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A necessidade de capacitação para atendimento à pessoas LGBTQIAPN+ na Maré

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Os benefícios do investimento em diversidade nos negócios

Gabriel Hortsh

No cenário do empreendedorismo da Maré, onde a diversidade é tão rica quanto as opções que dominam os cardápios dos bares e restaurantes, surge uma verdade incontestável: o respeito não apenas enriquece as relações, mas também impulsiona o sucesso financeiro dos estabelecimentos locais. 

De acordo com o Censo de Empreendimentos da Maré (2014), há 3.182 empreendimentos nas 16 favelas. Desses, 1.118 (37,9%) são voltados para o setor de alimentos e bebidas. Diante dessa realidade, a necessidade de capacitação LGBTQIAPN+ nos negócios se apresenta como um investimento não apenas na promoção da igualdade, mas também na construção de ambientes mais acolhedores, inovadores e lucrativos. Você sabe quais os benefícios que a inclusão e a formação específica trazem para o comércio local?

Nunca é tarde para aprender

Orientação sexual: É sobre a atração emocional, romântica ou sexual que uma pessoa sente em relação a outras pessoas. Ou seja: É como escolher o sabor do sorvete que você gosta. Algumas pessoas gostam do sabor de uva (gostam de pessoas do sexo oposto), outras preferem o sabor de melancia (gostam de pessoas do mesmo sexo), e algumas gostam de um mix de sabores, como napolitano (gostam de pessoas de mais de um sexo). É sobre sentir um gostinho especial por alguém. Exemplo: Heterossexualidade: Atração por pessoas do sexo oposto. Homossexualidade: Atração por pessoas do mesmo sexo. Bissexualidade: Atração por pessoas de mais de um sexo. Pansexualidade: Atração por pessoas independentemente do gênero.

Identidade de gênero: É sobre se sentir e reconhecer como homem, mulher, ou outra identidade. Ou seja: Pense na identidade de gênero como a casquinha do sorvete. Às vezes, a casquinha é de chocolate (quando a identidade de gênero é igual ao que as pessoas esperam e determinam quando você nasce), mas, para algumas pessoas, a casquinha pode ser diferente, como de morango (quando a identidade de gênero é diferente do que as pessoas pensaram inicialmente). Exemplo: Alguém pode se identificar como cisgênero, significando que sua identidade de gênero corresponde ao sexo atribuído no nascimento, ou como transgênero, significando que a identidade de gênero é diferente do sexo atribuído no nascimento.

A orientação sexual está relacionada ao desejo romântico ou sexual de uma pessoa, enquanto a identidade de gênero está relacionada à profunda compreensão que ela tem de seu próprio gênero.

A diversidade é aliada de qualquer empreendedor

Combater a transfobia no comércio requer estratégias que promovam a inclusão e a conscientização. Pensar nisso pode alavancar seu negócio, ignorar pode impedi-lo de crescer. Fazer a egípcia, no sentido de ignorar os problemas, pode contribuir para um ciclo de violência prejudicial a muitas pessoas. Vamos mudar este cenário?

Treinamento: Oferecer treinamentos para funcionários sobre diversidade, identidade de gênero e sensibilização à transfobia. Isso pode promover o entendimento e a empatia.

Equipe: Buscar ativamente a diversificação das equipes, garantindo a presença de pessoas de diferentes identidades de gênero. Melhor do que levantar a bandeira, é vermos ela representada nas equipes, isso ajuda a criar ambientes mais inclusivos.

Parcerias: Colaborar com organizações locais LGBTQIAPN+ para obter orientação e apoio na criação de ambientes inclusivos. Muitos grupos e instituições na Maré promovem a diversidade. Você já conhece a história da instituição Grupo Conexão G (@conexaog) ou o projeto Entidade (@entidademare)?

