequadas para enfrentar a COVID-19 nas favelas, foi criada uma parceria entre lideranças comunitárias da Maré, Complexo do Alemão, Rocinha, Cidade de Deus e Santa Marta, pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No dia primeiro de maio essas lideranças entregaram ao subsecretário de saúde do estado, Roberto Pozzan, e ao subsecretário municipal de Saúde, Leonardo El-Warrk, o Plano de Ação Covid nas Favelas do Rio de Janeiro: uma catástrofe a ser evitada. No Rio de Janeiro, cerca de um milhão e 400 mil pessoas vivem em favelas, numa população de 6 milhões e 700 mil habitantes, segundo dados do IBGE.

O plano, disponível para leitura aqui, traz propostas em três dimensões: prevenção, atendimento médico e apoio social. O grupo sugere também um Gabinete de Crise de Atenção às Favelas, reunindo estado e município, em articulação com a Fiocruz, organizações comunitárias e universidades. Segundo Lidiane Malanquini, coordenadora do Eixo de Segurança Pública e Acesso à Justiça da Redes da Maré, sem políticas públicas específicas para as favelas é impossível conter o avanço do vírus nesses territórios, que têm imensas carências. “Na realidade” – ela afirma – “nessas situações, todos os planos são pensados a partir da realidade da classe média.”

Ações de comunicação também integram o plano, com alertas da evolução da doença; teleatendimentos realizados em parceria com universidades; proteção de grupos vulneráveis; atenção aos grupos que podem ser vetores do vírus, como os mototaxistas; e ações de desinfecção nas favelas. A proposta inclui ainda instalação de polos de atendimento exclusivos para COVID-19, articulados à gestão dos leitos disponíveis; espaços de quarentena assistida e proteção efetiva das unidades básicas de saúde e de assistência social. Ações indicam o uso do painel de monitoramento da COVID-19; diagnóstico e racionalização dos equipamentos de saúde locais; centros de referência para articulação de ações intersetoriais; apoio social e agilização dos sepultamentos. Lidiane lembra que é fundamental, por exemplo, dar mais atenção aos equipamentos de saúde nas favelas. “Na Maré, uma das unidades de saúde, inaugurada há dois anos, ainda funciona à base de gerador e não tem instalação de água e saneamento básico.” 

http://www.instagram.com/p/CBBp5BwJLFJ/

Colagem dos cartazes da Campanha “Se liga no Corona”, uma das ações preventivas do plano

Parcerias

Na apresentação do plano, Marcelo Burgos, diretor do Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio, explicou que o documento é uma ponte para levar as necessidades das favelas do Rio de Janeiro, na perspectiva das lideranças comunitárias, aos poderes municipal e estadual, a fim de gerar políticas públicas para o enfrentamento da pandemia. “É fundamental o alinhamento das autoridades do estado e município; as favelas enfrentam condições especiais que as tornam mais frágeis diante dos desafios de uma pandemia”. As favelas vivenciam problemas de saneamento básico, fornecimento de água potável e habitação; famílias numerosas em pequenos espaços, cômodos sem ventilação, espaços sem acesso à luz solar e umidade excessiva. “Como se pode falar em isolamento de uma pessoa com sintomas para uma família que vive numa moradia de dois cômodos?”, alerta Lidiane Malanquini.

No dia 4 de maio os responsáveis pela elaboração do plano se reuniram com a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), por iniciativa da deputada Renata Souza (PSOL), presidente da Comissão. O objetivo era detalhar as medidas e o apoio institucional para transformar o projeto em realidade. O presidente da ALERJ, deputado André Ceciliano (PT), garantiu o financiamento para o plano. “Só nos meses de março e abril, a Assembleia economizou R$108 milhões e está disposta a aportar recursos para concretizar esse plano”. Segundo Ceciliano, as desigualdades sociais enfrentadas pelos moradores das favelas se apresentam como entraves para quarentena e isolamento social dignos. Segundo Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, “o vírus não é democrático; começou nas camadas mais privilegiadas, mas a letalidade mostra uma incidência cada vez maior nas áreas mais pobres.”

Foto de desinfecção de ruas (uma das quatro que você tinha selecionado para o Por Dentro de ontem)

Associações de moradores, Comlurb e Redes da Maré tem atuado juntas na desinfecção de vias, outra ação do plano.

A responsabilidade da Prefeitura

No dia 29 de maio, o grupo responsável pelo plano reuniu-se com a secretária municipal de saúde, Beatriz Busch, e o chefe da Casa Civil, Paulo Albino Soares. Segundo Richarlls Martins, professor do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da UFRJ, “esse encontro foi muito importante porque o plano, uma iniciativa da sociedade civil, foi assumido pela Secretaria Municipal de Saúde, que é o órgão que institucionalmente tem a responsabilidade de implementar essas medidas.” 

Foi constituído um grupo de trabalho que, a partir da estrutura municipal, os recursos financeiros da ALERJ e a colaboração da Fiocruz, vai dar consequência ao plano. Serão contempladas, prioritariamente, cinco áreas escolhidas com base em critérios técnicos, como o cruzamento entre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região e o mapa de atendimento básico à saúde. As regiões com os índices mais baixos terão preferência. O orçamento está sendo detalhado e prevê R$1 milhão/mês para cada uma das cinco áreas definidas. “Estamos otimistas. Existe vontade política da Prefeitura de implementar o plano, os recursos garantidos e o grupo já está trabalhando”, afirma Marcelo Burgos.

Comunidades mobilizadas

Enquanto o plano está em andamento, as comunidades como o Conjunto de Favelas da Maré (140 mil moradores); Rocinha (100 mil moradores), Complexo do Alemão (69 mil moradores) e Cidade de Deus (38 mil habitantes) já estão trabalhando para proteger e apoiar a população em situação de vulnerabilidade com distribuição de cestas básicas, kits de higiene e álcool em gel, além de campanhas de informação e conscientização, com o apoio da Fiocruz. A campanha Maré Diz Não ao Coronavírus, por exemplo, em três meses doou 914 toneladas de itens de alimentação, limpeza e higiene, atendendo a mais de 40 mil pessoas. Distribuiu também mais de 24 mil “quentinhas”. No entanto, segundo Lidiane Malanquini, esse trabalho vem sendo prejudicado por operações policiais que, apesar da pandemia, não foram suspensas. “O Estado mostra nessa crise sanitária e humanitária o seu lado mais perverso. É um absurdo você ter de contar com o apoio e a solidariedade de organizações, ao mesmo tempo em que acontecem operações policiais em pleno período de isolamento social, que provocam o fechamento das unidades de saúde.”