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Consciência para uma vida sustentável

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Discussão sobre a preservação do meio ambiente em pauta no Festival WOW Rio

Em 17/11/2018 – Por Hélio Euclides

A questão ambiental é um assunto que todo o mundo coloca em pauta. No Festival Mulheres do Mundo não poderia ficar de fora. A mesa “Consciência de si e formas de sustentabilidade” reuniu mulheres empenhadas com o planeta: Georgia Pessoa, membro da Inciativa Clima América Latina; Sônia Guajajara, líder indígena; Vera Maria Ferreira da Silva, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; Maria do Carmo Barbosa de Oliveira, coordenadora de reciclagem compostas por mulheres catadoras; e Daniela Ribas Gomes, trabalha o tema sustentabilidade.

Maria do Carmo, por sua experiência em reciclagem frisou a importância deste processo: “A forma de sustentabilidade é diminuir o consumo, em especial as embalagens plásticas que podem ter 500 anos para se decompor. Para minimizar é necessário a reciclagem. Vamos lembrar que o Brasil só não tem uma área de deserto, graças a Amazônia. Estamos nos descuidando da mãe terra”, avalia Maria do Carmo.

Vera disse que falta consciência da populaça: “A diminuição da água nos reservatórios é resultado não só da ausência de chuvas, mas da quantidade de vezes que acendemos a luz de forma irracional. A mudança climática é norma, mas o nosso estilo de vida pode piorar, ou não a situação. Precisamos de um consumo sustentável, cada um fazendo o seu papel”, reclama Vera.

A líder indígena Sônia Guajajara chamou a atenção para resistência e união. “Nós mulheres precisamos ocupar nosso papel. Um exemplo é que pressionamos e conseguimos a não unificação dos Ministérios do Meio Ambiente e Agricultura. São séculos de violências contra os índios e negros, só que agora vamos resistir, pois estamos unidas para lutar”.

Já Georgia lembrou que todos precisam entender o papel dos quatro R da reciclagem: Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Recusar.

 

Mulheres na ciência: Os desafios e conquistas de mulheres na área da pesquisa e tecnologia

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Mulheres na ciência: Os desafios e conquistas de mulheres na área da pesquisa e tecnologia

Por Karen Garcia

O primeiro dia da programação do Festival Mulheres do Mundo contou com um território de partilha sobre ciência e tecnologia. Com o título “Ciência é uma palavra feminina e feita por muitas de nós”, o espaço reuniu as histórias de mulheres que trilham caminhos nas áreas de programação, pesquisa científica, tecnologia social e indústria automobilística.

A tecnologista e empreendedora social senegaleza, Mariéme Jamme, tem como visão a formação de 1 milhão de meninas até 2030 por meio do movimento “I am the code”. A iniciativa mobiliza os governos e o setor privado para desenvolverem programas e políticas para capacitação de mulheres na área de programação. “Quando uma mulher é educada, ela é empoderada”, comentou Mariéme ao analisar a importância do envolvimento do público feminino nesta área.

A brasileira Joana D’Arc Félix, cientista e professora, ao contar sobre sua trajetória, ressaltou o papel da educação científica na construção do conhecimento. Alfabetizada com quatro anos de idade, ingressou na UNICAMP aos 14 anos e passou pela universidade americana Harvard. Atualmente, desenvolve tecnologias no segmento do couro em uma escola técnica em França com jovens em situação de vulnerabilidade social, por meio de projetos de iniciação científica. O laboratório possui 15 projetos patenteados em 30 países e mais de 100 prêmios.

Marie Sophie Pawlak é engenheira química e presidente da organização francesa Elles Bougent. A especialista contou sobre a experiência e os esforços junto à empresas para o direcionamento de processos seletivos mais inclusivos para mulheres. “Em um mundo onde os meninos são muito mais incentivados às áreas de ciência e tecnologia desde seus brinquedos e mulheres a atividades domésticas, é fundamental que os homens também se responsabilizem e tomem consciência da importância do empoderamento feminino”, pontuou.

A mediadora e palestrante Gabi Agustini  é uma das fundadoras e diretora executiva do Olabi, um negócio social dedicado à apropriação de novas tecnologias. “Nós acreditamos na importância entre interligar as diversas áreas do conhecimento em um mundo onde a gente precisa cada vez mais conectar as pessoas e as habilidades técnicas para resolver os problemas sociais”, comentou Gabriela.