Estas são apenas algumas das inúmeras práticas que você pode implementar. Agora é o momento de agir! Transformar a realidade no seu estabelecimento não só fortalece a sua marca, mas também contribui para a construção de uma comunidade mais justa e acolhedora na Maré. Vamos juntos construir esse caminho de respeito e prosperidade.

Inauguração de espaço de eventos celebra os 30 anos do bairro Maré

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Lideranças se reúnem no novo espaço de eventos do Parque União

A delimitação do bairro Maré foi instituída pelo decreto nº 7.980, de 12 de agosto de 1988. A lei anexava as dezesseis favelas espalhadas por 800 mil metros quadrados, ao longo da Avenida Brasil e cortados pela linhas Vermelha e Amarela e pela Avenida Brigadeiro Trompowski, a antiga 30ª Região Administrativa.

Só depois de quase seis anos da aprovação do decreto de delimitação, o Conjunto de Favela da Maré tornou-se efetivamente um bairro carioca. Isso aconteceu em 19 de janeiro de 1994 por meio da aprovação da Lei nº 2119. segundo o Censo Populacional da Maré de 2013, o bairro tem uma população de 139.073 habitantes. Se fosse uma cidade, ficaria em 24º lugar entre as 92 que compõem o Estado do Rio de Janeiro, na frente de municípios como Araruama.

Na última sexta-feira (19/01), quando exatamente se comemorava três décadas da criação do bairro Maré, a Associação de Moradores do Parque União reuniu lideranças locais para um evento. O presidente da associação, Roberto Estácio fez um discurso para lembrar a data. “A Maré é um bairro, algo que tem gente que nem sabe disso, com quase 200 mil habitantes, tendo 16 sub-bairros. Só falta agora o poder público olhar para nós com uma população que tem capacidade, que podemos fazer as coisas, pois temos muitos bons profissionais, sendo um lugar de trabalhadores”, destaca.

Estácio fez questão de realçar que o bairro faz parte da cidade do Rio de Janeiro, mas que ainda precisa de reconhecimento. “A constituição fala de igualdade, mas a polícia bate na porta para saber o que estamos fazendo. Outro exemplo é a diferença de tratamento de empresas que prestam o serviço na Zona Sul e aqui no Parque União. A mensagem que desejo deixar nessa data é: será que devemos sempre ser vistos dessa forma? Quando uma pessoa morre dentro do Parque União, ninguém quer retirar o corpo, ainda bem que temos a parceria de uma funerária que nos ajuda”, disse. 

Por fim, agradeceu as lideranças que ajudam os moradores da Maré e inaugurou oficialmente o Espaço Lazer, que fica em frente a passarela do BRT, no Parque União.

ARTIGO: IBGE volta a usar termo favela, entenda o olhar de Letramento Racial Favelado

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IBGE volta a usar termo favela no censo após 50 Anos

Por Flavinha Cândido*

Em um marco histórico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou a retomada do uso do termo “favelas e comunidades urbanas brasileiras” no Censo. Essa mudança encerra um período de cinco décadas em que expressões como “aglomerados urbanos excepcionais” eram utilizadas. Essa decisão, anunciada na última terça-feira (23), surge não apenas como uma mudança de termo, mas como um reconhecimento da importância de dar voz e visibilidade a localidades historicamente marginalizadas.

A decisão do IBGE é, em grande parte, uma resposta à demanda dos próprios moradores dessas localidades. O retorno do uso do termo “favela” está ligado à reivindicação histórica por reconhecimento e identidade dos movimentos populares que há décadas clamam por uma representação autêntica e respeitosa de suas realidades. Essa mudança é mais do que um ajuste linguístico; é um ato político que ressoa com o poder da autodefinição.

Ao incorporar o complemento “comunidades urbanas”, o IBGE não apenas reconhece a diversidade de terminologias adotadas por esses locais, mas também evidencia uma abordagem inclusiva que reflete uma compreensão sensível da multiplicidade de experiências presentes nessas áreas urbanas. Essa mudança de perspectiva não se limita apenas a uma questão de nomenclatura; ela representa um reconhecimento genuíno da riqueza cultural e da identidade dessas comunidades.

