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Partilhas de Afeto

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Por Bruno Damião, em 25/09/2022 às 9h

A turma de consciência corporal da Escola Livre de Dança da Maré me recebeu como professor em 2016, e desde então, viemos criando modos de cuidar de si e partilhar esse cuidado com outras pessoas. Embora a Escola não tenha nenhuma determinação a respeito do público da turma – se seriam homens, mulheres, crianças ou adultos, a turma foi,  naturalmente, se compondo por mulheres a partir dos 30 anos;  e sem ter uma idade limite, temos assim, alunas em torno dos  80 anos. 

Ao descobrir o que seria consciência corporal para essa turma, me aproximei de técnicas corporais que consideram o cuidar do corpo através do movimento. E assim, fizemos; encontramos no movimento de dança a escuta do nosso corpo. Foi, e está sendo por meio da mobilidade que encontramos o relaxamento, força, alongamento e a soltura que nossos corpos precisam para produzir, entre tantos benefícios, o bem estar. Isto é,foi levando alguns exercícios fixos e rígidos para o prazer da dança, que encontramos o nosso modo de construir consciência corporal. 

A turma, como é vista hoje, está junta desde 2016, E nestes anos passamos a conhecer maneiras de cuidar uma das outras e de como levar esses cuidados para fora do espaço da sala. Costumo dizer que, em nosso dia a dia no Centro de Artes construímos práticas de cuidado e afeto que, como sementes, se espalham, em nossos caminhos pela Maré. Tanto é, que a cada semestre, novas pessoas se achegam a este belíssimo grupo – a escola acolhe também essa rotatividade, porque para além das mais de 40 alunas inscritas, recebemos alunos que vêm visitar, conhecer nossas práticas de autocuidado e partilhar de carinho e boas energias que construímos aqui, no Galpão da Escola Livre de Dança.

Com o passar dos anos, nós – professor, alunas e escola – estabelecemos uma relação de carinho e cuidado mútuo. Tivemos a chance de partilhar histórias de nossas origens e raízes que, são em grande parte nordestina, e hoje se espalham por toda Maré e pela Cidade. Pudemos acolher nossas diferenças ao ouvir a amiga falando de si quando nos reunimos para tomar café juntas/os. Estivemos e estamos juntas/os para nos abraçar e acolher angústias trazidas por períodos duvidosos e assustadores como estes últimos anos. 

E agora, retornando a nos encontrar presencialmente, seguimos traçando nossos caminhos de muitos passos.. Passos de dança, passos de companheirismo. Neste trajeto, a gente alimenta nosso percurso através das trocas de sorrisos, abraços, apertos de mão e danças que colocamos em movimento a girar pelo espaço da sala. Nosso girar se amplia em um espiralar que começa em nossa sala de aula –  como uma criança que brinca em seu quintal – e ele transborda em afetos por tantos outros quintais da Maré.

A valorização dos encontros é uma das vantagens apontadas pelas alunas | Foto: Douglas Lopes

Enquanto professor, eu tenho a chance de ouvir diversos depoimentos que ilustram o quanto as práticas das aulas de Consciência Corporal faz bem as minha alunas, por isso, convido duas delas para compartilhar seus depoimentos com vocês também: 

Eu já faço a aula com Bruno há 6 anos; é uma aula que mexe com a mente, com o corpo e  alma da gente. Essa aula renova tudo na gente. E eu gostaria que fosse mais dias… uma vez só na semana não dá, se fosse umas duas vezes na semana seria  melhor;  ele é muito animado. A gente adotou ele como filho adotivo e a gente adora muito esse professor. É uma aula maravilhosa! Nossa… E eu amo essa aula e as pessoas que estão nela também. A gente parece até uma família, quando chega alguém triste, desanimado a gente faz de tudo para a pessoa se animar; aí, a pessoa entra bem triste e quando saí, saí completamente renovada. Tem pessoas que até não tem ido mais as aulas, mas mesmo assim  eu falo:  “aparece lá na aula, poxa tá fazendo falta, vai lá fazer a aula, a aula é muito boa” daí quando a pessoa volta ela diz: “poxa, eu nem devia ter saído dessa aula, como eu tô perdendo…” É uma aula ótima, muito maravilhosa; é um exercício diferente o que a gente faz: a gente faz exercício, dança, brinca, sabe?! A gente lembra até de músicas do tempo da infância, daí a gente começa a dançar, a brincar, rir… É  muita emoção, muita emoção pro coração. (Ana Lúcia, 60 anos)

Para a Jorgelita, carinhosamente conhecida como Lita, não é muito diferente. Ela começou a fazer as aulas de consciência corporal em meados de 2018 por convite de sua amiga Ana Lúcia. E, embora adore dormir, Lita acorda cedo para as aulas de Consciência corporal, onde também tem a chance de encontrar sua turma. “Adoro estar com todo mundo. Quando eu não estava fazendo nada, tinha muita preguiça, agora eu já percebo a mudança no meu corpo: depois que eu comecei a participar das suas aulas, olha, eu tô outra pessoa”, afirma ela.

