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“Nosso maior problema atualmente é não ter vacina pra todos”, diz José Cerbino Neto, titular da Fiocruz

Por Luciana Bento, em 28/02/2021 ás 06h, editado por Edu Carvalho.

Há um ano, o Brasil registrava seu primeiro caso de contágio da covid-19. Passados 12 meses, contabilizamos mais de 250 mil mortes em decorrência do vírus e mais de 10 milhões de casos. Referência mundial para planos de imunização, demos lugar a outro título: o de pária sanitário. Sem plano e estratégia, atrasamos a possibilidade de vacinação, recusando propostas de compra das vacinas e deslegitimando esta que é a única saída para vencermos essa batalha. 

Em entrevista exclusiva para o Boletim Conexão Saúde – De Olho no Corona, o infectologista e pesquisador titular do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz e do Instituto D’Or, José Cerbino Neto fala sobre os pontos cruciais do combate ao coronavírus no país, os critérios para as prioridades na vacinação e imunização dos moradores de favelas, além de defender a aquisição rápida de vacinas para toda a população.

“Nosso maior problema é a falta de vacinas. Tem muito mais gente querendo se vacinar do que gente com medo. À medida que as pessoas perceberem que a vacina é segura e que ninguém está virando jacaré, as dúvidas vão se dissipando”, avalia.

O Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, em andamento no País, está compatível com o nosso histórico de vacinação?
José Cerbino Neto: Estamos vivendo uma situação em relação à Covid-19 bem diferente da que enfrentamos rotineiramente com a estratégia do Programa Nacional de Imunização (PNI), começando pelo fato de não termos vacina suficiente para vacinar todo mundo – o que é uma novidade em relação às nossas campanhas passadas.
Já executamos amplas campanhas de vacinação há muito tempo, temos uma larga experiência e um programa muito bem-sucedido em todos os aspectos (eficiência, equidade, adesão, alcance populacional). Temos que usar este conhecimento e estrutura a nosso favor, eles nos colocam em grande vantagem em relação a outros países.
Agora, no momento, a gente tem muitas incertezas: sobre as datas de disponibilização das doses, sobre quantas doses vão estar disponíveis, a proporção de cada vacina, qual delas vai estar disponível e em que momento.A gente está trabalhando com mais de uma vacina, que foram liberadas com autorização pra uso emergencial. Tudo isso é inédito.

Temos que reconhecer que existe uma série de desafios novos para o programa. Não é simples. Mas não podemos deixar de utilizar o que temos de vantagem – nossa expertise, nossa estrutura e nosso conhecimento – para enfrentar este desafio da melhor maneira. Temos boa posição do ponto de vista operacional mas aparentemente não estamos numa posição tão boa do ponto de vista estratégico, de aquisição de vacinas. Me parece que temos perdido tempo, há um nível de incerteza grande em relação à disponibilidade das vacinas para a população.

Partindo desta realidade, o que poderia ser feito para correr atrás do tempo perdido e acelerar a vacinação no Brasil, num movimento compatível com o desafio imposto pela pandemia?
José Cerbino Neto: Duas coisas ajudariam: a primeira é fazer todos os esforços para adquirir o maior número de vacinas o mais rápido possível. A gente precisa de mais vacinas, rapidamente. Precisa estar claro que esta é a prioridade e precisamos estar certos de que todos os esforços estão sendo direcionados neste sentido.
Outra coisa é que nosso programa de imunização sempre foi centralizado, principalmente do ponto de vista normativo. Nunca houve dúvidas por parte do município sobre como ele deveria utilizar aquela dose, em quem ele deveria aplicar, em que momento deveria ser esta aplicação. Neste momento, esta coordenação do programa poderia estar mais clara, com regras melhor colocadas.
As campanhas e os calendários sempre caminharam juntos em todas as cidades e estados. Esta coisa de cada cidade estar em uma faixa etária diferente, uma priorizando idosos, outra os profissionais de saúde, não ter uma clareza maior deste tipo de recomendação, é um problema.

Falando sobre prioridades, populações de territórios de favelas, por suas especificidades – como por exemplo, um alto índice de trabalhadores autônomos, que não podem ficar em casa – não deveriam estar entre os grupos prioritários para vacinação contra Covid-19?
José Cerbino Neto: A priorização já é uma contingência. Na verdade, a gente deveria ter vacina pra todo mundo. O ideal seria não precisar priorizar alguns grupos, como acontece normalmente nas campanhas de vacinação.
Realmente não é uma questão simples e nenhum país está fazendo isso com facilidade, mas no momento em que a gente precisa fazer estabelecer prioridades, quanto mais claras forem as regras, as orientações e os parâmetros pra isso, melhor.

