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Curso promove capacitação de mulheres trans para trilharem caminho como empreendedoras

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Por Redação, em 22/10/2021 às 09h40

O projeto Mulheres Trans de Negócios, que oferece treinamento para elas terem autonomia profissional, começa nesta sexta-feira (22/10) com a realização de uma aula magna. Pioneiro no país no setor governamental, o programa é realizado pela Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher, em parceria com a Secretaria de Governo e Integridade Pública (SEGOVI). A iniciativa ocorre por meio da Coordenadoria Executiva de Diversidade Sexual e do Grupo Arco-Íris.

O Trans de Negócios é um curso de capacitação em empreendedorismo para mulheres trans e travestis da cidade do Rio. A aula inaugural será na sede do Arco-Íris, no Centro. A turma reúne 30 alunas.

As aulas têm duração de três meses, e cada participante ganhará uma bolsa-auxílio no valor de R$ 600. As mulheres também vão receber mentoria individual para seus projetos de negócios e acompanhamento psicossocial durante o curso.

O projeto tem foco nas mulheres e considera suas diversidades. Um dos objetivos da iniciativa é tornar o Rio uma referência em equidade de gênero e isso significa elaborar propostas que promovam a evolução profissional e social de todas as participantes.

De uma forma criativa, moradores mostram Maré na internet

Canal do Youtube mostra com humor cotidiano de mareenses

Por Hélio Euclides, em 22/10/2021 às 09h37

Amaury Jr, com seu programa Flash, fica no chinelo quando moradores da Maré saem às ruas para visitar as festas da favela para entrevistar convidados. Esse trabalho realizado com muita alegria e humor é feito pelos criadores do canal do Youtube ‘Na Favela‘. O canal surge em 2014, quando quatro amigos, dentre eles o saudoso cineasta Cadu Barcelos, se reuniram para transformar ideias em produtos audiovisuais. Hoje, Diogo Santos, Josinaldo Medeiros e Allan Farias seguem em frente levando à internet histórias da favela, por meio dos quase 100 filmes produzidos. 

Tudo começou timidamente, quando o grupo gravou o filme ‘Quem matou Gilberto?’, que chegou a participar da nona edição do Festival Visões Periféricas. De lá para cá, os amigos continuaram gravando seus vídeos, tendo o humor como pano de fundo. Com a pandemia, o trio mirou no YouTube para dar continuidade ao trabalho e por meio do filme os jovens conhecidos na Maré. Nas redes sociais eles chamam atenção, com mais de três mil seguidores no Instagram e quase 100 mil no Facebook. 

No dia a dia os três fazem roteiro, produção, direção, edição, câmera e atuação. No canal são apresentados filmes, esquetes, talk show e agora vão começar os podcast. “Temos muitas coisas ainda para fazer, como séries e filmes. Até novela já escrevemos e o roteiro está guardado esperando conseguir apoio. Nosso carro chefe no momento são esses programas de entrevistas, que rendem uma graninha e é bem legal mostrar o que tem de bom na noite da Maré”, conta Diogo, morador da Nova Maré. 

Os programas de entrevistas são realizados em festas locais, onde os frequentadores se sentem vips. Tudo começa quando os comércios ou os organizadores dos eventos chamam o grupo para a cobertura das festas. “A meta é continuar com o canal e conseguir financiamento. Quando criamos um vídeo temos o sentimento de esperança, porque nossa intenção é repassar isso para a molecada, por meio de oficinas. Ensinar a eles como nosso trabalho é feito é nosso maior incentivo”, diz.

O começo da empreitada

Ultimamente o trio também produz alguns vídeos clipes de artistas de rap e trap da Maré. Mas até chegar nesse processo foi uma evolução. Allan Farias, morador da Nova Holanda lembra da época que fazia curso de audiovisual junto com o Diogo. “Ele me disse do que se tratava o projeto na época. De início entrei para botar em prática o que havia aprendido. Hoje, como nosso trabalho evoluiu bastante, podemos, de certa forma, contribuir com a comunidade repassando tudo aquilo que aprendemos”, comenta.

Com sentimento de esperança no futuro, Allan já pensa em ensinar o que fazem para os mais jovens. Para isso, o grupo ampliou o trabalho com esquetes, podcast, paródias e cobertura de eventos e aniversário, para ajudar na captação de recursos. Com a arrecadação, o grupo têm como objetivo realizar uma oficina de cinema. O outro é conseguir viver da arte, com toda renda sendo possível por meio do canal. 

