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Evento marca abertura do Festival Mulheres do Mundo – WOW no Rio

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Coquetel reúne idealizadores, apoiadores e patrocinadores do festival, que começa nesta sexta-feira, 16

Em 17/11/2018 – Por Eliane Salles

Na noite da última quinta-feira, 15, o Museu do Amanhã foi palco da abertura oficial do Festival Mulheres do Mundo – WOW. Participaram do evento, organizadores, apoiadores e patrocinadores da primeira edição na América Latina de um dos mais importantes movimentos de trocas e compartilhamentos de saberes e experiências entre mulheres de todo o mundo.

Apresentado pela jornalista Flávia Oliveira, a abertura contou com a presença e o depoimento de duas das principais responsáveis pela edição carioca do festival: Jude Kelly, idealizadorado movimento WOW e ex-diretora artística do Southbank Centre, e Eliana Sousa Lima, fundadora da Redes da Maré – entidade curadora do Wow Rio.

Na ocasião, Martin Dowle, diretor do British Council, Simon Wood, embaixador do Reino, e representantes da Prefeitura do Rio de Janeiro, Sesc, TV Globo, Museu de Arte do Rio, Museu do Amanhã, Fundação Ford, Instituto Unibanco, Itaú Social, Sebrae e Actionaid também foram chamados ao palco para falar da importância de apoiar a iniciativa. O evento foi encerrado com um show da artista Numa, uma roda de samba e um coquetel de confraternização entre os participantes.

Ancestralidade é tema de uma das mesas mais disputadas do festival

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Conexão com os antepassados africanos é fundamental para aprender sobre o passado, preservar a memória e construir o futuro do povo negro

Em 17/11/2018 – Por Eliane Salles

“Nossa energia vem da ancestralidade e sobreviveu à diáspora”. Este foi o tema de um dos Fóruns de Vivências mais concorridos do festival. A mesa reuniu Mãe Celina de Xangô, produtora cultural e gestora do Centro Cultural Pequena África; Grace Mary Moreira, ativista da cultura afro-brasileira e conselheira estadual de Políticas Culturais do Rio de Janeiro; Juliana Luna, consultora de moda e repórter; e Sandra Maria da Silva Andrade, quilombola e ativista.

Com trajetórias diferentes, as debatedoras tinham, no entanto, muitas crenças em comum, entre elas, a de que a conexão com a ancestralidade e a busca pela história dos africanos, sua religião, cultura, tradições e saberes, é fundamental para aprender o passado, construir o futuro e preservar a memória e as conquistas do povo negro.

Coincidentemente, o fórum foi realizado no Museu de Artes do Rio de Janeiro, na Zona Portuária e a cerca de 600 metros do Cais do Valongo, um dos principais locais de desembarque e comércio de africanos escravizados. Calcula-se que entre 1811 e 1831, tempo em que esteve em operação, cerca de um milhão de pessoas escravizadas tenham passado pelo local. “O negro nunca foi escravo. Ele foi escravizado. É diferente”, ensina Grace Mary Moreira, que é bisneta da Tia Ciata, uma das mais importantes figuras na criação do samba carioca.

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Mulheres debatem desenvolvimento sustentável e consumo

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Apesar de terem o potencial decidir sobre o consumo das famílias, mulheres não têm as mesmas oportunidades profissionais e de acesso ao crédito que os homens

Em 17/11/2018 – Por Karen Garcia

Sob a mediação da jornalista Sônia Bridi, Denise Hills, head de Sustentabilidade e Negócios Inclusivos do Itaú Unibanco; Mônica Guerra, mestre em planejamento e gestão urbana; e Rachel Biderman, diretora-executiva do World Resources Institute Brasil, compartilharam suas perspectivas sobre a participação das mulheres na sustentabilidade do planeta no Diálogo “Só há desenvolvimento sustentável com o protagonismo das mulheres”, realizado no primeiro dia da programação do WOW – Festival Mulheres do Mundo.

As especialistas comentaram sobre as estatísticas que apontam que a humanidade consome mais do que o planeta é capaz de produzir. Também conversaram sobre os grandes desafios climáticos, que, apesar dos esforços globais, ainda exigem “uma visão de urgência”.

Para as participantes, a transição desta mentalidade depende da participação ativa das mulheres, uma vez que possuem grande potencial de decisão no consumo das famílias. Constataram ainda que, apesar da participação nas decisões microeconômicas, os desafios no mercado de trabalho e a restrição de acesso ao crédito para as mulheres impedem seu protagonismo.

Programação WOW no Armazém

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O Festival Mulheres do Mundo também ocupa o Armazém do ladinho da Praça Mauá com diversas atividades propostas por mulheres incríveis!

Em 17/11/2018 – Por Camila Felix

Às 11h, no Espaço Nise da Silveira, acontece a oficina “Reflexões sobre autocuidado entre ativistas”. A oficina visa apresentar, através de dinâmicas de acolhida, exercícios integrativos e reflexivos, a importância do cuidado consigo e com as outras mulheres. Nesta atividade, serão compartilhadas as emoções, as aprendizagens na luta e as dores vividas, a partir da ideia de que o político é também pessoal.

Logo depois, às 11:30h, no Espaço Dandara, tem “Bebê Abayomi: identidade afrobrasileira – ação poética afetiva”. A oficina, conduzida pela artesã Lena Martins, promove o fortalecimento da autoestima e o reconhecimento da identidade afro brasileira. Através de brincadeiras e músicas, cada participante confeccionará um bebê negro, sem usar cola ou costura, utilizando retalhos de malha, tecidos e ervas aromáticas.