No contexto do letramento racial, essa decisão do IBGE ganha ainda mais relevância. Termos como “favela”, agora abordados com um sentido mais respeitoso, têm sido objeto de ressignificação por líderes e intelectuais que emergem desses territórios historicamente negligenciados. A Deputada Renata Souza, defensora dos direitos sociais, destaca que “chamar esses lugares pelo nome que seus moradores reconhecem é um ato de respeito e reconhecimento da sua existência e cultura”. 

A jornalista Gizele Martins, ao evidenciar a relação entre negação de nome e violência simbólica, enfatizou: “Negar o nome é uma forma de apagar a memória, é uma violência simbólica que perpetua estigmas e desigualdades”. Essa compreensão profunda da influência da linguagem na construção de narrativas destaca a razão pela qual essas lideranças têm se dedicado a empoderar a linguagem, recusando-se a aceitar narrativas estigmatizadas e insistindo na redefinição das favelas como espaços de potência e resiliência.

A Escritora Carolina Maria de Jesus, conhecida por seu diário impactante, enfatizou a importância da reivindicação dos humildes: “Escrevo para que aqueles que já foram humilhados se orgulhem de sua vida. (…) Aqui começa a reivindicação dos humildes, aqui começa a valorização dos humilhados. E é uma revolução”.

A saudosa Vereadora Marielle Franco, cuja voz continua a ecoar, proclamou: “A favela não é só ausência de direitos, é território de luta e resistência”. Suas palavras destacam que as favelas não são apenas espaços geográficos, mas verdadeiros centros de cultura, resistência e identidade.

Eliana Sousa e Silva, diretora e fundadora da Redes da Maré, também destaca a necessidade de reconhecimento, ao afirmar: “Chamar esses lugares de favelas é um reconhecimento da riqueza de suas histórias e de seus moradores”. Essa citação ressalta a importância de honrar a identidade e história dessas comunidades ao utilizar termos que refletem suas próprias autodefinições.

As falas destas mulheres, Faveladas, ecoam e refletem o poder transformador dessas vozes influentes, que não apenas rejeitam a estigmatização imposta, mas também trabalham ativamente para redefinir a narrativa das favelas. Elas desempenham papéis cruciais no processo de empoderamento da linguagem, desafiando as estruturas de poder existentes e contribuindo para a construção de uma narrativa mais justa e inclusiva para as comunidades historicamente marginalizadas.

Ao dar protagonismo às vozes dessas lideranças, podemos compreender a favela não apenas como um espaço geográfico, mas como um locus de resistência, cultura vibrante e mobilização política. A resignificação do termo é um ato de empoderamento que desafia estereótipos arraigados, convidando-nos a reconhecer a complexidade e a riqueza dessas comunidades.

Neste cenário de mudanças linguísticas e reivindicações de identidade, o IBGE não apenas atualiza seu léxico, mas também participa de uma narrativa mais ampla de empoderamento e reconhecimento. Respeitar a autodefinição dessas comunidades é uma forma de letramento racial favelado, uma oportunidade de ampliar nossa compreensão coletiva e construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

*Flavinha Cândido é idealizadora da pagina Letramento Racial Favelado, professora de Língua Portuguesa e Literaturas Pré vestibular Comunitário Estudando Pra Vencer, formada em Letramento Racial no Instituto Ayó e Assessora Parlamentar.  

Alegria, afeto e política como estratégias para empoderar mulheres LGBTQIAPN+

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Indo na contramão das narrativas que não apuram a vivência das pessoas LGBTQIAPN+ e trazendo o conceito de escrevivência da escritora Conceição Evaristo como referência, precisamos falar da resistência da comunidade que se expressa dentro e fora do conjunto de favelas da Maré.

Juliana Neris

Lesbocídio

Apesar da violência não ser o foco, é impossível não falar dela, já que em 2022 o Brasil registrou, em média, duas mortes de pessoas LGBTQIAPN+ a cada três dias.