Josinaldo Medeiros, morador da Vila dos Pinheiros, um dos criadores do canal, recorda como tudo começou. Em 2014, era instrutor de uma oficina de roteiro no Morro do Timbau do Projeto Cine Maneiro. “O Diogo se apresentou na recepção com uma pasta de roteiro para participar. O curso já estava do meio para o final, mas me interessei pelos roteiros e fizemos o primeiro vídeo. Uma sátira que envolveu humor, mas falando de uma coisa séria que foi a ocupação militar e as mortes que vinham acontecendo. No vídeo, equilibram-se o real e a ficção com referência ao teatro do oprimido e a Glauber Rocha, fontes de inspiração”, afirma. A partir desse vídeo foi criado o selo do grupo. 

“Nesses sete anos produzimos diversos trabalhos e experimentamos diversos formatos. Mas em 2020 conseguimos entender melhor o nosso objetivo e o foco, por conta da pandemia que nos fez refletir sobre o que fazemos. De um modo geral, estamos satisfeitos em captar a emoção e ser reconhecidos na rua. Com nosso trabalho de produção e exibição no canal e no cine clube, conseguimos atingir as pessoas que entendem o que estamos fazendo. Isso não tem preço, me sinto feliz. A comunidade nos abraça”, expõe. Ele detalha que no ano passado foram 60 vídeos, algo muito intenso, o que deixa o grupo cansado, mas próximo de alcançar o objetivo da sustentabilidade. 

Mulheres Protagonistas: Projeto vai mapear mães trabalhadoras das artes

Iniciativa do Observatório de Favelas busca visibilizar a atuação de artistas, produtoras, curadoras e educadoras do Estado do RJ

Por Observatório de Favelas, 21/10/2021 às 07h

Que as mulheres representam a maioria da sociedade brasileira não há dúvidas. Segundo a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) mais recente, de 2019, a população brasileira é composta por 51,8% de mulheres. Apesar de estar a frente em quantidade populacional, historicamente são afetadas pela cultura e política machista e patriarcal, e seguem na luta por igualdade de direitos.

Neste sentido, com o objetivo de fortalecer as discussões sobre a importância da mulher na sociedade, proporcionando condições para a conscientização dos desafios a serem enfrentados, o Observatório de Favelas lança a segunda edição do programa ‘Mulheres Protagonistas’. Agora com foco nas ‘Mães Trabalhadoras das Artes’ o projeto vai desenvolver uma série de encontros e um mapeamento voltado para este público.

Segundo Rebeca Brandão, coordenadora de Desenvolvimento Institucional, o Programa Mulheres Protagonistas nasce a partir de 2018, após um projeto musical desenvolvido na Arena Carioca Dicró, o Lab Dicró, em que percebeu-se que de 50 inscrições, apenas 3 grupos tinham presença feminina e 1 grupo era composto majoritariamente por mulheres. Surgiu então a preocupação da equipe que coordenava o projeto sobre a pouca participação feminina e perguntas sobre quais eram as questões que faziam as mulheres assumirem menos posições de protagonismos dentro da cadeia produtiva das artes. Foi então que nasceu o programa Mulheres Protagonistas, que promoveu durante todo o ano de 2019, encontros de formação, eventos e visibilização do trabalho artístico de mulheres.

“Durante o desenvolvimento do programa em 2019, identificamos que parte deste protagonismo dividido era por conta das funções domésticas e começamos a pensar como oportunizar que mais mulheres pudessem ocupar mais lugares de protagonismo dentro da indústria cultural e criativa. E estamos resgatando este programa agora com temática específica que é a maternidade, para dar visibilidade às mulheres que são mães e trabalhadoras das artes e então vamos oferecer o mapeamento, além dos eventos que vamos realizar”, destacou Rebeca.

Nesta edição o ‘Mulheres Protagonistas’ prevê a realização de quatro lives – de outubro a dezembro – reunindo duplas de mães trabalhadoras das artes, sendo 2 educadoras, 2 produtoras culturais, 2 curadoras e 2 artistas, e moradoras de favelas e periferias do Rio de Janeiro e que expressem diversidade, seja étnico-racial, etária, territorial e de sexualidade.

Mediação: Mara Pereira
Encontro 1 – Educadoras com Cíntia Ricardo e Bianca Bernardo
Encontro 2 – Produtoras com Sarah Souza e Luana Pinheiro
Encontro 3 – Curadoras com Keyna Eleison e Carolina Rodrigues
Encontro 4 – Artistas com Agrade e Luana Rodrigues

Um mapeamento sobre mães trabalhadoras das artes moradoras do estado do Rio de Janeiro será consolidado a partir de respostas do formulário que ficará disponível no site do Observatório de Favelas até dia 30 de outubro e, resultará em uma publicação com informações profissionais e contato dessas mulheres, contribuindo assim para dar visibilizar o trabalho delas no mercado artístico.