Lita é mais uma a ressaltar a paixão pela atividade e a construção de relacionamentos que ela representa. “As amizades que a gente conseguiu fazer ficam para a vida. Somos uma família, tanto é que, se alguém tem algum problema, outra vai se esgueirando, chegando perto para tentar ajudar. A gente está resolvendo os nossos problemas. E temos as nossas festas também. Quero guardar cada um de vocês (integrantes do projeto) para o resto da minha vida”, afirma Lita, aos 63 anos.

Esses depoimentos, são também, o registro e comprovação da importância das aulas de consciência corporal para esse grupo. Eles, inclusive, ressaltam como a construção, manutenção e cuidados para com essa turma precisam e devem ser garantidos. Sendo assim, é seguro afirmar que, nosso trabalho com a turma parte do cuidado com o próprio corpo. É um olhar e ação que facilita e promove o bem estar e a valorização da saúde deste grupo que frequenta a Escola Livre de Dança da Maré. Além disso, esses cuidados, felizmente, se espalham por outros espaços e ampliam essa linda rede de partilha de afeto.

Bruno Damião é artista-pesquisador em dança. Professor de dança no Colégio de Aplicação da UFRJ e professor de consciência corporal na Escola Livre de Dança da Maré desde 2016. É mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da UFF

Colagista da Maré defende a arte para descolonização

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O painel de imagens da edição de setembro do Maré de Notícias destaca o trabalho da artista Stefany Vital da Silva, mareense de 23 anos. Produtora cultural, pesquisadora, artista multidisciplinar e gestora do brechó Jeans Ancestral, a colagista mora na Rubens Vaz. “Eu me considero e me afirmo como redatora dos saberes daqueles que vieram antes e de quem está por vir”, diz.

“Inicialmente a minha identificação com a colagem vem antes mesmo de saber que seria uma conexão com o saber ancestral. Aos 10 anos eu utilizava colagens para encapar os cadernos escolares que recebia da Prefeitura pois não me identificava com eles. Minha mãe, à época, não tinha uma condição financeira tão boa para investir em cadernos de personagem. Na ausência da identificação e na não identificação, comecei a usar a colagem para me expressar”.

Stefany conta que a relação com as múltiplas facetas da realidade tem, na história dos seus familiares  — em boa parte, nordestinos da zona rural da Paraíba — “um encantamento para manter vivas nossa história e memória”. Para unir meios como fotografias, relatos orais, saberes dos mais velhos e tecnologia, ela usa ”a técnica da colagem como ferramenta de comunicação de sentidos; que seja importante e grandioso para quem vê”. 

Confira o trabalho de Stefany nas imagens a seguir:

Evento na Maré discute importância da acessibilidade nos espaços de cultura

Dois dias de conversas e oficinas para a inclusão ocorreram no Galpão Bela Maré

Por Hélio Euclides, em 23/09/2022 às 18h43

No dia a dia, há a ausência de rampas nas calçadas, banheiros pequenos e sem adaptação, postes que impedem a passagem, falta de identificação em braile, construções e reformas mal projetadas e carência de profissionais capacitados em Libras ou falta de um Tradutor. Essas são algumas das barreiras para as pessoas com deficiência. Somado a tudo isso, ainda existe a discriminação, a falta de investimento e a precariedade da infraestrutura. Esses obstáculos foram os temas de debate da Jornada da Acessibilidade na Cultura, dois dias de programações realizadas no Galpão Bela Maré (22 e 23 de setembro). 

Com uma programação que promove debates, atividades educativas e oficinas, a jornada faz parte da Semana da Luta das Pessoas com Deficiência, realizada pelo Observatório de Favelas. Mesmo possuindo aproximadamente 24% da população com algum grau de deficiência, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda não há ações de políticas públicas suficientes voltadas para essa parcela da população. Os dois dias foram escolhidos para direcionar um olhar sobre as pessoas com deficiências (PcD) e a acessibilidade no contexto das artes. 

Gilson Plano, coordenador do Galpão Bela Maré, acredita que o tema da jornada é algo relevante para toda população. “Nós estamos propondo pensar na acessibilidade, com um olhar sobre as artes. A jornada nasce com o diferencial de trazer o tema para a favela e a periferia. É necessário a existência de instituições de artes que valorizem a inclusão”, diz. Isso se soma ao papel principal do Galpão Bela Maré, que é propor agendas de superação de desigualdades e de fortalecimento da democracia, construindo processos cada vez mais consistentes, através das artes.