O dossiê foi realizado pela Associação Acontece LGBTI+, pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), que cobram políticas públicas para diminuição da violência e a produção de dados governamentais.

Quando olhamos para mulheres lésbicas e bissexuais que vivem em favelas e periferias, os dados disponíveis são praticamente inexistentes e a ausência de registros oficiais subestima a gravidade do problema. O dossiê sobre lesbocídio, desenvolvido a partir do projeto de pesquisa A história que ninguém conta, da pesquisadora Camila Rocha Firmino, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), busca preencher essa lacuna.

Segundo a publicação, 55% dos casos de violência acontecem em lésbicas não-feminilizadas, ou seja, que não se adequam ao padrão de feminilidade que a sociedade impõe às mulheres; e 83% são mortas por homens.

Recentemente, em dezembro de 2023, a notícia do brutal assassinato de Ana Caroline Sousa Câmpelo, uma jovem de 21 anos encontrada morta com sinais de extrema crueldade no Maranhão, provocou indignação na comunidade local. É a narrativa de morte que busco mudar, sem romantismos, mas sabendo que o amor e o afeto LGBTQIAPN+ é um ato de resistência.

Afeto e política

Na Maré, surge um espaço revolucionário além dos encontros casuais regados a churrasco e cerveja. Um local onde a alegria não é apenas um sentimento, mas sim a estratégia política principal, abrindo caminho para a cultura, o acolhimento e a defesa dos direitos das mulheres lésbicas. Dayana Gusmão, uma das fundadoras da Casa Resistências da Maré, destaca a influência crucial do fotógrafo falecido em 2021, Bira Carvalho, em sua jornada pessoal e na formação deste projeto. Em suas palavras, “a alegria é a maior potência da favela.”

A coletiva prioriza diálogos sobre afetos antes de abordar o tema da violência. Para elas, discutir violência sem mencionar o amor seria injusto. A base dessa casa é a alegria, que se abre para todas as mulheres LBT como um espaço seguro.

Em um contexto extremamente patriarcal, em que rivalidades entre mulheres são fomentadas, o estímulo ao amor entre elas desafia a estrutura da sociedade. Assim, o afeto se torna não apenas uma abordagem, mas sim uma vertente política, entendendo que qualquer demonstração de afeto pode desencadear violência após experiências traumáticas. A fundadora do coletivo relata que das 39 mulheres acolhidas na Casa, 38 sofreram violência praticada por familiares.

Este refúgio tornou-se um farol para mulheres na favela, criando uma rede de apoio vitalícia. A atenção e cuidado são transmitidos a cada chegada e partida das acolhidas, mantendo a Casa Resistências da Maré comprometida com a missão de promover o afeto como semente, rede e ato político.

Paloma Marins, coordenadora de empregabilidade, destaca a confiança como uma das mais significativas demonstrações de afeto. Ela ressalta a importância de cuidado, acompanhamento e a inspiração da vereadora Marielle Franco, lutando não apenas por saúde mental, mas também por espaço e confiança como expressões de afeto.

Para além das soluções racionais, como investimento em políticas públicas, percebe-se a centralidade dos processos subjetivos, em que a sensação de segurança é alcançada na presença de seus pares. Esse projeto transcende barreiras físicas e políticas, erguendo-se como um farol de esperança, no qual o afeto é a ferramenta poderosa que impulsiona a resistência e a transformação social na Maré.

Inscrições abertas para curso de construção de barcos na Ilha do Fundão

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Pescadores participam de formação de aprendiz de construção de barcos

Por Alex Gomes e Hélio Euclides

No futebol quando o peladeiro se ausenta por causa de uma contusão é comum falar que ele foi para o estaleiro. Contudo, o estaleiro vai além disso, é o lugar onde se constroem e reparam embarcações, com a presença do profissional soldador. Já um estaleiro escola forma pessoas para a habilidade na construção de navegações. A Universidade do Mar realiza o curso que se encontra com inscrições abertas para a turma de aprendiz em construção naval artesanal. O curso acontece no Hangar Náutico da UFRJ, na Ilha do Fundão. 

