Moradores e entidades reunidas em um encontro para debater a questão de saneamento básico na Maré. A assinatura de um acordo entre Secretaria de Juventude do Rio e a Casa do Menor para dar assistência psico-social aos jovens do Jacarezinho. A nova leva de análises feitas pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, o CeSec, com base nos dados das abordagens feitas pela polícia militar e civil.
Morre o cantor Dominguinhos do Estácio de Sá aos 79 anos
Por Edu Carvalho, em 31/05/2021 às 11h48
Morreu na noite de ontem (30) o cantor Dominguinhos do Estácio de Sá, aos 79 anos, por uma hemorragia cerebral. O interprete estava internado desde o dia 11 desse mês, em um hospital da cidade de Niterói (RJ), onde morava.
Dominguinhos é um dos ‘puxadores’ mais conhecidos e campeões do Carnaval carioca, tendo recebido prêmios em 1980, 1981 e 1989 pela Imperatriz; 1992 pela Estácio e 1997 pela Viradouro. Também é dono de dois prêmios do Estandarte de Ouro de Melhor Intérprete, com vitórias em 2000 e 1984.
No Carnaval de 2020, acontecido antes da pandemia, Dominguinhos sofreu um infarto na Marquês de Sapucaí. Ele saiu na ala da diretoria da escola campeã do Grupo Especial, Viradouro, atrás de todos os carros e passou mal em seguida. O cantor chegou a fazer um procedimento cirúrgico para implante de dois stents no coração.
Hospital Universitário Pedro Ernesto inaugura ambulatório para tratamento das sequelas da covid-19
Por Redação, em 31/05/2021 às 11h23
O Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), ligado à Universidade de Estado do Rio de Janeiro (Uerj), vai inaugurar, às 16h, desta segunda-feira, um ambulatório multidisciplinar para o tratamento das sequelas da covid-19. Segundo a direção da unidade de saúde, a expectativa é atender, por semana, 300 pacientes que serão encaminhados pelo Sistema de Regulação (SISREG).
O governador Cláudio Castro estará presente na cerimônia de inauguração.A equipe clínica responsável pelos atendimentos inclui médicos especialistas – cardiologistas, neurologistas, nefrologistas e clínicos – além de enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. Todos os profissionais já têm experiência no enfrentamento da doença.
Desde 2020, o Hupe já trabalha com atendimento de pacientes que tiveram sequelas do novo coronavírus. O que antes era uma ala, agora se transformou em um ambulatório específico com cuidados especiais.
Campanha de vacinação contra covid-19 para profissionais de educação segue no Rio
Por Edu Carvalho, em 31/05/2021 ás 11h
Nesta semana, o calendário de vacinação contra a Covid-19 para os profissionais de educação das redes privadas e pública do município continua. A partir desta segunda-feira (31), o público-alvo será de pessoas entre 45 e 43 anos, conforme as datas estabelecidas pelas Secretarias Municipais de Educação e de Saúde.
Para os profissionais de educação, é preciso levar o último contracheque ou declaração das instituições da cidade do Rio. Segue a data, levando em consideração os dias: segunda e terça-feira (45 anos); quarta e quinta-feira (44 anos) e sexta-feira e sábado (43 anos).
De acordo com a Prefeitura, a expectativa é que nos próximos cinco meses, até 23 de outubro, 90% dos cariocas com 18 anos ou mais estejam vacinados com a primeira dose contra a Covid-19. O cronograma foi estruturado com previsão de envio de vacinas divulgada pelo Ministério da Saúde.
A manutenção do calendário de vacinação na cidade está condicionada ao cumprimento deste cronograma.
Rio inicia hoje nova etapa de vacinação contra covid-19 para público em geral
Ordem respeitará segmento de idade
Por Redação, em 31/05/2021 ás 07h
Nesta segunda-feira (31/05) começa o início da nova etapa de vacinação contra a Covid-19 na cidade do Rio, que será aberta para a população em geral. Nesta data, poderão se vacinar mulheres com 59 anos. No sábado (29/05), a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), concluiu a imunização contra o coronavírus dos grupos prioritários.
O calendário da nova fase de vacinação segue escalonamento etário, começando com pessoas de 59 anos e reduzindo gradativamente da idade nos dias subsequentes. A previsão é que, em cinco meses, se alcance toda a população adulta carioca. Até 23 de outubro, a meta é que 90% de quem tiver 18 anos ou mais esteja vacinado contra a covid-19, representando 4,7 milhões de pessoas, ou ainda 75% da população total. Para mais informações sobre o calendário e pontos de vacinação, consulte o site coronavírus.rio/vacina.
Na primeira etapa da vacinação, mais de 3,1 milhões de doses contra covid-19 foram aplicadas e 2,1 milhões de pessoas receberam a primeira dose, representando 40% do público alvo de toda a campanha. Com isso, o Município do Rio desponta como a segunda cidade que mais vacinou em todo o país.

Para informações, clique aqui
Artigo: A rua entra no ciclo da vida
Por Léo Motta, em 30/05/2021 às 7h
Pensei que esse dia nunca iria chegar. Eu que estive alí nas calçadas sei o tamanho da exclusão pela qual passamos. Com a chegada da pandemia, os desafios da vida para quem está em situação de rua ficou ainda pior, aumentando o muro da exclusão já existente entre a sociedade dita como ”aceitável” e aqueles que são invisibilizados.
No início não havia máscara, água, álcool em gel e tão pouco roupas limpas. Em todos os momentos, era trazido o temor através do dedo apontado para quem está no meio fio de uma sobrevida, julgado e rotulado. E não bastou. Somando aos que já estavam, com a crise do desemprego e a volta da fome (sempre presente), rostos novos chegaram e outros simplesmente sumiram. Não é possível saber os motivos, tampouco se foi por quem. Afinal de contas, teve testagem em massa para estas pessoas?
Mas de certa forma uma luz no fim do túnel apareceu. Os problemas permanecem, claro. Mas posso dizer que, pela primeira vez, vi os meus sendo vistos, no simples e obrigatório direito de se vacinarem. Não irei esquecer desse dia nunca, o dia da maior conquista da população em situação de rua.

Narro as cenas: estava sentado e me preparando para ser vacinado, observando pessoas chegando na fila. Alguns descalços e com as vestes em maltrapilho. Não me contive, indo às lágrimas.
Lembrei de todas as nossas lutas pela valorização, dos medos, das nossas vontades. Os amigos que partiram sem ao menos presenciar esse ato tão nobre e digno. Recordei daqueles que foram vitimados pelo vírus e que marcaram minha vida. Não podia deixar de emocionar.
Não ter um endereço não impede a vida. A rua não é lugar de viver, e muito menos de morrerQue para além desse momento, haja tantos outros em prol dessas pessoas que tanto precisam de olhar e atenção, carinho e respeito.

Viva a vacina, viva a Ciência, viva o SUS e a inclusão – que sem duvidas é o único caminho para um mundo melhor. No calendário dos dedos, espalhados pelas ruas que mais parecem comôdos do lar em toda a cidade, ficará marcado o dia em que nós, que vivemos cercados de histórias de derrota, tivemos vitória.
Leo Motta é ex-pessoa em situação de rua e escritor.