Podemos levantar várias questões do ponto de vista teórico e epidemiológico questões que fariam sentido para alterar a ordem de prioridades que foi estabelecida. Existe, por exemplo, uma reivindicação para colocar os professores entre as prioridades, ou a população de rua, por conta de sua vulnerabilidade.
Ao mesmo tempo, estes profissionais que não estão parando, pessoas que não têm possibilidade de trabalhar em casa, que precisam pegar transporte público, ficam mais expostas até mesmo do que pessoas que estão nos grupos prioritários. Teoricamente haveria razões para elas serem vacinadas primeiro, mas do ponto de vista operacional fica muito difícil você identificar pontualmente estas pessoas fora de grandes grupos, como idosos e profissionais de saúde.


São desafios que estão sendo colocados e fazem com que as decisões possam não ser 100% justas. Agora, precisamos ter em mente que cada vez que a gente ‘’sobe’’ uma população, a gente “desce” outra. Se um grupo entra em prioridade, outro vai pro final da fila.
O programa tem o histórico de alcançar todo mundo, de ter equidade. Acho que se conseguirmos manter os parâmetros do programa, vamos ser bem-sucedidos e vacinar a população de favelas e periferias com agilidade também. De novo: temos que ter vacina para todos e usar nossa expertise histórica em vacinação. Porque quanto menor a distância de tempo entre os grupos prioritários, menor será o impacto. Se precisar esperar um mês para começar a vacinar o próximo grupo prioritário, complica muito.

Temos visto que a vacinação na Maré, por exemplo, está bem mais lenta do que em bairros da zona Sul e na Barra da Tijuca, locais mais ricos da cidade. Por que isso acontece?
José Cerbino Neto: A Prefeitura apresentou este dado e, embora seja inquietante, ele tem algumas explicações possíveis. Um componente forte é o alto número de profissionais de saúde vacinados até agora: eles tendem a se distribuir de forma desigual na cidade, em média são profissionais que estão mais nas zonas Sul e Norte.
E tem algumas diferenças mais sutis, como o número de idosos por bairro, mas é uma questão que precisaria ser melhor investigada. Mas o percentual de vacinados ainda é muito baixo e concentrado em grupos específicos, isso pode trazer distorções que com o tempo serão diluídas.

Qual o ponto que precisamos chegar na vacinação para que a contaminação desacelere e o número de óbitos caia?
José Cerbino Neto: Tem uma discussão sobre a imunidade de rebanho que, em minha opinião, ficou um pouco fora de contexto. Ela não se aplica em todas as doenças. Por exemplo, a gente não vacina pra Influenza ou pra Febre Amarela procurando imunidade de rebanho porque, pelas próprias características da doença, elas não se prestam a este tipo de fenômeno.
A imunidade de rebanho é um fenômeno que acontece e não uma estratégia de controle. Mas ela em algum momento começou a ser utilizada como se fosse uma estratégia a ser alcançada e isso não cabe.
No momento em que a gente tiver as pessoas do grupo de maior risco vacinadas – e os dados que temos até hoje da vacina mostram que a proteção é muito alta para formas graves da doença e óbito é muito alta – a gente vai ter muito menos pessoas sendo internadas, morrendo por Covid-19.
Isso tem se confirmado em países onde o índice de vacinação é mais alto, como Israel e Inglaterra. Isto já vai trazer a gente muito mais próximo do normal. Ainda vai ter gente se infectando, mas estes desfechos mais dramáticos vão ser menos frequentes.
Porque a gente convive com outras doenças infecciosas, como a Influenza e a Meningite, mas isso não impede que a sociedade funcione. No momento em que a gente conseguir minimizar os eventos mais graves, a gente já vai ter uma outra percepção coletiva, uma outra vibe na população.

E as pessoas que não querem se vacinar e estão entrando em uma narrativa de negação da vacina?
José Cerbino Neto: Os níveis de rejeição à vacina no Brasil, historicamente, são muito baixos, comparados a outros países. Todos os dados que temos de cobertura e pesquisas sobre resistência sobre vacinação mostram que, no geral, isso não é um problema.
A gente tem grupos isolados que podem fazer um barulho grande, mas a procura pela vacina contra a Covid-19 é enorme, muito mais gente quer ser vacinada. E eu acredito que a informação, campanhas educativas, são a grande saída para enfrentar esta questão. O nosso maior problema atualmente é ter vacina pra todo mundo que quer se vacinar.
À medida que a vacinação for caminhando, as vacinas forem se mostrando seguras e as pessoas verem que não estamos tendo nenhum grande evento adverso, que as pessoas estão ficando menos doentes, não tem ninguém virando jacaré, a resistência tende a diminuir.

Luciana Bento é jornalista e assessora de imprensa.