Em 22 de setembro de 2023 foi realizada a primeira edição do curso. Foram quase 300 inscritos, com a seleção de 40 alunos e alunas. A formatura ocorreu no dia 7 de dezembro de 2023, tendo 35 alunos e alunas que concluíram o curso. A Universidade do Mar, da Baía de Guanabara, está formalmente criada desde março de 2022. A problemática é que desde novembro de 2021 o Governo do Estado vem embarreirando o uso da Ilha de Brocoió. Enquanto isso, a Universidade do Mar funciona na Ilha do Fundão, junto ao Estaleiro Escola da Baía de Guanabara.

Para Sergio Ricardo, ambientalista e coordenador do Movimento Baía Viva, é importante a presença de pescadores das favelas no curso. “Tivemos alguns alunos da Ilha do Governador, um de Ramos, dois da Ilha do Fundão, que legalizaram uma associação recentemente, mas não tivemos nenhum da Maré. Vale ressaltar, que os alunos construíram um barco e a aula inaugural foi com o navegador e escritor Amyr Klink”, destaca.

Contagem regressiva das inscrições

Para a segunda turma, as inscrições vão até 26 de janeiro, de forma on-line. O novo curso terá 20 vagas. A previsão para o início das aulas é 26 de fevereiro, com duração de cinco semanas. O Estaleiro Escola da Baía de Guanabara é um projeto educativo para recuperar a carpintaria naval nas comunidades de pesca de sete municípios do Estado: Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Niterói, Rio de Janeiro e São Gonçalo. 

Podem se inscrever na segunda turma do Curso de Carpintaria Naval Artesanal, qualquer pessoa acima de 18 anos, que tenha vínculo familiar com as comunidades pesqueiras da Baía de Guanabara. A prioridade do curso será para pescadores, catadores de caranguejos e maricultores, além de construtores navais artesanais. As aulas serão ministradas por professores da UFRJ e mestres carpinteiros com grande experiência. Os certificados de conclusão do curso serão emitidos por instituição técnico-científica (UFRJ) para os alunos e alunas que obtiverem 80% de frequência às aulas presenciais e virtuais, atividades de intercâmbio e oficinas.

Esse curso de extensão está sendo desenvolvido através de uma parceria firmada entre a Associação de Pescadores Livres de Tubiacanga (APELT), o Movimento Baía Viva e o Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (NIDES/UFRJ) e apoio da Reitoria da UFRJ. O Estaleiro Escola recebe apoio institucional do Funbio, por meio do Projeto Educação Ambiental. É uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa PRIO, conduzida pelo Ministério Público Federal – MPF/RJPara mais informações: (21) 96536-6208 (WhatsApp). As inscrições estão disponíveis no link até dia 26, próxima sexta-feira.

Dominick Di Calafrio se eterniza como estrela da Maré

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Mareense, atriz e referência da cena ballroom morre aos 28 anos

Dominick Di Calafrio, de 28 anos, cria da Nova Holanda, morreu na noite deste domingo (21). Modelo, bailarina, atriz, referência da cena ballroom no Rio de Janeiro também era reconhecida como Statement Baronesa Dark Retinta Cosmos. Com um legado de luta no movimento LGBTQIAPN+, Dominick deixa na memória de todos, além da sua vivências, suas perfomances artísticas na ocupação Noite das Estrelas, do coletivo Entidade Maré.

O Maré de Notícias lamenta profundamente essa perda e se solidariza à família, amigos e toda comunidade LGBTQIAPN+ da Maré e da cidade.

A despedida de Domynick será nesta terça-feira (23), no cemitério São Francisco Xavier. Velório às 10h, na Capela 1 e sepultamento às 14h.