A mesa ajudou na compreensão de que, quando a gente as mulheres apropriam da tecnologia e da ciência, é possível transformar a realidade.

 

Foto: Suzane Santos / AMaréVê

Mulheres discutem trajetória feminina na ciência espacial

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Segundo debatedoras, para muitas mulheres é mais difícil ter uma carreira, que para outras foi chegar ao espaço

Em 17/11/2018 – Por Hélio Euclides

O Festival Mulheres do Mundo reuniu algumas profissionais que atuam na produção de conhecimentos da ciência espacial, num ambiente muitas vezes masculino e opressor. Na mesa, Duília Fernandes de Mello, astrônoma da Nasa; Libby Jackson, engenheira que trabalha para a Agência Espacial do Reino Unido; Sue Nelson, escritora e apresentadora de ciência da rede de TV BBC; e a mediadora Diana Daste, diretora de educação do Conselho Britânico. Diana destacou que a mesa era um encontro de mulheres desse mundo e de fora também.

A conversa girou em torno das histórias dessas profissionais que lutam pela inclusão de todas as mulheres. “Tento sempre mostrar que não consegui ser astronauta, mas me tornei uma jornalista que se encontra perto da Nasa, e de pessoas que mostram muitos trabalhos bonitos. Na minha profissão, revelo mulheres com belas carreiras, que iluminam a vida”, conta Sue Nelson.

Para muitas mulheres a vida profissional é mais difícil do que chegar no espaço. “Desejo que todas possam ter o direito de seguir a carreira que almejam, e terem a liberdade em toda vida, desde a infância, quando precisam brincar não só com coisas de meninas, mas com o que desejarem”, disse Libby.

Uma das perguntas do público foi referente às últimas eleições e ao que se espera do próximo ano. Duília foi categórica. “Esse governo não vai ser para sempre, diferente da sua carreira. Meu conselho é: esqueçam ele. O governo Fernando Henrique Cardoso cortou 50% da pesquisa e não foi o final da ciência e nem do Brasil. Acredito que os próximos anos serão difíceis, mas nada vai acabar, pois vamos resistir. Não podemos ficar zangadas. Sugiro que todos passem uma mensagem positiva. Para um país ranzinza, pessoas felizes. Vamos enfrentar tudo com um sentimento positivo, contra um ambiente negativo.

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A sabedoria feminina na saúde

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No Festival WOW Rio mulheres discutem políticas de saúde pública

Em 17/11/2018 – Por Karen Garcia

A mesa “Saúde: poder masculino, sabedoria feminina” trouxe a saúde sob uma perspectiva cultural e enfatizou a necessidade de uma integração nas políticas públicas para garantir um atendimento eficiente para mulheres e LGBTQs. “O Brasil é o quinto país com maior número de feminicídio no mundo. Somos a nação onde, globalmente, mais se mata e morre LGBTQs. Isso sobrecarrega o Sistema Único de Saúde – SUS”, comentou Sônia Fleury professora e pesquisadora que é uma das idealizadoras do SUS.

A mesa foi composta por Edna Adan Ismail, fundadora e diretora do Hospital Maternidade, ativista reconhecida por sua longa dedicação à saúde pública e aos direitos das mulheres na África;  Sonia Hirsch, autora de 20 livros sobre temas fundamentais da saúde, como “Prato feito”, “Deixa sair” e “Só para mulheres”; Sonia Fleury psicóloga, mestre em Sociologia e Doutora em Ciência Política, e  pesquisadora do Centro de Estudos Estratégicos da FIOCRUZ.

Para Edna Ismail, o preconceito com as mulheres na área da saúde deve servir de impulsionamento para que sejam ainda melhores. “Quaisquer que sejam os obstáculos na sua carreira, você tem que acreditar em você mesma e seguir a sua paixão. Seja o que você aprenda ou o que faça. Assegure que será a melhor naquilo e vá em frente”, ressaltou a pioneira na luta para a eliminação da mutilação genital feminina no continente africano.