Ronda Maré de Notícias: Um ano após o registro do primeiro caso de covid-19, país bate recorde de número de mortes

Rio de Janeiro é um dos 12 estados do país que apresentou alto risco de contágio nas últimas 24h

Por Andressa Cabral Botelho, em 26/02/2021 às 20h45

Na última quarta-feira (24) o Brasil completou um ano desde o primeiro caso suspeito de covid-19. Após uma viagem à Itália, o paciente apresentou os sintomas e foi encaminhado a um hospital em São Paulo, onde o exame deu resultado positivo para o novo coronavírus. Um ano após essa data, a população vê os números de casos e mortes ainda em crescente. No dia 25 de fevereiro, o país bateu recorde com o maior número de mortes registradas em 24h, um total de 1.582 pessoas. 

Até essa sexta-feira (26), o Brasil registrou 10.455.630 casos confirmados e 9.355.974 mortes pelo novo coronavírus. Diante dos números, algumas localidades têm tomado medidas para tentar conter o número de casos e mortes e evitar um colapso no sistema de saúde. Cidades, como Araraquara, Santa Lúcia e Américo Brasiliense (SP), estão fazendo o lockdown desde o dia 23. A prefeitura de Salvador (BA) fechou as praias da cidade com tapumes para bloquear a entrada de banhistas. O estado de Santa Catarina fará um fechamento total das atividades não essenciais neste final de semana (a partir das 23h de 26/02 até às 6h de 01/03).

O estado do Rio é um dos 12 estados que apresentaram alta nos números de morte: foram 138 mortes nas últimas 24h. Até o momento, o estado tem 579.542 casos confirmados – 424 novos casos de quinta para sexta-feira – e 32.909 pessoas faleceram em decorrência da doença. 

Covid-19 na Maré

Os números também estão preocupantes na Maré. O número de mortes quase que triplicou de dezembro (5) para janeiro (14). De acordo com a 28º edição do boletim De Olho no Corona!, nas duas últimas semanas, 33 pessoas testaram positivo na Maré e 14 em Manguinhos. Ainda segundo o levantamento, de agosto até fevereiro 1.697 moradores da Maré que passaram pelo centro de testagens deram positivo para o novo coronavírus. Já em Manguinhos, 194 pessoas testaram positivo. E de acordo com o levantamento feito pela prefeitura do Rio, a Maré tem até essa sexta-feira (26) 168 mortes confirmadas.

Nas favelas, foram 3.285 mortes e o número de casos se aproxima de 31 mil, segundo o Painel Unificador COVID-19 nas Favelas do Rio.

Vacinação no Rio

Após uma semana de suspensão por falta de doses, a campanha de vacinação retornou na última quinta-feira (25) na cidade do Rio para idosos de 82 anos. Para o retorno da imunização, foram repassadas 105 mil doses (84 mil da Oxford/AstraZeneca e 21 mil da CoronaVac), suficientes para o final do mês de fevereiro. Até sábado (27) serão atendidos idosos de 80 a 82 anos, como foi planejado inicialmente pela Secretaria Municipal de Saúde. Desde o início da imunização, 4,59% da população da cidade recebeu a primeira dose, totalizando 309.531 pessoas imunizadas. Até o momento, não há novas datas não foram divulgadas tendo em vista que a prefeitura aguarda a chegada de novas doses.

Outras capitais, como Fortaleza (CE), Salvador (BA) e São Luiz (MA) também precisaram interromper a imunização pela mesma razão que o Rio e também retornaram a campanha de vacinação nessa semana.

Boletim de Segurança Pública

Na última quinta-feira (25), o Eixo de Segurança Pública e Acesso à Justiça, um dos grupos de trabalho da Redes da Maré, fez um live de lançamento da 5ª edição do Boletim Direito às Segurança Pública na Maré, divulgando os resultados dos últimos cinco anos de operações policiais na vida dos 140 mil moradores da Maré, assim como a pandemia e a ADPF das favelas impactaram na ocorrência dessas operações. O levantamento já está disponível para leitura no site da organização.

Inscrições para mostra cultural

Para aqueles que desejam apresentar algum trabalho ou manifesto artístico e cultural em um evento online e ainda receber uma premiação em dinheiro, este é o momento! Estão abertas as inscrições para a mostra Cultura na Periferia: Como Vamos?. Fazedores de arte e cultura das favelas e demais periferias da cidade do Rio de Janeiro acessem o link, leiam o edital e façam sua inscrição, que está aberta até o dia 07 de março.

Bolsas para jornalistas indígenas

A Earth Journalism Network, um projeto da Internews, está oferecendo bolsas de reportagem para jornalistas indígenas de todo o mundo que queiram publicar reportagens sobre justiça ambiental, biodiversidade e sustentabilidade. Dez propostas serão contempladas com um valor médio de 1.250 dólares. As inscrições vão até  dia 12 de março e podem ser feitas somente em inglês. Para mais informações, acesse o site do projeto. 