Na parte da tarde, às 14h, acontecerá a performance “Trabalhos de parto”, onde a autora Marcia Zanelatto apresentará através de uma performance seu processo de trabalho sobre a peça escrita sob encomenda para o Birth Debate/ Royal Exchange Theatre/ UK, em que faz uma documentação poética do parto em 5 gerações de sua própria família.

A oficina “Instagram para iniciantes: conhecendo a ferramenta. Como ela pode impulsionar o meu empreendimento?” vai acontecer às 14:30h no Espaço Nise da Silveira. A oficina propõe apresentar como o Instagram pode ser útil para a divulgação de um empreendimento, desde o planejamento até o monitoramento dos resultados, apresentando as suas principais funções e possibilidades. O objetivo é aprofundar sobre como esta mídia funciona e de que forma as empreendedoras podem usá-la a seu favor.

“Quão seguras são as ruas da cidade para mulheres?”, a oficina itinerante levanta essa questão a partir das 16h. Leve o seu smartphone para participar da atividade que, além de debater a questão de direito da mulher à cidade feminina, será realizado um treinamento com o aplicativo Safetipin para conduzir uma auditoria de segurança nas ruas da região portuária do Rio de Janeiro.

No Espaço Márcia X, às 18h, acontecerá o espetáculo “Revolta Lilith” que celebra a desobediência das mulheres em diferentes tempos e espaços. A peça parte do mito pouco conhecido de Lilith, considerada a primeira mulher que viveu no Paraíso. Para alguns, ela teria sido expulsa e se tornado uma “demônia”. Nesta peça, Lilith foge do Paraíso, parte em exílio e organiza uma revolta.“Eu não estou nos livros. Eu não estou nos espetáculos. A minha língua nunca é a deles.” Revolta Lilith é o encontro entre quinze mulheres multi-artistas de diferentes áreas, da dramaturgia à direção, passando pela música, vídeo, dança, luz, figurino e artes visuais. O espetáculo se concentra na fronteira entre a performance, o teatro e o cinema.

Visite o Armazém e aproveite para conhecer a Feira DELAS, com a presença de 200 iniciativas lideradas por mulheres!

Acessibilidade é sinônimo de respeito

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Mulheres conversam sobre um mundo não adaptado e as possibilidades de torná-lo mais acessível

Em 16/11/2018 – Por Hélio Euclides

A mesa “Pode haver democracia sem acessibilidade?” discutiu a necessidade de políticas públicas que garantam os direitos dos cidadãos e cidadãs à acessibilidade. “É preciso escolas bilíngues para uma verdadeira inclusão. Ninguém pensa, mas não existe uma delegacia para mulheres surdas, falta informações para gente. O surdo também não pode se esconder, precisamos ocupar nosso lugar”, diz Patrícia Luíza Rezende, membro da Federação Nacional de Educação e Integração Representativas dos Surdos. A mesa foi mediada por Maria Antônia Goulart, cofundadora e coordenadora geral do Grupo de Trabalho Nacional de Criatividade e Inovação.

Para Tanzila Kahn, ativista do Paquistão, a família e os amigos são fundamentais para que o deficiente físico siga em frente. “Meus pais sempre disseram que eu podia, e dessa forma, me formo em direito. Acho que falta a tecnologia olhar para o deficiente, pois quando fazem algo de novo, precisamos da ajuda de alguém”, revela.

Leila Scaf. vice-presidente do Centro de Vida Independente (CVI-Rio) discorda da colega de mesa. “Meu pensamento é que a tecnologia é uma ferramenta de inclusão. A minha sugestão é que sejamos convidados para outras mesas com temas que não sejam apenas de acessibilidade, temos que falar de outros assuntos que envolvam os nossos conhecimentos”, recomenda.

Mulheres e Agroecologia – tudo a ver

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AGROECOLOGIA E MULHER, TUDO A VER ? Karina Donaria / AMaréVê

Mesa debate o papel da mulher na agricultura, no agronegócio e nas questões relacionadas ao meio ambiente

Em 16/11/2018 – Por Hélio Euclides

A mesa mediada pela bióloga Julia Rossi, do Muda Maré, falou sobre a estreita relação entre a agroecologia e a mulher. A discussão foi completada por Beth Cardoso, técnica de tecnologias alternativas; Francisca Nascimento, militante do Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babuçu do Piauí; Verônica Santana, representante da Articulação Nacional de Agroecologia; e Maria Emília Pacheco, antropóloga e assessora da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase).

Na pauta central do Diálogo, a ligação das mulheres com a energia da terra. “Esse espaço é importante para mencionar que a mulher trabalha a semente, para que tenha qualidade; e o homem [a] planta. No final, só eles são considerados vitoriosos”, diz Verônica Santana. Colega de mesa, Francisca Nascimento comentou as relações de poder da agricultura familiar. “Além do agronegócio, a mulher, muitas vezes, precisa bater de frente com o vizinho agricultor. Por isso, a necessidade do investimento do trabalho do tema da agroecologia nas nossas famílias”, diz.

Outros temas abordados no Diálogo foram a maneira como, no processo do agronegócio, as mulheres se revelam lideranças fundamentais na defesa de direitos e como são vítimas imediatas dos efeitos das mudanças climáticas. “A mudança climática traz um trabalho excessivo para a mulher, pois ela que carrega água na cabeça, por distâncias enormes, enquanto o homem marca futebol e foge do compromisso”, denuncia Francisca Nascimento.