Aos 26 anos, Vitória Lourenço, pesquisadora e cientista social, conta que durante sua gravidez questionou o processo de obstetrícia e acabou se formando em doula e educadora perinatal. “Todos e todas nós em algum momento fomos gerados por uma mulher. É curioso olhar pesquisas voltadas para a temática materna e perceber que muitas das vezes não conseguimos entender as mães como mulheres também. É no mínimo contraditório tomar consciência de que a forma como as mulheres-mães são retratadas nas pesquisas sugere que elas são apenas números de uma estatística e resultados de uma equação”, refletiu Vitória ao comentar sobre o perfil das mulheres que morrem durante o parto no Estado do Rio de Janeiro.

Já Sonia Hirsch falou sobre a importância da prevenção e cuidados na promoção da saúde. “A saúde é um patrimônio. Segundo a OMS, os cuidados básicos são, em primeiro lugar, a promoção da saúde, seguida de prevenção às doenças, cura e reabilitação. Isso deve ser uma pauta de todos”, concluiu.

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Medalhistas compartilham suas dificuldades no segundo dia do WOW

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Preconceito e falta de patrocínio são alguns dos muitos problemas enfrentados pelas atletas

Em 17/11/2018 – Hélio Euclides

A mesa “Mulheres de ouro: o que as atletas e comunicadoras esportivas têm a nos dizer” foi composta por uma jornalista e quatro atletas. A mediação foi da nadadora Joanna Maranhão. As outras desportistas presentes eram: Aline Silva, da luta olímpica; Tuany Siqueira, arremessadora de peso paraolímpico; e Jackie Silva, ex-jogadora de vôlei. Karine Alves, do canal Fox Sport, representou comunicação esportiva.

Um dos temas abordados na mesa foi a impossibilidade, só superada nas Olímpiadas de 2012, das mulheres poderem participar de todas as modalidades da competição. Outra questão levantada foi a falta de patrocínio para as atletas. “No início, não conseguia dinheiro nem para o quimono. Hoje sou conhecida e ainda é difícil patrocinador. Tenho uma escolinha de luta, pois preciso devolver tudo o que o esporte me deu”, conta Aline Silva.

O preconceito de gênero e de raça também esteve em pauta. “Sou negra e tenho orgulho em dizer isso. O ruim é que no Brasil se julga pela cor. Nas redações em que atuei, nunca sofri racismo. Mas, por ser mulher, sempre tenho que provar que sou capaz”, relata Karine Alves.

Um momento em particular emocionou a plateia: o relato da para-atleta Tuany Siqueira, que deixou o judô após uma lesão e recomeçou a carreira no esporte paraolímpico. “Não é fácil recomeçar. Aprendi que no judô caímos e depois levantamos. Na vida também é assim: nossa missão é sempre levantar. Sou grata à vida”, revela.

Foto: Karina Donaria / AMaréVê

Tecnologia e mulheres influenciadoras também foram pauta do Festival WOW Rio

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Foto: Karina Donaria / AMaréVê

Tecnologia e mulheres influenciadoras também foram pauta do Festival WOW Rio

Em 17/11/2018 – Por Jéssica Pires

A tecnologia vem se tornando uma aliada cada vez mais importante e eficaz na luta pela garantia de direitos das mulheres, e são muitas que sabem muito usá-la! Na tarde do primeiro dia de Festival Mulheres do Mundo duas mesas trataram do poder da comunicação online e a da influência dela em nossos cotidianos.

 A primeira delas foi “A revolução já está acontecendo: o impacto social das blogueiras e influenciadoras digitais” com Ana Paula Xongani, formada em Design, sócia-fundadora e estilista da marca Xongani; Angélica Ferrarez, historiadora, professora e ativista social; Carla Fernandes, presidente da Associação Afroliz; e Maíra Azevedo, mais conhecida como “Tia Má”, jornalista, humorista e atriz. O diálogo lotou o auditório do Museu de Arte do Rio.

Logo depois, aconteceu a mesa “Troca de Experiências – Vozes das mulheres online, o que elas vem dizendo?” com Aparna Hegde, uroginecologista, pesquisadora e empreendedora social; Erika Smith, educadora popular da organização feminista transnacional no Coletivo Woman to Woman; Juliana de Faria, fundadora da ONG de direitos das mulheres “Think Olga”; e Lulu Barreira fundadora da “Luchadoras”.

Em ambas as discussões,  assuntos comuns como ativismo dessas e outras mulheres no combate ao racismo, ao machismo e à violência contra a mulher.