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Segunda-feira (22/02)

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Terça-feira (23/02)

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Sexta-feira (26/02)

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Desemprego recua para 13,9% no 4º tri, mas taxa média do ano é a maior desde 2012, por Alexandre Barros, de Agência IBGE. Leia mais.

Desemprego recua para 13,9% no 4º tri, mas taxa média do ano é a maior desde 2012

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Por Alexandre Barros, de Agência IBGE

A taxa de desocupação caiu para 13,9% no quarto trimestre, depois de atingir 14,6% no trimestre anterior. Mesmo assim a taxa média de desocupação para o ano de 2020 foi de 13,5%, a maior desde 2012. Isso corresponde a cerca de 13,4 milhões de pessoas na fila por um trabalho no país. O resultado para o ano interrompe a queda na desocupação iniciada em 2018, quando ficou em 12,3%. Em 2019, o desemprego foi de 11,9%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (26) pelo IBGE.

“No ano passado, houve uma piora nas condições do mercado de trabalho em decorrência da pandemia de Covid-19. A necessidade de medidas de distanciamento social para o controle da propagação do vírus paralisaram temporariamente algumas atividades econômicas, o que também influenciou na decisão das pessoas de procurarem trabalho. Com o relaxamento dessas medidas ao longo do ano, um maior contingente de pessoas voltou a buscar uma ocupação, pressionando o mercado de trabalho”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

No intervalo de um ano, a população ocupada reduziu 7,3 milhões de pessoas, chegando ao menor número da série anual. “Saímos da maior população ocupada da série, em 2019, com 93,4 milhões de pessoas, para 86,1 milhões em 2020. Ou seja, foi uma queda bastante acentuada e em um período muito curto, o que trouxe impactos significativos nos indicadores da pesquisa. Pela primeira vez na série anual, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no país. Em 2020, o nível de ocupação foi de 49,4%”, acrescenta Beringuy.

Essa queda da ocupação foi disseminada por todos os trabalhadores. Em um ano, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) teve redução recorde, menos 2,6 milhões, um recuo de 7,8%, ficando em 30,6 milhões de pessoas. Os trabalhadores domésticos (5,1 milhões) diminuíram 19,2%, também a maior retração já registrada.

Houve redução de 1,5 milhão de pessoas entre os trabalhadores por conta própria, que somaram 22,7 milhões, uma retração de 6,2% em relação a 2019. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,7 milhões) caiu 16,5%, menos 1,9 milhão de pessoas. Até o total de empregadores recuou 8,5%, ficando em 4,0 milhões.

Já a taxa de informalidade passou de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020, o que representa 33,3 milhões pessoas sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração. Adriana lembra que os informais foram os primeiros atingidos pelos efeitos da pandemia, no ano passado.

Outro destaque foi a alta recorde no total de pessoas subutilizadas, que são aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial. No ano, esse contingente chegou a 31,2 milhões, o maior da série, um aumento de 13,1% com mais 3,6 milhões de pessoas.

Os desalentados, que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, chegaram a 5,5 milhões de pessoas 2020, uma alta de 16,1% em relação ao ano anterior. É também o maior contingente da série anual da PNAD Contínua.

“Com os impactos econômicos da pandemia, muitas pessoas pararam de procurar trabalho por não encontrarem na localidade em que vivem ou por medo de se exporem ao vírus. Durante o ano de 2020, observamos que a população na força de trabalho potencial cresceu devido ao contexto. Esse processo causado pela pandemia, somado às dificuldades estruturais de inserção no mercado de trabalho, podem ter reforçado a sensação de desalento”, afirmou a analista da pesquisa.

Em um ano de perdas generalizadas na ocupação, a exceção entre as atividades foi a administração pública, que cresceu 1%, com mais 172 mil trabalhadores, impulsionada pelos segmentos de saúde e educação. Já construção fechou 2020 com perda de 12,5% na ocupação, seguido de comércio (9,6%) e indústria (8,0%). Os serviços também foram os mais afetados, com destaque para alojamento e alimentação (21,3%) e serviços domésticos (19,0%). Outros serviços reduziram 13,8% e transportes, 9,4%. Os menores percentuais ficaram com agricultura (2,5%) e informação e comunicação (2,6%), que, inclusive, interrompeu três anos seguidos de crescimento da ocupação.

Em 2020, o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 2.543, um crescimento de 4,7% em relação a 2019. Já a massa de rendimento real, que é soma de todos os rendimentos dos trabalhadores, atingiu R$ 213,4 bilhões, uma redução de 3,6% frente ao ano anterior.