Na quinta-feira (22), ocorreu uma roda de conversa sobre o tema: práticas acessíveis em mediação cultural, com profissionais que valorizam ações de inclusão. Já na parte da tarde a oficina de robótica artística teve uma didática diferenciada para crianças e adolescentes. Ambas reuniram estudantes, professores, gestores e moradores. “O evento nos fez meditar sobre a acessibilidade como algo sensível, que precisamos abraçar. Fiquei feliz com um evento de acessibilidade na cultura para a galera da favela, algo que não existe onde moro e nem na faculdade. Infelizmente a arte ainda é elitizada”, expõe Yasmim Bonfim, moradora de Itaguaí e estudante do curso de pintura, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Crianças também participaram de atividades da Jornada da Acessibilidade na Cultura | Foto: Ramon Vellasco

O Galpão Bela assumiu o compromisso de realizar ações acessíveis e de organizar uma estrutura mais inclusiva. “Nosso pavilhão principal é todo acessível, com banheiro adaptado. O projeto futuro é um elevador para que todos possam ter acesso ao segundo pavimento. Todo mês temos contação de histórias com comunicação em Libras, com disponibilidade do material no site. Também promovemos sessões azuis de exibição de filmes, para quem menos precisa de estímulos à luz, como os autistas”, detalha o coordenador. 

Ele explica que o movimento começou a ser pensado no início do ano, para um acolhimento à população com deficiência em espaços culturais. “Essas ações impactam o território, causam o debate e nos fazem multiplicar o desejo de ambientes mais inclusivos”, conclui. Nesta sexta-feira, o evento teve como destaque o batismo do Galpão Bela, na oficina de poesia surda, com uma cerimônia da comunidade surda para a criação de uma identificação única do local.

Manutenção de smartphones gera renda para jovens mareenses

Após concluir curso oferecido pela Redes da Maré, a jovem Raiane Gomes, de 22 anos, deseja se especializar na área

Por Jéssica Pires, em 23/09/2022 às 8h

Apesar da curiosidade ser uma característica de Raiane Gomes, moradora da Nova Holanda, a jovem de 22 anos viu a oportunidade de se especializar na área de manutenção de celulares a partir do curso de formação do eixo de educação da Redes da Maré. O curso faz parte do projeto “Nas Ondas da Maré”, que promove a formação profissional em informática para jovens moradores, fornecendo qualificação e ampliando o campo de possibilidades na área da tecnologia da informação. 

Raiane comentou que conhece o trabalho e os cursos oferecidos pela Redes da Maré há um bom tempo, mas só soube do curso de manutenção de smartphones através das redes sociais: “Antes de conseguir a vaga, eu já estava fazendo consertos de celulares por fora, porém não sabia tudo. Vi no curso uma maneira de me especializar. Hoje tenho vontade de trabalhar na área”.

A mareense enumera as diversas técnicas que aprendeu na formação, porém destaca que o maior aprendizado foi perceber que “através do meu esforço e dos meus estudos, consigo alcançar meus objetivos”. Raiane conta que chega a faturar R$ 200 em apenas um dia com os consertos que realiza, o que representa, na casa onde reside com os pais, duas irmãs, um sobrinho e dois cachorros, a maior renda da família. 

A jovem tinha planos de abrir uma loja, mas como o trabalho em casa tem dado resultados positivos, no momento pretende investir em mais estratégias de comunicação para alcançar mais clientes. “Tem sido incrível. No começo eu estava com medo de levar para o lado profissional, mas agora estou vendo que foi uma das minhas melhores escolhas. A maior parte da divulgação é pelo Instagram, mas também divulgo no Twitter, Facebook e Whatsapp. Também imprimi uma placa e coloquei no portão de casa”, conta.

Foto: Gabi Lino

Possibilidades em TI

Atualmente uma das áreas que mais vem crescendo no Brasil é a de tecnologia da informação, afirma Mayara Rosario (31), coordenadora do projeto Nas Ondas da Maré. “Uma formação em tecnologia pode incluir um profissional em diversas áreas no mercado de trabalho. O profissional não necessariamente precisa ter formação superior, pois diversas empresas estão buscando contratar pessoas proativas, conhecimento do assunto e entrega das demandas”, diz a ex-moradora do conjunto de favelas, formada em Sistema da Informação. 

“Nós conseguimos fazer com que os jovens tenham uma profissão sem sair da comunidade, gerando renda para ele e sua família”, destaca também Mayara. O projeto já tem 22 alunos formados e outros 24 estão participando da formação que está em andamento. Dos 22 moradores formados, 13 são mulheres. Participam jovens entre 17 e 24 anos que buscam, assim como Raiane, gerar renda a curto prazo prestando reparos básicos em smartphones e tablets dos sistemas operacionais Android e iOS, seja atuando em assistências técnicas ou realizando serviços como autônomos.