Sobre o projeto Mulheres Protagonistas

Em 2019, as mulheres colaboradoras do Observatório de Favelas se reuniram no palco da Arena Carioca Dicró, espaço cultural que a organização é cogestora com a Secretaria Municipal de Cultura, com outras dezenas de mulheres para se questionarem juntas sobre a baixa adesão de projetos artísticos protagonizados por mulheres nos editais públicos de residência de curta duração do equipamento.

O debate público ali iniciado foi a primeira edição do programa Mulheres Protagonistas que no seu primeiro ano realizou cerca de 15 atividades e mobilizou mais de 500 pessoas, contando com espetáculos e oficinas em parceria com a unidade Ramos do Sesc Rio e com
espaços de diálogos com Taísa Machado, criadora do AfroFunk; a repper Nega Giza; e Eliana Silva, curadora do Festival das Mulheres do Mundo no Brasil, entre outrad.

Serviço:

1/10 a 30/10 – Início do mapeamento – Divulgação do formulário disponível para preenchimento https://bityli.com/mulheresprotagonistas
20/10 – Encontro 1 – Educadoras SIM com Cíntia Ricardo e Bianca Bernardo
03/11 – Encontro 2 – Produtoras SIM Sarah Souza e Luana Pinheiro
17/11 – Encontro 3 – Curadoras SIM com Keyna Eleison e Carolina Rodrigues
01/12 – Encontro 4 – Artistas SIM com Agrade e Luana Rodrigues
13/12 – Lançamento da publicação

A segunda edição de Mulheres Protagonistas – mães trabalhadoras das artes é uma realização do Observatório de Favelas, através do eixo de Arte e Território, com apoio da Fundação Heinrich Boll.

Sobre o eixo de Arte e Território

Acredita-se na centralidade política da cultura e da arte para a construção de um projeto transformador da cidade. Esse é o eixo mais recente da atuação pública do Observatório de Favelas, cujos projetos se construíram a partir do entendimento de que práticas culturais e artísticas podem nos levar ao fortalecimento da democracia e à redução de desigualdades. Neste sentido, as iniciativas buscam impactar políticas públicas de arte e cultura, evidenciando favelas e periferias como territórios de formação, difusão, produção e mobilização criativas; ao mesmo tempo que afirmam linguagens artísticas diversas como ferramentas de visibilização de sujeitos, territórios e questões periféricas.

Sobre o Observatório de Favelas

Observatório de Favelas, criado em 2001, é uma organização da sociedade civil sediada no Conjunto de Favelas da Maré, mas com atuação nacional. Dedica-se à produção de conhecimento e metodologias visando incidir em políticas públicas sobre as favelas e promover o direito à cidade. Fundado por pesquisadores e profissionais oriundos de espaços populares, tem como missão construir experiências que contribuam para a superação das desigualdades e o fortalecimento da democracia a partir da afirmação das favelas e periferias como territórios de potências e direitos. Atualmente, tem em andamento projetos, divididos em cinco áreas: Arte e Território, Comunicação, Direito à Vida e Segurança Pública, Educação e Políticas Urbanas. Muitos em parcerias com universidades, organizações locais, nacionais e internacionais.

Dose de reforço para idosos volta a ser aplicada nos postos de vacinação da cidade

Por Redação, em 21/10/2021 às 07h.

A dose de reforço destinada a idosos e a profissionais e trabalhadores da área de saúde está de volta aos postos de vacinação. Nesta quinta-feira (21/10), a vacinação será destinada a mulheres com 67 anos ou mais e profissionais e trabalhadores de saúde que receberam a segunda dose em março. O calendário está disponível no site coronavirus.rio/vacina.

Pessoas com alto grau de imunossupressão com 12 anos ou mais também podem tomar sua dose de reforço e devem apresentar comprovante de vacinação, documento de identificação e laudo médico digital do Cremerj com data inferior aos últimos 60 dias.

As unidades seguem aplicando a segunda dose, conforme a data estipulada no comprovante da primeira. Além disso, até o fim de outubro, todos os postos de vacinação estarão aplicando a primeira dose em maiores de 12 anos que ainda não tenham se vacinado.

Jovem é encontrado morto com facadas na Nova Holanda

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Equipes do Maré de Direitos e do Centro de Cidadania LGBTQUIA+ auxiliam moradores no caso


Pela Redes da Maré, em 20/10/2021, às 20h45.