Desocupação cai no quarto trimestre, após atingir maior patamar

No último trimestre de 2020, a taxa de desocupação caiu para 13,9%, depois de atingir 14,6% no terceiro trimestre, encerrado em setembro, o maior patamar já registrado na comparação trimestral. Apesar do recuo de 0,7 ponto percentual, o país ainda somava 13,9 milhões de pessoas sem trabalho. Segundo Adriana, essa reação do mercado de trabalho já era esperada.

“O recuo da taxa no fim do ano é um comportamento sazonal por conta do tradicional aumento das contratações temporárias e aumento das vendas do comércio. É interessante notar que mesmo num ano de pandemia, o mercado de trabalho mostrou essa reação.”, afirma a analista da pesquisa.

Os principais destaques, no período, foram o aumento de 10,8% no contingente de empregados sem carteira assinada que atingiu 10,0 milhões de pessoas, e o total de trabalhadores por conta própria, que avançou 6,8%, somando 23,3 milhões. Na mesma comparação com o trimestre anterior, empregados com carteira avançaram 1,8%, atingindo 29,9 milhões.

O percentual de trabalhadores informais também subiu de 38,4%, no terceiro de trimestre de 2020, para 39,5%, no quarto trimestre. Isso compreende 34,0 milhões de pessoas, um aumento de 2,4 milhões de trabalhadores na informalidade.

Esse resultado no trimestre foi puxado pelo aumento na ocupação em quase todos os grupos de atividades: agricultura (3,4%), indústria (3,1%), construção (5,2%), comércio (5,2%), alojamento e alimentação (6,5%), informação e comunicação (5,8%) outros serviços (5,9%), serviços domésticos (6,7%) e administração pública (2,9%). Apenas transporte ficou estável.

Entenda como a luta coletiva conseguiu impedir um aumento de 25% da passagem do trem

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Por Luize Sampaio, da Casa Fluminense

Após pressão da sociedade civil organizada, o aumento da passagem previsto pela Supervia para este ano foi cancelado e reajustado. A previsão da empresa era aumentar a tarifa de R$4,70 para R$5,90 mas, depois da articulação proposta pelo Movimento Contra o Aumento da Passagem, um novo valor de R$5,00 foi negociado junto ao estado. Essa mudança do preço da passagem, que passou a valer a partir do dia 23/02, é marcada por uma intensa atuação da Casa e de outras organizações espalhadas por toda a metrópole, o Meu Rio, sindicatos, movimentos estudantis e mandatos parlamentares. Entenda mais sobre os principais pontos dessa história. 

A indignação sobre a proposta inicial de reajuste pressionou a Supervia e Governo do Estado a recuar e adiar o aumento por 20 dias.

O Movimento Contra o Aumento da Passagem foi formado no início de janeiro após o anúncio do reajuste. Com o lema “R$5,90 é a covardia”, o grupo passou a buscar ações junto ao Governo do Estado e Defensoria Pública para cancelar a medida da Supervia. O principal argumento da movimentação era a própria análise do contexto atual do estado. O Rio de Janeiro é a região do país que mais perdeu postos de empregos formais entre 2014 e 2020, além de possuir uma das cestas básicas mais caras do Brasil. Sem auxílio emergencial ou novas oportunidades de emprego, como o cidadão fluminense conseguiria arcar com uma passagem de R$5,90? O presidente da Associação dos Estudantes Secundaristas do Estado do Rio de Janeiro (AERJ), Ruan Vidal, levantou esse quadro. Para ele, o papel estratégico que o transporte possui nesse momento de crise foi colocado de lado pelos interesses econômicos da Supervia. 

“Ao nosso ver, nesse momento de pandemia em que justamente tudo está ficando mais caro, a passagem deveria ter sido reduzida. O preço da tarifa para o bolso do trabalhador, em especial dos estudantes, é muito alto, mas a empresa está preocupada apenas com o lucro. Nos movimentamos para conseguir barrar esse absurdo e tivemos uma vitória importante, mas ainda não é o suficiente. Nossa luta ainda não acabou”, enfatizou Vidal.

Dois atos públicos foram realizados na Central do Brasil com panfletagem para informar a população usuária sobre o aumento abusivo.

Observando esse cenário, o movimento então atuou por diferentes frentes para impedir o aumento da tarifa. A primeira ação foi a campanha online “Supervia Aumenta Não”, comandada pela ONG Meu Rio, que tinha como objetivo pressionar os principais atores capazes de impedir o reajuste. Através da plataforma da campanha, as pessoas poderiam se cadastrar para enviar um e-mail ao governador do Rio, secretário de transporte, representantes da Supervia e para a agência reguladora Agetransp reivindicando uma ação contra o reajuste. Depois de mais de 6 mil assinaturas, o movimento conseguiu a sua primeira vitória. A pressão conjunta fez com que o reajuste fosse adiado por 20 dias com a promessa de um novo acordo entre a Secretaria de Estado de Transporte e a Supervia. O ouvidor geral da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Guilherme Pimentel, que também participou da articulação para um novo acordo de valor da tarifa, afirmou que o trabalho do Movimento Contra o Aumento da Passagem foi estratégico durante a negociação. 