O conteúdo programático têm eletrônica; hardware e software. A duração do curso é de dois meses e meio e as aulas acontecem no turno da manhã (segundas e quartas-feiras, das 8 às 12h) e no turno da noite (segundas e quartas-feiras, das 18h às 22h). Mais informações estão disponíveis no site da Redes da Maré.

Foto: Gabi Lino

15 anos de Parada LGBTQIA+ na Maré

Uma festa de debutante com função de mobilização pelos direitos

Por: Hélio Euclides Editado por: Jéssica Pires

A Parada LGBTQIA+ da Maré chega a bodas de cristal com as cores do arco-íris. No último dia 13 de setembro, a debutante completou 15 anos. Apesar da primeira edição da parada na Maré ter acontecido em 2006, em 2020 o encontro não aconteceu em função da pandemia. A 15° edição, como sempre, começou com uma feira de saúde, a partir das 12h, com apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Grupo Pela Vidda e de todas unidades de saúde da Maré. A primeira Parada LGBTQIA+ do Brasil dentro de uma favela, este ano, teve concentração às 14h, na antiga Rua Catorze, na Vila do João. 

Apesar da alegria dos participantes pelo reencontro com militantes, o objetivo de uma parada não é se transformar em uma simples festa, e sim mobilizar mais pessoas para a defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+. Para coordenar essa 15ª edição, 12 militantes da Maré se reuniram para que tudo ocorresse de forma planejada. Segundo a organização, o evento reuniu cerca de cinco mil pessoas. “A parada foi tudo, com um encontro de militantes de diversos lugares, como Barra do Piraí e Sepetiba. Além disso, foi possível ver na festa muitas crianças e mães, que foram agraciadas com a distribuição de bolos. Esse ano teve destaque a estrutura da Coordenadoria Geral de Atenção Primária CAP 3.1”, comenta Alberto Araújo, conhecido como Beto, um dos coordenadores do evento.

Fotos: arquivo da organização do evento

Uma caminhada de lutas

Quando se fala da comunidade LGBTQIA+, vem logo à mente as paradas que concentram milhares de pessoas. Contudo, o movimento é grandioso e nunca ficou parado. O site Brasil de Direitos lembra que a formação de organização para lutas LGBTQIA+ surgiu no Brasil, em 1978. Eram anos de ditadura militar, a mobilização cobrava da sociedade brasileira uma revolução nos costumes, em prol de maior liberdade sexual. Após 44 anos é possível olhar para traz e ver que a união foi primordial, com força de homens e mulheres cis e trans, pessoas não-binárias, bissexuais, homossexuais, assexuais – dentre tantas outras orientações sexuais e identidades de gênero. Todos pressionaram o poder público para promover mudanças, trazendo conquistas como reconhecer a validade das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo; levando a Justiça à equipar a LGBTfobia ao crime de racismo; e propondo governos a pensar políticas capazes de promover a saúde a essas populações.

Fotos: arquivo da organização do evento

Projeto de monitoramento do reconhecimento facial lança publicação

Iniciativa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania pretende lançar mais 5 fascículos sobre o tema nos próximos meses

Por Redação

O Panóptico, projeto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), lançou na última semana um fascículo de estreia da Coleção “Panorama” sobre câmeras corporais e sua utilização na segurança pública no Brasil. O objetivo da coleção de publicações é apresentar de maneira didática informações acerca dos debates e dos resultados de estudos nacionais e internacionais a respeito do assunto. 

“A questão não é que as câmeras são ferramentas que fazem parte de um todo mais amplo de políticas de segurança pública, neste sentido devemos ponderar as nossas expectativas com relação a essa tecnologia”, pondera Thallita Lima, coordenadora de pesquisa do Panóptico.

De acordo com o monitoramento feito pelo Panóptico, a tecnologia está presente em 8 estados brasileiros, seja em testes ou em uso efetivo. A proposta é fornecer um panorama a um público diverso sobre o que são as câmeras corporais, como elas operam, seus benefícios, impactos, críticas e os resultados do seu uso na segurança pública.

No Brasil, o tema tem permeado não só nos debates acadêmicos, da sociedade civil e de gestores públicos, mas também nas campanhas eleitorais de 2022. Especialmente após a experiência do uso das câmeras em São Paulo em 2021, percebe-se uma rápida ampliação do uso dessas tecnologias. “De forma geral, as pesquisas sobre a efetividade da tecnologia apontam que os resultados associados às body cams são muitas vezes uma função de como as agências as veem e implementam” destaca Thalita. Policiamento preditivo e outras temáticas na interseção entre tecnologia e segurança pública são temas das próximas publicações que devem ser lançadas nos próximos meses.

Confira o documento completo AQUI.