Por volta de 16h desta quarta-feira (20), a equipe da Redes da Maré foi contactada por moradores da Nova Holanda para informar que um jovem teria sido morto a facadas dentro de casa na Rua das Maravilhas, na Nova Holanda. Relatos dos moradores dão conta que o jovem negro, de aproximadamente 30 anos, era LGBTQIA+ e teria sofrido uma morte violenta. Supeita-se de crime de homofobia.

As equipes do Maré de Direitos e do Centro de Cidadania LGBTQIA+ da Maré foram até o local, onde deram orientações sobre os procedimentos legais para investigação do crime e remoção do corpo. Um vizinho foi até a 21ª DP, quando foi informado que não poderia registrar ocorrência naquele local, sendo necessário contato com a Polícia Militar através do telefone 190.

Com apoio das organizações, os moradores acionaram a Polícia Militar e a SAMU para constatação do óbito e solicitação da perícia no local do crime. Também foi acionada a Delegacia de Homicídios, a Defensoria Pública e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro que até o presente momento não informaram uma previsão para realização da perícia. Alguns moradores demonstravam revolta pela demora na perícia e “orientações informais” para retirada do corpo para Avenida Brasil com vistas a facilitar a remoção pela Defesa Civil.

Segundo Gilmara Cunha, ativista LGBTQIA+ e fundadora do Grupo Conexão G e coordenadora do Centro de Promoção da Cidadania LGBTIQIA+, casos como esse evidenciam a importância da temática nas favelas e periferias.

”Ontem o Centro fez o acompanhamento da família e da retirada do corpo. E hoje já estamos em contato com elas para seguir acompanhando a denúncia e a situação emocional da rede próxima ao jovem. Já foi marcada também uma reunião com a Secretaria de Segurança Pública a fim de prosseguirmos com o caso. Situações como essa reforçam a importância de aprofundar o dabate e melhorar as respostas à essas violências. Nesse sentido, o Centro promoverá uma jornada de Segurança Pública na Maré a fim de pensar questões relacionadas à violência contra populaçao LGBTQIA+ favelada.”

Ainda para Gilmara, este é um dos principais objetivos da Casa, inaugurada recentemente no território. ”Nossa função é garantir que a família tenha o suporte psicosocial e jurídico necessário, que essa morte não seja esquecida ou apagada e que seja feita a devida investigação sobre o caso. É uma busca constante para que casos como esse parem de acontecer e que deixem de ser naturalizados.”

Alunos da rede estadual voltam às aulas 100% presenciais na próxima segunda, 25

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Por Redação, em 20/10/2021 às 09h50.

Alunos da rede estadual de ensino voltarão às aulas 100% presenciais na próxima segunda-feira, 25 de outubro, conforme o Decreto Estadual nº 47.801, publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (20/10). A decisão pelo fim do ensino híbrido (presencial e remoto) foi tomada a partir da confirmação de que a maioria dos profissionais de educação está com o esquema vacinal completo.

Mais de 95% dos funcionários dos colégios tomaram a primeira dose e mais de 85% já receberam a segunda ou a dose única. Vale destacar que jovens de 12 a 17 anos, faixa etária dos alunos da rede, já estão sendo vacinados.

O governador Cláudio Castro ressalta que o avanço da imunização é fundamental para que a volta completa seja possível. ”O retorno dos estudantes às salas de aula é motivo de comemoração para a comunidade escolar, que poderá voltar a cumprir um planejamento integral e consistente de ensino. Este momento representa um importante marco na superação da pandemia, graças ao alcance de mais de 85% dos profissionais da rede estadual completamente imunizados”.

Desta forma, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) atua para proporcionar um retorno seguro para todos os alunos e servidores, seguindo os atuais protocolos sanitários, incluindo a constante sanitização das escolas e as regulamentações expedidas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, bem como pelos municípios.

Os alunos e professores continuam recebendo máscaras, e o seu uso segue como obrigatório em todas as unidades escolares da rede estadual. O secretário de Estado de Educação, Alexandre Valle, reforça a importância da medida.

”Há tempos estamos trabalhando por este momento. Acreditamos em um retorno seguro e produtivo, com bom aproveitamento das aulas e respeito aos protocolos sanitários. Estamos falando do futuro dos nossos filhos e do nosso estado. O ensino presencial é fundamental para o convívio e formação dos nossos alunos”.

A Seeduc está preparada para enfrentar o desafio de reverter o avanço da evasão escolar, agravada pela pandemia, recuperando e superando as dificuldades causadas na aprendizagem dos alunos da rede estadual de ensino.