“O movimento foi decisivo para diminuir o valor do aumento que era extremamente abusivo e desconsiderava todo o drama econômico da população do Rio. Essa conquista mostra a importância de se continuar atuando para discutir um novo modelo de transporte para o Rio. Meu desejo é que o grupo permaneça gerando impacto para que a gente possa sonhar, inclusive, com o passe livre. Se um dia a gente quiser chegar a esse ponto, é necessário valorizar vitórias como essa” explicou Pimentel. 

O Movimento Contra o Aumento da Passagem articulou ato em diversas estações de trem na metrópole do Rio.

Para aproximar o debate dos passageiros, o movimento realizou também uma série de panfletagens nas estações de trem na Zona Oeste, Zona Norte e Baixada Fluminense, além de dois atos na Central do Brasil. Toda essa articulação fez com que a Supervia recuasse. Junto ao governo, a empresa precisou entrar em um acordo para que a nova tarifa tivesse um reajuste menor e mais compatível com a realidade dos passageiros. Na última sexta-feira (19/02), foi então anunciado que a passagem de R$ 4,70 passaria para R$5,00, e não para R$5,90 como era previsto anteriormente. Frente aos desafios enfrentados, esse novo valor, 75% menor do que era previsto, foi visto como uma vitória e reconhecimento da luta coletiva pela gerente de política institucional da Casa da Cultura da Baixada Fluminense e membro do movimento, Letícia Florêncio. 

“A gente não alcançou nosso objetivo que era cancelar o reajuste, dada a conjuntura extremamente adversa e difícil que afetou a vida do povo trabalhador, mas para nós da organização já foi uma grande vitória conseguir que Supervia recuasse. A luta coletiva gera grandes mudanças, agora vamos continuar lutando para que esse aumento garanta uma melhora na qualidade do serviço da Supervia que hoje é bastante precário”, afirmou Letícia. 

O transporte público sempre foi pauta prioritária para a Casa Fluminense desde a sua fundação, mas, segundo o coordenador geral da Casa, Henrique Silveira, faltava no Rio um grupo articulado para cobrar mudanças, como faz o Movimento Passe Livre em São Paulo. O coordenador reforçou também a necessidade do setor repensar suas formas de financiamento. 

“Logo que ficamos sabendo sobre o reajuste abusivo proposto pela Supervia, sabíamos que era necessário provocar a mobilização popular que articulasse diferentes setores sociais para conter o aumento da tarifa. Conversamos inicialmente com um grupo pequeno de 12 pessoas, e mesmo com os limites impostos pelo contexto de pandemia, novos articuladores chegaram e o Movimento Contra o Aumento da Passagem se constituiu. Para nós da Casa, a luta pelo transporte público e de qualidade certamente continuará, buscando aprofundar o debate sobre o modelo de financiamento e ampliação da transparência na gestão dos modais. Do contrário, seguiremos enxugando gelo todo início do ano quando as novas tarifas são anunciadas”, concluiu Henrique. 

**As opiniões expressas no texto são de autoria da Casa Fluminense, uma nota oficial do Movimento Contra o Aumento da Passagem sobre o reajuste dos trens será publicada ainda esta semana. 

Rio terá mais 82 escolas da rede municipal com aulas presenciais

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Unidades retomam atividades na próxima semana

Por Hélio Euclides, em 26/02/2021 às 10h

Editado por Edu Carvalho

No último dia 24 teve início o ano letivo da rede municipal, com a abertura de 38 escolas para aulas presenciais. Para o próximo dia 3, o número de unidades que retomam as atividades é de 82, segundo a Secretaria Municipal de Educação. A decisão foi anunciada ontem, 25. No total, serão mais de 120 unidades escolares, distribuídas por todas as regiões da cidade, com cerca de 23,5 mil estudantes. Nenhuma das escolas autorizadas está no território da Maré. Nesta primeira fase, as aulas são direcionadas para alunos da Pré-escola, 1º e 2º ano do Ensino Fundamental. 

A próxima fase será feita para alunos do 3º ao 5º Ano, 6º Ano Carioca, 9º Ano e Carioca II, com previsão de início para o dia 17.03. E a Fase 3, para alunos de creche, 6º ao 8º Ano, Educação de Jovens e Adultos e Classe Especial, começa a partir de 31.03. As aulas presenciais são realizadas em unidades adequadas ao protocolo sanitário aprovado pelo Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19.

Uma pesquisa feita com responsáveis de alunos das turmas aptas ao retorno presencial constatou que 82% deles desejam que seus filhos e filhas retornem às unidades escolares. Apesar desse retorno às salas de aula, a SMS lembra que a escolha é opcional e cabe aos responsáveis. Quem não estiver presencialmente continuará estudando regularmente pelo modo remoto. Para isso, videoaulas são disponibilizados pela TV Escola, canal aberto 2.3 digital, também acessíveis no canal Multirio: youtube.com/multiriosme.

A secretaria também disponibiliza o aplicativo Rioeduca em casa, que poderá ser baixado em smartphones dos estudantes e responsáveis, disponível para IOS e Android. O acesso é gratuito. Estudantes que não têm equipamentos para acessar a internet ou morem em áreas sem cobertura, vão receber o material didático impresso.  

Veja as 82 escolas municipais que retornam ao ensino presencial em 03.03

1- EDI PROFESSORA SARITA KONDER – LARANJEIRAS

2- EM MANO DÉCIO DA VIOLA CURICICA – JACAREPAGUÁ

3- EM DENISE MARIA TORRES – TAQUARA

4- EM GASTÃO MONTEIRO MOUTINHO – TAQUARA

5- EM PROFESSORA DIDIA MACHADO FORTES – BARRA DA TIJUCA

6- EM ALPHONSUS DE GUIMARAENS – CIDADE DE DEUS

7- EM HAYDEA VIANNA FIUZA DE CASTRO – SANTA CRUZ

8- EM FRANKLIN TÁVORA – PACIÊNCIA

9- EM PONTE DOS JESUÍTAS – SANTA CRUZ

10- EM RICARDO BRENTANI – SANTA CRUZ

11- CIEP MAJOR MANUEL GOMES ARCHER – PACIÊNCIA

12- EM JULIANO MOREIRA – TAQUARA

13- EM PAROQUIAL NOSSA SENHORA DO LORETO FREGUESIA – JACAREPAGUÁ

14- EM JOSÉ JOAQUIM DE QUEIROZ JUNIOR – PRAÇA SECA

15- EM MADRE TEREZA DE CALCUTÁ CURICICA – JACAREPAGUÁ

16- EM ROBERTO BURLE MARX – CURICICA

17- CIEP PABLO NERUDA – TAQUARA

18- CIEP COMPOSITOR DONGA – TAQUARA

19- CIEP MARGARET MEE – RECREIO DOS BANDEIRANTES

20- EM AUGUSTO MAGNE – CIDADE DE DEUS

21- EM PROFESSORANDA LEILA BARCELLOS DE CARVALHO – CIDADE DE DEUS

22- EM FREDERICO EYER – CIDADE DE DEUS

23- EM COLLECHIO – BANGU

24- EM PROFESSORA IVONE NUNES FERREIRA – SENADOR/ CAMARÁ

25- EDI RAFAEL PEREIRA DA SILVA – PADRE MIGUEL

26- EDI PROFESSOR ANTONIO FLAVIO PIERUCCI – SENADOR CAMARÁ

27- EM JOSÉ PANCETTI – REALENGO

28 – EM CARLOS MAUL – REALENGO

29 – EM ATENAS – COSMOS

30 – EM LYCIO DE SOUZA CARVALHO – INHOAÍBA

31 – EM RAYMUNDO CORRÊA – CAMPO GRANDE

32 – EM PROFESSOR MANUEL SAID ALI – CAMPO GRANDE

33 – EDI JOARI – CAMPO GRANDE

34 – EM VIVALDO RAMOS DE VASCONCELOS – PACIÊNCIA

35 – EM PREFEITO JOÃO CARLOS VITAL – SANTA CRUZ

36 – EM OTELO DE SOUZA REIS – SANTA CRUZ

37 – EM PROFESSORA MARIA SANTIAGO – SANTA CRUZ

38 – EM PROFESSOR DARCY ARAÚJO DE MIRANDA – SANTA CRUZ

39 – EM MIGUEL CALMON – PACIÊNCIA

40 – EM ESPANHA – PACIÊNCIA

41- EM RIBEIRO COUTO – PACIÊNCIA

42 – EM PROFESSORA LEILA MEHL MENEZES DE MATTOS – SANTA CRUZ

43 – EM ROBERTO COELHO – SANTA CRUZ

44 – EM MARINHEIRO JOÃO C NDIDO – SANTA CRUZ

45 – EM MARIO LAGO – SANTA CRUZ

46 – EM MARIA DE JESUS OLIVEIRA – SANTA CRUZ

47 – EM PROFESSOR FRANCISCO JOSÉ ANTÔNIO – SANTA CRUZ

48 – EM WALQUIR PEREIRA – NOVA SEPETIBA – SANTA CRUZ

49 – CM DJANIRA MARIA RAMOS – PACIÊNCIA

50 – EDI MEDALHISTA OLÍMPICA POLIANA OKIMOTO – SANTA CRUZ

51 – EDI MEDALHISTA OLÍMPICO ERLON DE SOUZA SILVA – SANTA CRUZ

52 – EM PROFESSORA ELISA JOAQUINA DALTRO PEIXOTO – PEDRA DE GUARATIBA

53 – CIEP ALMIR BONFIM DE ANDRADE – VILA VALQUEIRE

54 – CM TIA MARIA – TIJUCA

55 – EM CAPITÃO DE FRAGATA DIDIER BARBOSA VIANNA – TAUÁ

56 – EM RODRIGO OTÁVIO – MONERÓ (ILHA DO GOVERNADOR)

57 – EM MAESTRO FRANCISCO BRAGA – PORTUGUESA

58 – EM JOÃO DE CAMARGO – SÃO CRISTÓVÃO

59 – EM MESTRE WALDEMIRO – SÃO CRISTÓVÃO

60 – CIEP PRESIDENTE SALVADOR ALLENDE – VILA ISABEL

61 – EDI ANÍSIO TEIXEIRA – PILARES

62 – EDI PRESIDENTE KENNEDY – RIACHUELO

63 – EM NERVAL DE GOUVEIA – RAMOS

64 – EM EDMUNDO LINS – RAMOS

65 – EM PRESIDENTE EURICO DUTRA – PENHA

66 – EM ARIOSTO ESPINHEIRA – PENHA

67 – EM PROFESSOR AUGUSTO MOTTA – PENHA CIRCULAR

68 – EM JOÃO DE DEUS – PENHA CIRCULAR

69 – EM LUÍS CARLOS DA FONSECA – MADUREIRA

70 – EM PROFESSOR ZITUO YONESHIGUE – RICARDO DE ALBUQUERQUE

71 – EM PIAUÍ – GUADALUPE

72 – CIEP DR. ADELINO DA PALMA CARLOS – PRAÇA SECA

73 – EM C NDIDO PORTINARI – PITANGUEIRAS

74 – EM ABEILARD FEIJÓ – COCOTÁ (ILHA DO GOVERNADOR)

75 – EM ROTARY – FREGUESIA (ILHA DO GOV.)

76 – EM DARCY VARGAS – GAMBOA

77 – EM BENJAMIM CONSTANT – SANTO CRISTO

78 – EM GENERAL MITRE – SANTO CRISTO

79 – EM FRANCISCO BENJAMIN GALLOTTI – SANTO CRISTO

80 – CM LADEIRA DOS FUNCIONÁRIOS – CAJU

81 – EDI PARQUE DA ALEGRIA – CAJU

82 – EM ESTADOS UNIDOS – CATUMBI

Brasil registra segundo recorde de mortes por covid-19

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Ao todo, país contabiliza mais de 251 mil mortes pelo vírus

Por Edu Carvalho, em 26/02/2021 às 10h

De acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa (O Globo, Folha de São Paulo, Estadão, Extra, portais G1 e UOL) relacionado com dados das secretarias estaduais de Saúde às 20h de ontem, quinta-feira, 25, o país registrou 1.582 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, a maior marca registrada até o momento. 

No total, o Brasil contabiliza 251.661 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias foi de 1.150. É o segundo recorde seguido registrado nessa média. A variação foi de +8% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de estabilidade nos óbitos pela doença.

Com a crescente dos últimos dias, alguns estados já começam a intensificar suas medidas restritivas, sendo grande parte deles da região nordeste. Na Bahia, a partir de hoje haverá restrição total das atividades não essenciais de 17h até as 5h da próxima segunda-feira. O governador baiano, Rui Costa (PT), afirmou que só funcionará o que for “saúde pública ou venda de alimentos”. 417 municípios seguirão o plano. Em Salvador, as praias e passeios de escuna já tinham sido proibidos anteontem.

No Piauí, Teresina atingiu 100% de ocupação de UTIs nesta semana. Um toque de recolher foi decretado entre 23h e 5h. Goiás, Pernambuco, Ceará, Paraíba e São Paulo,também adotaram restrições nessa faixa. O governo paulista seguirá com o planejamento até o dia 14 de março.

Na região Sul, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, proibiu atividades em locais públicos entre 22h e 5h. 11 regiões estão na chamada “bandeira preta”, que significa estágio de risco alto para contágio.Em Santa Catarina, o sistema de saúde está colapsado e às secretarias de saúde poderão adotar medidas para frear a circulação de pessoas.